Efemérides

Friday, February 08, 2008

Le 8 février

1958 - Bombardement de Sakhiet Sidi Youssef

En représailles aux tirs de l'Armée de libération nationale (ALN) algérienne contre un de ses avions de reconnaissance, l'armée française bombarde la zone du village tunisien de Sakhiet Sidi Youssef, près de la frontière algérienne, où sont postés les rebelles. L'attaque, qui fait 62 morts et 130 blessés, dont une majorité de civils, provoque une crise diplomatique avec Tunis et aboutira à la démission du gouvernement Félix Gaillard en avril.

©Documentation écrite RFI

1950: Fundação do Stasi – o serviço secreto alemão-oriental
Erich Mielke no Parlamento da RDA, em 1982


A RDA tinha cerca de quatro meses de existência oficial, quando foi criado, no dia 8 de fevereiro de 1950, o Ministério de Segurança do Estado, chamado de Stasi (abreviatura de "Staatssicherheit" – segurança do Estado).
Quase exatamente quatro meses depois da fundação da República Democrática Alemã (RDA), os deputados da chamada Câmara Popular Provisória aprovaram unanimemente o item 4 da pauta de trabalhos do dia 8 de fevereiro de 1950, uma lei que previa a criação de um novo ministério.
A lei tinha apenas dois parágrafos, cujo texto podia ser lido no Anexo Nº 41 e descrevia em poucas palavras que a repartição denominada Administração Central da Proteção à Economia Popular, do Ministério do Interior, deveria tornar-se autônoma, com status ministerial e o nome de Ministério de Segurança do Estado.

Lei não descrevia tarefas
A lei não continha nenhuma informação sobre a tarefa e as competências do novo Ministério. O ministro do Interior Steinhoff, que justificou o projeto de lei diante do plenário, limitou-se a fazer algumas declarações vagas sobre a "proteção confiável das empresas de propriedade do povo, dos bens agrários e do setor de transportes, contra elementos criminosos, agentes inimigos, subversivos, sabotadores e espiões".
Quase nenhum dos deputados percebeu nesse dia que acabava de aprovar a criação de um órgão que se tornaria nos anos seguintes um serviço secreto onipotente com um batalhão de colaboradores, seguindo o modelo soviético. O novo ministério acabaria se transformando num "Estado dentro do Estado".
Mas ainda não tinha ocorrido a rebelião popular de 17 de junho de 1953, que significaria o fim da carreira política do primeiro titular da pasta ministerial de Segurança do Estado, Wilhelm Zaisser. Tampouco tinha ocorrido ainda o 20º Congresso do Partido Comunista da União Soviética, que levou o seu sucessor no cargo, Ernst Wollweber, à avaliação errônea de que a RDA estaria apta a iniciar um período de distensão.

Mielke assume a chefia
Em novembro de 1957, ele foi destituído de todos os seus cargos e substituído pelo general Erich Mielke, até então vice-ministro, um stalinista convicto, preparado em Moscou. Numa reunião do Comitê Central em março de 1962, 12 anos após a decisão da Câmara Popular para a criação do Ministério de Segurança do Estado e sete meses depois da construção do muro de Berlim, Mielke declarou acreditar ainda que a Alemanha Oriental estava cercada de agentes inimigos e espiões.
Erich Mielke: "Camaradas, eu só falei sobre os agentes principais. Toda uma série de agentes secundários está aqui, confirmando o que eu digo. As provas são testemunhas, documentos, declarações, perícias. Tudo o que é necessário para provar que o que apresentei aqui, ao Comitê Central, foi apresentado com razão".
O que a liderança do partido e do Estado temia, não eram agentes aliciados pelo inimigo. Antes de mais nada, objetivava-se localizar e isolar aquelas forças dentro do próprio povo que se opunham à visão de uma "sociedade socialista humana", na qual o individualismo deixaria de existir em prol da coletividade e na qual todos teriam de apoiar inteiramente o Estado e a sociedade.

O povo foge do controle
O povo inteiro deveria ser transformado numa coletividade homogênea, e aqueles que resistissem seriam classificados de inimigos da sociedade. Um plano de realização impossível, como demonstrariam finalmente os acontecimentos do outono setentrional de 1989. A portas fechadas e empregando o jargão político do partido, o ancião Erich Mielke tentava motivar os seus informantes a manter uma vigilância mais rigorosa, enquanto já ecoava em todas as partes do país o clamor popular pela democracia.
Erich Mielke: "Em seu todo, as informações apresentadas pelos requerentes não são suficientes para encetar medidas necessárias e apropriadas visando o bloqueio preventivo de ações inimigas negativas, em especial de caráter provocativo e demonstrativo".
Poucos dias depois, os manifestantes invadiram a central daquele órgão secreto do poder, encerrando a história que começara no dia 8 de fevereiro de 1950 com a criação da instituição sucessora da Administração Central da Proteção à Economia Popular, segundo especificava o Anexo Nº 41 da Câmara Popular Provisória.

Günter Haase (am) © 2008 Deutsche Welle


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