Efemérides

Monday, November 26, 2007

Le 26 novembre

2005 - Naissance en France du Conseil représentatif des associations noires (CRAN)


Le 26 novembre 2005 est créé le Conseil représentatif des associations noires (CRAN), dont l'objectif est de lutter contre les discriminations dont sont victimes les Noirs en France. L'idée, née lors d'un colloque à l'Ecole des hautes études en sciences sociales, est portée par un de ses maîtres de conférences, le Franco-Sénégalais Pap Ndiaye, et défendue par des intellectuels, artistes ou militants associatifs. Rejetant le communautarisme, le CRAN se veut un interlocuteur nécessaire auprès des autorités françaises "contre les discriminations ethno-raciales et pour le devoir de mémoire". Une soixantaine d'associations sont fédérées au sein du collectif, sous la présidence de Patrick Lozès, conseiller national de l'UDF (centre droit), d'origine béninoise.

©Documentation écrite RFI


1942: "Casablanca" é exibido em pré-estréia
Filme só estreou na Alemanha 10 anos mais tarde

Exibido pela primeira vez em 26 de novembro de 1942, o filme em preto-e-branco "Casablanca" é considerado ainda hoje um dos maiores clássicos da história do cinema.
"Assisti a Casablanca mais uma vez recentemente, após longo tempo. Nos Estados Unidos, ele passa toda semana na televisão. Eu ainda acho o filme incrivelmente ágil; não há monotonia. O filme tem tudo: heroísmo, romantismo e muitos artistas fantásticos em papéis pequenos", comentou certa vez a atriz Ingrid Bergman, falecida em 1982.

Mas não foi somente a comovente história de amor entre a beldade antifascista Ilsa Lund e o honesto dono de bar Rick Blaine (interpretado por Humphrey Bogart) que tornou o filme tão popular até hoje, mais de 60 anos após a pré-estréia.

No business like war business

Passada a tão festejada noite de gala, dia 26 de novembro de 1942 em Manhattan, Nova York, a película ficou de início relativamente esquecida. Porém um bom motivo a trouxe de volta ao cartaz nos cinemas dos Estados Unidos, dois meses depois.

Com a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial, ao lado dos Aliados, em dezembro de 1941, filmes que criticavam a Alemanha nazista haviam ganhado prioridade em Hollywood. Para melhor promover a produção, a Warner Brothers adiou propositalmente seu lançamento em circuito comercial para o dia de encerramento da Conferência de Casablanca, em 26 de janeiro de 1943.

Foi nesta que o primeiro-ministro britânico Winston Churchill e o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt acertaram que a guerra só poderia terminar com a capitulação incondicional da Alemanha, Itália e Japão.

Prêmios e clichês

A estratégia de marketing deu certo. Casablanca foi um sucesso de público e conquistou três Oscars, entre eles o de Melhor Filme de 1943.

Bildunterschrift: Lauren Bacall premiada na Berlinale de 1997Em 1992, Lauren Bacall, o grande amor e última esposa de Humphrey Bogart, perguntava-se mais uma vez por que a história de 1942 tanto atraía a todos, mesmo com o passar dos anos. Seria o espírito do patriotismo em tempo de guerra, ou intrigas e perigos num local misterioso do deserto, ou o desespero dos apaixonados presos numa armadilha em Casablanca?

Os diálogos sob medida e várias insinuações sutis certamente impulsionaram a fama de Casablanca. Não há como negar que a película é repleta de clichês e absurdos, contudo isto não conseguiu até hoje manchar sua aura.

Por exemplo, os vistos no passaporte para a viagem a Lisboa trazem a assinatura de Charles de Gaulle, ou seja, exatamente do homem que liderava o movimento de resistência francesa contra o governo de Vichy, colaboracionista com os nazistas. E Victor Laszlo, que havia acabado de fugir de um campo de concentração, andava para lá e para cá sempre vestido com um bem passado terno tropical da alta costura parisiense.

Adulterado na Alemanha

Por uma ironia do destino, europeus que fugiram do continente devido à perseguição nazistas, interpretaram no filme tanto os papéis dos refugiados como também dos homens da SS alemã.

Para Humphrey Bogart, Casablanca foi o ponto máximo de sua carreira: o aventureiro desiludido tornado anti-herói, cinicamente calmo. Um homem de ação, como o comissário Louis Renault, da polícia francesa atestava no seguinte diálogo na tela:

Rick Blaine: "Louis, como assim você acha que eu poderia me interessar em ajudar Laszlo a fugir?"

Louis Renault: "Porque eu, meu querido Rick, suspeito que por trás deste ar cínico bate um coração sentimental. Você pode rir à vontade, mas estou me orientando exatamente por seu passado. Deixe eu apenas destacar dois momentos: em 1935, você contrabandeava armas para a Etiópia; em 1936, lutou na Espanha contra os fascistas."

Casablanca só foi estrear nos cinemas alemães em 1952. No entanto, numa versão abreviada e adulterada de tal forma através da dublagem, que o filme ficou desfigurado. Todas as referências ao nazismo haviam sido eliminadas. E a figura de Laszlo, membro da resistência, fora transformada em físico nuclear norueguês. A Guerra Fria dos tempos de Adenauer se apoderara, a seu jeito, do passado.

Michael Marek (mw) © 2007 Deutsche Welle


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