Le 22 janvier
1978 - Décès de Léon-Gontran Damas
Né à Cayenne (Guyane) le 28 mars 1912, Léon-Gontran Damas est l'un des fondateurs avec Aimé Césaire et Léopold Sédar Senghor du mouvement de la négritude. Etudiant à Paris, il anime avec eux le journal "L'Etudiant noir" et se lie aux surréalistes. En 1937, il fait paraître le recueil de poèmes "Pigments", première manifestation littéraire de la négritude, puis l'année suivante "Retour de Guyane", carnet de voyage en forme de pamphlet d'une mission anthropologique. Résistant pendant la Seconde guerre mondiale, il publie un recueil de contes populaires guyanais ("Veillées noires", 1943) et une anthologie de poètes africains et antillais francophones (1947), avant d'être élu député de Guyane de 1948 à 1951. Auteur de recueils de poèmes tels que "Graffiti" (1952), "Black Label" (1956) et "Névralgies" (1966), il s'installe à Washington en 1970 pour y enseigner la littérature négro-africaine. Il y meurt le 22 janvier 1978.
©Documentation écrite RFI
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No dia 22 de janeiro de 1963, o chanceler federal alemão Konrad Adenauer e o presidente francês Charles de Gaulle assinaram, em Paris, o tratado da amizade franco-alemã.
A surpresa foi enorme. Ao retornar a Bonn, o chanceler Konrad Adenauer dirigiu-se aos jornalistas alemães: "Tentamos mostrar aos franceses que também poderíamos ser bons vizinhos, e tentamos mostrar aos franceses que o interesse comum está em que seja criada uma permanente boa relação entre a França e a Alemanha."
Não foi à-toa que o chanceler falou inicialmente de uma tentativa. Desde cedo, os dois países buscaram o caminho da reconciliação definitiva. O presidente Charles de Gaulle, chefe de Estado francês desde 1958, foi sem dúvida quem fomentou este processo.
O chanceler Adenauer tinha uma posição dúbia: ele sabia que estava no final da sua carreira política e desejava deixar aos seus sucessores uma política internacional alemã estável. Mas não se entusiasmava em ter, eventualmente, de afrouxar os laços com os Estados Unidos e a OTAN, por causa da França.
Não foi à-toa que o chanceler falou inicialmente de uma tentativa. Desde cedo, os dois países buscaram o caminho da reconciliação definitiva. O presidente Charles de Gaulle, chefe de Estado francês desde 1958, foi sem dúvida quem fomentou este processo.
O chanceler Adenauer tinha uma posição dúbia: ele sabia que estava no final da sua carreira política e desejava deixar aos seus sucessores uma política internacional alemã estável. Mas não se entusiasmava em ter, eventualmente, de afrouxar os laços com os Estados Unidos e a OTAN, por causa da França.
Europa forte e independente dos EUA
Contudo, uma visão comum uniu os dois políticos: uma Europa poderosa deveria atuar no palco da política internacional de forma independente, mas não contra os Estados Unidos. A viagem triunfal de Adenauer à França, em junho de 1962, foi seguida da viagem igualmente bem-sucedida de Charles de Gaulle à Alemanha, em setembro do mesmo ano.
Em Ludwigsburg, o presidente francês dirigiu-se à juventude alemã: "Eu os felicito por serem jovens alemães, isto é, filhos de um grande povo. Sim, um grande povo que, no transcurso da sua história, cometeu às vezes grandes erros. Mas um povo que também deu ao mundo valores espirituais, científicos, artísticos, filosóficos".
Uma semana depois que Paris rechaçou o ingresso da Grã-Bretanha na Comunidade Econômica Européia, eram poucos os que acreditavam num tratado franco-alemão. Mas o chanceler alemão não se deixou convencer do fracasso: "Estamos tratando desta cooperação com a França há anos. E, após a sua visita à Alemanha, o presidente De Gaulle propôs que se aproveitassem estas questões para uma ação conjunta e para uma concepção comum, a fim de criarmos algo permanente e consolidado".
Um preâmbulo antigaullista
O tratado, sem caráter de compromisso, foi aprovado com grande maioria pelo Parlamento Federal alemão, em 16 de maio de 1963. Ele foi complementado, no entanto, com um preâmbulo que poderia ser entendido como uma clara crítica à política gaullista. O chanceler alemão esforçou-se para evitar danos políticos. Da mesma forma como De Gaulle, um ano antes, se dirigira ao povo vizinho em alemão, também Adenauer fez a sua avaliação pessoal da situação no idioma do país vizinho, o francês, afirmando: "Sou da opinião de que o acontecimento mais importante foi a assinatura deste tratado em 22 de janeiro de 1963. Sem este tratado, não há nenhuma união européia. Os métodos podem mudar, mas o mais importante é nunca perder a confiança dos amigos".
Os críticos da época afirmaram que os tratados raramente têm duração e alguns compararam os documentos de Paris com um buquê de rosas, que não dura muito. Adenauer, cuja paixão pessoal era o cultivo de roseiras, teve de responder a isso. Sua resposta foi relembrada pelo seu sucessor Helmut Kohl, na comemoração do 20º aniversário do tratado: "Naturalmente, elas têm a sua época, mas as roseiras são as plantas mais duradouras que possuímos. Elas têm espinhos, aqui e ali, por isso é preciso pegá-las com cuidado, mas resistem a todo o inverno. A amizade entre a França e a Alemanha é como uma roseira, que sempre volta a florescer, que sempre dá botões e resiste inteiramente aos rigores do inverno".
Gérard Foussier (am) © 2008 Deutsche Welle
Os críticos da época afirmaram que os tratados raramente têm duração e alguns compararam os documentos de Paris com um buquê de rosas, que não dura muito. Adenauer, cuja paixão pessoal era o cultivo de roseiras, teve de responder a isso. Sua resposta foi relembrada pelo seu sucessor Helmut Kohl, na comemoração do 20º aniversário do tratado: "Naturalmente, elas têm a sua época, mas as roseiras são as plantas mais duradouras que possuímos. Elas têm espinhos, aqui e ali, por isso é preciso pegá-las com cuidado, mas resistem a todo o inverno. A amizade entre a França e a Alemanha é como uma roseira, que sempre volta a florescer, que sempre dá botões e resiste inteiramente aos rigores do inverno".
Gérard Foussier (am) © 2008 Deutsche Welle
Le 21 janvier
Com o nome do legendário veículo da obra de Júlio Verne "20 Mil Léguas Submarinas", o Nautilus foi a primeira embarcação nuclear do mundo. A hesitação inicial por causa dos riscos deste tipo de propulsão foi compensada pelas vantagens tecnológicas, principalmente a grande autonomia.
A necessidade de uma fonte de energia adequada a longas missões navais foi um dos impulsos iniciais à pesquisa nuclear. Sob a direção de Hyman Rickover, os Estados Unidos implementaram o programa de desenvolvimento de um reator naval, no fim dos anos 1940.
O submarino USS Nautilus, desenvolvido pela Electric Boat Division e lançado em 1954, provou as vantagens da propulsão nuclear principalmente para embarcações militares, sendo o primeiro a cruzar por baixo a placa de gelo do Pólo Norte.
Hoje, o Nautilus é uma das principais atrações do Historic Ship Nautilus & Submarine Force Museum, na base naval de Groton (Connecticut). Seus sucessores provam o avanço tecnológico ocorrido nesse campo, na segunda metade do século passado.
Os modernos submarinos atômicos são gigantes de até 150 metros de comprimento e 18 mil toneladas de peso, que se movimentam, silenciosamente, a 35 nós (cerca de 65 km/h). Mergulham até 450 metros de profundidade e podem permanecer durante meses no fundo do mar.
Ameaça e chantagem
Embora o presidente norte-americano Dwigth Eisenhower tivesse feito uma apologia dos "átomos para a paz", diante da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 1953, os submarinos atômicos transformaram-se nos principais instrumentos de ameaça e chantagem durante a Guerra Fria.
"Difíceis de ser localizados e destruídos, eram esconderijos ideais para armas nucleares distribuídas pelos oceanos", explica Gerhard Schmidt, engenheiro nuclear do Instituto Ecológico de Darmstadt.
Segundo a organização ambientalista Greenpeace, de 1955 a 1995, as potências atômicas (Estados Unidos, União Soviética, França, Reino Unido e China) construíram 465 submarinos a propulsão nuclear. Mais da metade desse total é de fabricação soviética.
Lixo atômico
Nas últimas três décadas da Guerra Fria, ocorreram vários acidentes (em parte, jamais esclarecidos), principalmente envolvendo as frotas norte-americana e soviética. Pelo menos quatro submarinos soviéticos e dois norte-americanos, danificados ou afundados de propósito, permanecem no fundo do mar, supostamente impossíveis de ser resgatados.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), até 1988 as potências atômicas simplesmente abandonavam no fundo do mar o lixo nuclear (reatores e submarinos sucateados).
A AIEA calcula que, entre 1964 e 1986, a Marinha da União Soviética haja lançado 16 mil toneladas de lixo radioativo líquido e 11 mil metros cúbicos de lixo sólido nos mares de Barents e Kara. Em março de 1993, uma comissão do governo russo revelou que, desde 1959, cerca de 80 mil toneladas de lixo atômico, incluindo dois submarinos nucleares da frota do Pacífico, foram afundados no Mar do Japão.
A Rússia, principalmente, não tem recursos financeiros para manter a frota de submarinos atômicos, como ficou evidente no acidente do Kursk, em agosto de 2000.
A Marinha norte-americana, pioneira no desenvolvimento da tecnologia de propulsão nuclear, também já teve diversos acidentes. Segundo um relatório sobre a Submarine Force elaborado por William Arkin e Joshua Handler, entre 1983 e 1987, ocorreram 12 encalhes, 50 colisões, 113 incêndios e 48 inundações em submarinos norte-americanos. Não há, porém, informações confiáveis sobre danos ocorridos nos reatores a bordo.
O Nautilus virou peça de museu e a Guerra Fria acabou em 1989. Pelo acordo de desarmamento Start II, os ex-inimigos no conflito Leste-Oeste comprometeram-se a reduzir seu arsenal atômico. Apesar disso, ainda em 1994 foi construído o Kursk, que, segundo o autor norte-americano Tom Clancy, era "o maior e mais armado submarino de ataque do mundo".
Geraldo Hoffmann © 2008 Deutsche Welle
O submarino USS Nautilus, desenvolvido pela Electric Boat Division e lançado em 1954, provou as vantagens da propulsão nuclear principalmente para embarcações militares, sendo o primeiro a cruzar por baixo a placa de gelo do Pólo Norte.
Hoje, o Nautilus é uma das principais atrações do Historic Ship Nautilus & Submarine Force Museum, na base naval de Groton (Connecticut). Seus sucessores provam o avanço tecnológico ocorrido nesse campo, na segunda metade do século passado.
Os modernos submarinos atômicos são gigantes de até 150 metros de comprimento e 18 mil toneladas de peso, que se movimentam, silenciosamente, a 35 nós (cerca de 65 km/h). Mergulham até 450 metros de profundidade e podem permanecer durante meses no fundo do mar.
Ameaça e chantagem
Embora o presidente norte-americano Dwigth Eisenhower tivesse feito uma apologia dos "átomos para a paz", diante da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 1953, os submarinos atômicos transformaram-se nos principais instrumentos de ameaça e chantagem durante a Guerra Fria.
"Difíceis de ser localizados e destruídos, eram esconderijos ideais para armas nucleares distribuídas pelos oceanos", explica Gerhard Schmidt, engenheiro nuclear do Instituto Ecológico de Darmstadt.
Segundo a organização ambientalista Greenpeace, de 1955 a 1995, as potências atômicas (Estados Unidos, União Soviética, França, Reino Unido e China) construíram 465 submarinos a propulsão nuclear. Mais da metade desse total é de fabricação soviética.
Lixo atômico
Nas últimas três décadas da Guerra Fria, ocorreram vários acidentes (em parte, jamais esclarecidos), principalmente envolvendo as frotas norte-americana e soviética. Pelo menos quatro submarinos soviéticos e dois norte-americanos, danificados ou afundados de propósito, permanecem no fundo do mar, supostamente impossíveis de ser resgatados.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), até 1988 as potências atômicas simplesmente abandonavam no fundo do mar o lixo nuclear (reatores e submarinos sucateados).
A AIEA calcula que, entre 1964 e 1986, a Marinha da União Soviética haja lançado 16 mil toneladas de lixo radioativo líquido e 11 mil metros cúbicos de lixo sólido nos mares de Barents e Kara. Em março de 1993, uma comissão do governo russo revelou que, desde 1959, cerca de 80 mil toneladas de lixo atômico, incluindo dois submarinos nucleares da frota do Pacífico, foram afundados no Mar do Japão.
A Rússia, principalmente, não tem recursos financeiros para manter a frota de submarinos atômicos, como ficou evidente no acidente do Kursk, em agosto de 2000.
A Marinha norte-americana, pioneira no desenvolvimento da tecnologia de propulsão nuclear, também já teve diversos acidentes. Segundo um relatório sobre a Submarine Force elaborado por William Arkin e Joshua Handler, entre 1983 e 1987, ocorreram 12 encalhes, 50 colisões, 113 incêndios e 48 inundações em submarinos norte-americanos. Não há, porém, informações confiáveis sobre danos ocorridos nos reatores a bordo.
O Nautilus virou peça de museu e a Guerra Fria acabou em 1989. Pelo acordo de desarmamento Start II, os ex-inimigos no conflito Leste-Oeste comprometeram-se a reduzir seu arsenal atômico. Apesar disso, ainda em 1994 foi construído o Kursk, que, segundo o autor norte-americano Tom Clancy, era "o maior e mais armado submarino de ataque do mundo".
Geraldo Hoffmann © 2008 Deutsche Welle
Suspensão russa de tratado europeu pode reeditar Guerra Fria?
Supostamente ameaçada pelo Ocidente, a Rússia suspende o Tratado sobre Forças Convencionais na Europa, impedindo inspeções em seus arsenais militares. Perito defende negociações para impedir nova corrida armamentista. (12.12.2007)
Supostamente ameaçada pelo Ocidente, a Rússia suspende o Tratado sobre Forças Convencionais na Europa, impedindo inspeções em seus arsenais militares. Perito defende negociações para impedir nova corrida armamentista. (12.12.2007)
Panes em usinas elevam temor quanto à energia nuclear
No ano passado, um segundo Chernobil quase aconteceu na Suécia. Na Alemanha, Brunsbüttel foi desligada e, no Japão, um terremoto provocou irradiação. Casos isolados ou cotidiano nas quase 400 usinas atômicas do mundo? (27.07.2007)
No ano passado, um segundo Chernobil quase aconteceu na Suécia. Na Alemanha, Brunsbüttel foi desligada e, no Japão, um terremoto provocou irradiação. Casos isolados ou cotidiano nas quase 400 usinas atômicas do mundo? (27.07.2007)
Energia nuclear: um bom negócio para o Brasil?
A intenção do presidente Lula de investir em energia nuclear atrai olhares enviesados da Europa. Analistas dizem que a aposta pode ser um mau negócio, tanto em termos ambientais quanto financeiros. (17.07.2007)
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