Efemérides

Thursday, January 03, 2008

Le 3 janvier

1993 - Signature du traité Start II sur la réduction des armements stratégiques

Signé par les Etats-Unis et l'Union soviétique le 31 juillet 1991, le traité Start I (Strategic Arms Reduction Treaty) prévoit la réduction et la limitation des armements stratégiques nucléaires des deux parties. Le traité Start II, signé le 3 janvier 1993, fixe des plafonds égaux à atteindre pour les deux puissances et doit aboutir à une réduction des deux tiers de leurs forces nucléaires stratégiques.

©Documentation écrite RFI
1521: Excomunhão de Martinho Lutero
Gravura mostra Martinho Lutero traduzindo a Bíblia para o alemão

Em 3 de janeiro de 1521, o papa Leão 10 excomunga o teólogo alemão Martinho Lutero. É o clímax do conflito entre duas visões da religião cristã que acabará resultando numa das mais importantes cisões do Cristianismo.
Em 1514, o padre Martinho Lutero assume, aos 31 anos, a igreja de Wittenberg. Durante seu trabalho, ele constata que muitos dos cidadãos preferem comprar cartas de indulgência a confessar-se com ele. Essas indulgências são vendidas nas feiras livres, e, negociando com o pecado, a Igreja arrecada o capital de que precisa urgentemente. Conta-se que o monge dominicano Johann Tetzel anunciava: "Quando o dinheiro cair na caixinha, o Céu estará recebendo a sua alminha".
O jovem Lutero fica enojado com esse comércio. Ele crê na confissão, e que todos devem poder confiar na graça divina. Em outubro de 1517, envia 95 teses a seus superiores eclesiásticos. Conta a lenda que Lutero pregou as teses com estrondosos golpes de martelo na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. O documento é logo impresso e distribuído entre a gente de Leipzig, Nurembergue e da Basiléia.

O rompimento com Roma

Em 1518, Roma abre um processo por heresia contra Lutero. Dois anos mais tarde, o papa Leão 10 ameaça puni-lo caso não revogue suas teses; em dezembro de 1520, o rebelde queima a bula papal em protesto, além de um livro de leis católicas e várias obras de seus opositores. Agora Martinho Lutero rompera definitiva e irreversivelmente com Roma. Quando Leão 10 fica sabendo do escandaloso espetáculo de incineração, não hesita: em 3 de janeiro de 1521 lança sobre o reformador a maldição da excomunhão. O pregador das indulgências, Tetzel, pede a fogueira para Lutero.
Entretanto, alguns príncipes colocam-se do lado do líder protestante. Eles crêem que através dele será possível limitar o poder de Roma. E convencem o imperador a convidá-lo para ir à corte em Worms. Em abril de 1521, Lutero põe-se a caminho e, ao contrário do que desejaria a Igreja Católica, é recebido com entusiasmo durante todo o trajeto. Ele prega em Erfurt, Gotha e Eisenach, antes de ser celebrado pelos habitantes de Worms.
Na corte, o imperador insiste em que o teólogo retire as suas críticas, porém este responde: "Através das passagens das Escrituras estou preso às palavras de Deus. Portanto, não voltarei atrás, pois agir contra a consciência não é seguro nem saudável. Que Deus me ajude. Amém".

A guarida em Wartburg

Após deixar Worms, Martinho Lutero está protegido por um salvo-conduto que o resguarda de ser imediatamente preso. Porém o imperador declara-o fora da lei e, portanto, exposto ao cárcere e à destruição de seus escritos. Durante a viagem de volta, contudo, a firmeza de caráter do reformador é recompensada: o príncipe-eleitor da Saxônia, Frederico, o Sábio, manda seqüestrá-lo, conferindo-lhe guarida no isolado castelo de Wartburg.
Lá o ex-padre católico começa a traduzir a Bíblia para o alemão. A obra de Lutero não pode mais ser detida. Embora nenhum dos príncipes em Worms saiba disso, começa a Reforma, a Idade Média chega ao fim, desponta a Idade Moderna. E, do protesto do reformador, nasce a Igreja Protestante.

Gábor Halász (av) © 2008 Deutsche Welle
Le 2 janvier
1904: Começa a revolta dos hereros
Forças alemãs que combateram os hereros em 1904

A 2 de janeiro de 1904, estourou uma revolta do povo banto dos hereros contra os colonizadores alemães, na então chamada África do Sudoeste, atual Namíbia. O cacique herero tentou obter o apoio de outras tribos para a luta contra a dominação estrangeira, mas sua esperança de desencadear um levante geral não se concretizou. A rebelião foi sufocada de forma sangrenta, sendo o povo herero quase completamente aniquilado.
A revolta surpreendeu os alemães na África do Sudoeste. Durante 20 anos, eles tinham expandido o seu domínio na atual Namíbia usando a tática de alimentar as rivalidades entre os povos inimigos dos nama e herero. Mas, desta vez, eles próprios foram as vítimas. Os revoltosos, liderados pelo cacique Samuel Maharero, matavam todo alemão que pudesse portar uma arma.
Os hereros viviam basicamente da pecuária. Passo a passo, o orgulhoso povo de pastores perdeu seus campos para os colonizadores alemães. Às vezes, na base de negociações, mas freqüentemente também por meio de falcatruas e violência.

Resistência à dominação

A situação chegou a um ponto em que o cacique dos hereros, Samuel Maharero, conclamou seu povo e outras tribos a resistirem à dominação alemã.
Numa carta ao líder nama Hendrik Witbooi, ele escreveu: "Toda a nossa subserviência e paciência em relação aos alemães não nos trouxe vantagens. Por isso, faço um apelo, meu irmão, para que participes da nossa revolta, de modo a toda a África levantar suas armas contra os alemães."

Reação violenta

Porém, esse sonho de Mahareros não se tornou realidade. Os nama ficaram na expectativa, enquanto o Império Alemão reagiu com extrema brutalidade. O imperador Guilherme 2º mandou tropas comandadas pelo general Lothar von Trotha à África do Sudoeste.
Em carta ao governador da colônia, Theodor von Leutwein, ele anunciou uma violenta repressão: "Conheço muitas tribos africanas… Terror, violência brutal. Essa é a minha política", escreveu.
A 11 de agosto, von Trotha cercou os hereros na decisiva batalha de Waterberg, cerca de 400 quilômetros ao norte de Windhoek. O general alemão organizou suas tropas de forma a que os hereros só podiam romper o cerco num determinado ponto, para fugir rumo ao deserto de Omaheke. Ainda assim foram perseguidos pelos alemães, segundo relatou o comando do exército imperial.

"Ordem de extermínio"

Somente alguns poucos fugitivos conseguiram escapar para o território britânico de Betshuana. Outros tentaram romper a barreira militar alemã e voltar aos seus povoados de origem. Mas von Trotha foi implacável. A 2 de outubro de 1904, baixou uma proclamação que entraria para a história como uma "ordem de extermínio".
Esse ato de barbárie foi demais até para o governo alemão em Berlim. O chanceler imperial Bernhard von Bülow interveio junto ao imperador, argumentando que os hereros eram mão-de-obra indispensável para as fazendas e minas da África do Sudoeste e, por isso, deveriam ser poupados. Guilherme 2º ainda hesitou quase duas semanas até revogar a ordem de extermínio e exigir de von Trotha que aceitasse a capitulação dos hereros.
Para a maioria dos rebeldes, porém, essa decisão veio tarde demais. Apenas cerca 15 mil de um total de 80 mil hereros escaparam do genocídio. O domínio alemão ainda persistiu por mais uma década.

Sob os auspícios sul-africanos

Em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, a atual Namíbia foi ocupada pela África do Sul, na época colônia britânica. Em 1920, a Liga das Nações deu à África do Sul um mandato para administrar o território, situação que perdurou até o final da década de 80.
A luta pela libertação eclodiu em 1966, com o início das guerrilhas praticadas pela Organização dos Povos do Sudoeste da África (Swapo), de linha marxista. A Namíbia, no entanto, só se tornaria um país independente em 21 de março de 1990.

Carsten von Nahmen (gh) © 2008 Deutsche Welle
Le 1 janvier
2007 - Adhésion de la Bulgarie et de la Roumanie à l'Union européenne

Le 1er janvier 2007, la Bulgarie et la Roumanie rejoignent officiellement l'Union européenne conformément aux dispositions du traité d'adhésion signé en avril 2005. Les deux pays restent cependant sous surveillance de la Commission européenne dans de nombreux domaines où les réformes doivent être poursuivies. Avec l'adhésion de ces deux anciens pays du bloc communiste, l'Union européenne compte désormais 27 Etats membres.

2007 - La Slovénie adopte l'euro

Moins de trois ans après son adhésion à l'Union européenne, en mai 2004, la Slovénie adopte officiellement l'euro le 1er janvier 2007. Premier des dix nouveaux Etats membres à respecter les critères de convergence nécessaires à cette adhésion, la Slovénie devient le treizième pays de la zone euro.

2007 - Ban Ki-moon nouveau secrétaire général de l'ONU

Haut représentant de la Corée du Sud auprès de l'ONU de 2001 à 2003, le ministre des Affaires étrangères sud-coréen Ban Ki-moon est élu secrétaire général des Nations unies le 9 octobre 2006. Il prend ses fonctions le 1er janvier 2007 en remplacement de Kofi Annan, en poste depuis 1997.
1993 - Partition de la Tchécoslovaquie
A l'issue de la Première guerre mondiale, qui voit la défaite et le démantèlement de l'empire d'Autriche-Hongrie, les Tchèques et les Slovaques s'unissent en un même Etat, la Tchécoslovaquie, dont l'indépendance est proclamée à Prague le 28 octobre 1918. Disloqué par la Seconde guerre mondiale, le pays est libéré et reconstitué en 1945 puis passe sous influence soviétique après la prise de pouvoir des communistes en 1948. Fin 1989, la "révolution de velours" met fin pacifiquement au régime communiste et réveille les aspirations nationales slovaques. Vainqueurs des élections législatives de juin 1992, le Tchèque Vaclav Klaus et le nationaliste slovaque Vladimir Meciar, aux intérêts divergents, s'accordent sur la partition de la Tchécoslovaquie en six mois, donnant naissance le 1er janvier 1993 à deux Etats indépendants, la République tchèque et la Slovaquie.

1983 -Découverte du VIH

Décelé en juin 1981 par des cas atypiques de pneumocystose en Californie, le sida (syndrome d'immunodéficience acquise) est caractérisé l'année suivante par son origine infectieuse et ses modes de transmission : le sang et les relations sexuelles. En janvier 1983 est identifié l'agent pathogène de la maladie, un "rétrovirus" qui transforme la cellule infectée en machine à fabriquer des particules virales. Le VIH, "virus de l'immunodéficience humaine", est isolé par la chercheuse de l'Institut Pasteur Françoise Barré-Sinoussi, au sein de l'équipe du professeur Luc Montagnier. Cette dernière, talonnée par l'équipe américaine du docteur Robert Gallo, se voit disputer les profits de sa découverte.

1948 - Naissance du Benelux

Héritière de l'union économique belgo-luxembourgeoise de 1921, la convention d'union douanière signée en 1944 entre la Belgique, les Pays-Bas et le Luxembourg entre en vigueur le 1er janvier 1948. Elle a pour vocation la libre circulation des personnes, des biens et des services entre les Etats signataires. Le "Benelux", acronyme formé par les premières lettres des trois pays, se renforcera par le traité d'union économique signé à La Haye le 3 février 1958. Par son esprit et son organisation institutionnelle, le Benelux constitue l'avant-garde du processus d'intégration européenne, dont s'inspirera le traité de Rome.

1938 - Création de la SNCF

Les premières lignes de chemin de fer en France sont mises en service en 1827 pour le transport du charbon, avec une traction animale, tandis que le premier train de voyageurs quitte Paris le 26 août 1837. L'Etat attribue alors des concessions à des compagnies privées, qui financent la construction des lignes, tout en surveillant les tarifs, considérant que les compagnies assurent un service public. En raison des difficultés financières des compagnies privées, les chemins de fer sont nationalisés par la convention du 31 août 1937, qui crée à partir du 1er janvier 1938 une "Société nationale des chemins de fer français" (SNCF), dont l'Etat possède 51% du capital, les 49% restants appartenant aux actionnaires des sociétés financières ayant succédé aux anciennes compagnies. Le réseau ferroviaire est unifié et placé sous la responsabilité de l'Etat.

©Documentation écrite RFI
1863: EUA abolem a escravidão
A abolição visava também acabar com os maus-tratos impostos aos negros nos EUA

Entrou em vigor nos Estados Unidos, a 1° de janeiro de 1863, o Ato de Emancipação assinado pelo presidente Abraham Lincoln. O ponto central dessa lei foi a libertação de cerca de 4 milhões de escravos negros.
"Não haverá tranqüilidade nem sossego na América enquanto o negro não tiver garantidos os seus direitos de cidadão… Enquanto não chegar o radiante dia da justiça… A luta dos negros por liberdade e igualdade de direitos ainda está longe do fim", declarou Martin Luther King na lendária marcha pelos direitos civis rumo a Washington, em 1963.
Essa era a situação nos Estados Unidos cem anos após a abolição da escravatura através da chamada Emancipation Proclamation, promulgada a 1° de janeiro de 1863 pelo presidente Abraham Lincoln.
Desde o início da colonização, em 1619, quando os primeiros escravos chegaram a Jamestown, os problemas da escravidão e a luta pela libertação dos negros marcaram a história dos EUA e, muitas vezes, dividiram a nação.
Às vésperas da Guerra da Secessão (1861–1865), 8 milhões de brancos e 4 milhões de negros (cerca de 500 mil livres) viviam no Sul dos EUA. A estrutura agrária servia de argumento para se afirmar a necessidade da escravidão na região. A discriminação racial era justificada pela crença na suposta desigualdade entre os seres humanos.

Estopim do conflito

Quando o Congresso proibiu oficialmente a importação de escravos, em 1808, ninguém imaginava que as divergências entre o Norte industrializado e o Sul agrícola fossem se agravar tanto, a ponto de culminar numa guerra civil. A escravidão foi o estopim do conflito, mas suas causas foram um complexo emaranhado de fatores socioeconômicos e político-culturais.
Na primeira fase do conflito, o Norte lutou pela unidade da nação e não pela abolição da escravatura. Tanto que o presidente Abraham Lincoln escreveu a um jornalista: "Se eu pudesse salvar a união sem libertar um único escravo, eu o faria".
Ao ver que os nortistas não conquistavam vitórias decisivas, Lincoln aderiu às reivindicações dos republicanos radicais e abolicionistas, e transformou a guerra contra os "Estados rebeldes" numa luta contra a escravidão.

Proibição tardia

Os Estados do Norte vincularam ao Ato de Emancipação de 1° de janeiro de 1863 uma reestruturação do sistema social do Sul. Os negros passaram a ser recrutados pelo exército nortista, mas a proclamação de Lincoln não significou uma abolição institucionalizada da escravatura.
Os 4 milhões de negros ainda tiveram de esperar até dezembro de 1865, quando o Congresso proibiu oficialmente a escravidão nos Estados Unidos através da 13ª Emenda Constitucional.
Pelo artigo suplementar 14, os negros obtiveram direitos iguais aos brancos em 1868. Dois anos mais tarde, o artigo 15 garantiu-lhes a igualdade de direito eleitoral. Estados como Carolina do Sul, Mississippi e Louisiana, porém, deram um jeito de burlar os direitos dos escravos libertados, mantendo restrições legais, os chamados black codes.
Alguns Estados e municípios, não só no Sul dos EUA, encontram ainda hoje meios e caminhos para "manter o negro em seu lugar". Vinculam, por exemplo, o direito de votar a complicadas provas ou inatingíveis patamares de renda mínima.

Igualdade não concretizada

Uma situação que persiste até a atualidade, segundo Martin Luther King 3º, filho do líder negro assassinado: "Naturalmente, hoje temos liberdade de opinião, imprensa e religião. Mas algumas outras liberdades faltam. Basta pensar, por exemplo, nos altos escalões empresariais, claramente dominados por homens brancos. Por isso, temos de nos esforçar para sermos a nação que pretendemos ser".
A Declaração de Emancipação de Lincoln não conseguiu acabar, de repente, com a humilhação da raça negra. Ela também não impediu a violência contra os negros. Ao contrário, motivou até mesmo a criação de sociedades secretas, como a Ku Klux Klan, que estabeleceram como objetivo manter a hegemonia branca no Sul do país. Uma prova do êxito desse tipo de organização é que somente em 1967 foram anuladas as últimas leis de proibição de casamentos mistos.
Isso sem falar no racismo aberto e violento, existente ainda hoje nos EUA, como ressalta o historiador Michael White: "É publico e notório que o racismo está aumentando. Formam-se grupos racistas, dos quais alguns são muito violentos. Os assassinatos e as agressões são, de fato, cada vez mais freqüentes. As tensões sociais persistem e temos grandes problemas com o racismo".

Michael Kleff (gh) © 2008 Deutsche Welle

0 Comments:

Post a Comment

<< Home