Efemérides

Friday, July 18, 2008

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Saturday, May 17, 2008

Django Reinhardt

(Liberchies, Bélgica, 1910-Samois sur Seine, Fontainebleau, 16 de Maio de 1953)

Filho de pais ciganos, foi um dos pioneiros do jazz na Europa e também um dos primeiros músicos não negros nesse estilo musical. Compôs "les yeux noirs". Django Reinhardt passou a maior parte de sua juventude em um acampamento cigano próximo a Paris, tocando banjo, guitarra e violino em danceterias de Paris desde muito cedo. Ele começou com o violino e eventualmente tocava um banjo que havia ganhado. Em sua primeira gravação conhecida (de 1928) ele toca o banjo.

Thursday, February 21, 2008

Le 21 février


1965: Malcolm X é assassinado no Harlem
Malcom X

No dia 21 de fevereiro de 1965, Malcolm X, líder da luta contra a opressão dos negros nos Estados Unidos, é assassinado no Harlem.
Malcolm Little nasceu em 19 de maio de 1925 no Nebraska, Estados Unidos. Ele ainda era criança quando o pai, pastor batista, foi assassinado por brancos, provavelmente membros da Ku Klux Klan. Órfão (a mãe estava internada num hospital psiquiátrico), Malcom e seus irmãos foram entregues a orfanatos.
Malcolm e uma irmã foram morar em Boston, onde sobreviveram com trabalhos temporários. Depois, ele mudou-se para o Harlem, bairro de maioria negra em Nova York. Escapou do serviço militar por fingir-se paranóico. Sua carreira no país dos brancos parecia programada: empregos temporários, pequenos delitos, prisão.
Em 1946, foi para a cadeia por roubo e receptação. Justamente no isolamento da penitenciária, ocorreu a conversão que transformaria o profundo conhecedor dos becos de Nova York num dos mais carismáticos líderes negros dos Estados Unidos. Atrás das grades, ele entrou em contato com os ensinamentos de Elijah Muhammed, líder da "Nação do Islã".
Malcolm estudou o Alcorão e outros escritos filosóficos e, ao deixar a prisão, em 1952, passou a dedicar-se à organização do Movimento dos Muçulmanos Negros. Trocou seu sobrenome de escravo "Little" por "X", dizendo que "o X significa a rejeição do nome de escravo e ausência de um nome africano para ocupar o seu lugar".
Elijah Muhammed considerava-se eleito por Deus para livrar os negros americanos da opressão dos brancos. Malcolm X, seu principal missionário, transformou a mesquita do Harlem em centro do movimento.

Movimento muçulmano
A luta dos negros americanos por igualdade de direitos intensificava-se desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Nos anos 60, o movimento sofreu uma divisão: enquanto Martin Luther King apostava na chamada "resistência pacífica", os muçulmanos liderados por Elijah Mohammed e Malcolm X defendiam a separação das raças, a independência econômica e um Estado autônomo para os negros.
A principal reivindicação de Malcom X era a melhoria da qualidade de vida para os negros na América. Pelo menos num ponto, seu programa diferia do de outros grupos. Malcolm X argumentava que eles tendiam a esperar mais mil anos para alcançarem seus objetivos. "Enquanto nós, muçulmanos, não estamos dispostos a esperar nem mais cem anos. Queremos a separação total entre escravos e senhores de escravos."
Segundo Erik Lincoln, professor de Filosofia Social da Universidade de Atlanta e autor do livro "The Black Muslims in America", o movimento muçulmano negro foi, essencialmente, um movimento de protesto social que se comportava mais ou menos como uma seita. Seus adeptos eram principalmente negros da classe mais baixa, que tentavam encontrar seu caminho e seu lugar na sociedade norte-americana. "Talvez, eles, de fato, pretendessem construir sua própria sociedade - uma nação negra de islâmicos", diz.
O projeto muçulmano não se tornou realidade, mas foi elogiado até por um de seus mais severos críticos, o sociólogo James Baldwin. Segundo ele, "Mohammed conseguiu realizar o que diversas gerações de assistentes sociais, comitês, resoluções, projetos habitacionais e parques infantis não haviam logrado: curar e recuperar alcoólatras e vagabundos, redimir egressos de penitenciárias e impedi-los de voltar".

Assassinato
Com o passar do tempo, Malcolm foi ficando cada vez mais famoso. Começou a se distanciar do clichê de que todos os brancos são "endemoniados" e não queria continuar mantendo a fachada de movimento puramente religioso e apolítico.
Em março de 1964, Malcolm X rompeu com o movimento e organizou a "Muslim Mosque Inc.", e mais tarde a "Afro-American Unity", organização não religiosa. Numa viagem a Meca, a cidade sagrada dos muçulmanos, em 1963, mudou o nome para Al Hajj Malik Al-Shabazz. Seu rompimento com a "Nação do Islã" e sua entrementes posição conciliatória em relação aos brancos lhe trouxeram um certo isolamento.
No dia 21 de fevereiro de 1965, aos 39 anos, ele foi morto com 13 tiros quando discursava no Harlem. Jamais foram encontradas provas, mas suspeitou-se do envolvimento da "Nação do Islã" no assassinato.
Suas idéias foram muito divulgadas na década de 70 por movimentos como o Black Power e as Panteras Negras. Sua vida e obra também estão documentadas em vários filmes, sendo o mais famoso deles "Malcolm X", dirigido por Spike Lee, de 1992.

(ch/gh) © 2008 Deutsche Welle

Wednesday, February 20, 2008

Le 20 février

1857: Fundação da Norddeutscher Lloyd



Em 20 de fevereiro de 1857 começam em Bremen as atividades da linha alemã de navegação Norddeutscher Lloyd. Durante muito tempo seus navios de passageiros ligaram a Europa a outras partes do mundo.
No início de sua história, somente o nome estava definido: "Norddeutscher Lloyd", escrito em letras garrafais na capa de uma pasta de arquivo. O autor era Hermann Henrich Meier, grande comerciante de Bremen, cônsul e banqueiro, mais tarde eleito para o Reichstag – como se chamou o Parlamento alemão de 1867 a 1945.
Ambicioso, Meier não podia ver a Hapag (sociedade anônima teuto-norte-americana de transporte de cargas), fundada em Hamburgo em maio de 1847, operando com sucesso no Atlântico Norte, enquanto em Bremen não se conseguia criar uma companhia de navegação genuinamente alemã. E a cidade hanseática de Bremen dispunha de excelentes condições para a navegação transatlântica graças a Bremerhaven, o porto de águas profundas instalado em 1830.

Busca por empresa puramente alemã
Os esforços empreendidos por Meier no verão europeu de 1856 junto a potenciais investidores para seu projeto foram em vão. O dilema era onde conseguir financiamento para a "grandiosa empresa puramente alemã", como dizia o cônsul.
Foi então que Eduard Crüsemann lhe ofereceu ajuda. Crüsemann, 30 anos, filho abastado de um grande comerciante berlinense, morava em Bremen e dirigia uma pequena companhia de navegação. Ele ficou entusiasmado com os planos de Meier, embarcou no projeto e logo exigiu para si um posto de gerência.
Foi o impulso que faltava para quebrar a resistência da elite financeira de Bremen: no dia 20 de fevereiro de 1857, Meier realizava seu sonho, fundando a Norddeutscher Lloyd. O brasão da nova companhia de navegação mostrava uma âncora cruzada por uma chave, envolta numa coroa de folhas de carvalho. A empresa de Bremen imediatamente encomendou ao estaleiro escocês Caird & Company quatro transatlânticos a vapor.
O primeiro, batizado obviamente de Bremen, pesava 2.600 toneladas brutas registradas e tinha motores de 1.500 cavalos. Além disso, o navio desenvolvia uma velocidade de 10 nós (1 nó = 1 milha marítima/hora) e tinha capacidade para 500 passageiros. A viagem de teste, em junho de 1858, virou festa popular.

Aproximação à concorrente
Com outros três navios, a Lloyd estabeleceu linhas regulares, de duas em duas semanas, entre os portos de Bremen e Nova York, iniciando uma concorrência com a Hapag, de Hamburgo. Apesar dos prejuízos iniciais em dinheiro e mesmo em navios, o cônsul Meier não vacilava. Sua meta era transformar a Norddeutscher Lloyd na principal companhia de navegação da Alemanha. Seus navios tinham de ser rápidos, seguros e confortáveis.
Meier também não teve medo de uma cooperação com a Hapag. As duas companhias coordenaram dias alternados para as partidas e arrendaram um ancoradouro comum num ponto central do porto de Nova York. Quando foi fundado o Deutsches Reich (Império Alemão), em 1871, a Lloyd já era dona de 24 navios a vapor.
Nos anos 80 do século 19, a onda de emigração do Sul e do Leste da Europa para os Estados Unidos foi um negócio lucrativo para os luxuosos navios de passageiros da Lloyd, já então a maior companhia de navegação alemã. Os "vapores" da Lloyd cruzavam o Atlântico em apenas nove dias, transformando as viagens nos cruzeiros de luxo em verdadeiro divertimento.
Esta tradição manteve-se no século 20. Várias vezes, os dois principais navios da Lloyd – Bremen e Europa – conquistaram a faixa azul da travessia mais rápida entre Cape Lizard (Inglaterra) e Nova York, fazendo a rota em quatro dias e 18 horas.
Hoje, a Norddeutscher Lloyd e a Hapag não existem mais como companhias independentes. A forte concorrência internacional forçou sua fusão, dando origem à Hapag Lloyd, em 1970.
Desde então, a mais famosa companhia de navegação alemã cruza os mares do mundo sob bandeira única. Em 1997, tornou-se subsidiária da gigante do turismo TUI. O conglomerado atua com sucesso tanto nas áreas de logística como no de viagens, sendo que o ramo turístico desempenha um papel cada vez mais marcante.

Karl-Heinz Lummerich (gh) © 2008 Deutsche Welle

Tuesday, February 19, 2008

Le 19 février




1861: Criada a associação de formação de trabalhadores
Discurso de August Bebel (quadro de H. Kohlmann)

Em 19 de fevereiro de 1861 foi criada, em Leipzig, a primeira associação de formação de trabalhadores. Ela seria a base do movimento dos trabalhadores e do Partido Social Democrata.
"Certo dia eu li no jornal Mitteldeutsche Zeitung, do qual era assinante, a convocação para uma assembléia geral de criação de uma associação de formação de trabalhadores. A assembléia foi realizada em 19 de fevereiro de 1861, no Salão de Viena. Quando cheguei lá, o local já estava superlotado." Assim o jovem August Bebel lembrou a fundação da primeira associação dedicada à formação de trabalhadores, em Leipzig. Bebel tornou-se membro da entidade e fez parte de sua diretoria.
Poucos anos depois, August Bebel fundaria o Partido Social Democrata dos Trabalhadores, juntamente com Karl Liebknecht. Na primeira Associação de Formação de Trabalhadores da Alemanha, Bebel, então com 20 anos de idade, colhe os primeiros frutos: além de canto, ele aprende a discursar e a argumentar.
Desde os seus primórdios, as associações dos trabalhadores alemães se dividiram em duas correntes, que proliferaram nos anos 60 da século 19. A fração burguesa e mais forte defendia o ponto de vista de que "a formação profissional liberta" e exigia aulas de inglês e francês, assim como cursos de escrituração comercial, estenografia e aritmética.

Instrução para usar o saber adquirido
Os oponentes, da ala socialista de Karl Liebknecht, diziam: "Saber é poder" e exigiam que os trabalhadores fossem primeiramente livres da repressão e da exploração do capital. E só então, num segundo passo, os trabalhadores poderiam adquirir instrução e usar o saber adquirido. Por isso, queriam doutrinar politicamente os membros da associação, para os conscientizar das condições sociais injustas em que viviam.
A revolução tinha fracassado, todavia, em 1848. Forças reacionárias dominaram nos anos seguintes. E, embora a industrialização fomentasse espíritos críticos, as associações políticas estavam proibidas na Alemanha e trabalhadores com consciência revolucionária eram ainda mais raros. Por isso mesmo, as associações surgidas a partir de 19 de fevereiro de 1861 tornaram-se ainda mais destemidas, como conta o historiador Jacque Schwarz:
"Elas tinham fundamentalmente quatro tarefas: a formação elementar para suprir a deficiência das escolas em aritmética, ortografia, leitura; a formação profissional, assim como o ensino de técnicas industriais. A técnica e as ciências naturais tiveram, progressivamente, um papel muito importante no desenvolvimento industrial, assim como a formação ética e moral – muito importante para a formação da personalidade. O canto coral, ginástica e higiene também contribuíram para a educação popular".

Rápida propagação
Um ano depois que August Bebel começou com o aprendizado de canto, a Alemanha já tinha 100 associações de formação de trabalhadores. Elas são vistas pelos historiadores como berço do movimento dos trabalhadores. Surgiu daí a Associação Geral dos Trabalhadores Alemães, fundada em Leipzig, em 1863, com 4 mil pessoas. Ferdinand Lasalle, um companheiro de Karl Marx, foi seu presidente.
Lasalle postulava que os trabalhadores têm de ser independentes, politicamente engajados, organizados, e não podem, absolutamente, confiar só na auto-ajuda, mas precisam também da ajuda do Estado. Para isso, era preciso fomentar o direito de voto para todos, porque só através de eleições livres a maioria da população alcançaria o poder automaticamente.
Em 1869, seria criado o Partido Social Democrata dos Trabalhadores, em Eisenach, descendente do movimento sindical. A origem dos centros para a formação de adultos (Volkshochschulen), existentes na atualidade em toda a Alemanha, remonta também à primeira associação de formação de trabalhadores.

Gerda Gericke (ef) © 2008 Deutsche Welle

Monday, February 18, 2008

Le 18 février

2007 - Attentat à bord du "Train de l'amitié" indo-pakistanais

Le 18 février 2007, deux bombes explosent dans le "Samjhauta Express" ("Train de l'amitié"), qui relie New Delhi à Lahore, faisant au moins 67 victimes et une trentaine de blessés. Cette attaque non revendiquée intervient à la veille de la visite en Inde du ministre pakistanais des affaires étrangères. Cette liaison ferroviaire, lancée en 1976 et souvent interrompue, avait été rétablie en janvier 2004.
2007 - Référendum en Andalousie sur le nouveau statut d'autonomie élargie

Le 18 février 2007, les électeurs d'Andalousie approuvent par 87,4% des voix le nouveau statut d'autonomie élargie pour leur région, avec un taux d'abstention de plus de 63%. Le texte définit les attributs de l'identité de l'Andalousie, qualifiée de "réalité nationale", et étend ses compétences en matière fiscale. Deuxième région d'Espagne par sa population, l'Andalousie est aussi la deuxième à se doter d'un statut d'autonomie élargie sous le gouvernement Zapatero, après la Catalogne.

©Documentation écrite RFI

1943: Goebbels declara guerra total

Joseph Goebbels fala para 100 mil alemães, em Zweibrücken

A 18 de fevereiro de 1943, Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda de Hitler, proclamou a guerra total num discurso à nação, em que apelava ao nacionalismo alemão.

"Eu lhes pergunto: Vocês querem a guerra total?" Interrompido por aplausos e gritos de "sim", o orador insistiu na pergunta. "Vocês a querem, se necessário, mais total e radical do que a podemos imaginar hoje?". E recebeu nova ovação e um decidido "sim" da platéia. Este foi o auge do discurso do chefe da propaganda nazista, Joseph Goebbels (1897-1945), no dia 18 de fevereiro de 1943, diante de 14 mil pessoas reunidas no Palácio dos Esportes, em Berlim.
Essa mistura de ambição pelo poder e desprezo pelo ser humano era típica do oportunista Goebbels. A Alemanha encontrava-se em ruínas e a Segunda Guerra já estava decidida quando Goebbels tentou evocar, pela última vez, o mito da "comunidade do povo" (Volksgemeinschaft). O discurso no Palácio dos Esportes não passou de encenação, gravada para transmissão por rádio e nos cinemas. A idéia lhe ocorrera em outubro de 1942, quando se delineara a derrota de Stalingrado. A intenção era não só entusiasmar os ouvintes, mas também os soldados nas frentes de batalha.
Apesar disso, Goebbels referiu-se à platéia que o ouvia ao vivo como sendo "uma amostra da sociedade em seu todo". O sucesso do rádio empolgou as multidões, por se tratar de um acontecimento fabuloso da mídia na época. Seu efeito sugestivo foi enfatizado pelo suposto imediatismo e a impressão de ser ao vivo. O programa, porém, havia sido gravado durante o dia e só foi ao ar à noite.


Goebbels ressalta ameaças judia e bolchevique

O discurso expressou a convicção dos nazistas sobre sua causa. Goebbels ainda aperfeiçoou tecnicamente os aplausos, para que tivessem o efeito esperado no país e no exterior. Ressaltando a ameaça bolchevique, o ministro da Propaganda tentou conquistar os países neutros e os aliados ocidentais para uma luta conjunta contra a União Soviética. Insistiu também na campanha de perseguição aos judeus. "A Alemanha não pretende se curvar à ameaça judaica e, sim, enfrentá-la, se necessário, com o extermínio total e radical do judaísmo", disse sob aplausos.
Goebbels ambicionava melhorar sua posição no comando nazista. Nos anos 30, ele havia sido uma figura marginal. Fora relegado a segundo plano nas decisões que antecederam o início da Segunda Guerra Mundial. Apesar disso, era considerado um importante representante do regime nazista, tanto no país como no exterior. Seu papel era propagar o culto ao "Führer" e maquiar o caráter terrorista do regime de Hitler com a visão da "comunidade do povo" (Volksgemeinschaft). Goebbels estava ligado ao centro do poder através da propaganda.


Apelo veemente ao nacionalismo

O discurso de 18 de fevereiro de 1943 teve diferentes repercussões no exterior. Hitler classificou-o como "obra-prima da propaganda", uma advertência fatídica que combinava fascínio e violência sutil. Nunca antes Goebbels havia apelado com tanta veemência ao nacionalismo, à esperança e à perseverança de milhões de alemães
Suas táticas para manipulação das massas, porém, já eram conhecidas. Em 1938, alertara para a "crescente insatisfação do povo alemão" com o Tratado de Versalhes. Com inédita habilidade, usou o rádio, a fotografia e o cinema para propagar os ideais do nazismo. Tramou também a chamada "Noite dos Cristais" (9 de novembro de 1938), operação brutal montada para vingar o assassinato de um diplomata alemão em Paris por um jovem comunista judeu.
Goebbels alegou que foi um protesto espontâneo das massas, mas hoje sabe-se que a "Noite dos Cristais" marcou o início de uma nova fase do regime hitlerista: o nacional-socialismo deixava as camuflagens para assumir o terror. Perdida a guerra, os dois principais mentores desse terror - o "Führer" e seu chefe de propaganda - escolheram o mesmo destino: suicidaram-se em 30 de abril de 1945. No testamento escrito pouco antes do suicídio, Hitler ainda nomeara Goebbels para sucedê-lo no cargo de chanceler do III Reich.

Michael Marek (gh) © 2008 Deutsche Welle

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Le 17 février


2003 - Ouverture du péage urbain à Londres

Le 17 février 2003, un système de péage électronique d'une ampleur inédite est mis en service dans le centre de Londres afin d'y réduire les embouteillages. Les automobilistes circulant de 7h à 18h30 (hors week-ends et jours fériés) dans une zone de plus de 20 km² doivent payer une "taxe d'embouteillage" de 5 livres par jour. Plus de huit cents caméras reliées à un ordinateur central permettent de vérifier, grâce aux plaques d'immatriculation, que la taxe a été acquittée. Les résidents de la zone bénéficient d'une réduction de 90% tandis que sont exemptés les voitures "propres", les deux-roues, certaines professions comme les taxis et les médecins, ainsi que les handicapés. Le profit généré par le péage doit également permettre de financer la rénovation des transports publics.

©Documentation écrite RFI



1993: A Noite dos Mil Fogos



Em 17 de fevereiro de 1993, 27 mil pessoas participaram de manifestações na região do Ruhr, no oeste da Alemanha. Eram trabalhadores e familiares, empunhando tochas, bloqueando uma ponte e erguendo barreiras nas ruas para protestar contra a ameaça das primeiras demissões em massa na indústria metalúrgica alemã: o conglomerado Krupp-Hoesch anunciara o fechamento de uma subsidiária.

A cidade de Dortmund ficou completamente congestionada na noite de 17 de fevereiro de 1993. Diante das três siderúrgicas da Hoesch, milhares de funcionários e familiares empunhavam tochas e protestavam contra a ameaça de demissão em massa. Nas casas das proximidades, velas queimavam nas janelas, em sinal de apoio aos milhares de manifestantes. Um cenário que levou a manifestação a ser chamada de "Noite dos Mil Fogos".
Sessenta quilômetros adiante, em Duisburg-Rheinhausen, em outra manifestação pelo mesmo motivo, os trabalhadores bloquearam a ponte sobre o Rio Reno. O presidente estadual da Confederação Alemã de Sindicatos (DGB), Dieter Mahlberg, gritava no microfone: "A água já alcançou nossos pescoços, não aceitamos mais que os pobres ganhem os centavos e os ricos fiquem com os marcos."


Razões dos cortes

Para o então presidente da Krupp, Gerhard Cromme, o possível fechamento dos altos-fornos nas cidades de Dortmund, Rheinhausen, Siegen e Hagen eram "efeitos sinergéticos" da fusão entre seu grupo e o Hoesch. Os funcionários e sindicatos viram mesmo "demissão" e "redução de vagas".
Em 1993, o conglomerado siderúrgico Krupp-Hoesch precisava tomar uma decisão urgente. Estava produzindo 150 mil toneladas de aço em excesso. Para interromper o desperdício, teria de eliminar 30 mil empregos. Os empregados apontavam como causas a política de subvenções errada da União Européia e uma batalha de preços desastrosa. O presidente do conglomerado tinha tomado a decisão. Seu problema era romper a enorme solidariedade entre os trabalhadores da Krupp-Hoesch.


Queda-de-braço inútil

Um dos líderes dos trabalhadores em Rheinhausen na época, Gerd Pfisterer, lembra a tática da desinformação, usada "pelos patrões" para desarticular o movimento: "Eles queriam destruir nossa moral, nossa união. Foi interessante que os patrões ficavam dizendo que os trabalhadores de uma siderúrgica já tinham entregue os pontos, que os da outra não iriam mais agüentar por muito tempo, e assim por diante."
A resistência desesperada dos metalúrgicos foi acompanhada em toda Alemanha, mas não adiantou nada. Alguns meses mais tarde, em 15 de agosto de 1993, a usina relativamente moderna da Krupp em Rheinhausen foi fechada. A fusão seguinte da Krupp, em 1997, com a Thyssen, selou a decisão do fechamento dos três altos-fornos em Dortmund, até 2002.
O poderoso Sindicato dos Metalúrgicos organizou os protestos em massa que marcaram a Noite dos Mil Fogos e o bloqueio da ponte sobre o Rio Reno. Mesmo assim, Theo Steegmann, então vice-presidente da Comissão de Fábrica em Rheinhausen, critica a falta de engajamento do sindicato quando ainda havia possibilidades de negociar o fechamento dos altos-fornos: "Um sindicato forte como o nosso deveria ter usado melhor seu direito de voto nos conselhos administrativos enquanto ainda era tempo, exigindo estratégias que evitassem as demissões, e não só organizando marchas de protesto."

Johannes Duchrow (rw) © 2008 Deutsche Welle

Saturday, February 16, 2008

Le 16 février


1937: Náilon patenteado
Wallace Hume Carothers, o inventor do fio de náilon

No dia 16 de fevereiro de 1937, o gigante norte-americano da química Du Pont registrou a patente de uma fibra produzida em seus laboratórios.
O objetivo do descobridor do náilon não foi desenvolver um novo produto. Segundo os historiadores da Du Pont, ele pretendia muito mais descobrir o funcionamento das ligações químicas na nova substância. O norte-americano Wallace Hume Carothers trabalhava no setor de polimerização da superfábrica da Du Pont em Delaware, nos EUA.
Sua intenção era descobrir por que determinadas moléculas se agrupavam formando fibras e outras não. Por isso, foi praticamente um acaso o desenvolvimento de um polímero que permitia ser esticado em longos fios maleáveis. O novo material foi chamado náilon (nylon) e introduziu a era das fibras sintéticas.
O fio sintético é um xarope espesso, formado por longos fios lustrosos e elásticos como os da seda e celulose, que se solidificam ao esfriar. Essa era a aparência da primeira fibra sintética, produzida no início da década de 1930 nos laboratórios da Du Pont de Nemours, em Delaware.

A evolução da fibra
A fibra não era útil comercialmente, pois quebrava facilmentee se solidificava a temperaturas muito baixas. Mas serviu de partida para milhares de combinações químicas que produziram outras tantas amostras de fios até se chegar àquela de maior aplicação prática, o náilon.
Em 1937, a Du Pont selecionou o náilon para a fabricação em larga escala. A partir de então, o fio invisível, resistente e durável, desencadeou uma revolução. Das meias à lingerie, passou a ser sinônimo de moda feminina. Também era presença obrigatória nas escovas de dentes, linhas de pesca, pára-quedas, tapetes e suturas cirúrgicas. Os tecidos sintéticos são descendentes diretos do plástico, substância descoberta em 1875 pelo químico alemão Adolf von Bayer.
Dois líderes da indústria química na Europa e nos Estados Unidos apostaram na pesquisa dos polímeros: em 1927, a I.G. Farben, na Alemanha, contratou 27 cientistas que aprenderam tanto sobre a estrutura das moléculas que se deram o luxo de planejar cada passo do processo de descoberta de novos plásticos, como o poliestireno. Um ano depois, a Du Pont de Nemours contratou como chefe de seu laboratório Wallace Hume Carothers, um jovem professor de química orgânica.
Carothers, na época com 32 anos, era conhecido nos meios científicos americanos por suas investigações sobre as ligações químicas das moléculas orgânicas. Ele percebeu que os fios produzidos em 1933 no laboratório por um de seus colaboradores eram, na verdade, as moléculas esticadas de polímeros, semelhantes às da seda e da celulose. O cientista não chegou a usufruir o sucesso de sua invenção.
Vítima de depressão nervosa, Carothers suicidou-se em abril de 1937, dois dias depois de completar 41 anos de idade. A Du Pont, entretanto, popularizou o produto, instituindo um concurso que, a partir das sugestões do público, levou o nome "nylon".

Mil e uma utilidades
Em 1939, a meia de náilon apresentada na Exposição Mundial em Nova York foi sucesso absoluto. Durante a Segunda Guerra Mundial, o náilon foi usado na produção de pára-quedas, suturas cirúrgicas e mortalhas. Depois do conflito, as meias voltaram às lojas. Na Europa, elas chegaram com os chicletes e chocolates dos soldados americanos e logo tornaram-se mercadoria valorizada no mercado negro.
A Du Pont não deu mais conta do mercado: à medida que se tornaram conhecidas mais aplicações das fibras sintéticas, as fábricas foram se espalhando pelo mundo. O fio foi misturado a outras fibras e desenvolvidos novos tecidos (jérsei, fibra acrílica, tergal, poliéster, lastex, lycra), com aplicações em praticamente todos os setores, não só no vestuário e decoração.

Ute Hänsler (rw) © 2008 Deutsche Welle

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1938: Inventado o perlon
No dia 29 de janeiro de 1938, o químico alemão Paul Schlack descobriu os fundamentos químicos para o perlon, fio que significou uma revolução na indústria têxtil. (29.01.2008)