Le 4 février
1998 - Création de la Communauté des Etats sahélo-sahariens (Comessa)
Créée à l'initiative de Muammar Kadhafi pour développer la coopération économique dans la région sahélienne, la Communauté des Etats sahélo-sahariens (Comessa ou Cen-Sad selon l'acronyme arabe) naît officiellement le 4 février 1998 lors du sommet réunissant à Tripoli (Libye) les chefs d'Etat du Mali, du Niger, du Tchad et du Soudan, ainsi qu'un réprésentant du président du Burkina Faso. Le traité fondateur prévoit une conférence annuelle des chefs d'Etat ainsi qu'un conseil exécutif ministériel, une banque de développement et un conseil économique, social et culturel.
1948 - Indépendance de Ceylan
Colonisée dès 1505 par les Portugais puis par les Hollandais au XVIIe siècle, l'île de Ceylan passe sous domination britannique en 1796. Face aux revendications anticoloniales, la Grande-Bretagne accorde à Ceylan une autonomie interne puis l'indépendance au sein du Commonwealth, proclamée le 4 février 1948. Ceylan deviendra le le Sri Lanka en 1972.
©Documentation écrite RFI
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No dia 4 de fevereiro de 1974, o grupo terrorista paramilitar norte-americano SLA seqüestrou Patricia Hearst, herdeira de um império jornalístico. Os terroristas exigiram que o pai da estudante de 19 anos desse milhões de dólares em alimentos à população pobre. Pouco tempo depois, ela declarou ter ingressado voluntariamente no grupo.
"Não tive infância normal. Eu e minhas quatro irmãs crescemos numa família rica. Éramos muito privilegiadas, mas não mimadas." Assim a norte-americana Patricia Hearst, herdeira do império jornalístico Hearst, descreve sua infância numa cena do filme Patty Hearst (1988), baseado no livro Every Secret Thing - Minha própria história.
Ela se definiu como "mais prática do que intelectual, mais esportista do que estudante, social e não solitária. Sempre fui segura de poder dominar qualquer situação". Mas um acontecimento modificaria definitivamente sua vida: no dia 4 de fevereiro de 1974, terroristas do grupo paramilitar Exército Simbionês de Libertação (SLA) seqüestraram a estudante de 19 anos em Berkeley, onde morava com o noivo, Steven Weed.
O SLA exigiu de seu pai, filho do magnata da mídia William Randolph Hearst, alimentos no valor de vários milhões de dólares para distribuir aos pobres. Dessa "doação forçada" nasceu mais tarde a fundação filantrópica "People in Need".
Ela se definiu como "mais prática do que intelectual, mais esportista do que estudante, social e não solitária. Sempre fui segura de poder dominar qualquer situação". Mas um acontecimento modificaria definitivamente sua vida: no dia 4 de fevereiro de 1974, terroristas do grupo paramilitar Exército Simbionês de Libertação (SLA) seqüestraram a estudante de 19 anos em Berkeley, onde morava com o noivo, Steven Weed.
O SLA exigiu de seu pai, filho do magnata da mídia William Randolph Hearst, alimentos no valor de vários milhões de dólares para distribuir aos pobres. Dessa "doação forçada" nasceu mais tarde a fundação filantrópica "People in Need".
A reviravolta na vida
Dois meses depois do seqüestro, Patty Hearst reapareceu, armada, participando de um assalto a banco. Num vídeo publicado pelo SLA, Patty disse que agora se chamava Tanya e que havia aderido livremente ao Exército Simbionês de Libertação. Ela garantia também a autenticidade da gravação. Dirigindo-se aos pais e ao noivo, alegou que teve a opção entre ser libertada num local seguro ou aderir ao SLA, "para lutar pela minha libertação e a de todos os oprimidos. Decidi ficar e lutar".
Seis integrantes do SLA foram mortos em maio de 1974, num tiroteio com a polícia, que havia descoberto o esconderijo dos seqüestradores em Los Angeles. Em setembro de 1975, Tanya (Patty) foi presa em São Francisco.
Embora tivesse denunciado os integrantes do SLA durante o processo, acusando-os de a terem submetido a uma lavagem cerebral e forçado a participar de atos terroristas, foi condenada a sete anos de prisão por assalto armado. Em 1979, 22 meses depois do anúncio da sentença, o presidente Jimmy Carter mandou suspender a pena de reclusão.
Patricia Hearst-Shaw casou com Bernhard, um ex-funcionário da segurança pública, e teve dois filhos. Ela realizou o sonho de se tornar atriz – atuou em filmes de cinema e televisão – e publicou vários livros.
Indulto de Clinton
Patty Hearst figurou na lista de 140 norte-americanos que receberam o indulto do presidente Bill Clinton no último dia de seu mandato. "Agradeço profundamente a confiança depositada em mim pelos presidentes Clinton e Carter e, ao mesmo tempo, estou aliviada por saber que esta questão está resolvida definitivamente", disse.
Mas o passado de integrante do SLA a continuou incomodando. Em 2001, Patty Hearst teve que testemunhar no processo contra Sara Jane Olson, que, sob o nome de Kathleen Ann Soliah, tentou explodir duas viaturas policiais em 1975 para vingar a execução dos integrantes do SLA.
Olson não se irritou com o indulto de Patty Hearst, mas comentou que, pela segunda vez, o dinheiro e a influência foram decisivos para o perdão da herdeira do magnata da mídia.
Patricia é neta de William Randolph Hearst (1863-1951), em cuja biografia se baseia "Cidadão Kane", filmado por Orson Welles em 1941. O filme, que virou clássico do cinema, conta a história de um "barão" norte-americano das comunicações. Na obra de Welles, Hearst é apresentado como um homem que conseguiu tudo o que queria e acabou morrendo solitário.
Michael Kleff (gh) © 2008 Deutsche Welle
Le 3 février
1917: EUA rompem com a Alemanha
Wilson em pronunciamento na Casa dos Representantes, em abril de 1917
Wilson em pronunciamento na Casa dos Representantes, em abril de 1917
Em 3 de fevereiro de 1917, o presidente norte-americano Woodrow Wilson rompeu relações com a Alemanha em represália à Guerra de Submarino ordenada pelo imperador alemão Guilherme II, que ameaçava navios mercantes dos EUA. Até então, os Estados Unidos tinham se mantido fora da Primeira Guerra, apesar do apoio à Tríplice Entente, formada por França, Grã-Bretanha e Rússia.
"Quando eclodiu a guerra, eu estava visitando meu irmão em Meissen. Vi os soldados marchando sobre a ponte do Rio Elba, com flores nos capacetes", lembra o veterano Paul Epstein, de Leipzig. Os soldados foram em clima de festa para as frentes de batalha da Primeira Guerra Mundial, acreditando que voltariam para casa em poucas semanas.
O sonho de vitória rápida das potências centro-européias – Alemanha e Áustria-Hungria – logo se dissipou. A guerra contra a Tríplice Entente, formada pelo Reino Unido, França e Rússia, terminou num beco sem saída.
Os Estados Unidos, por longo tempo, não intervieram no conflito. Apesar de simpatizarem com a Tríplice Entente, mantiveram-se neutros do ponto de vista militar. Financeiramente, porém, já participavam da guerra, com armas, mantimentos e créditos no valor de nove bilhões de dólares. Os navios que traziam as mercadorias para a Europa eram atacados constantemente.
Em 1917, os EUA declararam guerra à Alemanha, alegando lutar contra o autoritarismo e o militarismo. O pretexto para entrar no conflito ao lado da Entente foi o anúncio feito pelo imperador Guilherme 2º, a 1º de fevereiro de 1917, de que iniciaria uma guerra total com submarinos, ameaçando inclusive afundar sem aviso prévio os navios neutros a caminho dos portos britânicos.
O sonho de vitória rápida das potências centro-européias – Alemanha e Áustria-Hungria – logo se dissipou. A guerra contra a Tríplice Entente, formada pelo Reino Unido, França e Rússia, terminou num beco sem saída.
Os Estados Unidos, por longo tempo, não intervieram no conflito. Apesar de simpatizarem com a Tríplice Entente, mantiveram-se neutros do ponto de vista militar. Financeiramente, porém, já participavam da guerra, com armas, mantimentos e créditos no valor de nove bilhões de dólares. Os navios que traziam as mercadorias para a Europa eram atacados constantemente.
Em 1917, os EUA declararam guerra à Alemanha, alegando lutar contra o autoritarismo e o militarismo. O pretexto para entrar no conflito ao lado da Entente foi o anúncio feito pelo imperador Guilherme 2º, a 1º de fevereiro de 1917, de que iniciaria uma guerra total com submarinos, ameaçando inclusive afundar sem aviso prévio os navios neutros a caminho dos portos britânicos.
Inverno arrasador
No dia 3 de fevereiro, o presidente norte-americano Woodrow Wilson rompeu relações diplomáticas com o Império Alemão. O gelado inverno de 1917 foi arrasador para a Alemanha. A colheita de batatas caiu à metade e 750 mil pessoas morreram de fome.
Paul Epstein, inicialmente entusiasta da guerra, já não acreditava mais na vitória. "A situação era precária. Quanto mais pessoas eram recrutadas, mais diminuía o número de empregos. A economia estava arruinada", conta. O inverno de fome e as greves na indústria armamentista esmagaram os alemães em seu próprio território.
Quando os EUA declararam guerra à Alemanha, começava a Revolução na Rússia. A aliança formada por Alemanha, Áustria-Hungria, Bulgária e Turquia tentou decidir a guerra na Europa Ocidental antes de os norte-americanos desembarcarem na França. Centenas de milhares de soldados morreram nas trincheiras, sem conquistar um só metro de território inimigo. "Era uma guerra tática. Quem olhasse por cima da trincheira era fuzilado", lembra o veterano Epstein.
A intervenção dos EUA decidiu a Primeira Guerra Mundial. Em janeiro de 1918, o presidente Woodrow Wilson apresentou uma proposta de paz de 14 pontos, que só foi aceita pelos alemães quando a derrota já era inevitável. Em julho do mesmo ano, as forças inglesas, francesas e norte-americanas lançaram um ataque definitivo contra a Alemanha, obrigada a retroceder.
A Bulgária e a Áustria retiraram-se do conflito e a Turquia se rendeu. A Alemanha resistiu sozinha, mas a falta de alimentos causada pelo bloqueio aliado e a precária saúde da população colocaram o país à beira da revolução social. A Baviera proclamou-se república e a sublevação alastrou-se por todo o país, até ser anunciada a abdicação do kaiser, exigida pelos EUA.
O líder social-democrata Friedrich Ebert assumiu o poder e negociou a rendição, assinada a 11 de novembro de 1918. Os quatro anos de guerra (1914-1918) deixaram um saldo de 8,7 milhões de soldados mortos e cerca de 20 milhões de feridos.
Gábor Halász (rw) © 2008 Deutsche Welle
Le 2 février
1852: Aberto o primeiro banheiro público
Jovem vestida de romana junto à entrada de um banheiro público em Londres, por ocasião dos 150 anos dos banheiros públicos britânicos
Jovem vestida de romana junto à entrada de um banheiro público em Londres, por ocasião dos 150 anos dos banheiros públicos britânicos
No dia 2 de fevereiro de 1852, a administração municipal de Londres abriu o primeiro banheiro público do mundo na Fleet Street, o centro da imprensa na capital britânica. A instalação sanitária pública era reservada aos homens. Mas, nove dias depois, foi inaugurado um toalete público também para as mulheres.
Onde vive gente, produz-se lixo. O que entra pela boca tem, finalmente, de sair embaixo. Os nômades ainda não tinham nenhum problema com a evacuação. Faziam seus "montinhos" despreocudamente em qualquer parte, afinal logo depois seguiriam para outro lugar. Só com o sedentarismo é que a eliminação dos excrementos tornou-se um problema logístico.
Os primeiros toaletes públicos conhecidos foram na Roma antiga. Tais latrinas privadas eram extremamente lucrativas, pois seu proprietário cobrava duas vezes: primeiro do usuário, depois do hortelão, que comprava as fezes e a urina para adubar seus canteiros. Cientes do bom negócio, os concessionários das latrinas já faziam publicidade, com o slogan: "Cuide de não defecar na rua, senão a ira de Júpiter recai sobre você".
Os primeiros toaletes públicos conhecidos foram na Roma antiga. Tais latrinas privadas eram extremamente lucrativas, pois seu proprietário cobrava duas vezes: primeiro do usuário, depois do hortelão, que comprava as fezes e a urina para adubar seus canteiros. Cientes do bom negócio, os concessionários das latrinas já faziam publicidade, com o slogan: "Cuide de não defecar na rua, senão a ira de Júpiter recai sobre você".
Longa história dos sanitários públicos
Pressupondo uma excelente renda para os cofres públicos, o imperador Vespasiano tributou os proprietários de latrinas com um imposto sobre a urina. Seu filho Tito foi inicialmente contrário a essa tributação. Quando seu pai lhe passou debaixo do nariz uma moeda recebida com o novo imposto, ele teria dito – fascinado: "Pecunia non olet!" ("O dinheiro não fede!").
No século 3º d.C., os romanos podiam escolher entre 144 instalações sanitárias públicas para se aliviar. Ainda hoje, o refinado sistema de cloacas da cidade causa admiração aos engenheiros. Mas, então, começou a tenebrosa Idade Média. De nada valeram as conquistas dos romanos, a falta de limpeza nas cidades atingiu um ponto absolutamente crítico. As fezes eram despejadas nas ruas, onde os excrementos humanos e dos animais se juntavam numa imundícia terrivelmente fétida. Quem não tinha monturo próprio, usava o do vizinho ou simplesmente despejava o penico na rua.
Ainda no começo do século 19, um crítico contemporâneo escreveu sobre a situação das ruas de Berlim: "Na beira da calçada são esvaziados os urinóis noturnos e todo o lixo da cozinha, jogados os animais domésticos mortos, que exalam um mau cheiro insuportável… Em Berlim, você tem sempre que tapar o nariz com um lenço… Se chove, os montes de dejetos são espalhados pelas ruas, pois eles freqüentemente ficam esperando dias e noites pelo recolhimento. E no escuro, pode-se por descuido pisar neles, sujando-se até o joelho".
Sanitários públicos em Paris
Um passo decisivo na tenebrosa história da higiene só veio com a Revolução Francesa. No início dos anos 90 do século 18, homens esclarecidos mandaram construir sanitários públicos nas praças parisienses. Apesar disso, a literatura apega-se ao boato de que os toaletes públicos dos tempos modernos tiveram sua origem na Inglaterra e que a inauguração da primeira instalação sanitária pública na Fleet Street de Londres, em 1852, teria sido uma data muito especial para a civilização.
Um engano perdoável, pois foram os britânicos que presentearam o mundo com o WC (water closet). Esta invenção genial, nós a devemos a um certo Sir Henry Harrington. Já em 1589, ele mandou construir em sua casa, em Kelsington, uma fossa sanitária com descarga de água. Porém, só em 1775, quando um certo Alexander Cumming registrou a patente de um vaso sanitário com descarga e vedação de odor, é que começou um rápido desenvolvimento na ilha britânica, durante o qual foram inventados todos os tipos ainda hoje comuns de WC - com descarga hidráulica e bloqueamento de cheiro, através do escoamento por sifão.
Contudo, tampouco na Inglaterra de meados do século XIX podia-se falar de uma canalização perfeita. Os proprietários de casas despejavam o esgoto, através de tubulações, nas águas mais próximas. Os rios transformavam-se em caldos fedorentos. Do especialista em esgotos William Dunbar, pode-se ler: "As crianças tinham prazer em acender as bolhas de gás que subiam dos leitos dos rios. Surgiam então chamas de até 6 pés de altura, as quais corriam até 100 metros sobre a superfície da água. Cadáveres de animais boiavam em grande número nos rios. E encalhavam aqui ou acolá. Ninguém era obrigado a eliminá-los".
Em Londres, foram tomadas, já em 1836, as primeiras medidas de limpeza pública, uma vez que os detritos das cidades industriais do Reino Unido nos primórdios do capitalismo exalavam um enorme mau cheiro. Nas décadas seguintes, não se desenvolveram em nenhum país do mundo tantos métodos de purificação do esgoto, como na Inglaterra. O padrão de desenvolvimento sanitário dos britânicos tornou-se modelo para a Europa continental.
Carola Hossfeld (am) © 2008 Deutsche Welle
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