Efemérides

Wednesday, January 23, 2008

Le 23 janvier

1978 - Enlèvement du baron Empain à Paris


Le 23 janvier 1978, le baron Edouard-Jean Empain, PDG du groupe Empain-Schneider, est enlevé alors qu'il quitte son domicile parisien. Les ravisseurs, qui demandent une rançon de 80 puis de 40 millions de francs, amputent leur otage d'une phalange de l'auriculaire afin de faire pression sur la famille. Après l'arrestation de l'un des preneurs d'otage lors de la remise de rançon, Edouard-Jean Empain est libéré le 26 mars 1978, au terme de deux mois de séquestration.


1968 - Le navire américain USS Pueblo arraisonné en Corée du Nord


Le 23 janvier 1968, la Corée du Nord arraisonne dans ses eaux territoriales le navire espion américain "USS Pueblo", dont les 82 hommes d'équipage seront retenus pendant onze mois. Les Etats-Unis, prétendant qu'il s'agit d'un navire scientifique chargé d'effectuer des recherches dans les eaux internationales, avaient menacé la Corée du Nord avant de présenter des excuses.


1958 - La dictature renversée au Venezuela


En décembre 1957, Marcos Perez Jimenez, au pouvoir au Venezuela depuis 1953, remporte un plébiscite contrôlé alors que l'opposition se renforce dans tous les secteurs de la société. Le 23 janvier 1958, un soulèvement général renverse le dictateur. Un consensus se fait jour en faveur de la défense de la démocratie. Le 31 octobre 1958, le pacte de Punto Fijo, qui consolide le processus démocratique, est signé entre les partis Action démocratique et Copei, qui vont dominer la vie politique du pays pendant quarante ans.

©Documentation écrite RFI



1918: Desapropriação da Igreja Ortodoxa russa
O patriarca Alexis 2º, líder da Igreja Ortodoxa russa

No dia 23 de janeiro de 1918, Lenin publicou um decreto que rompia com todas as ligações entre a Igreja Ortodoxa e o Estado. Os bens da Igreja foram desapropriados, o ensino de religião foi proibido.
Em 23 de janeiro de 1918, menos de três meses depois da Revolução de Outubro, Lenin publicou o decreto intitulado "Sobre a separação entre a Igreja e o Estado e entre a escola e a Igreja".
Ele foi divulgado exatamente quando se realizava o concílio nacional da Igreja Ortodoxa, com o qual ela pretendia libertar-se da tutela estatal da época czarista, restabelecendo o Patriarcado. O concílio não desejava, naturalmente, uma libertação leiga, que alijasse a Igreja da sociedade, transformando-a em instituição privada. Por isso, protestou contra o decreto de Lenin, mas sem qualquer resultado.
Assim, a Igreja Ortodoxa teve de resignar-se dali em diante com o fato de que só possuía liberdade de culto, enquanto não perturbasse a ordem pública e enquanto os fiéis não deixassem de cumprir seus deveres cívicos. O ensino de religião foi abolido nas escolas públicas; os bolcheviques queriam erigir um sistema estatal ateísta, de acordo com o materialismo dialético. Mas, sobretudo, foram desapropriados os imóveis e terrenos da Igreja, seus templos e prédios – tudo foi incluído no rol do patrimônio popular. Desta maneira, foi retirada da Igreja a base material da sua existência.
Segundo o decreto de Lenin, todas as comunidades religiosas perderam os direitos de pessoa jurídica, não podendo ter propriedades, nem receber qualquer tipo de ajuda estatal. Embora as demais Igrejas também fossem atingidas pelo decreto, elas consideraram justo o corte dos privilégios dos ortodoxos que antes constituíam praticamente uma Igreja estatal. Mas, no fundo, todos os direitos da Igreja foram abolidos.

Conseqüências da privatização da Igreja

O arcebispo Longin, representante permanente do Patriarca de Moscou na Alemanha, descreveu da seguinte maneira as conseqüências dessa privatização da Igreja: "Durante o domínio comunista, as pessoas não podiam demonstrar abertamente que eram integrantes da Igreja. Elas só podiam exercer a sua religiosidade em casa e iam às igrejas apenas em casos muito especiais. Quando ocupavam algum tipo de cargo público, como professor ou em outra função importante na sociedade, não podiam deixar transparecer a sua fé."
Inicialmente, a Igreja pagou também um elevado tributo de sangue: durante a guerra civil, antes que os bolcheviques pudessem constituir a União Soviética em dezembro de 1922, foram assassinados 25 bispos, quase 3000 sacerdotes, cerca de 2000 monges e freiras, assim como 15 mil fiéis, aproximadamente. A fim de evitar tal martírio, o Patriarcado de Moscou declarou-se, muitas vezes, leal ao Estado soviético e conclamou os fiéis a assumirem a mesma posição.
Isso provocou divisões, algumas igrejas ortodoxas russas no exterior distanciaram-se criticamente do Patriarcado de Moscou. Mas, mesmo atitudes de bajulação não livraram a Igreja de uma dura perseguição. Ela só pôde sobreviver, graças à fidelidade das camadas mais simples da população russa.
Como explica o patriarca Alexis 2º de Moscou: "A lealdade à fé ortodoxa é um dos traços mais importantes do caráter nacional do povo russo. Mas a Igreja Ortodoxa jamais teve um caráter chauvinista. A Igreja só pôde respirar aliviada depois que ruiu a hegemonia soviética; desde então, desenvolve-se também um princípio de relação cooperativa entre a Igreja e o Estado na Rússia."

Hajo Goertz (am) © 2008 Deutsche Welle

0 Comments:

Post a Comment

<< Home