Le 20 février
Em 20 de fevereiro de 1857 começam em Bremen as atividades da linha alemã de navegação Norddeutscher Lloyd. Durante muito tempo seus navios de passageiros ligaram a Europa a outras partes do mundo.
No início de sua história, somente o nome estava definido: "Norddeutscher Lloyd", escrito em letras garrafais na capa de uma pasta de arquivo. O autor era Hermann Henrich Meier, grande comerciante de Bremen, cônsul e banqueiro, mais tarde eleito para o Reichstag – como se chamou o Parlamento alemão de 1867 a 1945.
Ambicioso, Meier não podia ver a Hapag (sociedade anônima teuto-norte-americana de transporte de cargas), fundada em Hamburgo em maio de 1847, operando com sucesso no Atlântico Norte, enquanto em Bremen não se conseguia criar uma companhia de navegação genuinamente alemã. E a cidade hanseática de Bremen dispunha de excelentes condições para a navegação transatlântica graças a Bremerhaven, o porto de águas profundas instalado em 1830.
Ambicioso, Meier não podia ver a Hapag (sociedade anônima teuto-norte-americana de transporte de cargas), fundada em Hamburgo em maio de 1847, operando com sucesso no Atlântico Norte, enquanto em Bremen não se conseguia criar uma companhia de navegação genuinamente alemã. E a cidade hanseática de Bremen dispunha de excelentes condições para a navegação transatlântica graças a Bremerhaven, o porto de águas profundas instalado em 1830.
Busca por empresa puramente alemã
Os esforços empreendidos por Meier no verão europeu de 1856 junto a potenciais investidores para seu projeto foram em vão. O dilema era onde conseguir financiamento para a "grandiosa empresa puramente alemã", como dizia o cônsul.
Foi então que Eduard Crüsemann lhe ofereceu ajuda. Crüsemann, 30 anos, filho abastado de um grande comerciante berlinense, morava em Bremen e dirigia uma pequena companhia de navegação. Ele ficou entusiasmado com os planos de Meier, embarcou no projeto e logo exigiu para si um posto de gerência.
Foi o impulso que faltava para quebrar a resistência da elite financeira de Bremen: no dia 20 de fevereiro de 1857, Meier realizava seu sonho, fundando a Norddeutscher Lloyd. O brasão da nova companhia de navegação mostrava uma âncora cruzada por uma chave, envolta numa coroa de folhas de carvalho. A empresa de Bremen imediatamente encomendou ao estaleiro escocês Caird & Company quatro transatlânticos a vapor.
O primeiro, batizado obviamente de Bremen, pesava 2.600 toneladas brutas registradas e tinha motores de 1.500 cavalos. Além disso, o navio desenvolvia uma velocidade de 10 nós (1 nó = 1 milha marítima/hora) e tinha capacidade para 500 passageiros. A viagem de teste, em junho de 1858, virou festa popular.
Foi então que Eduard Crüsemann lhe ofereceu ajuda. Crüsemann, 30 anos, filho abastado de um grande comerciante berlinense, morava em Bremen e dirigia uma pequena companhia de navegação. Ele ficou entusiasmado com os planos de Meier, embarcou no projeto e logo exigiu para si um posto de gerência.
Foi o impulso que faltava para quebrar a resistência da elite financeira de Bremen: no dia 20 de fevereiro de 1857, Meier realizava seu sonho, fundando a Norddeutscher Lloyd. O brasão da nova companhia de navegação mostrava uma âncora cruzada por uma chave, envolta numa coroa de folhas de carvalho. A empresa de Bremen imediatamente encomendou ao estaleiro escocês Caird & Company quatro transatlânticos a vapor.
O primeiro, batizado obviamente de Bremen, pesava 2.600 toneladas brutas registradas e tinha motores de 1.500 cavalos. Além disso, o navio desenvolvia uma velocidade de 10 nós (1 nó = 1 milha marítima/hora) e tinha capacidade para 500 passageiros. A viagem de teste, em junho de 1858, virou festa popular.
Aproximação à concorrente
Com outros três navios, a Lloyd estabeleceu linhas regulares, de duas em duas semanas, entre os portos de Bremen e Nova York, iniciando uma concorrência com a Hapag, de Hamburgo. Apesar dos prejuízos iniciais em dinheiro e mesmo em navios, o cônsul Meier não vacilava. Sua meta era transformar a Norddeutscher Lloyd na principal companhia de navegação da Alemanha. Seus navios tinham de ser rápidos, seguros e confortáveis.
Meier também não teve medo de uma cooperação com a Hapag. As duas companhias coordenaram dias alternados para as partidas e arrendaram um ancoradouro comum num ponto central do porto de Nova York. Quando foi fundado o Deutsches Reich (Império Alemão), em 1871, a Lloyd já era dona de 24 navios a vapor.
Nos anos 80 do século 19, a onda de emigração do Sul e do Leste da Europa para os Estados Unidos foi um negócio lucrativo para os luxuosos navios de passageiros da Lloyd, já então a maior companhia de navegação alemã. Os "vapores" da Lloyd cruzavam o Atlântico em apenas nove dias, transformando as viagens nos cruzeiros de luxo em verdadeiro divertimento.
Esta tradição manteve-se no século 20. Várias vezes, os dois principais navios da Lloyd – Bremen e Europa – conquistaram a faixa azul da travessia mais rápida entre Cape Lizard (Inglaterra) e Nova York, fazendo a rota em quatro dias e 18 horas.
Hoje, a Norddeutscher Lloyd e a Hapag não existem mais como companhias independentes. A forte concorrência internacional forçou sua fusão, dando origem à Hapag Lloyd, em 1970.
Desde então, a mais famosa companhia de navegação alemã cruza os mares do mundo sob bandeira única. Em 1997, tornou-se subsidiária da gigante do turismo TUI. O conglomerado atua com sucesso tanto nas áreas de logística como no de viagens, sendo que o ramo turístico desempenha um papel cada vez mais marcante.
Karl-Heinz Lummerich (gh) © 2008 Deutsche Welle
Meier também não teve medo de uma cooperação com a Hapag. As duas companhias coordenaram dias alternados para as partidas e arrendaram um ancoradouro comum num ponto central do porto de Nova York. Quando foi fundado o Deutsches Reich (Império Alemão), em 1871, a Lloyd já era dona de 24 navios a vapor.
Nos anos 80 do século 19, a onda de emigração do Sul e do Leste da Europa para os Estados Unidos foi um negócio lucrativo para os luxuosos navios de passageiros da Lloyd, já então a maior companhia de navegação alemã. Os "vapores" da Lloyd cruzavam o Atlântico em apenas nove dias, transformando as viagens nos cruzeiros de luxo em verdadeiro divertimento.
Esta tradição manteve-se no século 20. Várias vezes, os dois principais navios da Lloyd – Bremen e Europa – conquistaram a faixa azul da travessia mais rápida entre Cape Lizard (Inglaterra) e Nova York, fazendo a rota em quatro dias e 18 horas.
Hoje, a Norddeutscher Lloyd e a Hapag não existem mais como companhias independentes. A forte concorrência internacional forçou sua fusão, dando origem à Hapag Lloyd, em 1970.
Desde então, a mais famosa companhia de navegação alemã cruza os mares do mundo sob bandeira única. Em 1997, tornou-se subsidiária da gigante do turismo TUI. O conglomerado atua com sucesso tanto nas áreas de logística como no de viagens, sendo que o ramo turístico desempenha um papel cada vez mais marcante.
Karl-Heinz Lummerich (gh) © 2008 Deutsche Welle
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