Efemérides

Thursday, February 14, 2008

Le 14 février


1876: Graham Bell obtém patente do telefone
O telefone patenteado por Graham Bell


Muitos cientistas conseguiram desenvolver aparelhos elétricos de transmissão de voz à distância, mas o escocês Alexander Graham Bell foi o primeiro a patentear o invento, em 14 de fevereiro de 1876.
É difícil dizer quem inventou o telefone, este aparelho que hoje literalmente nos acompanha no dia-a-dia. Simultanea e independentemente, vários cientistas trabalharam com o mesmo objetivo. Na Alemanha, Johann-Philipp Reis. Na França, Charles Bourseul. Nos Estados Unidos, Elisha Gray e Alexander Graham Bell, que entrou para a história como o inventor do telefone, por ter obtido primeiro, em 14 de fevereiro de 1876, a patente para seu aparelho elétrico de transmissão de voz.
"Mr. Watson, venha cá, eu preciso do senhor" foram oficialmente as primeiras palavras transmitidas pelo invento de Graham Bell, desenvolvido no laboratório do cientista em Boston. Watson era um de seus funcionários.
Nascido na Escócia, Bell se interessava pelo fenômeno fala desde sua juventude, formando-se como lingüista e professor para surdos-mudos. No fim do século 19, alimentava-se o sonho de se transmitir sonoramente palavras à longa distância. O telégrafo já o fazia por escrito, sendo usado com grande sucesso em todo o mundo. O próximo passo era inevitável.

Alemão pode ser o pioneiro
Acredita-se que, na verdade, a primeira transmissão elétrica de vozes tenha sido realizada pelo alemão Johann-Phillip Reis. Em vez de um chamado a um funcionário, por seu invento teria passado uma frase inusitada: "Cavalos não comem salada de pepino."
Reis não estava, porém, preocupado com a telecomunicação entre seres humanos. Professor de ciências naturais, seus estudos visavam aspectos da anatomia. Em 1861, ele apresentara um aparelho, que deveria demonstrar como o ouvido humano funcionava.
Uma membrana vibrava quando submetida a sons. A vibração fechava ou interrompia um circuito elétrico. Um corpo de ressonância reproduzia o som transportado eletricamente. Na prática, um telefone primitivo. Reis, entretanto, não teve a visão de que aquele aparelho poderia ser muito mais que um instrumento de demonstração científica.
Seu invento ficou adormecido, até que Gray e Bell, sem conhecerem Reis, redescobriram o princípio. Ambos eram movidos pela perspectiva de conversas por telefone. No entanto, eles visavam usuários diferentes. Gray pensava unicamente na utilidade do aparelho para as empresas, enquanto Bell imaginava-o para uso particular.

Objeto de primeira necessidade
O sucesso econômico da Bell Telephone Company, mais tarde rebatizada de American Telephone and Telegraph Company (AT&T), veio a dar razão ao detentor da patente do aparelho. Pois o que a princípio mais parecia um brinquedo para a população urbana, para a rural tornou-se rapidamente um instrumento de primeira necessidade. Com o telefone, mesmo as maiores e mais distantes fazendas podiam manter contato com as vizinhas, sem a necessidade de demoradas viagens.
Apenas pouco mais de um ano depois de Bell patentear seu invento, uma nova profissão surgiu diante do volume crescente de chamadas telefônicas: a de telefonista. Tantas pessoas já possuíam telefone que se tornara impossível ligar diretamente com cabos todos os aparelhos. Foi preciso criar postos de intermediação.
Todas as chamadas passaram a ser remetidas a estas centrais telefônicas, nas quais telefonistas completavam as ligações para os respectivos destinatários. Somente nos anos 70 do século 20 a intermediação manual passou a ser finalmente substituída pela automática.
A digitalização e a telefonia móvel permitem hoje a comunicação em qualquer lugar, a qualquer hora. Mas já em 1922, quando Alexander Graham Bell morreu, seu invento já havia mudado o mundo.

Catrin Möderler (mw) © 2008 Deutsche Welle



Le 13 février

2007 - Accord de principe sur le nucléaire nord-coréen

Des négociations menées entre Chine, Corée du Nord, Corée du Sud, Etats-Unis, Japon et Russie aboutissent le 13 février 2007 à un accord de principe sur le nucléaire nord-coréen après l'inquiétude suscitée par l'essai nucléaire du 9 octobre 2006. Pyongyang s'y engage à "désactiver" progressivement son programme nucléaire en échange d'une aide énergétique et alimentaire et de garanties de sécurité par les Etats-Unis.

©Documentation écrite RFI


1923: Publicação das 'Elegias de Duíno'
O poeta lírico Rainer Maria Rilke

No dia 13 de fevereiro de 1923, é publicada em Leipzig a coletânea "Elegias de Duíno", de Rainer Maria Rilke. Esta obra, concluída um ano antes, é considerada um dos mais importantes exemplos de lirismo no século 20.
No dia 13 de fevereiro de 1923, foram publicadas as Elegias de Duíno, do poeta austríaco Rainer Maria Rilke (1875–1926). Um contemporrâneo do escritor chegou a duvidar que alguém lesse o livro, considerado incompreensível. Críticos literários, no entanto, classificariam o volume de dez poemas como a principal obra lírica de língua alemã. O próprio Rilke o considerou sua obra-prima.
Escritas ao longo de mais de dez anos, as Elegias foram iniciadas no Castelo de Duíno, perto de Trieste, onde o escritor morou, entre 1910 e 1911, a convite da princesa Maria von Thurn und Taxis. Trata-se de uma poesia hermética, em que o poeta exprime um espiritualismo fantástico. Em oposição ao cristianismo, Rilke inventou anjos como criaturas ideais ou homens que, com a morte, se convertem em seres majestosos. Frutos da morte, esses seres transfigurados logram uma existência perfeita, uma plenitude sobre-humana.
Segundo o próprio Rilke, nas Elegias a afirmação da vida e da morte se revela como uma só coisa. Nós, seres do aqui e agora, em nenhum instante nos sentimos satisfeitos com o mundo temporal. O ser humano suspeita, vislumbra, imagina origens e futuros. Esse mundo imaginário acompanha-o mais do que o real, como demonstra a história das religiões. "Nós somos as abelhas do invisível", escreveu. Rilke também foi admirador e tradutor de André Gide, que propôs o angelismo dos filhos pródigos, que fogem da domesticação familiar para serem livres.

Vida errante e crise existencial
Rainer Maria Rilke nasceu em Praga, a 4 de dezembro de 1875, e morreu em Val Mont, perto de Montreux, na Suíça, a 29 de dezembro de 1926. Na vida real, o escritor também teve fantasias, pelas quais foi muito criticado. Era filho de um ferroviário, mas inventou para si uma origem aristocrática e viveu, sem jamais exercer uma profissão, às custas de suas amigas nobres.
Freqüentou por pouco tempo as universidades de Praga e Munique (onde passou os anos da Primeira Guerra Mundial), mas era um autodidata e viajante permanente. Por conta das "madrinhas" aristocráticas, teve estadias na Rússia, Espanha, África e em Paris.
Os primeiros versos de Rilke, publicados na virada do século 19 para 20, eram imitações bonitas e sentimentais da poesia do escritor alemão Heinrich Heine. Como fruto das viagens à Itália e à Rússia, escreveu o Livro de Horas, uma espécie de breviário, que usa imagens cristãs para manifestar uma religião decididamente anticristã, panteísta. Durante quase 30 anos, esse foi o livro de poesia mais lido em língua alemã.
Depois de sua passagem pela França (1905–1906), escreveu Novos Poemas, que, segundo os críticos, reúne "as poesias mais perfeitas de Rilke". A riqueza de metáforas nessa obra lembra o estilo barroco, mas em algumas poesias anuncia-se a crise existencial do poeta, que se manifesta com toda força nas Elegias de Duíno.
Não é preciso ser místico para entender Rilke. Pode-se também interpretar sua obra como um retrato da angústia ocidental diante da dessacralização ou secularização do mundo, defendida pelos existencialistas. Em sua novela rilkeana A Náusea (1938), Jean Paul Sartre chega a escrever que "tudo o que existe nasce sem razão, continua vivendo por debilidade e morre por acaso". Por isso, segundo o crítico espanhol José Joaquín Blanco, boa parte do enorme êxito obtido por Rilke nos anos 30 e 40 não pode ser atribuído apenas a seu valor poético.
"Ele oferecia uma resposta semi-religiosa, não-cristã, à cultura européia, que criticava o cristianismo, mas não sabia nem podia existir sem soluções religiosas", diz Blanco. Indispensável para a compreensão da poesia de Rilke é a leitura de sua vasta correspondência. O livro Cartas a um jovem poeta, publicado em 1929, foi uma espécie de bíblia de uma geração inteira de poetas em todo o mundo. Mas, nas últimas décadas, o culto a Rilke vem perdendo força.

(gh) © 2008 Deutsche Welle

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