Le 14 janvier
Né le 4 avril 1928 à Senghalène, le prêtre Augustin Diamacoune Senghor ne cessera de lutter pour l'indépendance de la Casamance, ancienne colonie portugaise rattachée en 1888 au Sénégal. Figure charismatique et leader historique du MFDC (Mouvement des forces démocratiques de Casamance), il connaît la prison pour son engagement en 1982. Après vingt ans de conflit avec Dakar, l'abbé Diamacoune signe en décembre 2004 un accord de paix qu'une partie du MFDC ne reconnaît pas. Sa disparition, le 14 janvier 2007 à Paris, ouvre une période d'incertitude pour le processus de paix en Casamance.
©Documentation écrite RFI
Werner von Siemens foi o responsável pela colocação do cabo submarino
No dia 14 de janeiro de 1860, o empresário alemão Werner von Siemens encerrou a colocação do cabo submarino entre o Egito e a Índia.
A transmissão de informações, em meados do século 19, era um exercício de paciência. Uma carta remetida de Londres, por exemplo, demorava 30 dias para chegar a Calcutá. Essa situação, porém, foi revolucionada pela telegrafia.
Críticos previam a falência da Newall e Cia. – empresa responsável pelo projeto. O cabo submarino entre a Inglaterra e os Estados Unidos acabara de ter um colapso, após o envio de apenas alguns telegramas. Segundo especialistas, a pressão da água nas profundezas do mar, com o tempo, rompia o material de isolamento usado nas linhas telegráficas.
Precursor da Siemens
A Newall, porém, ignorou os argumentos dos pessimistas, convicta de que estava embarcando num negócio lucrativo. O emergente comércio mundial exigia informações rápidas. A obra foi acompanha pelo maior especialista em telegrafia da época, o engenheiro Werner von Siemens (1816-1892), um dos precursores da Siemens. O inventor do telégrafo de ponteiro (quadrante) deveria supervisionar a instalação do cabo e testar seus equipamentos.
Segundo Wolfgang Wengel, do Museu da Comunicação de Berlim, os operários ingleses zombavam do antipático Siemens, dizendo que o projeto era uma "asneira científica". O cabo submarino foi estendido com incrível precisão e rapidez, mas o primeiro trecho através do Mar Vermelho teve problemas iniciais de operação. Depois de descobrir e eliminar o defeito, Werner von Siemens entregou a supervisão final ao amigo William Meyer. O arquivo histórico da Siemens, em Munique, não registra uma data exata para a conclusão dos trabalhos, mencionando janeiro/fevereiro de 1860 como referência.
Naquela época, telegrafar era um privilégio de grandes empresários e dos governos. A Newall, no entanto, não lucrou muito com o cabo índico. Segundo Wengel, a ligação funcionou satisfatoriamente durante apenas cinco anos. Depois de sofrer as primeiras grandes danificações, o cabo foi abandonado. Era impossível arrancá-lo do fundo do mar, devido ao peso das colônias de corais presas a ele.
Telefonia e cabo ótico
O megaprojeto seguinte foi o cabo telegráfico estendido em 1870, entre a Índia e a Europa – quase exclusivamente em terra firme. Com ele, o tempo de transmissão de uma mensagem entre Londres e Calcutá foi reduzido para apenas alguns minutos. No século 20, porém, a telegrafia foi sendo substituída pela telefonia.
Desde a ascensão da Internet e a liberalização do mercado mundial das telecomunicações, no final do século passado, os antigos cabos submarinos de cobre passaram a ser substituídos por uma nova tecnologia: a fibra ótica.
Ralf Geissler (gh) © 2008 Deutsche Welle
Le 13 janvier
"Prisão de médicos sabotadores". Essa foi a manchete publicada em letras garrafais pelo "Pravda", jornal oficial do Partido Comunista, em 13 de janeiro de 1953. Professores de Medicina do hospital estatal do Kremlin foram acusados de "encurtar a vida de personalidades públicas da União Soviética, através de tratamento incorreto e sabotagem médica".
Segundo a historiadora Jutta Petersdorf, do Instituto do Leste Europeu da Universidade Livre de Berlim, a notícia do Pravda baseava-se num relatório do serviço secreto da URSS, a KGB. "Os médicos do famoso hospital do Kremlin, de repente, foram transformados em delinqüentes, pessoas agressivas, inimigas da URSS e de Stalin pessoalmente. Entre os acusados, encontravam-se alguns russos, mas a maioria deles eram judeus", diz Petersdorf.
O líder soviético Josef Stalin não era o único que odiava os judeus. Existia também um secular anti-semitismo latente na população. Por isso, segundo Jutta Petersdorf, não foi difícil para Stalin usar os antiqüíssimos preconceitos como instrumento de repressão.
Onda de repúdio
"O espantoso foi ver a repercussão que essa campanha de manipulação teve junto à população. Analisando a imprensa da época, nota-se que, em todo o território da URSS, ocorreu uma onda de repúdio aos médicos judeus, culpados do assassinato de extraordinárias personalidades do povo soviético", afirma a historiadora.
De 1936 a 1938, Josef Stalin submeteu o país à primeira grande faxina ideológica. Dezenas de milhares de russos, entre eles fiéis membros do PC, caíram em desgraça. Eles foram assassinados por supostas conspirações anti-soviéticas ou sumiram durante anos ou para sempre nos gigantescos campos de concentração, os temíveis Gulags, nas regiões mais isoladas do grande império. Em 1948, apenas três anos após a vitória sobre a Alemanha nazista, começou uma nova onda de perseguição. Paranóico, a essa altura, Stalin via inimigos por toda parte.
O estopim para a manchete do Pravda de 13 de janeiro de 1953 foi a calúnia de uma médica do hospital do Kremlin. Lydia Timashuk entrou para a história ao denunciar que um colega seu, preso mais tarde, teria de propósito interpretado erroneamente o exame cardiológico de um companheiro de Stalin, para deixá-lo morrer.
Segundo Petersdorf, "esse motivo foi vinculado à morte de várias outras lideranças soviéticas, inclusive Gorki, que também havia sido envenenado por médicos. Para Stalin, portanto, estava claro que todos os médicos eram culpados, não poupando sequer seu médico pessoal, altamente condecorado".
Para atiçar a revolta da população, os líderes do Kremlin divulgaram que, atrás dos "assassinos em bata branca" escondia-se a organização de ajuda norte-americana e judaica Joint. A mando dessa organização, os médicos não só teriam cometido assassinatos como também espionado para os serviços secretos britânico e norte-americano. Profissionais de renome nacional e internacional, eles foram acusados de haverem "entregue" o Kremlin aos norte-americanos e ingleses. "Eram, portanto, suposições completamente loucas", diz Petersdorf.
No último minuto, os médicos ainda conseguiram escapar do processo e da anunciada execução na Praça Vermelha em Moscou. A 5 de março de 1953, menos de dois meses depois da denúncia supostamente espetacular, Josef Stalin morreu de hemorragia cerebral, aos 73 anos.
Os médicos ainda vivos foram libertados. E os algozes stalinistas esconderam rapidamente a chamada Declaração Judaica, elaborada pouco antes da morte do tirano para ser publicada na capa do Pravda logo após a execução dos professores de Medicina.
Ela previa a transferência dos judeus das áreas industriais da URSS para campos de concentração da Sibéria e do Cazaquistão. Ali eles estariam "protegidos e poderiam executar trabalhos úteis ao povo soviético e escapar da compreensível ira provocada pelos médicos traidores", dizia o documento ditado por Stalin.
Gerda Gericke (gh) © 2008 Deutsche Welle
Le 12 janvier
1912: SPD conquista maioria no Parlamento
Reichstag, em Berlim
Nas eleições de 12 de janeiro de 1912, o Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) tornou-se, pela 1ª vez, a maior bancada do Parlamento do Império, o Reichstag. O SPD obteve 34,8% dos votos, conquistando 110 mandatos parlamentares. O sucesso eleitoral dos social-democratas deveu-se a problemas políticos internos, sobretudo à latente crise econômica.
Foi uma lenta mas contínua história de sucesso que se concretizou em 12 de janeiro de 1912. Fundado nos anos 60 do século 19, o SPD representava, principalmente, o operariado do setor industrial. O número de seus filiados duplicara ao longo de apenas uma geração.
O governo de Otto von Bismarck, o "chanceler de ferro", tentou sem sucesso conter o crescimento do partido. Durante 12 anos, todos os jornais, associações e reuniões do SPD ficaram proibidos pela "lei contra as reivindicações da social-democracia, perigosas para a coletividade". Mas, apesar da repressão e difamação, o eleitorado dos social-democratas continuou crescendo.
Onda vermelha
O Sinzinger Zeitung, jornal ligado ao governo, advertia na época:
"Funcionários e servidores públicos alemães! A onda vermelha eleva-se cada vez mais. É preciso enfrentá-la com um muro inabalável e insuperável. O núcleo desse muro deve ser a fidelidade constante ao imperador e ao Império, ao príncipe e à pátria, que vive no coração do funcionalismo público alemão.
A social-democracia quer destruir o que lhes é caro nos campos religioso, cultural e econômico. No dia 12 de janeiro e no segundo turno das eleições, cada voto conta. Votem todos, mas que nenhum funcionário ou servidor público eleja um social-democrata".
Nesse tom, o Sinzinger Zeitung tentava moblizar contra a social-democracia, na véspera da eleição. Sem sucesso, porque em 12 de janeiro de 1912, o SPD obteve seu melhor resultado eleitoral durante o Império. Com quase 35% dos votos, era disparado o partido mais forte, seguido pelo centro católico, com 16,4%, e os conservadores, com apenas 9,2%.
Maioria dos votos x maioria no Parlamento
Ter o voto da maioria dos eleitores, porém, não representava automaticamente uma maioria dos assentos no Parlamento, uma vez que a legislação eleitoral do império desfavorecia o SPD. Em 1890, por exemplo, o partido obtivera a maioria dos votos, mas em função das alianças dos partidos burgueses e da desfavorável divisão dos distritos eleitorais, só conquistou 35 dos 391 mandatos.
Em 1912, porém, o SPD aliara-se ao Partido Progressista, liberal de esquerda, na luta contra a lei eleitoral discriminatória, o armamentismo e a política colonial da Prússia. Essa aliança ajudou o partido a conquistar um grande número de cadeiras, no segundo turno das eleições, em 25 de janeiro. Com 110 deputados, o SPD tornou-se, pela primeira vez, a bancada majoritária no Reichstag.
Poder reduzido
No entanto, mesmo como principal bancada, seu poder de influenciar a política imperial era restrito. De acordo com a Constituição, o chanceler imperial e seus ministros só deviam explicações ao imperador, e não ao Parlamento. O Reichstag só tinha poder para aprovar ou rejeitar o orçamento.
Como, além disso, o imperador podia dissolver o Parlamento a qualquer momento, a autoconfiança dos parlamentares era mínima. Os próprios deputados não escondiam sua desconfiança na instituição, como demonstrou um integrante da ala conservadora em 1910: "O rei da Prússia e imperador da Alemanha deve estar em condições de, a qualquer momento, dizer a um comandante: - Pegue dez homens e feche o Reichstag!"
É o que, de fato, ocorreu uma ou outra vez. Em 1906, por exemplo, o chanceler imperial Bernhard von Bülow mandou dissolver o Parlamento, porque este não lhe havia liberado novos recursos para a guerra colonial contra os hotentotes na África do Sudoeste (hoje Namíbia).
Dois anos após a vitória eleitoral de 1912, os social-democratas foram confrontados com um pedido de créditos para a Primeira Guerra Mundial, que, desta vez, aprovaram. Com a liberação dos recursos e a renúncia a qualquer oposição durante o conflito, o SPD tentou livrar-se da imagem de partido sem patriotismo:
"As conseqüências da política imperial irromperam sobre a Europa como uma tempestade. Estamos diante do fato inegável da guerra. Neste momento, cumprimos o que sempre ressaltamos: na hora do perigo, não abandonamos a pátria".
Rachel Gessat (gh) © 2008 Deutsche Welle
0 Comments:
Post a Comment
<< Home