Efemérides

Friday, November 30, 2007

Le 30 novembre
1987 - Inauguration à Paris de l'Institut du monde arabe

Projet lancé dès 1980, l'Institut du monde arabe (IMA) est inauguré à Paris le 30 novembre 1987 par le président François Mitterrand et Chedli Klibi, secrétaire général de la Ligue arabe. Fondation de droit français issue du partenariat entre la France et dix-neuf (puis vingt-deux) Etats arabes, l'IMA a pour objectifs de faire connaître la culture et la civilisation arabe comme de favoriser les échanges culturels et scientifiques entre le monde arabe, la France et l'Europe. L'édifice, conçu par l'architecte français Jean Nouvel emprunte lui-même à l'esthétique arabo-islamique. Musée, centre culturel et lieu de médiation, l'IMA organise notamment le salon euro-arabe du livre, consacré à la production éditoriale venant du monde arabe ou portant sur cet thème.

©Documentation écrite RFI


1854: Concessão do Canal de Suez
O canal liga os mares Vermelho e Mediterrâneo

No dia 30 de novembro de 1854, o engenheiro francês e visconde Ferdinand Marie de Lesseps recebeu a licença para a construção de um canal entre os mares Mediterrâneo e Vermelho.
A licença para o Canal de Suez foi assinada a 30 de novembro de 1854 pelo rei egípcio Said Pascha e dava ao engenheiro francês e visconde Ferdinand Marie de Lesseps a permissão de explorá-lo durante 99 anos. As obras foram iniciadas cinco anos mais tarde.
A idéia de ligar o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho é tão antiga que já havia ocupado os faraós no Egito. Também os romanos, quando invadiram a região, construíram vários canais ligando o sul até o delta do Nilo. O próprio Napoleão sonhou com um enorme canal ao marchar sobre o Egito com seus soldados em 1798.

Equipe sugeriu eclusas a Napoleão

Foi justamente um francês que concretizou a idéia: Ferdinand de Lesseps. Antes dele, outros engenheiros e cientistas haviam se ocupado com o planejamento de uma ligação entre os dois mares, mas fracassaram devido a um erro de cálculo de uma equipe encarregada por Napoleão, em 1800, que erroneamente havia sugerido a construção de eclusas. Embora as medições tivessem sido contestadas já em 1830, os engenheiros continuavam inseguros.
Convencido de que os níveis dos mares eram os mesmos, o ex-cônsul francês Lesseps não teve dificuldade em conquistar a simpatia do rei Said Pascha, seu amigo de infância, para o projeto. Lesseps passou um mês na corte do recém coroado rei egípcio para conseguir a permissão da obra do Canal de Suez, em 30 de novembro de 1854.
Demorou mais cinco anos para que as obras fossem iniciadas. Primeiro, foi criada a Companhia Geral do Canal de Suez, que recebeu a concessão para administrar o canal por 99 anos. A obra foi iniciada dia 25 de abril de 1859. Dez anos depois, a 17 de novembro de 1869, o caminho que aproximava a Europa da Ásia era aberto à navegação.

Más condições de trabalho

Superlativo da técnica, a obra foi o maior projeto da navegação marítima mundial. No total, o canal foi construído com 171 quilômetros de comprimento, larguras que variavam entre 160 e 200 metros e uma profundidade média de 16,2 metros. O preço foi alto, também do ponto de vista da mão-de-obra. As condições dos trabalhadores forçados egípcios eram comparáveis às dos escravos que ajudaram a erguer as pirâmides.
Não demorou para que o canal se tornasse um pomo de discódia. Construído pelo francês Lesseps, os direitos da Companhia Geral passaram para os ingleses em 1875, já que o caminho marítimo diminuía em 10 mil quilômetros a distância até as colônias na Ásia. França, Inglaterra e Egito haviam decidido a neutralidade da área, mas a criação de Israel, em 1948, levou o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser a proibir a passagem de navios israelenses.
Nas guerras que se seguiram na região, o canal por diversas vezes foi bombardeado, bloqueado e inclusive fechado, em 1967. Durante oito anos, os europeus foram obrigados a contornar o Cabo da Boa Esperança para chegarem à Ásia. Só em 1975, o presidente egípcio Anuar el Sadat mandou reabrir o chamado Caminho da Confraternização.

Jens Teschke (rw) © 2007 Deutsche Welle

Thursday, November 29, 2007

Le 29 novembre
1947 - Plan de partage de la Palestine

Depuis l'émergence du sionisme, dont l'aspiration à un foyer national pour le peuple juif en Palestine obtiendra le soutien de la Grande-Bretagne en 1917 avec la déclaration Balfour, les vagues d'immigration juive se succèdent dans cette région du Moyen-Orient, sous mandat britannique en 1920. Face aux tensions meurtrières permanentes entre Juifs et Arabes, Londres demande l'arbitrage des Nations unies qui adoptent le 29 novembre 1947 la résolution 181, prévoyant le partage de la Palestine en deux Etats. L'Etat arabe réunira l'est et le centre de la Palestine, l'ouest de la Galilée et une bande côtière autour de Gaza continuant le long de la frontière avec le Sinaï égyptien. L'Etat juif sera composé de la Galilée orientale, d'une bande littorale allant de Haïfa à Tel-Aviv et de la majeure partie du Néguev au sud. Une zone englobant Jérusalem et Bethléem sera placée sous administration internationale. Ce partage provoque la colère des peuples arabes et le redoublement des violences. La proclamation de l'Etat d'Israël, le 14 mai 1948, déclenchera l'assaut des pays voisins. La victoire militaire israélienne permettra au nouvel Etat d'étendre son territoire en 1949.

©Documentation écrite RFI

Wednesday, November 28, 2007

Le 28 novembre
2002 - Attentat suicide à Mombasa, au Kenya

A Mombasa, un attentat suicide contre l'hôtel "Paradise", appartenant à un groupe israélien, fait 16 morts : dix Kenyans, trois Israéliens et les trois kamikazes. Un avion charter israélien qui venait de décoller échappe de justesse au tir de deux missiles. Le 8 décembre, le porte-parole du réseau terroriste Al-Qaida revendique les attentats.
1967 - Albert-Bernard Bongo président du Gabon

A la mort du président du Gabon Léon M'Ba, le 28 novembre 1967 à Paris, le vice-président de la République Albert-Bernard Bongo lui succède à la tête de l'Etat en vertu de la Constitution. Avec la création du Parti démocratique gabonais, il fonde dès l'année suivante un régime de parti unique. Converti à l'islam en 1973, il prend alors le prénom d'Omar. Après l'instauration du multipartisme en 1990, Omar Bongo est réélu trois fois président.
1907 - Naissance de l'écrivain italien Alberto Moravia

Né le 22 novembre 1907 à Rome, Alberto Pincherle contracte enfant une tuberculose osseuse qui l'immobilisera huit ans et l'amènera à l'écriture. Devenu Alberto Moravia, il publie en 1929 son premier roman, "Les Indifférents", qui obtient un succès immédiat. En 1935, "Les Ambitions déçues" rencontre l'hostilité du régime fasciste qui le pousse à s'exiler. Après la guerre, il poursuit son œuvre romanesque avec notamment "La Désobéissance" (1947), "Le Mépris" (1954) et "L'Ennui" (1960), où il saisit avec pessimisme l'inquiétude existentielle, questionnant les sentiments et la société de son temps. Alberto Moravia meurt à Rome le 26 septembre 1990.

©Documentation écrite RFI

Tuesday, November 27, 2007

Le 27 novembre


2002 - Premiers cas de pneumonie atypique en Chine


Détectés le 27 novembre 2002 par le GPHIN, programme informatique de l'Organisation mondiale de la santé (OMS), les premiers cas de ce qui ressemblait à une simple grippe se sont déclarés dans la province de Canton, dans le sud-est de la Chine. Probablement transmise à l'origine par des animaux d'élevage ou exotiques utilisées par les cuisiniers locaux, la "pneumonie atypique", ou "syndrome respiratoire aigu sévère" (SRAS) se propage à grande vitesse. Après des contaminations en série en Chine, à Hongkong et au Vietnam, l'OMS lance une alerte internationale le 12 mars 2003. Sous la pression internationale, les autorités chinoises reconnaissent le 20 avril qu'elles ont négligé la gravité de l'épidémie, qui a échappé à leur contrôle. Le 24 juin 2003, alors qu'on compte 807 morts et près de 8500 contaminations, l'OMS lève l'alerte à la faveur d'un net espacement des cas de SRAS et Pékin n'est plus interdite aux voyageurs.



1987 - Libération de Jean-Louis Normandin et Roger Auque, otages français au Liban


Le 8 mars 1986, Jean-Louis Normandin est enlevé à Beyrouth avec son équipe d'Antenne 2 partie couvrir le conflit au Liban. Roger Auque, journaliste à RTL, est à son tour enlevé le 13 janvier 1987. Ils sont détenus par l'Organisation de la justice révolutionnaire, émanation du Hezbollah pro-iranien. Après de longues tractations menées par le gouvernement français, Jean-Louis Normandin et Roger Auque sont libérés le 27 novembre 1987 et regagnent Paris le lendemain. Les trois derniers otages français détenus au Liban seront libérés en mai 1988.

©Documentation écrite RFI


1895: Alfred Bernhard Nobel assina seu testamento
O industrial sueco inventou a dinamite

Sem a fundação e os prêmios concedidos anualmente em seu nome, é muito provável que ninguém se lembraria mais do industrial sueco Alfred Bernhard Nobel, cujo testamento foi assinado em 27 de novembro de 1895.
Nobel era muito contraditório: sempre foi sueco até a medula, embora tenha vivido no exterior desde os nove anos de idade; ganhava dinheiro com explosivos e era afeiçoado a idéias pacifistas. Depois de perder um processo de patente, Nobel passou a suspeitar de todo tipo de formalismo e a desconfiar especialmente dos advogados.
Se Nobel adquiria confiança em alguém, tentava chegar a um consenso sobre seus objetivos. Do contrário, deixava a pessoa agir à vontade. Por fim, Nobel tinha idéias próprias sobre dinheiro e patrimônio. Ele costumava dizer que as pessoas que herdam muito dinheiro se tornam parvas.

Desejo expresso mas impreciso no testamento

Com essas premissas, pode-se entender o testamento que ele assinou em 27 de novembro de 1895 no Clube Sueco em Paris, homologado por quatro compatriotas seus. O documento continha alguns legados pequenos a algumas pessoas e acrescentava: "O resto do meu patrimônio deve ser usado da seguinte maneira: com o capital [...] deve ser criado um fundo e seus juros anuais distribuídos em prêmios para os que trouxerem os maiores benefícios à humanidade".
Deveriam ser contempladas com o prêmio cinco áreas: física, química, fisiologia ou medicina, literatura e realizações que contribuíssem da melhor maneira possível para a fraternidade entre os povos, para a extinção ou redução de exércitos, bem como para a consecução ou propagação da paz. Além de dinheiro, o inventor da dinamite em pó tinha talento literário e idéias pacifistas.
O prêmio deveria ser outorgado por instituições de renome: Real Academia Sueca de Ciências, Instituto Carolíngio Sueco de Medicina e Cirurgia, Academia Sueca de Literatura e uma comissão de cinco membros nomeada pelo parlamento norueguês.

Questões em aberto

Feito sem instrução jurídica, o testamento continha muitas falhas. Nobel legou a sua fortuna, mas a quem? Ele deixou escrito apenas que determinada corporação deveria distribuir o dinheiro dos juros em cinco prêmios e não fez determinações sobre a administração do fundo. Ele estabeleceu apenas que as cinco instituições assumiriam a tarefa de distribuir os prêmios. E o que deveria acontecer se elas recusassem?
A longa série de processos sobre o último desejo de Nobel começou com a questão sobre o lugar do seu domicílio. Seria a cidade sueca Bofors, onde ele estava registrado como habitante quando morreu? Estocolmo, onde pagava impostos? Ou em Paris, onde viveu longos anos e gozava dos direitos de cidadania local, embora tenha mantido seu passaporte sueco?
A questão era interessante não só por causa do imposto sobre herança, mas também para a validade jurídica do testamento. Por motivos formais, os tribunais franceses teriam declarado o documento inválido. Depois de processos em várias instâncias, foi decidido que o domicílio seria Bofors.

Surgimento da Fundação Nobel

Num próximo passo, o órgão estatal equivalente hoje ao Ministério da Justiça propôs a criação de uma fundação à luz do direito sueco para cuidar do patrimônio de Nobel. O governo real fez as reformas legais necessárias e pediu às instituições mencionadas no testamento que reconhecessem e assumissem as tarefas deixadas por Nobel.
Logo depois, três das quatro instituições deram sua resposta positiva e, ao mesmo tempo, fizeram sugestões para os estatutos da fundação e diretrizes para a concessão dos prêmios. A Academia Sueca de Ciências foi a única entidade que considerou essa tomada de posição inoportuna antes do fim de todos os processos.
Os testamenteiros, as instituições e parentes de Nobel negociaram durante um ano, após o que assinaram um acordo e encerraram todos os processos sobre o testamento. Só então começaram as negociações sobre os estatutos da Fundação Nobel.
Em junho de 1900, ela foi finalmente confirmada e aprovada pelo governo sueco. Os primeiros prêmios foram concedidos em 1901 e, na atualidade, o Prêmio Nobel é a distinção mais famosa do mundo.

Carsten Heinisch (ef) © 2007 Deutsche Welle

Monday, November 26, 2007

Le 26 novembre

2005 - Naissance en France du Conseil représentatif des associations noires (CRAN)


Le 26 novembre 2005 est créé le Conseil représentatif des associations noires (CRAN), dont l'objectif est de lutter contre les discriminations dont sont victimes les Noirs en France. L'idée, née lors d'un colloque à l'Ecole des hautes études en sciences sociales, est portée par un de ses maîtres de conférences, le Franco-Sénégalais Pap Ndiaye, et défendue par des intellectuels, artistes ou militants associatifs. Rejetant le communautarisme, le CRAN se veut un interlocuteur nécessaire auprès des autorités françaises "contre les discriminations ethno-raciales et pour le devoir de mémoire". Une soixantaine d'associations sont fédérées au sein du collectif, sous la présidence de Patrick Lozès, conseiller national de l'UDF (centre droit), d'origine béninoise.

©Documentation écrite RFI


1942: "Casablanca" é exibido em pré-estréia
Filme só estreou na Alemanha 10 anos mais tarde

Exibido pela primeira vez em 26 de novembro de 1942, o filme em preto-e-branco "Casablanca" é considerado ainda hoje um dos maiores clássicos da história do cinema.
"Assisti a Casablanca mais uma vez recentemente, após longo tempo. Nos Estados Unidos, ele passa toda semana na televisão. Eu ainda acho o filme incrivelmente ágil; não há monotonia. O filme tem tudo: heroísmo, romantismo e muitos artistas fantásticos em papéis pequenos", comentou certa vez a atriz Ingrid Bergman, falecida em 1982.

Mas não foi somente a comovente história de amor entre a beldade antifascista Ilsa Lund e o honesto dono de bar Rick Blaine (interpretado por Humphrey Bogart) que tornou o filme tão popular até hoje, mais de 60 anos após a pré-estréia.

No business like war business

Passada a tão festejada noite de gala, dia 26 de novembro de 1942 em Manhattan, Nova York, a película ficou de início relativamente esquecida. Porém um bom motivo a trouxe de volta ao cartaz nos cinemas dos Estados Unidos, dois meses depois.

Com a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial, ao lado dos Aliados, em dezembro de 1941, filmes que criticavam a Alemanha nazista haviam ganhado prioridade em Hollywood. Para melhor promover a produção, a Warner Brothers adiou propositalmente seu lançamento em circuito comercial para o dia de encerramento da Conferência de Casablanca, em 26 de janeiro de 1943.

Foi nesta que o primeiro-ministro britânico Winston Churchill e o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt acertaram que a guerra só poderia terminar com a capitulação incondicional da Alemanha, Itália e Japão.

Prêmios e clichês

A estratégia de marketing deu certo. Casablanca foi um sucesso de público e conquistou três Oscars, entre eles o de Melhor Filme de 1943.

Bildunterschrift: Lauren Bacall premiada na Berlinale de 1997Em 1992, Lauren Bacall, o grande amor e última esposa de Humphrey Bogart, perguntava-se mais uma vez por que a história de 1942 tanto atraía a todos, mesmo com o passar dos anos. Seria o espírito do patriotismo em tempo de guerra, ou intrigas e perigos num local misterioso do deserto, ou o desespero dos apaixonados presos numa armadilha em Casablanca?

Os diálogos sob medida e várias insinuações sutis certamente impulsionaram a fama de Casablanca. Não há como negar que a película é repleta de clichês e absurdos, contudo isto não conseguiu até hoje manchar sua aura.

Por exemplo, os vistos no passaporte para a viagem a Lisboa trazem a assinatura de Charles de Gaulle, ou seja, exatamente do homem que liderava o movimento de resistência francesa contra o governo de Vichy, colaboracionista com os nazistas. E Victor Laszlo, que havia acabado de fugir de um campo de concentração, andava para lá e para cá sempre vestido com um bem passado terno tropical da alta costura parisiense.

Adulterado na Alemanha

Por uma ironia do destino, europeus que fugiram do continente devido à perseguição nazistas, interpretaram no filme tanto os papéis dos refugiados como também dos homens da SS alemã.

Para Humphrey Bogart, Casablanca foi o ponto máximo de sua carreira: o aventureiro desiludido tornado anti-herói, cinicamente calmo. Um homem de ação, como o comissário Louis Renault, da polícia francesa atestava no seguinte diálogo na tela:

Rick Blaine: "Louis, como assim você acha que eu poderia me interessar em ajudar Laszlo a fugir?"

Louis Renault: "Porque eu, meu querido Rick, suspeito que por trás deste ar cínico bate um coração sentimental. Você pode rir à vontade, mas estou me orientando exatamente por seu passado. Deixe eu apenas destacar dois momentos: em 1935, você contrabandeava armas para a Etiópia; em 1936, lutou na Espanha contra os fascistas."

Casablanca só foi estrear nos cinemas alemães em 1952. No entanto, numa versão abreviada e adulterada de tal forma através da dublagem, que o filme ficou desfigurado. Todas as referências ao nazismo haviam sido eliminadas. E a figura de Laszlo, membro da resistência, fora transformada em físico nuclear norueguês. A Guerra Fria dos tempos de Adenauer se apoderara, a seu jeito, do passado.

Michael Marek (mw) © 2007 Deutsche Welle


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Sunday, November 25, 2007

Le 25 novembre

1973: Crise do petróleo pára o trânsito na Alemanha
Um domingo sem automóveis na auto-estrada Colônia-Bonn


A 25 de novembro de 1973, os carros foram proibidos de circular na Alemanha, para poupar gasolina. Os países exportadores de petróleo haviam imposto um embargo contra os aliados de Israel.
As nações árabes causaram a quarta crise mundial do petróleo em 1973, ao boicotarem as exportações aos países que apoiavam Israel na guerra do Yom Kipur. A represália atingiu severamente os Estados Unidos e a Europa ocidental.

O petróleo sempre foi uma importante arma política, já tendo levado a várias crises mundiais. A primeira foi em 1951, seguida da de 1956 e outra em 1967. Na de 1973, o preço do petróleo subiu de 2,90 dólares o barril (em setembro) para 11,65 dólares (em dezembro).

Quatro domingos sem trânsito

Para poupar energia, o então chefe de governo alemão Willy Brandt instituiu limites de velocidade e a proibição da circulação de veículos durante quatro domingos. Em 25 de novembro de 1973, as auto-estradas e ruas das cidades na Alemanha ficaram vazias. Um fato difícil de acreditar em plena época do milagre econômico e num dos países líderes mundiais na produção de automóveis.

Com o fim dos estoques no mundo ocidental, a crise chegou ao auge em 1974. O chamado primeiro grande choque do petróleo levou à desestabilização da economia mundial e provocou uma severa recessão nos Estados Unidos e na Europa. Os países industrializados acabaram o ano de 1974 com um déficit de cerca de US$ 11 bilhões e os em desenvolvimento, de quase US$ 40 bilhões.

Em 1979, aconteceu um segundo choque do petróleo, causado pela revolução iraniana que derrubou o xá Reza Pahlevi (1919-1980) e instalou uma república islâmica no país.





(rw) © 2007 Deutsche Welle




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Opinião: Não faria mal o preço do petróleo subir ainda mais
O petróleo perdeu em importância como fator de produção. Em vez de crise, se deveria falar em chance, opina Rolf Wenkel.



1987: Alemanha explora a energia do vento
Em 24 de agosto de 1987, foi inaugurado ao norte da foz do Rio Elba o primeiro parque alemão de energia eólica.



Petróleo por propina
Comissão independente de investigação confirma o envolvimento de 2200 firmas de 66 países, inclusive da Alemanha, no escândalo de suborno ao regime do ex-ditador Saddam Hussein.



Katrina provoca novo choque do petróleo?
O furacão Katrina é apontado como um dos responsáveis por oscilações nos preços do petróleo. Há temores até mesmo de uma desestruturação da economia mundial como a ocorrida nos anos 70.

Saturday, November 24, 2007

Le 24 novembre

2006 - Le Rwanda rompt ses relations diplomatiques avec la France

Le 24 novembre 2006, le Rwanda rompt ses relations diplomatiques avec la France après la mise en cause, par le juge antiterroriste français Jean-Louis Bruguière, de l'actuel chef de l'Etat rwandais Paul Kagame dans l'attentat contre l'avion du président Habyarimana, le 6 avril 1994, qui déclencha le génocide des Tutsis. Saisi par les familles des victimes françaises, le juge Bruguière avait accusé l'actuel président d'avoir organisé l'attentat en prévoyant que les massacres ainsi déclenchés lui permettraient de s'emparer du pouvoir. Le 23 novembre, il avait émis neuf mandats d'arrêt internationaux contre des proches du président et demandé à l'ONU de poursuivre Paul Kagame devant le Tribunal pénal international pour le Rwanda (TPIR).

©Documentation écrite RFI


1859: Publicada a Teoria da Evolução
Charles Darwin, o autor da Teoria da Evolução

Com sua obra "Sobre a origem das espécies através da seleção natural", de 24 de novembro de 1859, Charles Darwin contrapôs-se à versão cristã da criação do mundo e tornou-se um dos cientistas mais combatidos da época.
No ano de 1859, foi dado o mais radical dos golpes contra a "ordem mundial divina". O cientista inglês Charles Darwin publicou Sobre a origem das espécies através da seleção natural, obra na qual ele havia trabalhado por 20 anos. Foram impressos 1.250 exemplares, esgotados já no dia seguinte. A história da criação do mundo proposta por Darwin tornou-se um best-seller da noite para o dia.
Apesar de todos os protestos, a teoria darwiniana impôs-se no meio científico. As provas apresentadas pareciam por demais concludentes para serem contestadas: variação, seleção, estabilização da seleção e, repetidamente, o acaso.
Darwin afirmava que as espécies são criadas e exterminadas a partir do "princípio da tentativa e do erro"; seres vivos superiores desenvolvem-se, assim, a partir de formas menores. A evolução, que tem como base esse princípio, foi também considerada válida para os seres humanos.
Segundo Darwin, não somos nada mais que mamíferos que caminham eretos. O choque do século foi perfeito: o homem deixando de ser a imagem e semelhança de Deus, para tornar-se um sucessor do macaco. Na época, Darwin não teve a coragem de dizer isso abertamente, embora certamente deva ter especulado a respeito.
Levado pelo espírito pesquisador de seu tempo, o cientista inglês passou cinco anos dando a volta ao mundo a bordo do navio Beagle. Nessa viagem, Darwin recolheu toda gama de informações e observações que depois viriam a ser sistematizadas e categorizadas ao longo de sua vida. Para isso, o pai da Teoria da Evolução examinou as mais variadas formações geológicas, bem como a multiplicidade de organismos e fósseis encontrados nos diversos continentes e ilhas que visitou.
Lei do mais forte

Ao passar pelas Ilhas Galápagos, por exemplo, Darwin anotou em seu diário de pesquisas que em cada ilha do arquipélago havia diferentes espécies de tartarugas, graúnas e tentilhões. Apesar de parentes próximos, os animais encontrados em cada ilha diferenciavam-se no tamanho e na forma de alimentação.
Baseando-se nessa obervação, Darwin concluiu que todas as espécies semelhantes entre si desenvolveram-se a partir de uma origem comum. Esse mecanismo, que leva as espécies a modificarem-se para adaptar-se ao meio ambiente, foi chamado por ele de "seleção natural". Esta seleção faz com que apenas os mais fortes sobrevivam.
Em suas viagens pelo mundo, Darwin chegou à conclusão de que o homem não surgira como criação divina. Mais do que isso, o ser humano foi considerado por ele como produto final – mas ainda provisório – de uma linha de evolução biológica.
A teoria darwiniana questionava assim as explicações bíblicas de criação do mundo descritas no Gênesis. Um deus que faz diversas tentativas, comete erros e, após uma série de tempestades pelo caminho, se vê obrigado a recomeçar tudo de novo, não combinava definitivamente com a imagem do criador todo-poderoso encontrada na Bíblia.
O ateísmo propagado pelo espírito científico abalou os fiéis, para os quais os "hereges" arruinavam o mundo. O clero, no entanto, havia se tornado mais cuidadoso. A Igreja, afinal, já tinha sido obrigada a reconhecer, dois séculos antes, que o Sol realmente não girava em torno da Terra, contradizendo uma ordem do papa e os tribunais da Inquisição. E agora mais esta: Deus não havia criado todos os seres; estes seriam meras obras do acaso!
Darwin roubou do ser humano sua condição especial no universo, colocando-o sob o jugo da biologia. Segundo a teoria darwiniana, também o homem precisa adaptar-se às exigências do habitat natural. A prova disso é que, no correr dos séculos e milênios, ele acabou por modificar-se em função desse meio.
A teoria de Darwin trouxe sérias conseqüências, acima de tudo para o mundo cristão. No entanto, apesar do progresso científico, não foram derrubadas todas as crenças religiosas que envolvem a criação do mundo.
Criacionismo
Ao contrário disso, nos últimos anos tem crescido o número de fundamentalistas religiosos que crêem na veracidade absoluta das palavras bíblicas em todos os sentidos.
Nos Estados Unidos, os chamados criacionistas declararam guerra à "teoria do macaco" de Darwin, desde sua publicação. E com sucesso. A influência dessa corrente faz com que em alguns Estados norte-americanos o criacionismo seja ensinado nas escolas.
Ainda hoje, é terminantemente proibido em alguns Estados do país a simples menção nas escolas da existência da Teoria da Evolução de Darwin. Em seu lugar, ensina-se dogmaticamente uma interpretação literal da teoria da criação presente na Bíblia.
Entretanto, como a origem do mundo e do ser humano vai além das rivalidades entre cientistas, a controvérsia entre evolucionistas e criacionistas acabou por atingir a esfera política e social. O presidente norte-americano, George W. Bush, defendeu durante sua campanha eleitoral no ano 2000 um tratamento igualitário das duas correntes nas escolas norte-americanas.
O interesse de Bush estava provavelmente atrelado ao fato de que 45% dos cidadãos do país afirmam acreditar no criacionismo. Observe-se aqui que até mesmo o papa João Paulo 2º anunciara em Roma, em 1996, que a Teoria da Evolução de Darwin seria compatível com a fé cristã.

Barbara Fischer (sv) © 2007 Deutsche Welle

Friday, November 23, 2007

Le 23 novembre

2006 - Décès à Londres de l'ancien espion russe Alexandre Litvinenko


Le 23 novembre 2006, l'ancien espion russe Alexandre Litvinenko meurt dans un hôpital de Londres des suites d'un empoisonnement au polonium 210, un matériau radioactif rare. Opposant au régime du président russe Vladimir Poutine, il était proche de l'ancien oligarque Boris Berezovski, ennemi juré du président russe et réfugié à Londres. Les services secrets russes (FSB, ex-KGB) sont fortement soupçonnés d'être à l'origine de cet assassinat.

©Documentation écrite RFI

1992: Atentado incendiário em Mölln

Um atentado incendiário racista na cidade de Mölln, no norte da Alemanha, a 23 de novembro de 1992, matou três turcas. Foi o primeiro de uma série de ataques e atentados mortais contra estrangeiros na Alemanha.

Pouco depois da meia-noite daquele 23 de novembro, o corpo de bombeiros da cidade de 17 mil habitantes perto de Lübeck, no norte da Alemanha, recebeu uma chamada incomum: quem estava do outro lado da linha anunciou o incêndio e despediu-se com uma saudação nazista. Quando os bombeiros chegaram, encontraram um quadro desolador.
Logo depois da unificação da Alemanha, em 1990, o país começou a receber uma grande onda de refugiados, ao mesmo tempo em que a economia desacelerava. Não só na cabeça dos jovens, propagou-se a idéia de que os estrangeiros tiravam o emprego dos alemães. Principalmente as pessoas que aparentavam ser de outros países (asiáticos ou africanos) tornaram-se bodes expiatórios.
Os partidos conservadores contribuíram para aquecer a polêmica, propagando lemas como "nosso bote já está cheio, não queremos mais estrangeiros", sem quererem se dar conta da enorme contribuição dos trabalhadores estrangeiros para a economia do país – e de seus filhos para o futuro da Alemanha.
Os radicais de direita começaram a se multiplicar, propagando um rastro de sangue, principalmente no Leste, a antiga Alemanha de regime comunista. Indigentes, estrangeiros, deficientes começaram a ser jogados diante de trens, espancados e humilhados. A Justiça, por seu lado, era condescendente ao pronunciar as sentenças contra os criminosos.

Penas rigorosas

Os responsáveis pelo atentado com coquetéis molotov em Mölln, entretanto, receberam as penas mais duras possíveis para delitos de extrema direita. Lars Christiansen, então com 20 anos, foi condenado à pena máxima prevista para menores de idade: dez anos de prisão. Seu cúmplice, Michael Peters, de 27, recebeu prisão perpétua por homicídio.
Apesar de alguma resistência da opinião pública, as ruínas da casa foram rapidamente removidas, para ser construído outro prédio no local. Apenas uma placa na entrada lembra o incêndio de 1992.
Duas semanas depois do incêndio em Mölln, aconteceu em Munique a até então maior manifestação na Alemanha depois da Segunda Guerra, com 400 mil pessoas protestando contra o racismo.

(rw) © 2007 Deutsche Welle


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Thursday, November 22, 2007

Le 22 novembre


2005 - Angela Merkel chancelière en Allemagne

A l'issue des élections législatives anticipées du 18 septembre 2005, les conservateurs de la CDU-CSU d'Angela Merkel n'obtiennent contre toute attente que 35,2% des suffrages (225 sièges). Le SPD, mené par Gerhard Schröder, est moins sanctionné que prévu et talonne la CDU avec 34,3% des voix (222 sièges). Le bon score des libéraux du FDP (9,8%, 61 sièges), s'il crée la surprise, ne donne pas à la droite de majorité absolue. La nouvelle donne vient du Linkspartei (Parti de gauche, formé de dissidents du SPD et des néocommunistes) qui, fort de 8,7% des voix et de 54 députés, refuse de s'allier au SPD pour former une majorité. Le 10 octobre, après trois semaines de négociations, un accord est trouvé entre la CDU-CSU et le SPD pour former une majorité et un gouvernement bipartites. La chancellerie revient à Angela Merkel, présidente de la CDU. Elue par le Bundestag le 22 novembre, elle est la première femme à occuper ce poste.

©Documentation écrite RFI


1945: Aliados aprovam três corredores aéreos até Berlim
Aviões garantiram suprimento de Berlim Ocidental

No dia 22 de novembro de 1945, os vencedores da 2ª Guerra Mundial criaram três corredores aéreos para ligar a parte ocidental do país, ocupada por franceses, britânicos e americanos, com Berlim Ocidental, isolada dentro da Alemanha de regime comunista.

Ninguém imaginava que, três anos depois, estas ligações garantiriam a sobrevivência de Berlim Ocidental, durante o bloqueio, pelos soviéticos, do acesso terrestre. Os corredores decidiram a primeira batalha da Guerra Fria em favor dos Aliados.
Imagine a dificuldade de abastecer uma metrópole apenas pelo ar, com a resistência dos soviéticos. E isto no final dos anos 1940. A façanha, entre 1948 e 1949, entrou para a história da aviação e ainda hoje serve como exemplo de solidariedade humana. O feito só se tornou possível graças a uma decisão das quatro potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial, em novembro de 1945.
Os Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e União Soviética criaram três corredores aéreos de 32 quilômetros de largura ligando Berlim e Frankfurt, Munique e Hamburgo, sem lhes dar uma função específica.
Em represália à adoção de uma moeda própria no setor ocidental da Alemanha, em junho de 1948, os soviéticos fecharam os caminhos de acesso terrestre, cortando o abastecimento de Berlim Ocidental, que era uma ilha dentro da Alemanha Oriental. Iniciou-se aí a operação de abastecimento aéreo que durou 462 dias e que reforçou a disposição alemã ocidental de cooperar com as potências capitalistas.
Aviões de todo o mundo para a Alemanha

De todos os cantos do mundo, foram mobilizados aviões norte-americanos em direção à Alemanha. Os dois milhões de berlinenses ocidentais necessitavam de 13 mil toneladas de alimentos e combustível por dia. Os britânicos começaram a participar desta ponte aérea no terceiro dia. No início da operação, a 26 de junho de 1948, foram transportadas apenas 500 toneladas, o que levou os soviéticos a não a entenderem como ameaça e não a levaram muito a sério.
Ao final da ponte aérea, em 1949, um total de 280 aeronaves chegava a transportar diariamente 15 mil toneladas de produtos. Era avião partindo a cada minuto. Em certos momentos, havia até cinco grupos de 12 a 15 aviões voando uns sobre os outros num dos corredores aéreos. A logística tinha que funcionar perfeitamente. Começaram aí os primeiros controles de tráfego aéreo. Nos quase 300 mil vôos da operação, aconteceram relativamente poucos acidentes: 126, com 76 mortos.
Berlim não parou, a cidade não se curvou ao bloqueio. A produção da indústria era levada pelos aviões, que traziam os objetos de consumo de fora. Dois empreendimentos sensacionais da ponte aérea a Berlim Ocidental foram o fornecimento de 1500 toneladas de material para a construção do aeroporto de Tegel e o envio de milhares de pinheiros para as tradicionais árvores de Natal, naquele dezembro de 1949.

Chocolate em pára-quedas feitos de lenços

Alguns pilotos criaram a Operação Papai Noel, em que os alemães ocidentais enviavam caixas de presentes a amigos e parentes em Berlim Ocidental. Um gesto muito especial foi iniciado pelo piloto norte-americano Gail Halvorsen, que as crianças apelidaram carinhosamente de "Rosinenbomber" (bombardeiro de passas). Ele jogava barras de chocolate em pára-quedas em miniatura feitos com lenços. Quando seu superior tomou conhecimento da operação, resolveu ampliá-la.
Toda a Força Aérea e a população norte-americana começaram a juntar chocolates e gomas de mascar em pequenos pára-quedas de papel, arremessados às crianças pouco antes da aterrissagem no aeroporto. O alemão Hans-Peter Fahrun lembra da alegria que sentiu quando conseguiu apanhar um dos pacotinhos, em 1949, enquanto brincava com amigos num campo de futebol.
Kenneth Slaker, um dos pilotos que participaram da operação, confessa que, em certos momentos, sentia-se um anjo: "Eu respeitava os alemães por eles terem sobrevivido à guerra. Naquele momento, eram nossos amigos e ajudá-los foi a principal tarefa da minha vida."
Ursula Alker ajudava a abrir e distribuir os pacotes de mantimentos no aeroporto de Berlim-Gatow: "Cerca de seis aviões eram desembarcados ao mesmo tempo. Havia duas pistas em uso e uma terceira estava sendo construída. Nunca esquecerei do cheiro das cenouras e batatas desidratadas."

Ex-piloto da missão Rosinenbomber, Gail Halvorsen, no fechamento da base aérea dos EUA em Frankfurt, em outubro e 2005

(rw) © 2007 Deutsche Welle

Wednesday, November 21, 2007

Le 21 novembre

2006 - Assassinat du ministre Pierre Gemayel au Liban

Le 21 novembre 2006, Pierre Gemayel, ministre libanais de l'Industrie, est abattu avec son garde du corps au nord de Beyrouth. L'assassinat de ce député chrétien maronite appartenant à la majorité parlementaire anti-syrienne intervient quelques heures avant une réunion du Conseil de sécurité de l'ONU consacrée au tribunal international sur l'assassinat, en février 2005, du Premier ministre Rafic Hariri. Agé de 34 ans, Pierre Gemayel était le plus jeune membre du gouvernement et du Parlement. Fils de l'ancien président de la République Amine Gemayel et petit-fils du fondateur du parti des Kataeb (Phalanges), il était aussi le neveu du président Béchir Gemayel, tué dans un attentat en septembre 1982, peu avant sa prise de fonctions. Depuis fin 2004, quatorze attentats et assassinats avaient déjà visé des personnalités anti-syriennes au Liban.

2006 - Accord de paix et fin de la guerre civile au Népal

Le 21 novembre 2006, le gouvernement népalais et la rébellion maoïste signent un accord de paix mettant fin à dix ans d'une guerre civile qui a fait plus de 13.000 morts. L'accord prévoit l'entrée au gouvernement et au Parlement des maoïstes, qui doivent placer leurs combattants et leurs armes sous le contrôle de l'ONU. En avril 2006, trois semaines de manifestations massives avaient contraint le roi Gyanendra, qui avait pris les pleins pouvoirs en février 2005, à rétablir le Parlement et à rendre le pouvoir exécutif aux partis. Ceux-ci avaient ensuite réduit les pouvoirs du roi et signé un cessez-le-feu avec les rebelles.

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1803: Executado bando de ladrões do Schinderhannes
Cena do filme 'O Schinderhannes', com Curd Jürgens e Maria Schell

No dia 21 de novembro de 1803, Johann Bückler foi executado na guilhotina. O "Schinderhannes", como era seu apelido, comandou um bando de ladrões numa época em que predominava a lei do mais forte e mais esperto.
A carreira criminosa começou muito cedo e incluiu roubos, extorsões e inclusive a venda de "cartões" que garantiam segurança aos homens ricos da época. Preso e julgado, foi executado com 19 cúmplices numa grande festa pública na cidade de Mainz.
Schinderhannes era o pseudônimo de Johannes Bückler, nascido em 1783, em Miehlen (Mühlen), no sudoeste da Alemanha. O apelido ele recebeu por causa do trabalho do pai – e que ele próprio exerceu por pouco tempo –"Schinder" (que classifica e elimina carcaças de animais). Desde cedo, não se preocupou muito com direitos de propriedade. Aos 16 anos, entrou para a carreira do crime. Foi preso e fugiu, entrando para a clandestinidade.
Personagem de lendas e ditos populares, com o passar do tempo, sua história foi enriquecida com detalhes inverídicos. Logo depois de fugir pela primeira vez da prisão, juntou-se a um bando de ladrões que atuava no sudoeste alemão, entre Saarbrücken e Mainz. Ele costumava roubar cavalos no campo, para depois vendê-los por altos preços aos antigos donos. O mesmo fazia com peles, que revendia a um curtume.

Defensor dos pobres

Na época, os alemães temiam a gangue e seu líder, mas ao longo do tempo começaram a admirá-lo pela inteligência de seus golpes. As cartas com extorsões e chantagens, assinadas pelo próprio Schinderhannes, eram novidade naquele tempo. Ele era inimigo dos ocupadores franceses, que dominavam o sudoeste da Alemanha, mas não quis ingressar na carreira política. Sua preocupação era convencer os participantes do bando a não matarem suas vítimas – conta-se que, no final da carreira, o saldo do bando foi de três mortos.
No final do século 18, a fronteira oeste da Alemanha foi marcada por uma série de conflitos entre tropas holandesas, francesas, prussianas e imperiais. Numa situação em que o vencedor de hoje pode ser o derrotado de amanhã, quem sofria era a população, já que faltavam moral e autoridade, enquanto multiplicavam-se os aventureiros e criminosos. Cada bando dominava sua região.
A fama de Schinderhannes foi por água abaixo quando resolveu roubar um comerciante benquisto em sua cidade. O negociante foi acudido pelos vizinhos, que afugentaram os ladrões. Schinderhannes resolveu tentar a sorte alistando-se nas tropas do imperador, mas foi reconhecido e preso. Depois de um sensacional processo acompanhado com grande interesse na época, Johannes Bückler e seus 19 comparsas foram executados em praça pública em 21 de novembro de 1803.
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Tuesday, November 20, 2007

Le 20 novembre

2002 - Emeutes religieuses à Kaduna, au Nigeria

Le 20 novembre 2002, quelques jours avant l'élection de Miss Monde prévue à Abuja en décembre, un article jugé blasphématoire par les musulmans de Kaduna, dans le nord du Nigeria, provoque des émeutes entre chrétiens et musulmans. Les massacres qui s'ensuivent jusqu'au 23 novembre font près de 250 morts et plus d'un millier de blessés. Le concours de beauté, très controversé au Nigeria, sera alors transféré à Londres.
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1945: Início dos julgamentos de Nurembergue



Poucos meses após o fim da Segunda Guerra Mundial e o suicídio de Adolf Hitler, seus principais colaboradores sentaram-se, em 20 de novembro de 1945, no banco dos réus, para ouvir a acusação de seus crimes de guerra.
Nurembergue, novembro de 1945. A cidade na qual Hitler e seus cúmplices eram festejados anualmente nas convenções do partido nazista está destruída, como a maioria dos centros urbanos alemães. O prédio da Justiça na rua Fürther Strasse, no entanto, mal foi danificado.
Ali, na sala 600 do Tribunal do Júri, reuniu-se de 20 de novembro de 1945 a 1º de outubro de 1946 o Tribunal Militar Internacional. Poucos meses após a capitulação incondicional da Alemanha, os Aliados começaram a julgar os importantes representantes do Terceiro Reich, pelo menos aqueles que não recorreram ao suicídio.

Preparativos anteriores

Já durante a guerra os Aliados haviam decidido levar a elite nazista ao banco dos réus quando o conflito terminasse. Desde outubro de 1942, a Comissão de Crimes de Guerra das Nações Unidas juntava provas e documentos e elaborava uma lista de crimes.
"Quando eu comecei, no ano de 1942, a trabalhar neste assunto nos Estados Unidos, meus colegas americanos me perguntavam: 'Então, é tudo verdade? Podemos provar isto?' E eu respondia que podíamos comprovar 100%. Mas não foi o caso. Em Nurembergue, pude ver mais tarde que as coisas não eram 100%, porém 105%. Eles mesmos deixaram por escrito, a começar por Hermann Göring", recorda Robert Kempner, um jurista teuto-americano, que atuou na acusação em Nurembergue.

Lista de acusados

Em 20 de novembro de 1945, a audiência contra os principais criminosos de guerra foi aberta. A lista de acusados era como um "quem foi quem" no regime de Hitler: Hermann Wilhelm Göring, Rudolf Hess, Joachim von Ribbentrop, Robert Ley, Wilhelm Keitel, Ernst Kaltenbrunner...
Vinte e dois acusados proeminentes, entre eles três do estreito grupo de líderes em torno de Hitler: Martin Bormann, desaparecido desde o fim da guerra, Hermann Göring e Rudolf Hess, assim como os militares Keitel, Jodl, Raeder e Dönitz, e os ministros Ribbentrop, Frick, Funk e Schacht. A relação prosseguia: Alfred Rosenberg, que comandava a região leste ocupada, Hans Frank, governador-geral da Polônia, Arthur Seyss-Inquardt, comissário do Reich para a Holanda ocupada, Fritz Sauckel, que distribuía os escravos do nazismo, e Albert Speer, que como ex-ministro da Munição e das Armas recrutou vários trabalhadores forçados para as indústrias alemãs do setor.

Abertura

"O presidente do Tribunal abre a seção. Então, passa a palavra ao principal promotor americano. Sua voz soa como se estivesse distante. Os intérpretes murmuram atrás da divisória envidraçada. Todos os olhos estão voltados para os acusados... Agora estão sentados, no banco dos réus, a guerra, o pogrom, o rapto de pessoas, o assassinato em massa e a tortura. Gigantescos e invisíveis, eles estão sentados ao lado das pessoas acusadas", descreveu o escritor Erich Kästner suas impressões. Ele foi um dos poucos alemães admitidos como observadores no julgamento.

A promotoria resumira em quatro pontos suas acusações:

1. Conspiração contra a paz mundial;

2. Planejamento, início e condução de guerra;

3. Crimes e violações ao direito de guerra;

4. Crimes contra a humanidade.

Lavando as mãos

Encerrada a leitura do libelo acusatório, os réus foram perguntados se consideravam-se "culpados" ou "inocentes". Hermann Göring tentou dar uma longa declaração, mas foi interrompido pelo juiz.

Göring: "Antes que eu responda à pergunta do tribunal se eu me considero culpado ou inocente..."

Juiz: "Você deve declarar-se culpado ou inocente..."

Göring: "No espírito da acusação, eu me considero inocente".

Os demais acusados também alegaram inocência, dentro do "espírito da acusação". Todos declararam ter apenas obedecido ordens, não ter conhecimento dos crimes e empurraram toda a responsabilidade para o ditador morto. Nenhum defendeu a ideologia, em nome da qual milhões foram atacados, escravizados e assassinados.

Rachel Gessat (mw) © 2007 Deutsche Welle

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1907 - Naissance du cinéaste français Henri-Georges Clouzot

Né le 20 novembre 1907 à Niort, Henri-Georges Clouzot réalise ses deux premiers films sous l'Occupation. "L'Assassin habite au 21" (1942) et "Le Corbeau" (1943) le révèlent en tant qu'auteur et directeur d'acteurs. Interdit de tournage à la Libération, il poursuit son exploration des perversions et des passions destructrices dans "Quai des Orfèvres" (1947), "Le Salaire de la peur" (1952) ou "Les Diaboliques" (1954), marqués par un naturalisme sordide et une esthétique expressionniste. En 1956, il signe un document sur la création artistique avec "Le Mystère Picasso". Mis de côté par la Nouvelle vague triomphante, Henri-Georges Clouzot meurt à Paris le 12 janvier 1977.

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Monday, November 19, 2007

Le 19 novembre



2002 - Naufrage du "Prestige"



Le "Prestige", pétrolier libérien chargé de 77.000 tonnes de fioul, fait naufrage le 19 novembre 2002 au large de la Galice (nord-ouest de l'Espagne), provoquant sur les côtes atlantiques une très importante marée noire qui atteint la France le 31 décembre.





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1990: Carta de Paris da CSCE
Conferência aprovou 'Carta para uma nova Europa'


No dia 19 de novembro de 1990, a Conferência sobre Segurança e Cooperação na Europa (CSCE) reuniu-se em Paris para declarar o fim da Guerra Fria e da Europa dividida em sua "Carta para a Nova Europa", também conhecida como Carta de Paris.
"Do apaziguamento à eliminação do conflito leste-oeste". Com estas palavras, o cientista político Wilfried von Bredow caracterizou o desenvolvimento da Conferência sobre Segurança e Cooperação na Europa (CSCE). Um passo decisivo para a organização foi o encontro de cúpula com 34 países participantes, iniciado a 19 de novembro de 1990, em Paris. Originariamente convocada para aprovar a reunificação alemã, a reunião iniciou um novo capítulo na história da CSCE.
Após a assinatura da "ata final de Helsinque", em agosto de 1975, a principal tarefa da organização era conter o conflito leste-oeste e buscar novas formas de cooperação, ao mesmo tempo em que persistiam divergências básicas entre os sistemas capitalista e comunista.
Apesar dos retrocessos das décadas seguintes, cristalizaram-se, progressivamente, alguns interesses comuns, numa série de conferências diplomáticas. Esse processo resultou num pacote de cartas de intenções e sugestões práticas, reunidas num catálogo de normas e regras comuns, que contribuiu para a normalização das relações leste-oeste e teve como fruto uma política de distensão.
A "ata de Helsinque" reconheceu também o controle internacional da situação dos direitos humanos nos países-membros – um elemento que seria decisivo para a revolução do final da década de 80 no Centro e Leste europeus. Exatamente essa revolução forçou a CSCE, no início dos anos 90, a redefinir suas tarefas. A dimensão histórica desse efeito político delineou-se, pela primeira vez, na cúpula extraordinária de Paris.
Principalmente no campo militar e da política de segurança, ocorreu uma mudança profunda na avaliação do potencial de perigo após o fim do conflito leste-oeste. Isso ficou evidente na "Declaração Comum de 22 Estados", assinada em Paris, naquele novembro de 1990, por países-membros da Otan e do Pacto de Varsóvia. Os signatários do documento deixaram de se encarar como adversários e passaram a considerar a segurança como "indivisível".

Acordo da reunificação alemã

Comprometeram-se a manter apenas o potencial militar necessário à prevenção contra a guerra e à "defesa real". Na avaliação de Bredow, este foi o "atestado de óbito do conflito leste-oeste". Em Paris, foram assinados também os acordos sobre redução de armas convencionais na Europa, negociados anteriormente, em Viena, e que fixavam um teto para os diferentes sistemas de armamentos.
A partir do tratado da CSCE, também passou a vigorar no direito internacional o acordo da reunificação alemã, acertado entre o então chanceler alemão Helmut Kohl e o presidente soviético Mikhail Gorbatchov, em julho de 1990, num encontro histórico no Cáucaso. Esse acordo previa um exército alemão de, no máximo, 370 mil soldados e a concordância da União Soviética para a Alemanha ingressar na Otan.
A redefinição política propriamente dita da CSCE, no entanto, ocorreu no dia 21 de novembro de 1990, com a aprovação da "Carta de Paris", na qual os países da organização se comprometeram com a defesa dos direitos humanos, da economia de mercado, dos princípios do Estado de direito e da democracia pluralista como "única forma de governo". Esses foram os elementos considerados "indispensáveis" a uma "nova ordem européia" que deveria substituir o conflito leste-oeste.
Mas o otimismo pacifista da cúpula de Paris cedeu logo à desilusão política, sobretudo diante de desafios inesperados, como a guerra na Iugoslávia e a derrocada da União Soviética. Em 1992, a organização optou por estruturas institucionais fixas. Desde 1994, chama-se Organização para a Segurança e Cooperação (OSCE) na Europa.

Matthias Schmitz (gh) © 2007 Deutsche Welle



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Conferência debate anti-semitismo na Europa
Representantes de 29 países-membros da OSCE discutem o crescimento do anti-semitismo, as diferentes nuances do fenômeno e o papel desempenhado pela mídia e pelas escolas no combate à intolerância.


1977 - Le président égyptien Sadate à Jérusalem

Après la guerre du Kippour, lancée contre Israël en octobre 1973, l'Egypte d'Anouar el-Sadate et l'Etat hébreu signent à Genève le 4 septembre 1975 un accord par lequel ils s'engagent à régler pacifiquement leurs différends. Les dirigeants des deux pays engagent le dialogue et négocient une rencontre directe. Le 19 novembre 1977, le président égyptien se rend en visite officielle à Jérusalem, où il est accueilli par son homologue Ephraïm Katzir et le Premier ministre Menahem Begin. Premier chef d'Etat arabe en visite en Israël depuis sa création en 1948, Anouar el-Sadate prononce le 20 novembre un discours à la Knesset, le Parlement israélien. Le 17 septembre 1978, Begin et Sadate signeront les accords de Camp David, qui leur vaudra le prix Nobel de la paix, suivis du traité de paix de Washington le 26 mars 1979.

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Sunday, November 18, 2007

Le 18 novembre
1919: Lenda da punhalada fomenta nazismo
Paul von Hindenburg semeou a lenda

No dia 18 de novembro de 1919, o marechal Paul von Hindenburg falou pela primeira vez da teoria do "punhal pelas costas" diante de uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembléia Nacional de Weimar.
A CPI ocupava-se com a questão da culpa pela Primeira Guerra, encerrada um ano antes, e o presidente da Alemanha, marechal-de-campo Paul von Hindenburg, defendia a teoria de que movimentos revolucionários na Alemanha teriam "apunhalado" o Exército pelas costas – um absurdo largamente aceito pela direita na época.
"Um general inglês disse, com justiça, que o Exército alemão foi apunhalado pelas costas." Esta foi uma das frases usadas por Von Hindenburg ao tentar se eximir, diante do Parlamento, de qualquer culpa pela derrota da Alemanha na Primeira Guerra. Nasceu ali a chamada "lenda da punhalada" que, 15 anos mais tarde, ajudaria os nazistas a tomar o poder.
O estopim do primeiro conflito mundial havia sido o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, por um nacionalista sérvio, a 28 de junho de 1914. Um mês depois, a Áustria declarou guerra à Sérvia. Logo a Alemanha, a Rússia e a Inglaterra entraram no conflito. A invasão da Bélgica pelos alemães, que não tinham outra forma de atingir a França, foi pretexto para a entrada dos ingleses na guerra, que envolveu ainda muitos outros países.
O plano alemão de cercar rapidamente o Exército francês fracassou. Já em outubro de 1914, a guerra na Europa Ocidental passou a ser tática, com pesadas perdas para todos e praticamente sem alteração nas frentes de batalha até 1918.
O abastecimento piorou a tal ponto na Alemanha que 260 mil civis morreram de fome em 1917. O anúncio alemão de contrabloqueio por submarinos provocou a entrada dos Estados Unidos no conflito.
Em março de 1918, a Alemanha ainda forçou a Rússia a assinar um acordo de paz no Leste Europeu; em agosto, praticamente capitulou diante dos aliados na frente ocidental. Segundo anotações de um comandante da região de Flandres, milhares de soldados alemães e divisões inteiras de tanques estavam virando cinza.

Fome tirou entusiasmo pela guerra

Para antecipar-se a uma vitória das tropas aliadas no ocidente, o comandante geral Erich Ludendorff pediu um cessar-fogo imediato. Na Alemanha, a morte de civis famintos no inverno de 1917 quebrara o entusiasmo inicial pela guerra. Naquele ano, operários da indústria de armamentos entraram em greve em protesto contra a fome.
Em julho, os partidos democráticos formaram uma comissão interpartidária e exigiram do governo imperial – sem sucesso – uma "paz de entendimento, sem anexação forçada de territórios".
No início de novembro de 1918, em meio às negociações do cessar-fogo, marinheiros em Kiel impediram a partida da frota da Marinha para um combate e, com essa insubmissão, desencadearam uma reação em cadeia na Alemanha.
Na disputa pelo poder, as forças democráticas, comunistas e nacionalistas derrubaram a monarquia. Os democratas saíram vitoriosos e foram legitimados, mais tarde, pela Assembléia Nacional Constituinte. O antigo regime entregou à comissão interpartidária o governo e o pesado fardo de aceitar um acordo de paz prejudicial, do ponto de vista da Alemanha.
Todos esses acontecimentos internos, que causaram a derrocada do antigo regime e o nascimento da democracia, serviram ao Comando Superior das Forças Armadas para desviar a atenção da própria culpa pela guerra.
O argumento de Von Hindenburg de que as forças revolucionárias teriam desmoralizado e apunhalado o Exército pelas costas, foi propagado por militares e políticos monarquistas, através de jornais conservadores e de extrema direita, e ganhou um teor explosivo subestimado pelos democratas.
A população, inicialmente castigada pelas reparações de guerra pagas pela Alemanha, sofreu as conseqüências do desemprego e da inflação, sem ter um esclarecimento amplo dos verdadeiros motivos da guerra. Os nazistas aproveitaram essas circunstâncias para difamar a democracia e chegar ao poder com promessas de salvação.

Henrike Scheidsbach (gh) © 2007 Deutsche Welle

Saturday, November 17, 2007

Le 17 novembre

1997 - Attaque islamiste meurtrière à Louxor


Le 17 novembre 1997, devant le temple d'Hatchepsout à Louxor, des terroristes ouvrent le feu sur la foule, attaquant également à l'arme blanche. Ce massacre, qui fait 68 victimes dont 58 touristes étrangers, est le plus meurtrier depuis le début de la violence islamiste en Egypte en 1992. Il est revendiqué par la principale organisation islamiste clandestine, la Jamaa Islamiya. Perpétré dans un des plus hauts lieux touristiques du pays, cet attentat aura de lourdes conséquences sur l'économie du pays, dépendante du tourisme.

©Documentation écrite RFI



1890: Criação da primeira central sindical da Alemanha
Carl Legien presidiu a primeira união sindical

Após anos de proibição, em 1890 o imperador Guilherme 2º libera a atividade sindical. Em 17 de novembro daquele ano, líderes operários aprovam a criação de uma união sindical, fundada dois anos mais tarde.
No ano de 1878, o chanceler Otto von Bismarck promulgou as chamadas leis anti-socialistas, após dois atentados contra o imperador Guilherme 1º e por medo de uma revolução. Embora a validade dessa "lei contra os perigosos propósitos da socialdemocracia" tenha sido em princípio limitada a dois anos, sua vigência acabou por ser prorrogada diversas vezes.
Nesse período, foram proibidas também todas as atividades sindicais no país. Quem não podia ou não queria atuar ilegalmente, estava fadado ao exílio. Este foi o caso de Adolph Johannes von Elm, um exemplo típico de sindicalista social-democrata alemão do século 19. Ele emigrou para os Estados Unidos, onde viveu por 12 anos.
Fim da ilegalidade
Em 1890, a situação política na Alemanha mudou radicalmente em poucos meses. O novo imperador, Guilherme 2º, não estava mais disposto a tolerar um chanceler que pretendesse dar curso a sua própria política e promulgou, contra a vontade de Bismarck, leis de proteção ao trabalhador nos chamados Decretos de Fevereiro. Pouco depois, a 20 de março de 1890, quando a vigência das leis anti-socialistas não foi mais prorrogada, Bismarck renunciou ao cargo.
Com a queda dessas leis, ficou relegado ao passado o tempo de ilegalidade dos sindicatos e das perseguições aos líderes operários. Mesmo assim, a discriminação social era grande em relação aos sindicalistas e social-democratas. Ainda no início do século 20, eles eram considerados na Alemanha "cidadãos sem amor à pátria". Apesar de sua atitude, o imperador não gozava de qualquer simpatia pelo movimento trabalhista, o que ficava claro em seus pronunciamentos.
Em 1891, Guilherme 2º discursou aos recrutas de um regimento de guarda em Potsdam: "Há para vocês apenas um inimigo, e este é meu inimigo. Considerando as manobras socialistas em curso, pode acontecer que eu venha a ordenar que vocês atirem em seus parentes, irmãos ou pais. Que Deus não permita que isso aconteça, mas se for o caso vocês têm que obedecer sem reclamar".
Congresso de sindicalistas
O ano de 1890 foi o ano da arrancada da social-democracia e do sindicalismo na Alemanha. Pela primeira vez na história, sindicalistas puderam trabalhar livremente e sem medo de perseguições. Como vários outros, também Adolph Johannes von Elm voltou do exílio e retomou suas atividades políticas, tendo participado do primeiro congresso de sindicatos livres, realizado em novembro daquele ano na Alemanha.
Nos anos da ilegalidade, eram pequenas representações locais que lutavam pelos direitos dos trabalhadores. Essas associações de torneiros, marceneiros e pedreiros, entre outros, enviaram seus representantes para o primeiro congresso de sindicalistas, que aconteceu em Berlim. Também o movimento das mulheres trabalhadoras esteve presente ao encontro, através de sua representante Emma Ihrer, da cidade de Velten.
O principal ponto de discórdia girava em torno da estrutura da futura união sindical. Questionava-se se o melhor seria continuar trabalhando em pequenas associações locais de profissionais, ou se a melhor alternativa seria unir-se em uma grande organização central. No dia 17 de novembro, quando o congresso chegou a uma resolução final, os defensores da união haviam prevalecido.
A resolução definia: "Considerando que a organização local não corresponde mais às relações de produção e que a situação econômica de emergência dos trabalhadores requer a concentração de todas as forças, a conferência declara que a forma de organização centralizada apresenta-se no momento como a correta. A conferência aconselha por isso todas as associações locais a unirem-se à organização central em questão".
No entanto, a disputa entre centralistas e defensores das estruturas descentralizadas não foi com isso encerrada. Décadas se passaram até que fosse aceita a posição de que exatamente uma associação de trabalhadores necessita de uma união nacional forte e unida.
Para finalizar o encontro, foi formada uma comissão, que passou a ser responsável pela organização do próximo congresso: "A conferência elege uma comissão de sete membros que deverá elaborar as premissas do próximo congresso, definir seu local e data, bem como convocar os trabalhadores para dele participarem".
Entre esses sete membros, estava o representante dos trabalhadores em fábricas de cigarros, Adolph Johannes von Elm, e o presidente da Associação Nacional de Torneiros, Carl Legien, que se tornaria dois anos mais tarde presidente da primeira união sindical alemã.

Dirk Kaufmann (sv) © 2007 Deutsche Welle


Friday, November 16, 2007

Le 16 novembre

Thursday, November 15, 2007

Le 15 novembre

2006 - Adoption définitive de la directive européenne sur la libéralisation des services


Le 15 novembre 2006, le Parlement européen adopte définitivement la directive européenne sur la libéralisation des services (70% du PIB de l'Union), destinée à faciliter l'établissement et la circulation des prestataires au sein de l'Union européenne. Le projet initial, présenté par l'ancien commissaire européen Frits Bolkestein, avait suscité l'hostilité avant d'être profondément remanié par le Parlement européen. En particulier, le très controversé "principe du pays d'origine", selon lequel un prestataire de services intervenant dans un autre pays serait soumis à sa législation nationale, est abandonné pour éviter la mise en concurrence des systèmes sociaux.


2005 - Arrestation au Sénégal de l'ancien président tchadien Hissène Habré


Le 15 novembre 2005, l'ancien président tchadien Hissène Habré est arrêté au Sénégal, où il s'était réfugié après la prise de pouvoir d'Idriss Déby en décembre 1990. Placé sous mandat de dépôt en attente de son extradition, il est réclamé par la justice belge pour "violations graves des droits de l'homme, meurtres en masse et tortures". Selon la commission nationale d'enquête sur les crimes et détournements, le régime répressif de Hissène Habré (1982-1990) aurait fait 40.000 morts, dont 4000 nommément identifiés, et plus de 200.000 victimes de tortures. Le 2 juillet 2006, sous la pression de l'Union africaine réunie en sommet à Banjul (Gambie), le Sénégal accepte de juger l'ancien dictateur après l'avoir longtemps refusé.

©Documentation écrite RFI


1905: Primeiro ônibus motorizado em Berlim
Autocarro Mercedes Benz, de 1925

No dia 15 de novembro de 1905, foram apresentados em Berlim os primeiros "omnibus" que dispensavam cavalos em sua tração. Estréia foi cercada de panes.
Os dois primeiros ônibus movidos a motor foram montados pela fábrica da Daimler em Berlim. A viagem inaugural seria quatro dias mais tarde, num domingo. Mas a estréia foi cercada de panes, como não poderia deixar de ser para um veículo tão complicado para a época. Uma falha técnica logo mandou um dos modelos de volta à garagem.
O segundo, entretanto, não fez feio e transportou 37 passageiros de uma vez: 16 em seu interior, três no estribo e 18 no andar de cima, também chamado "jardineira", onde a passagem só custava a metade. A população de Berlim aprovou de imediato o novo veículo de transporte coletivo.
Logo no primeiro dia, 3,9 mil passageiros o testaram. No dia seguinte, a viagem inaugural foi manchete de todos os jornais. Os diários destacavam a rapidez do novo veículo, o silêncio dos freios. Só as grandes rodas traseiras, revestidas de borracha, ainda chiavam.
Tração animal prosseguiu por mais 18 anos
O senso de organização no trânsito da época já era grande, por isso não tardou a instalação de locais fixos para embarque e desembarque, a exemplo dos bondes. Já os ômnibus (do latim "para todos") de tração animal continuaram circulando por mais 18 anos.
Por um lado, tinham a seu favor a vantagem econômica, mas acabaram sendo atropelados pela modernização. Cada veículo necessitava de cinco animais, que agüentavam percorrer, no máximo, 30 quilômetros.
À medida em que as ruas começaram a ser pavimentadas e as distâncias cobertas pelos transportes coletivos ficavam cada vez maiores, os cavalos começaram a ceder espaço aos veículos motorizados. Em 1902, havia sido terminada a completa eletrificação do sistema viário de Berlim, permitindo a otimização dos bondes e metrôs subterrâneos, mais rápidos e mais pontuais.
Quando irrompeu a Primeira Guerra Mundial, em 1914, circulavam 336 ônibus motorizados em Berlim. Em geral, usados apenas pelos homens, já que as damas tinham grandes dificuldades dentro do veículo por causa dos enormes chapéus em moda na época.

Gerda Gericke (rw) © 2007 Deutsche Welle

Wednesday, November 14, 2007

Le 14 novembre
1946: Hermann Hesse nomeado para o Nobel
HErmann Hess em 1926

O escritor Hermann Hesse, alemão naturalizado suíço, foi nomeado para o Prêmio Nobel de Literatura no dia 14 de novembro de 1946. "O Lobo da Estepe" e "Sidarta" são duas de suas obras mais conhecidas.
Hermann Hesse nasceu no dia 2 de julho de 1877, em Calw, na Floresta Negra, como segundo filho de Johannes e Marie Hesse, esta de origem suíça. Depois do curso primário, ele começou a estudar Teologia no mosteiro luterano de Maulbronn, que abandonou alguns meses depois.
Criado no seio de uma família religiosa, Hesse leu Nietzsche, Dostoiévski e Spengler. Após uma curta passagem pela fábrica de relógios Perrot, em sua cidade natal, resolveu dedicar-se ao estudo da profissão de livreiro em Tübingen e na Basiléia, quando também publicou suas primeiras poesias.
Em 1904, ano do seu primeiro grande sucesso, Peter Camenzind, casou-se com Maria Bernoulli e fixou residência em Gaienhofen. Seus três filhos nasceram nessa região rural, perto do Lago Constança. A vida pacata do interior inspirou-o a buscar novas culturas. Movido pela vontade de conhecer a Índia, onde seus avós e pais atuaram como missionários, viajou em 1911 para a Ásia. Dois anos depois, publicou Aus Indien (Da Índia).

Aproximação com o Oriente

Hesse conheceu vários países, encontrando o cerne da sua espiritualidade, que cruzou com o ideário romântico e uma recusa de todo e qualquer dogmatismo. O principal fruto dessa aproximação com o Oriente foi o romance Sidarta, publicado em 1922, que apresentou de forma compreensível ao Ocidente as diferentes religiões e filosofias do Oriente, do hinduísmo ao zen-budismo, passando pelo taoísmo e confucionismo.
Numa carta escrita em 1919, Hesse havia profetizado a decadência do pensamento ocidental: "Desde há muitos anos, estou convencido de que a inteligência ocidental está em decadência e precisa retornar às suas fontes asiáticas. Durante muitos anos, fui devoto de Buda e me dediquei já na infância à literatura indiana."
Em 1919, publicou Demian, considerada por muitos críticos a sua principal obra. Ela mostra a influência que Hesse sofreu dos escritos de Nietzsche e a aplicação de seus conhecimentos de psicanálise na elaboração do drama ético e da enorme confusão mental de um jovem que toma consciência da fragilidade da moral da família e do Estado.

De terapia a paixão

A constante busca do equilíbrio interior havia levado Hermann Hesse a separar-se da família em 1919, quando passou a morar em Montagnola, na Suíça. Nessa época, começou a dedicar-se à pintura, aconselhado pelo psicanalista Joseph Bernhard Lang, um discípulo de Carl Gustav Jung.
Autodidata, o escritor procurou nas artes a superação de uma crise existencial. O que começou como terapia acabou virando paixão e resultou num acervo de cerca de três mil aquarelas, retratando especialmente o Tessino (região italiana da Suíça). Em 1923, casou-se com Ruth Wenger e no ano seguinte adquiriu a nacionalidade suíça.
Quando completou 50 anos, em 1927, publicou o clássico O Lobo da Estepe, sobre um indivíduo solitário e rebelde e uma feroz denúncia à sociedade burguesa.
Seu livro derradeiro foi outro clássico, O Jogo das Contas de Vidro, escrito em 1943, durante a Segunda Grande Guerra. É um romance que se passa no ano de 2200, num país imaginário chamado Castália, onde a sociedade se decide à preservação e ao culto dos maiores valores culturais e espirituais da humanidade. O jogo de avelórios, que dá nome ao livro, é uma prática dessa sociedade utópica que combina arte, ciência e religião através de uma intricada combinação de signos.
Já vivendo isolado do mundo, o autor foi contemplado com o Nobel de Literatura em 1946. Hermann Hesse faleceu em Montagnola, em 9 de agosto de 1962.

(rw) © 2007 Deutsche Welle

Tuesday, November 13, 2007

Le 13 novembre


1869: Nasce a primeira filósofa alemã
Luta pelo direito de voto feminino foi um dos setores em que Helene Stöcker se destacou


No dia 13 de novembro de 1869, nasceu a feminista Helene Stöcker, primeira alemã a se doutorar em Filosofia. Mais tarde, ela defendeu o direito das mulheres ao voto e destacou-se como pacifista.
Depois que Helene Stöcker apresentou em 1897 uma palestra sobre Nietzsche e as mulheres num seminário na Universidade Frederico Guilherme (agora Universidade Humboldt) em Berlim, o professor Wilhelm Diltey a contratou como sua assistente. Possibilitou-lhe assim começar um estudo de Filosofia na universidade, o que até então não era permitido às mulheres.
A pioneira foi em frente, tornando-se em 1901 a primeira alemã a obter o título de doutorado, em Berna, na Suíça. Em seguida, ela foi trabalhar como docente na Escola Superior Lessing, uma faculdade particular em Berlim, na qual até Albert Einstein lecionou.
Ao mesmo tempo, ajudou a fundar várias organizações, entre as quais a Associação para o Direito de Voto da Mulher e a União para a Proteção da Maternidade e a Reforma da Sexualidade. Esta última entidade foi criada por ela com outras sufragistas em 1905, com o objetivo de diminuir o preconceito contra as mães solteiras e seus filhos.
Em 1903, Stöcker assumiu a responsabilidade pela revista Frauenrundschau, que tratava de questões relativas às mulheres. Segunda a feminista alemã, a base legítima da relação sexual não era o casamento, e sim o amor. Na revista Proteção da Maternidade, lançada pela União, a filósofa divulgava a sua idéia de uma "nova ética", com direitos de voto extensivos às mulheres.
Stöcker se torna pacifista
Em palestra pronunciada num congresso realizado em Haia, na Holanda, em 1910, Stöcker defendeu o direito da mulher às práticas contraceptivas. Durante a Primeira Guerra Mundial, ela se tornou pacifista radical. Outra vez em Haia, em 1915, participou do Congresso Internacional da Mulher para a Paz Permanente e, em 1921, fundou com outros a Internacional dos Adversários do Serviço Militar. Nos anos seguintes, entrou para diversas organizações pacifistas e publicou seu único romance, Liebe (Amor, 1922).
A reformadora da sexualidade nunca se casou, por convicção, mesmo namorando o advogado Bruno Springer desde 1905 até a morte deste, em 1931. Com a ascensão dos nazistas ao poder, Helene Stöcker emigrou, passando várias temporadas em Zurique, na Suécia e na Rússia e indo finalmente para Nova York, onde morreu em 23 de fevereiro de 1943.
Segundo instituto berlinense, Stöcker seria racista
A atuação da filósofa é, contudo, controversa. Segundo Peter Kratz, do Instituto Berlinense de Pesquisa do Fascismo e de Ação Antifascista, ela teria se tornado nacionalista radical e trabalhado na Sociedade para a Higiene das Raças, fundada pelo anti-semita e fanático ariano Alfred Ploetz. Stöcker teria ainda fundado a União para a Proteção da Maternidade juntamente com Ploetz e outros alemães ligados ao partido nazista NSDAP.
Além disso, ela teria se juntado ao médico Magnus Hirschfeld, a quem se atribuem castrações e experimentos com homossexuais. Kratz afirma que Stöcker queria reservar a emancipação da sexualidade para a elite, evitando que surgisse uma nova geração medíocre.

Martin Helbich © 2007 Deutsche Welle

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