Efemérides

Saturday, January 05, 2008

Le 5 janvier

2006 - Ehud Olmert Premier ministre en Israël

Le 4 janvier 2006, pour la seconde fois en moins de trois semaines, Ariel Sharon est victime d'une nouvelle attaque cérébrale. Ce deuxième accident entraînant un empêchement durable, sinon définitif, d'Ariel Sharon à exercer ses fonctions, les pouvoirs sont transférés le 5 janvier au vice-Premier ministre Ehud Olmert, selon la Loi fondamentale qui prévoit une période intérimaire de cent jours dans ce cas. Ehud Olmert dispose désormais de "toutes les prérogatives gouvernementales" et peut donc adopter "les décisions nécessaires" à la conduite des affaires de l'Etat.

©Documentation écrite RFI


1953: Estréia de "Esperando Godot"
Cena da peça

A peça, apresentada pela primeira vez em 5 de janeiro de 1953, em Paris, levou seu autor, Samuel Beckett, à fama. O dramaturgo acabou consagrado como criador do "teatro do absurdo".
"A respeito de Beckett só posso dizer o seguinte: gosto muito dele e o admiro profundamente. Sua amizade inquebrantável me é muito cara. Ele é uma pessoa realmente verdadeira, o que me surpreende sempre de novo", declarou o jovem diretor artístico Roger Blin, na revista francesa Arts, meio ano após a estréia de Esperando Godot, de Samuel Beckett, no teatro parisiense Babylone, a 5 de janeiro de 1953.
Embora a peça inicialmente tenha sido um sucesso apenas moderado de público, logo tornou o irlandês Beckett um autor conhecido. Ainda no mesmo ano foi encenada pela primeira vez na Alemanha, no Schlossparktheater de Berlim. Em 1954, o famoso diretor Fritz Kortner levou-a para o palco do Kammerspiele de Munique.
Em poucos anos, o público aceitou a peça, que perdeu o rótulo de "absurda" e passou a integrar o repertório teatral dos clássicos da modernidade. Alguns dramaturgos, como Jean Anouilh, reconheceram desde o início o significado da obra de Beckett. "Godot é uma das obras-primas que desesperam as pessoas em geral e, especialmente, os dramaturgos. Não se pode fazer outra coisa senão tirar o chapéu e pedir aos céus um pouco mais de talento", disse.

Quem é Godot?

Quem, afinal, é Godot, por quem os vagabundos Estragon e Wladimir esperam em vão à beira de uma estrada deserta? Os críticos literários já lançaram uma série de hipóteses e especulações a esse respeito. Será que é apenas uma corruptela da palavra inglesa God com o diminutivo francês ot? Trata-se de um ciclista chamado Godeau, certa vez mencionado por Beckett, cujos heróis eram fascinados por bicicletas? Será que é o Godeau do livro Mercadet, de Balzac, por quem igualmente todos esperam? Ou o autor se refere a Waiting for Godda, expressão vulgar anglo-irlandesa que significa "Esperando Deus" ou algo semelhante?
Não se sabe, ao certo, quem é Godot, mas isso não importa. "Nada a fazer" é a primeira fala escrita por Beckett. A espera é o objeto central da peça, a espera de duas pessoas que matam o tempo com palhaçadas e conversa fiada sobre suicídio, comendo nabos e brincando com seus chapéus. Dois vagabundos esperam, não se sabe por quê. Esperar significa deixar o tempo passar, não fazer nada. A brincadeira infantil do palco torna o tempo perceptível aos atores e espectadores.
Quando a peça estreou em Londres, em 1955, o crítico Kenneth Tynan fez a seguinte observação: "Não tem trama, não tem clímax, não tem desfecho, nem começo, meio e fim." Exatamente por isso alguns críticos costumam definir Beckett como modernista da segunda geração, ao lado de Vladimir Nabokov, William Faulkner e Henry Miller.

Prêmio Nobel

Nascido em 1906, em Dublin, Samuel Beckett viveu a partir de 1937 na França, onde morreu em 1989. Considerado o pai do chamado "teatro do absurdo", seus personagens estão sempre procurando ou esperando alguma coisa, embora imprecisos e indecisos quanto ao objeto desejado. Abordando a morte e o vazio da vida, Beckett criou um humor amargo, sombrio, levemente absurdo na sua disposição de ser irônico e zombeteiro.
Em 1969, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura. Ele próprio encenou Esperando Godot, por exemplo, em 1975, no Schiller-Theater de Berlim, onde também montou outras peças.

Karl-Heinz Lummerich (gh) © 2008 Deutsche Welle

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