Efemérides

Saturday, June 30, 2007

1977
Dissolution de l'OTASE, organisation de défense collective de l'Asie du Sud-Est
L'Australie, la Nouvelle-Zélande, le Pakistan, la Thaïlande, les Philippines, le Royaume-Uni et les Etats-Unis sont les signataires, le 8 septembre 1954 à Manille, du traité fondateur de l'OTASE (Organisation du traité de l'Asie du Sud-Est). Alliance militaire contre les puissances communistes (Union soviétique, Vietnam et Chine), elle prévoit aussi le règlement pacifique des litiges et renforce les coopérations économique et technique. La République du Sud-Vietnam, le Cambodge et le Laos ne sont pas conviés, en raison des accords de Genève de 1954. La France se retirera de l'OTASE en 1965, le Pakistan en 1972. Suite à la fin de la guerre du Vietnam et au réchauffement des relations Est-Ouest, les Etats encore membres décideront en septembre 1975 de mettre fin à l'OTASE, officiellement dissoute le 30 juin 1977. Organisation plus économique et politique, l'ASEAN (Association des nations du Sud-est asiatique) avait pris le relais dès 1967.

©Documentation écrite RFI

1934: Hitler manda executar Ernst Röhm
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Ernst Röhm (centro)
No dia 30 de junho de 1934, foi preso Ernst Röhm, um ex-colaborador de Hitler. Ele se tornou desnecessário para o aparato nazista, por querer transformar a SA (Tropa de Assalto) num exército, sob seu poder. O 30 de junho entrou para a história como a Noite dos Longos Punhais. O banho de sangue custou 85 vidas, muitas delas sem qualquer ligação com Röhm.

O capitão Ernst Röhm, organizador da Seção de Assalto (SA – Sturmabteilung) do partido nazista, não imaginava qual seria seu destino, depois de cair em desgraça com Hitler. O Führer havia decidido matá-lo. Faltando apenas um dia para o fim das férias coletivas dos integrantes da SA, o próprio chanceler alemão deu início ao massacre de seus ex-aliados, num episódio de incrível brutalidade e traição, que ficou conhecido como a Noite dos Longos Punhais.

Röhm, um típico representante da chamada "geração perdida" da Primeira Guerra Mundial, acreditava no ideário nazista, quando aderiu ao partido em 1918. Logo no ano seguinte, passou a integrar o privilegiado grupo de amigos pessoais de Hitler. Ferido três vezes na Primeira Guerra Mundial, lembrava com nostalgia a camaradagem dos soldados nas frentes de batalha. A isso, ele adicionava uma porção de energia criminosa, disfarçada sob a máscara de um nacionalista revolucionário.

Treinos na Bolívia

Ele demonstrava um desprezo profundo pelo que chamava de "farisaísmo e hipocrisia burguesa". Nos primórdios do movimento nazista, revelara-se como organizador talentoso, atraindo um grande número de adeptos para o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores da Alemanha (NSDAP). Em 1924, elegeu-se para o Reichstag (parlamento), pelo Partido Liberal Popular Alemão e foi encarregado de organizar o batalhão nazista Frontbann. Passou os dois anos seguintes treinando soldados na Bolívia e, em 1930, foi nomeado para o posto de comandante da SA.

Röhm transformou a SA – inicialmente uma espécie de força paramilitar privada de Hitler – numa milícia popular formada por combatentes de rua, capangas e arruaceiros. Do seu ponto de vista, foi "bem-sucedido": o número de integrantes da SA subiu de 70 mil para 170 mil em apenas 18 meses. As fileiras da milícia eram engrossadas, principalmente, por desempregados, mas eram recrutados também ladrões e assassinos. Para Ernst Röhm, esse "exército plebeu" era o núcleo do movimento nazista, "a encarnação e garantia da revolução permanente", baseada no "socialismo de caserna" que ele experimentara durante a Primeira Guerra Mundial.

De fato, a SA desempenhou um papel decisivo na ascensão de Hitler entre 1930 e 1933, através da intimidação de adversários políticos. Mas em 1933, quando já contava com milhões de integrantes, a organização sofreu uma pequena decepção. Seus líderes, que aspiravam à supremacia dos quartéis sobre a classe política, irritavam-se com a crescente burocratização do movimento nazista. O sonho de Ernst Röhm era ser o comandante supremo de uma enorme força armada, resultante da fusão da SA com o exército regular. Hitler seria então "apenas" o chefe político. Como comandante da SA, ministro sem pasta e secretário estadual na Baviera, Röhm ainda ocupava cargos de destaque no final de 1933, mas desperdiçou todos os seus trunfos.



Impecilho aos planos de Hitler


Ele rejeitou o plano de Hitler de realizar uma revolução sob o manto da legalidade e passou a falar publicamente de um iminente golpe de Estado. Sua demagogia populista era rejeitada pela classe média e preocupava os militares e industriais, que formavam a base do regime nazista. A reivindicação de Röhm de transformar a SA numa milícia autônoma alarmou os generais, indispensáveis para os planos de longo prazo de Hitler.

Como o chanceler demorasse a agir, o Exército lhe deu um ultimato, dizendo que, se uma medida enérgica não fosse tomada, um golpe de Estado militar tiraria os nazistas do poder. Foi aí que Hitler decidiu liquidar "Röhm e seus rebeldes".

Sem a menor suspeita da chacina que estava sendo tramada, Röhm foi preso na noite de 30 de junho de 1934, no Hotel Hanselbauer, em Bad Wiessee, junto ao lago Tegernsee (Baviera), onde festejava com outros líderes da SA. Levado para a prisão de Stadelheim, negou-se a cometer suicídio e foi fuzilado. Na chamada Noite dos Longos Punhais os nazistas executaram sumariamente 85 pessoas, muitas delas sem qualquer ligação com Röhm.

Oficialmente, o governo alemão alegou que a SA estava preparando um golpe contra o Reich. Na prática porém, Hitler concretizava apenas mais uma de suas estratégias de poder: após o massacre, ele não tinha mais rivais e podia celebrar o domínio absoluto sobre o partido nazista.



Doris Bulau (gh)|© 2007 Deutsche Welle

Friday, June 29, 2007

2006
Première participation des femmes à un scrutin législatif au Koweït
Pour la première fois, les femmes élisent leurs députés au même titre que les hommes lors de ces élections législatives anticipées où 28 femmes sont également candidates. L'opposition, formée par l'alliance des islamistes et des libéraux, remporte 33 des 50 sièges à pourvoir sur 65, les islamistes occupant à eux seuls 21 sièges du nouveau Parlement.

2002
Fin de l'organisation terroriste grecque "17-Novembre"
Le 17 novembre 1973, les manifestations étudiantes contre la dictature des Colonels, en place depuis le 21 avril 1967, sont réprimées dans le sang. Un mouvement terroriste d'extrême-gauche prend alors le nom de "17-Novembre". Responsable depuis son premier attentat le 23 décembre 1975 de 23 assassinats et d'une cinquantaine d'attentats à la bombe ou à la roquette, il vise des cibles "impérialistes", le plus souvent des représentants des Etats-Unis, soutiens des Colonels. Parmi leurs victimes, des diplomates et militaires américains et turcs, l'armateur grec Costas Peratikos, l'attaché militaire britannique à Athènes Stephen Saunders. Pendant 27 ans, le groupe "17-Novembre", inscrit sur la "liste noire" de l'Union européenne et la liste américaine et des organisations terroristes, demeure insaisissable. Jusqu'au 29 juin 2002 et l'explosion accidentelle d'une bombe au port du Pirée entre les mains d'un homme qui avoue faire partie de l'organisation terroriste, vite démantelée.

1992
Assassinat du président algérien Mohamed Boudiaf
Le 29 juin 1992, le président algérien Mohamed Boudiaf est assassiné dans un attentat à Annaba, à l'est d'Alger. Chef historique du FLN, il vivait en exil au Maroc avant que la crise politique ne le rappelle en Algérie. La large victoire du FIS (Front islamique du salut) aux élections de décembre 1991 avait amené en janvier 1992 à la démission du président Chadli Bendjedid et à la suspension du processus électoral par le Haut Conseil de sécurité. Devenu président du Haut Comité d'Etat créé le 14 janvier, Mohamed Boudiaf avait instauré l'état d'urgence et s'était donné pour mission de rétablir l'autorité de l'Etat. La dissolution du FIS, en mars, et l'ouverture du procès de ses dirigeants, le 27 juin, avaient provoqué la radicalisation des islamistes, résolus à la violence. Le 2 juillet, le Haut Comité d'Etat choisit Ali Kafi pour remplacer le président assassiné. Le meurtrier, le sous-lieutenant Lembarek Boumaarafi, sera condamné à mort le 3 juin 1995.

©Documentation écrite RFI

1958: Pelé campeão do mundo
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Edson Arantes do Nascimento, Pelé
No dia 29 de junho de 1958, a seleção brasileira de futebol venceu sua primeira Copa do Mundo, na Suécia. O herói da equipe foi Pelé, então com 17 anos, no começo de sua esplêndida carreira.

Brasil x Suécia

Final da Copa do Mundo de 1958

Local: Estádio de Rosunda, em Estocolmo.

Estádio lotado para a final entre o anfitrião e o favorito sul-americano. A grande sensação, no entanto, era Pelé, com 17 anos, o jogador mais jovem de todas as Copas. Édson Arantes do Nascimento havia iniciado a carreira profissional no Santos, com 15 anos de idade, quando seu apelido ainda era Gasolina.

Hoje, Pelé é respeitado em todo mundo como um dos melhores jogadores de futebol de todos os tempos, se não o melhor, o que é atestado pelo título de "rei", pelo qual é conhecido não só no Brasil. Nas mais de 1.360 partidas que disputou, Pelé marcou 1.281 gols. Seus companheiros de equipe o admiravam tanto quanto os fãs de todo o mundo. Rodrigues, o goleiro que sofreu o primeiro gol de Pelé como profissional, faturou com as camisetas que mandou imprimir com seu nome e a frase "Goleiro que sofreu o primeiro gol de Pelé".

Outro ídolo, Garrincha, disse certa vez que "Pelé é um monstro de outro mundo!". Seis gols foram marcados pelo "rei" na Copa da Suécia, inclusive o último nos minutos finais da partida decisiva, que terminou em 5 a 2 para a seleção canarinho.

Ao da Suécia, sucederam-se mais dois títulos mundiais, com o Brasil de Pelé: 1962, no Chile, e 1970, no México. Em 1974, Pelé mudou-se para os Estados Unidos, onde jogou no Cosmos, de Nova Iorque. O "rei" e o Kaiser Beckenbauer tornaram o futebol conhecido no país do beisebol.



Arnulf Boettcher (rw)|© 2007 Deutsche Welle

Thursday, June 28, 2007

1907
Naissance de Paul-Emile Victor
Né à Genève le 28 juin 1907, Paul-Emile Victor est le troisième grand explorateur polaire français, après Dumont d'Urville et Jean-Baptiste Charcot, qui l'embarque pour sa première mission dans l'Arctique en 1934. Ethnologue vivant auprès des Inuits, explorateur infatigable du Groenland, il fonde en 1947 les Expéditions polaires françaises (EPF) et dirigera 31 missions du Grand Nord à l'Antarctique. Dessinateur et auteur d'ouvrages scientifiques, il s'engage activement pour la défense de l'environnement avant de se retirer en 1977 sur un îlot de Bora Bora, en Polynésie française, où il meurt le 7 mars 1995.

©Documentation écrite RFI


1914: Atentado em Sarajevo
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: O arquiduque e a esposa, minutos antes do atentado
No dia 28 de junho de 1914, um atentado na capital da província austríaca da Bósnia-Herzegovina matou o arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, Sofia Chotek.

O atentado acabou deflagrando a Primeira Guerra. Foi um estudante sérvio chamado Gavrilo Princip, de 19 anos, pertencente a uma associação secreta conhecida como Mão Negra, quem assassinou o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono da Áustria, e sua esposa.

O atentado, ocorrido na cidade de Sarajevo na Bósnia, culminou com a declaração de guerra contra a Sérvia por parte do Império Austro-Húngaro. Os países europeus foram, um a um, arrastados para o conflito, que durou quatro anos, de 1914 a 1918.

Francisco Ferdinando foi morto a tiros, a curta distância, enquanto passeava por Sarajevo. A visita era uma tentativa do império, com sede em Viena, de demonstrar força na capital bósnia.

Princip era um dos sete conspiradores espalhados em pontos nevrálgicos da cidade de Sarajevo. Eram todos jovens, entre 17 e 20 anos, membros do movimento nacionalista que pretendia uma Grande Sérvia e inimigos da monarquia dos Habsburg.

Articulador foi outro

O articulador do atentado, entretanto, havia sido outro: o chefe do Departamento sérvio de Informações, brigadeiro Dragutin Dimitrijevic. Seu objetivo foi evitar que se concretizasse a idéia de Fancisco Ferdinando, que queria aumentar a influência dos eslavos em detrimento dos húngaros.

Hoje em dia, não restam dúvidas entre os historiadores de que os responsáveis pela morte do arquiduque – o núcleo do generalato sérvio, apoiado pelo emissário imperial russo em Belgrado – queriam eliminar o sucessor ao trono, cujo objetivo era integrar na sociedade imperial os insatisfeitos grupos étnicos eslavos da monarquia. Desta forma, seria evitado o perigo de uma ruptura dos territórios sulinos, ou seja, a Eslovênia, Croácia, Dalmácia e Bósnia.

A declaração de guerra que deflagraria o primeiro grande conflito mundial foi feito pelo Império Austro-Húngaro à Sérvia a 28 de julho. Foi a primeira de uma série, que acabaria envolvendo toda a Europa.

Em outubro de 1914, o autor e co-autores do atentado foram julgados. Entre eles, um colegial de 18 anos, chamado Vaso Djobrilovic, condenado a 16 anos de prisão. Mais tarde, acabou sendo ministro durante cinco anos sob o governo de Tito.



Gerhard Appeltauer (rw)|© 2007 Deutsche Welle

Wednesday, June 27, 2007

1977
Indépendance de Djibouti
Après le référendum du 8 mai 1977, le Territoire français des Afars et des Issas, situé entre la Somalie et l'Ethiopie, devient indépendant le 27 juin 1977 sous le nom de République de Djibouti. Hassan Gouled Aptidon devient le premier dirigeant de ce petit pays de la Corne de l'Afrique, stratégique par sa situation entre Suez et l'Orient. La France, qui avait établi une colonie à Obock en 1862, obtient de maintenir à Djibouti une importante présence militaire.

©Documentation écrite RFI


1942: Panfletos da resistência antinazista "Rosa Branca"
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Hans e Sophie Scholl, do movimento Rosa Branca, foram condenados à morte pelos nazistas
A partir de 27 de junho de 1942, nas caixas do correio de grandes cidades do sul da Alemanha e da Áustria, começaram a ser distribuídos panfletos contra o regime nazista pelo movimento de resistência "Weisse Rose".

O Rosa Branca (Weisse Rose), atuante em Munique e em Hamburgo, foi o movimento de resistência de jovens alemães mais conhecido durante o Terceiro Reich. Seu núcleo era formado por universitários de 21 a 25 anos de idade, entre estes os irmãos Hans e Sophie Scholl, Alexander Schmorell, Willi Graf e Christoph Probst.

Os panfletos, que começaram a ser distribuídos nas caixas de correio de intelectuais dos grandes centros na Baviera e na Áustria, condenavam a resistência passiva contra a guerra e a opressão intelectual pelos nazistas. Os textos revelavam o alto nível cultural de seus redatores e apelavam a valores religiosos.

Nos quatro primeiros panfletos, distribuídos entre 27 de junho e 12 de julho de 1942, foram usados em profusão trechos apocalípticos da Bíblia. Os dois últimos folhetos, entretanto, tiveram um estilo completamente adverso. Em linguagem direta, apresentavam planos concretos para a Alemanha pós-guerra, dirigindo-se a todas as camadas da população.

Primeira derrota chocou a população alemã

A morte de 300 mil alemães na batalha de Stalingrado, em fevereiro de 1943, representou uma reviravolta na Segunda Guerra Mundial. A primeira derrota alemã alimentou a resistência em todas as cidades européias ocupadas pelos nazistas e ao mesmo tempo chocou a população do país.

Willi Graf, Alexander Schmorell e Hans Scholl passaram a noite pichando Abaixo Hitler e Liberdade nas paredes da universidade e de prédios vizinhos. O grupo Rosa Branca aproveitou a ocasião, publicando um novo panfleto. A estratégia era redigir os textos em máquina de escrever, copiá-los e enviá-los pelo correio a partir de várias cidades diferentes.

Descobertos enquanto depositavam suas mensagens nos corredores do prédio principal da Universidade de Munique, os irmãos Hans e Sophie Scholl foram presos pela Gestapo, a polícia política de Hitler. Junto com Christoph Probst, foram julgados no dia 22 do mesmo mês. Em pouco mais de três horas de julgamento, foram condenados à morte e executados no mesmo dia. Os demais membros do grupo de resistência Rosa Branca de Munique foram executados após julgamentos sumários, entre abril e outubro de 1943.

Mais indignação do que ideologia

O objetivo dos panfletos era abalar a confiança dos alemães no Führer, despertar ao menos um mínimo de dúvidas sobre a veracidade da propaganda feita pelo regime e alimentar eventuais células de resistência no próprio povo alemão. O movimento surgiu menos de uma ideologia política e mais da indignação com a forma como os alemães aceitavam o nazismo e a guerra feita em seu nome.

A coragem dos membros do Rosa Branca ficou conhecida em toda a Alemanha ainda no decorrer da Segunda Guerra. O escritor Thomas Mann reconheceu seus méritos publicamente, num pronunciamento transmitido pela BBC no dia 27 de junho de 1943. Reproduções do último panfleto da resistência estudantil, feitas na Inglaterra, foram jogadas pelos aviões britânicos sobre território alemão.

Durante o segundo semestre de 1943, a Gestapo descobriu em Hamburgo um grupo de resistência que divulgava os panfletos do movimento de Munique. Dos 50 participantes, oito universitários foram condenados à morte: Hans Konrad Leipelt, Greta Rothe, Reinhold Meyer, Frederick Gaussenheimer, Käte Leipelt, Elisabeth Lange,

Curt Ledien e Margarete Mrosek. (rw)|© 2007 Deutsche Welle

Tuesday, June 26, 2007

– Ich bin ein Berliner!

1963: Kennedy visita Berlim Ocidental

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Kennedy em Berlim
No dia 26 de junho de 1963, o presidente norte-americano John Kennedy encerrou em Berlim uma visita de quatro dias à Alemanha. Ele conseguiu transmitir o apoio de Washington aos moradores de Berlim Ocidental com a célebre frase "Eu sou um berlinense!"

A recepção ao presidente John F. Kennedy foi uma das maiores festas populares da então Berlim Ocidental. Em torno de 1,5 milhão de pessoas gritavam nas ruas o nome do presidente norte-americano. Berlim, além de dividida desde agosto de 1961 por um muro construído pelos comunistas, ainda ficava encravada dentro da Alemanha Oriental.

A segurança da visita era garantida pelos soldados da França, do Reino Unido e dos Estados Unidos, potências ocidentais vencedoras da Segunda Guerra. O discurso de Kennedy, em inglês, continham quatro palavras em alemão que sintetizavam o significado da presença do líder norte-americano na capital dividida.

- Há 2 mil anos, a frase mais orgulhosa que se podia dizer era "eu sou um romano". Hoje, a frase de maior orgulho que alguém no mundo livre pode falar é: "ich bin ein Berliner!" (eu sou um berlinense!).

Em carro aberto, Kennedy passeou pela cidade e visitou seus símbolos, com uma breve parada diante do muro que dividia a cidade e de Checkpoint Charlie, o posto de controle na passagem a Berlim Oriental.

Na visita, o chefe do governo norte-americano foi acompanhado pelo então prefeito de Berlim Ocidental, Willy Brandt (que mais tarde se tornaria chanceler da República Federal da Alemanha) e pelo chefe do governo alemão-ocidental, Konrad Adenauer, já com 87 anos.

Encerrando seu pronunciamento, outra vez, conscientemente e para expressar solidariedade e esperança aos estados alemães divididos, Kennedy repetiu a famosa frase, em alemão e bem alto:

– Ich bin ein Berliner!

A visita se encerrou com a inclusão do nome do presidente norte-americano no livro de ouro da cidade.

Marcel Fürstenau (rw)|© 2007 Deutsche Welle

2002
La Russie membre à part entière du G8
Simple invitée du G7 (Allemagne, Canada, Etats-Unis, France, Grande-Bretagne, Italie, Japon) depuis 1992, la Russie est intégrée comme membre à part entière au groupe des pays les plus industrialisés lors du sommet de Kanasnakis (Canada), réuni du 26 au 28 juin 2002, où elle est pour la première fois associée aux discussions économiques. Chargée d'organiser le sommet du G8 en 2006, la Russie est à partir de cette date conviée aux réunions des ministres des finances.

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1942: Panfletos da resistência antinazista "Rosa Branca"
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Hans e Sophie Scholl, do movimento Rosa Branca, foram condenados à morte pelos nazistas
A partir de 27 de junho de 1942, nas caixas do correio de grandes cidades do sul da Alemanha e da Áustria, começaram a ser distribuídos panfletos contra o regime nazista pelo movimento de resistência "Weisse Rose".

O Rosa Branca (Weisse Rose), atuante em Munique e em Hamburgo, foi o movimento de resistência de jovens alemães mais conhecido durante o Terceiro Reich. Seu núcleo era formado por universitários de 21 a 25 anos de idade, entre estes os irmãos Hans e Sophie Scholl, Alexander Schmorell, Willi Graf e Christoph Probst.

Os panfletos, que começaram a ser distribuídos nas caixas de correio de intelectuais dos grandes centros na Baviera e na Áustria, condenavam a resistência passiva contra a guerra e a opressão intelectual pelos nazistas. Os textos revelavam o alto nível cultural de seus redatores e apelavam a valores religiosos.

Nos quatro primeiros panfletos, distribuídos entre 27 de junho e 12 de julho de 1942, foram usados em profusão trechos apocalípticos da Bíblia. Os dois últimos folhetos, entretanto, tiveram um estilo completamente adverso. Em linguagem direta, apresentavam planos concretos para a Alemanha pós-guerra, dirigindo-se a todas as camadas da população.

Primeira derrota chocou a população alemã

A morte de 300 mil alemães na batalha de Stalingrado, em fevereiro de 1943, representou uma reviravolta na Segunda Guerra Mundial. A primeira derrota alemã alimentou a resistência em todas as cidades européias ocupadas pelos nazistas e ao mesmo tempo chocou a população do país.

Willi Graf, Alexander Schmorell e Hans Scholl passaram a noite pichando Abaixo Hitler e Liberdade nas paredes da universidade e de prédios vizinhos. O grupo Rosa Branca aproveitou a ocasião, publicando um novo panfleto. A estratégia era redigir os textos em máquina de escrever, copiá-los e enviá-los pelo correio a partir de várias cidades diferentes.

Descobertos enquanto depositavam suas mensagens nos corredores do prédio principal da Universidade de Munique, os irmãos Hans e Sophie Scholl foram presos pela Gestapo, a polícia política de Hitler. Junto com Christoph Probst, foram julgados no dia 22 do mesmo mês. Em pouco mais de três horas de julgamento, foram condenados à morte e executados no mesmo dia. Os demais membros do grupo de resistência Rosa Branca de Munique foram executados após julgamentos sumários, entre abril e outubro de 1943.

Mais indignação do que ideologia

O objetivo dos panfletos era abalar a confiança dos alemães no Führer, despertar ao menos um mínimo de dúvidas sobre a veracidade da propaganda feita pelo regime e alimentar eventuais células de resistência no próprio povo alemão. O movimento surgiu menos de uma ideologia política e mais da indignação com a forma como os alemães aceitavam o nazismo e a guerra feita em seu nome.

A coragem dos membros do Rosa Branca ficou conhecida em toda a Alemanha ainda no decorrer da Segunda Guerra. O escritor Thomas Mann reconheceu seus méritos publicamente, num pronunciamento transmitido pela BBC no dia 27 de junho de 1943. Reproduções do último panfleto da resistência estudantil, feitas na Inglaterra, foram jogadas pelos aviões britânicos sobre território alemão.

Durante o segundo semestre de 1943, a Gestapo descobriu em Hamburgo um grupo de resistência que divulgava os panfletos do movimento de Munique. Dos 50 participantes, oito universitários foram condenados à morte: Hans Konrad Leipelt, Greta Rothe, Reinhold Meyer, Frederick Gaussenheimer, Käte Leipelt, Elisabeth Lange, Curt Ledien e Margarete Mrosek. (rw)



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Monday, June 25, 2007

Les Fleurs de Baudelaire.

1857
Parution des "Fleurs du Mal" de Charles Baudelaire
Charles Baudelaire (1821-1867), connu comme critique d'art et traducteur d'Edgar Allan Poe, travaille quinze ans durant à un recueil de poèmes, "Les Fleurs du Mal", qui paraît le 25 juin 1857. Le 5 juillet, "Le Figaro" dénonce avec véhémence l'immoralité de l'ouvrage, objet d'une instruction judiciaire dès le surlendemain. Malgré le soutien d'écrivains et de poètes, qui saluent "Les Fleurs du Mal" comme un chef-d'œuvre, Baudelaire est condamné le 20 août 1857 pour "outrage à la morale publique et aux bonnes mœurs", et son recueil amputé de six poèmes. Une requête en révision aboutira à l'annulation du jugement par la Cour de cassation le 31 mai 1949, autorisant la publication des six pièces interdites après 92 ans de purgatoire.

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1950: Começa a Guerra da Coréia

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Agricultores fogem dos conflitos na Coréia

Unidades do exército da Coréia do Norte violaram a fronteira que divide a península coreana desde a Segunda Guerra Mundial, na altura dos 38 graus de latitude norte. O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o país comunista pela agressão e concedeu à ONU um mandato de intervenção militar. Quinze países-membros enviaram soldados para as tropas de apoio à Coréia do Sul, inicialmente comandadas pelo general norte-americano Douglas MacArthur.

A guerra durou quase três anos e causou drásticas perdas para ambos os lados. Primeiro, os comunistas avançaram até o extremo sul. Daí veio a contra-ofensiva dos aliados. Numa campanha-relâmpago, a capital sul-coreana Seul foi reconquistada, sendo o exército norte-coreano quase completamente dizimado.


Em outubro de 1950, a ofensiva liderada pelos Estados Unidos chegou à fronteira entre a Coréia do Norte e a China. Os chineses entraram no conflito e, um ano depois, a situação se estabilizou, aproximadamente na linha geográfica em que começara o confronto.


Coréia do Norte perde território


Um dos principais defensores da intervenção dos EUA foi o então secretário de Estado norte-americano John Forster Dulles, adepto da política de contenção do comunismo. "Grandes guerras, em geral, começam em função de um erro e não com base num plano. A Coréia do Norte, que inicialmente conseguira o controle sobre toda a península, à exceção de uma cabeça de ponte no sul, foi forçada a recuar à sua base inicial e até perdeu território. O agressor teve enormes prejuízos, sem obter qualquer êxito", disse Dulles, ao fazer um balanço do conflito.

O saldo do confronto militar foi desastroso: mais de 54 mil soldados norte-americanos morreram nos combates; dois milhões de soldados e 1,5 milhão de civis coreanos foram mortos, feridos ou dados como desaparecidos. O país foi arruinado por uma guerra que não teve vencedores. As negociações de paz entre as lideranças stalinistas do norte e o governo autoritário do sul arrastaram-se por dois anos.

A morte de Josef Stalin, a 5 de maio de 1953, provocou um relativo relaxamento da tensão e, a 27 de julho daquele ano, foi assinado um armistício. Por ocasião da assinatura do cessar-fogo, o presidente norte-americano Dwight D. Eisenhower disse que esse passo representava "um fim rápido à luta entre as tropas das Nações Unidas e o exército comunista". Ressaltou ainda que os EUA pagaram um alto preço para conter a agressão militar à Coréia do Sul. "Mas agora é hora de sentar à mesa de negociações", concluiu.

O cessar-fogo de 1953 foi assinado na aldeia fronteiriça de Panmunjom, situada exatamente nos 38 graus de latitude norte. A mesa verde de negociações, instalada num barraco de madeira, servia ao mesmo tempo de linha divisória entre as partes conflitantes: de um lado, estavam os representantes dos EUA e da Coréia do Sul e, do outro, os chineses e norte-coreanos. Apesar da pressão internacional, as duas Coréias nunca formalizaram um acordo de paz.



Troca de acusações


Os norte-coreanos acusam seus conterrâneos do sul de terem praticado, desde 1953, cerca de 300 mil transgressões ao cessar-fogo. Neste sentido, a Coréia do Sul é mais modesta e coloca apenas 56 mil violações de fronteira na conta dos norte-coreanos. Em 1998, por exemplo, um minissubmarino de espionagem da Coréia do Norte foi capturado por redes de pescadores da costa sul-coreana.


O Pentágono também confirmou oficialmente algumas agressões brutais dos militares norte-americanos, como o massacre de centenas de civis em No Gun Ri. Décadas mais tarde, o Departamento de Defesa dos EUA descobriu um documento cuja existência era negada pelo exército. Era uma ordem por escrito para "executar todos os civis que se aproximassem de posições norte-americanas".

O comando militar dos EUA já causara problemas durante o conflito. Em 1951, o presidente Harry Truman afastou o general Douglas MacArthur, que pretendia acabar com a Guerra da Coréia, através do bombardeio de cidades industriais chinesas. O plano de MacArthur previa, se necessário, até o lançamento de bombas atômicas sobre a China.


A Coréia permanece ainda hoje dividida e é considerada um dos últimos resquícios da Guerra Fria. Os dois governos, porém, realizam contatos diplomáticos com vistas a uma reaproximação.



Michael Marek (gh)|© 2007 Deutsche Welle

Sunday, June 24, 2007

2005
Mahmoud Ahmadinejad élu président en Iran
Ultraconservateur et populiste, le maire de Téhéran Mahmoud Ahmadinejad est élu au second tour de l'élection présidentielle, le 24 juin 2005, avec 61,69% des voix contre 35,92% à son rival Ali Akbar Hachemi Rafsandjani, le candidat de la jeunesse dorée iranienne. Mahmoud Ahmadinejad succède au réformateur Mohammad Khatami, président depuis 1997.

1982
Jean-Loup Chrétien, premier Français dans l'espace
Spationaute du CNES (Centre national d'études spatiales), Jean-Loup Chrétien est sélectionné pour une mission spatiale franco-soviétique. Du 24 juin au 2 juillet 1982, il effectue 189 heures de vol à bord du vaisseau Soyouz T6 et de la station Saliout 7, devenant le premier Français à évoluer dans l'espace. Il participera à deux autres vols spatiaux, en 1988 et 1997.

©Documentation écrite RFI

1952: Lançado o jornal alemão "Bild"
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Manchetes e fotos grandes caracterizam o popular jornal alemão
O diário sensacionalista "Bild", da Editora Axel Springer, continua sendo o preferido dos alemães. Com uma tiragem de 4,6 milhões de exemplares, é um dos maiores do mundo, logo após os jornais japoneses.

Seja na padaria, no supermercado ou na tabacaria, o Bild Zeitung atrai seus leitores todos os dias com a mesma fórmula: manchetes sensacionalistas em letras garrafais, sexo, esporte, curiosidades e notícias policiais, sempre em linguagem popular.

O maior jornal da Europa nasceu numa segunda-feira, das rotativas da Editora Axel Springer, em Hamburgo. A tiragem inicial, de 455 mil exemplares, cresceu para um milhão em 12 meses.

O proprietário da editora e idealizador do jornal, Axel Springer, pretendia criar um diário nos moldes do britânico Daily Mirror, usando o poder da fotografia (Bild, em alemão). Em plena fase de reconstrução no pós-guerra, o objetivo era informar e oferecer entretenimento aos alemães.

Orientar o povo na Alemanha dividida

Sua primeira edição teve quatro páginas, textos curtos e fotos grandes. Entendendo-se como orientador da população numa nova situação histórica – a Alemanha estava dividida em Ocidental e Oriental, ocupada pelos soviéticos –, desde cedo seu alvo foi o "inimigo comunista".

Para reforçar este objetivo, foi aberta uma sucursal em Berlim, diretamente junto ao Muro. A crítica ao comunismo dirigia-se não só à República Democrática Alemã, também aos estudantes radicais de esquerda na Alemanha Ocidental no final da década de 60.

O momento mais marcante deste instigamento foi o atentado contra o universitário Rudi Dutschke, feito por um trabalhador, leitor regular do Bild. A reação foi muito grande em todo o país. Bloqueios diante das gráficas do diário em toda a Alemanha e o distanciamento da grande imprensa, sindicatos e social-democratas foram a conseqüência.


Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Apesar de o objetivo inicial ter sido o distanciamento da política do jornal de orientação conservadora, este é um dos temas mais freqüentes de sua capa. Sexo, criminalidade e conflitos são seus temas principais. Ainda hoje, cria polêmicas e aproveita-se da exploração dos preconceitos na sociedade para aumentar a vendagem. Como no caso do afogamento do menino Joseph, alguns anos atrás.

Embora o jornal inicialmente tivesse explorado o fato de que o menino foi morto por radicais de direita numa piscina pública, mais tarde foi comprovado que a criança tinha problemas de saúde e morreu de causa natural. A imagem da cidadezinha, entretanto, estava arruinada.

O poder de influência da publicação e sua importância como formadora de opinião foram abordados em várias publicações, como Império Springer, de Bernd Jansen e Arno Klönne. Ou ainda A Honra Perdida de Katharina Blum, em que Heinrich Böll baseia-se na história real de uma mulher, colocada indevidamente sob suspeita de envolvimento com o terrorismo.

Em 1979, Günther Wallraf causou sensação ao publicar Der Aufmacher (A manchete). O livro enfoca o tempo em que trabalhou como repórter no Bild, usando um nome falso, e narra como a redação manipula informações, distorce e até inventa notícias.

Edição dominical desde 1956

A edição dominical surgiu em 1956 e tem uma tiragem de 2,6 milhões de exemplares. Somente na Renânia do Norte-Vestfália, o Estado mais populoso da Alemanha, a tiragem diária é de um milhão de exemplares. O Bild é vendido em 100 mil locais no país e exportado para 48 nações. Além disso, ele é impresso diretamente nos centros turísticos preferidos dos alemães, em cidades da Itália e da Espanha.

Embora nem todos admitam, quem se considera bem informado dá uma espiada, nem que seja só na capa, para saber do que o Bild está tratando. "Formador de opinião" é o lema do jornal, que tem entre seus colunistas semanais o Kaiser Franz Beckenbauer.



Roselaine Wandscheer |© 2007 Deutsche Welle

Saturday, June 23, 2007

1955: Apresentado avião Caravelle
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Caravelle VI-R
A 23 de junho de 1955, foi lançado o primeiro avião de passageiros a jato com turbinas na fuselagem. O Caravelle podia atingir a velocidade máxima de 800km/h e foi usado primordialmente nos vôos dentro da Europa.

O lançamento do novo avião representou uma verdadeira revolução na história da aeronáutica. Até 1955, a aviação civil conhecia apenas as aeronaves movidas à hélice. A história do Caravelle, como se chamou o novo avião, começou em 1951, quando o governo francês resolveu incentivar a criação de uma alternativa para o DC-3, da norte-americana McDonnel Douglas.

A solução mais interessante parecia ser a construção de um bimotor a jato, inédito no mundo. Um ano depois, os construtores franceses de aviões foram convidados a apresentar um projeto neste sentido. A tarefa imposta pelo Ministério francês da Aviação era viabilizar uma aeronave que transportasse até 65 passageiros, mais carga, a uma velocidade de 700 quilômetros por hora.

Venceu o projeto da Société Nationale de Constructions Aéronautiques Sud-Aviation. A empresa havia apresentado um projeto que poderia ser usado tanto em conexões dentro da Europa como em viagens transatlânticas. Era o SE 210 Caravelle, numa alusão aos navios usados nos descobrimentos.

Detalhes copiados pela concorrência

Em vez de usar motores franceses, foram escolhidos os britânicos da marca Rolls-Royce. Os dois protótipos iniciados em 1953 foram apresentados à opinião pública na Exposição de Aeronáutica em Paris, no dia 23 de junho de 1955. Tratava-se de uma enorme questão de prestígio para a aviação francesa.

Uma semana antes, o piloto francês Pierre Navot havia testado com êxito um dos protótipos. O sensacional para a época era a colocação das turbinas. Para melhorar a aerodinâmica, elas haviam sido presas em gôndolas diretamente na fuselagem, na parte traseira do avião, o que também diminuiu os ruídos para os passageiros.

As principais vantagens da aerodinâmica do novo tipo de avião eram sua grande estabilidade, a liberdade da circulação de ar ao longo da fuselagem e o seu eixo longitudinal. Outra sensação era que o Caravelle podia manobrar e decolar apenas com um dos motores.

Novidade para o avião de 32 metros de comprimento eram também as escadas atrás das asas, as janelas triangulares e a velocidade de até 800 km/h. O modelo fez tanto sucesso que seu conceito foi copiado pelas norte-americanas Boeing e McDonnel Douglas nos seus modelos 727 e DC-9.

O último Caravelle deixou o centro de montagem em Toulouse St. Martin, na França, em 1973. No total, foram produzidos 282 aviões deste modelo.



Mike Zuchet (rw)|© 2007 Deutsche Welle

Friday, June 22, 2007

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Thursday, June 21, 2007

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Wednesday, June 20, 2007

1963: Linha direta entre Washington e Moscou

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Nikita Kruchev e John F. Kennedy
No dia 20 de junho de 1963, os Estados Unidos e a União Soviética acertaram uma "linha direta" entre a Casa Branca e o Kremlin para evitar a guerra em caso de crise.

Em toda a Guerra Fria, o perigo de um conflito nuclear não esteve tão iminente como em outubro de 1962. A União Soviética havia enviado 24 foguetes soviéticos secretamente para Cuba. O presidente norte-americano John Kennedy declarou tratar-se de uma ameaça inaceitável à segurança dos Estados Unidos e anunciou, como represália, o bloqueio de Cuba. O apoio unânime veio da América Latina e dos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Por seu lado, o governo soviético alegava que a presença de mísseis nucleares norte-americanos na Turquia ameaçava o Kremlin. Nestes dramáticos momentos de tensão entre as duas superpotências, demorou 18 horas para que as notícias oficiais entre Washington e Moscou cruzassem o oceano, sempre indiretamente, através de suas embaixadas.


Mensagem direta por telégrafo


O conflito armado foi impedido pela União Soviética, que retrocedeu na instalação dos mísseis, depois da promessa norte-americana de não invadir Cuba. Os graves problemas de comunicação foram solucionados com uma "linha direta" entre o chefe de Estado e de Partido soviético Nikita Kruchev e o presidente norte-americano John Kennedy, em 20 de junho de 1963, durante a Conferência pelo Desarmamento.


Através de dois cabos exclusivos de telégrafo, o chefe de Estado e de partido da União Soviética e o presidente dos Estados Unidos poderiam trocar mensagens diretas. Os líderes dos governos determinaram que a decisão política teria que prevalecer sobre a militar.

O processo de distensão iniciado em fins de 1962 durou aproximadamente dez anos, em benefício não só dos Estados Unidos e da União Soviética, como também da Europa e dos países em desenvolvimento.

(rw)|© 2007 Deutsche Welle

Tuesday, June 19, 2007

1953: EUA executam casal Rosenberg
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Julius e Ethel Rosenberg
No dia 19 de junho de 1953, o casal Julius e Ethel Rosenberg foi executado na prisão de Sing Sing, em Nova York.

Para compreendermos a execução do casal Julius e Ethel Rosenberg, em 1953, é preciso retroceder vários anos. Às 8 horas da manhã do dia 17 de julho de 1950, agentes do FBI bateram à porta do apartamento da família Rosenberg em Manhattan. Julius Rosenberg, 32 anos, nem teve prazo para terminar sua higiene matinal. Foi preso ainda com espuma de barbear no rosto.

Este era o desfecho de uma corrente de episódios, iniciada logo no começo da Guerra Fria. Em agosto de 1945, havia explodido a bomba atômica em Hiroshima, selando a vitória dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Em seguida, começou conflito Ocidente-Oriente e a construção da Cortina de Ferro. Os espiões russos e norte-americanos se esforçavam por descobrir os segredos militares e nucleares do adversário.

Paranóia anticomunista

A primeira bomba atômica russa explodiu quatro anos depois de Hiroshima e Nagasaki, em 28 de agosto de 1949. Enquanto a opinião pública se mostrava perplexa diante da demonstração de poder dos russos, a CIA começou a se questionar como os soviéticos haviam tido acesso aos segredos nucleares.

Em fevereiro de 1950, foi preso o cientista britânico Klaus Fuchs, que havia participado do projeto nuclear americano. Ele revelou ter passado dados importantes sobre a produção da bomba a agentes russos. A revelação desencadeou uma série de prisões, até chegarem ao soldado David Greenglass, irmão de Ethel Rosenberg.

Greenglass confessou haver entregue a Julius Rosenberg várias ilustrações das lentes especiais, desenvolvidas para a bomba no laboratório de Los Álamos. A prisão dos Rosenberg aconteceu em plena época de histeria anticomunista nos Estados Unidos. Qualquer pessoa que alguma vez tivesse manifestado qualquer simpatia pelo regime soviético era considerada suspeita.

Assassino de 50 mil soldados

O processo que se seguiu foi marcado por essa histeria. O caso Rosenberg teria de ser exemplar. Julius alegou inocência, mas foi incriminado por uma série de testemunhas. O juiz Irving Kaufman considerou o crime "pior que assassinato" e responsabilizou Rosenberg pelos 50 mil soldados mortos na Guerra da Coréia, eclodida em virtude da ameaça nuclear russa.

Apesar de a União Soviética ter negado qualquer envolvimento com Rosenberg, ele e a esposa foram condenados à cadeira elétrica no dia 5 de abril de 1951. Nos dois anos seguintes, seu advogado tentou de tudo para reverter a sentença. A opinião pública mundial protestou, o papa Pio 12 interveio, tudo em vão.

O casal foi um símbolo tanto para a esquerda como para a direita. Para uns, representou a injustiça capitalista; para outros, a ameaça comunista. Na manhã do dia 19 de junho de 1953, Ethel e Julius Rosenberg foram executados na cadeira elétrica da prisão de Sing Sing. Só em 1997, Alexander Feklisov, ex-superagente russo e contato de Julius Rosenberg, confirmou que este havia sido espião, mas Ethel nunca soubera de nada.


Jens Teschke (rw)|© 2007 Deutsche Welle

Monday, June 18, 2007

1953: Proclamação da República do Egito
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:
No dia 18 de junho de 1953, o general Mohammed Nagib proclamou a República do Egito, após destronar o rei Faruk através de um golpe millitar.

A última página da história da monarquia egípcia foi virada um ano antes da proclamação da república no país. Com um golpe militar sem derramamento de sangue, os chamados “oficiais livres” tomaram o poder no dia 23 de julho de 1952, depondo o rei Faruk. Após uma série de calorosos debates, os golpistas decidiram não condenar o monarca à morte, que foi então enviado ao exílio na Itália.

O antigo rei não deveria nunca mais retornar ao país, embora a monarquia continuasse existindo oficialmente, uma vez que a república só seria proclamada em 18 de junho do ano seguinte. Uma junta foi designada para substituir o dono da coroa, embora o cargo tivesse se esvaziado de qualquer poder. O governo, na verdade, passou às mãos dos golpistas, que há anos trabalhavam pela liberação do Egito da tutela britânica e do domínio da aristocracia.

Membros de várias correntes políticas formavam a Sociedade dos Oficiais Livres: socialistas, nacionalistas e até participantes da organização islâmica Irmãos Muçulmanos. A liderança era exercida por Gamal Abdel Nasser (filho de um funcionário público egípcio), que após sua formação na Academia Militar começou a recrutar forças revolucionárias entre seus correligionários.

Estes, assim como Nasser, vinham de famílias simples e transformaram-se, através da carreira na Academia Militar (fundada pelos ingleses) na nova elite do país.

Após a fundação de Israel

O pano de fundo do golpe foi, por um lado, a rejeição aos ingleses e, por outro, a intenção de proclamar a “verdadeira independência egípcia”. Essas razões levaram boa parte dos oficiais a simpatizar, durante a Segunda Guerra Mundial, com a Alemanha nazista.

O grande desafio para os novos detentores do poder foi a fundação de Israel, em 1948. O Estado judaico foi encarado como uma provocação dos países colonizadores e entendido como manobra destes para garantir influência no Oriente Médio.

A derrota na primeira guerra contra Israel não foi considerada uma vergonha para o país, mas creditada à má vontade do rei em vencer o conflito. O regime corrupto do monarca teria sido responsável pela aquisição de armas ineficazes e estas teriam contribuído para a derrota do Egito. A luta contra a corrupção foi, por isso, uma das principais tarefas empreendidas pelos oficiais e uma das razões que levaram à revolução em 1952.

Golpe militar

O general Muhamed Nagib, que após o golpe tornou-se o número um do Conselho do Comando Revolucionário, afastou Nasser do centro de decisões. Nagib, então com 51 anos, era o mais velho dos golpistas e gozava de boa reputação entre os oficiais mais novos, principalmente por ter sido um crítico feroz no período pré-revolucionário.

Os oficiais tentaram iniciar um trabalho conjunto com os políticos do país. Pouco tempo depois, Nagib alertava para o perigo de uma nova ditadura, uma vez que muitos dos responsáveis pela corrupção do governo anterior continuavam em seus postos. Sete “comitês de limpeza” demitiram 800 civis e cem militares até agosto de 1953.

Logo surgiram, no entanto, conflitos entre os militares, que os levaram à disputa acirrada pelo poder. Nagib, contrário à idéia de os militares assumirem todos os negócios do governo, reprimindo por completo o papel dos civis, prezava por outro lado sua imagem e influência como figura emblemática da revolução.

Em fevereiro de 1954, eclodiu o conflito entre Nagib e Nasser. Este saiu vitorioso, tirou o poder das mãos de Nagib, assumiu o controle do Estado, instaurou uma censura rigorosa e aboliu os partidos políticos.

A tentativa de resistência de Nagib fracassou e no final de 1954 nem mais seu prestígio perante a opinião pública lhe foi útil. Seu passado serviu, quando muito, para salvá-lo do pior, uma vez que Nasser condenou-o à prisão domiciliar para o resto de sua vida.



Peter Philipp (sv)|© 2007 Deutsche Welle

Sunday, June 17, 2007

17 Juin

Saturday, June 16, 2007

1977: Morre Wernher von Braun
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: O cientista alemão ao lado de um modelo do foguete Júpiter C, em 1958
No dia 16 de junho de 1977, faleceu Wernher von Braun, um dos pioneiros na pesquisa da técnica de foguetes espaciais.


"Um pequeno passo para uma pessoa, um salto para a humanidade." A frase do norte-americano Neil Armstrong, o primeiro homem a pousar na Lua em julho de 1969, só pôde ser dita graças ao trabalho de uma figura-chave no mundo da astronáutica: o alemão Wernher von Braun (1912-1977). Desde 1960 diretor do Centro Marshall de vôos espaciais da Nasa, von Braun foi responsável pelo desenvolvimento dos foguetes Saturno V, que permitiram o envio da nave Apolo 11 à Lua.

Natural de uma família aristocrática e conservadora, von Braun, nascido em 1912 na cidade de Wirsitz (hoje Wirzyzk, Polônia), interessou-se desde cedo pela cosmonáutica. Em 1925, mergulhou na leitura de um livro do "pioneiro dos foguetes", Hermann Oberth, no qual eram apontados os caminhos para uma viagem espacial tripulada.

Com o propósito de levar à frente suas idéias, von Braun mostrou-se apto a fazer qualquer concessão aos donos do poder. Para ele, a ciência não possuía “dimensões morais em si”. E foi através da proximidade com as Forças Armadas alemãs nazistas que ele pôde concluir no ano de 1934 seu trabalho de doutorado Os princípios básicos dos foguetes movidos a combustível líquido.


Primeiro foguete operacional do mundo


Alguns anos depois, von Braun tornou-se diretor-técnico da base militar de Peenemünde, localizada numa ilha do Mar Báltico, norte da Alemanha. Sob seu comando, foi desenvolvido o V-2 (V de Vergeltung, que em alemão significa vingança), o primeiro foguete operacional do mundo. Após testes em 1942, os V-2 foram usados durante a Segunda Guerra Mundial principalmente em bombardeios a Londres, tendo ficado conhecidos como as “armas do terror”.

Utilizados em grande escala pela Alemanha para atacar cidades aliadas, os artefatos deixaram um saldo de 8500 mortos e 46.200 feridos. Von Braun também certamente sabia que milhares de trabalhadores forçados, mantidos em campos de concentração, faziam parte da equipe de produção em série dos V-2. O cientista nunca protestou contra tais condições de trabalho escravo.

Apesar de sua conivência com o regime nazista, von Braun foi poupado de um julgamento oficial e mesmo moral após o final da guerra. Acompanhado de seus 130 assistentes da base militar de Peenemünde, o especialista alemão foi enviado aos Estados Unidos para trabalhar em sistemas de mísseis teleguiados, tão logo entregou-se às tropas norte-americanas em maio de 1945. O interesse militar por ocasião da Guerra Fria falou mais alto que qualquer julgamento moral.


Defesa do programa Apolo


Em 1961, von Braun foi convidado pelo presidente Kennedy a coordenar o programa Apolo, que anos mais tarde levaria o homem à Lua. Acusado por alguns de dispender muito dinheiro com um projeto megalômano, no qual estavam envolvidas 20 mil empresas, centenas de instituições e departamentos públicos, mais de 400 mil pessoas e gastos em torno dos 24 bilhões de dólares, von Braun defendeu-se: "O programa Apolo não foi um desperdício louco de dinheiro público, mas um dos investimentos mais racionais, inteligentes e com visão de futuro que qualquer nação já fez."

As viagens ao espaço programadas por von Braun acabaram, no entanto, ficando muito aquém do esperado. A partir de 1965, foi reduzida não só boa parte das verbas destinadas a seus projetos, mas principalmente o apoio político a seus planos de criar uma estação espacial e organizar uma missão a Marte.

Amargurado, o cientista despediu-se da Nasa em 1972, instituição para a qual havia sido nomeado diretor de Planejamento dois anos antes. Em 1975, von Braun fundou o Instituto Nacional de Astronáutica, pouco antes de morrer, vítima de câncer, a 16 de junho de 1977, na cidade de Alexandria (Virginia), nos Estados Unidos.



Matthias Schmitz (sv)|© 2007 Deutsche Welle Expediente

Friday, June 15, 2007

1907: Criação da Corte de Haia
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: O Palácio da Paz, sede da corte
No dia 15 de junho de 1907, a Segunda Conferência da Paz de Haia decidiu a instauração de uma corte permanente para ajudar na resolução de conflitos internacionais.

Já em 1899, o czar Nicolau Segundo da Rússia havia convocado 26 países para uma conferência em Haia. Nesta Primeira Conferência da Paz, ele sugeriu a criação de uma corte arbitral. Ela mediaria conflitos antes que os países pegassem em armas. Neste sentido, uma "corte permanente" assume seus trabalhos em 1902. Mas ela seria insuficiente.


Somente na Segunda Conferência da Paz em Haia é que foi decidida a criação de uma instância jurídica superior, que impusesse sentença aos acusados. O tribunal seria constituído de juízes que representariam os diferentes sistemas jurídicos do mundo. Sua tarefa seria resolver conflitos entre países, baseado nos princípios do direito internacional.

A conferência de 1907 teve a participação do brasileiro Rui Barbosa, que em virtude de seu pronunciamento em defesa dos direitos dos países menores, propondo a igualdade entre todas as nações, ganhou o apelido de "Águia de Haia".




Criação da Corte Internacional de Justiça


Os trabalhos foram suspensos durante a Primeira Guerra Mundial, sendo retomados em 1922, ano de criação da Liga dos Povos. Depois da Segunda Guerra Mundial, a Liga deu lugar à Organização das Nações Unidas, e em 1946 a Corte Internacional de Justiça foi integrada à ONU.

Os temas que ocupam a corte são tão amplos que atingem desde questões legais da ocupação do espaço sideral até a exploração do mar profundo, sem contar a quantidade de leis que regulam o comércio, o transporte e as comunicações internacionais. O tribunal também ocupava-se do julgamento de criminosos de guerra, mas estes ganharam um novo fórum, o Tribunal Penal Internacional (TPI), empossado em março de 2003.



Catrin Möderler (rw)|© 2007 Deutsche Welle

Thursday, June 14, 2007

1982
Fin de la guerre des Malouines
L'archipel des Malouines, situé à l'est des côtes argentines, doit son nom à ses premiers habitants, originaires du port français de Saint-Malo. Espagnoles à partir de 1776, les "Malvinas" sont revendiquées au début du XIXe siècle par l'Argentine nouvellement indépendante et le Royaume-Uni. Passé sous domination britannique en 1833 sous le nom de "Falkland Islands", l'archipel demeurait l'objet d'un litige territorial entre les deux pays. En 1982, la junte du général Galtieri, au pouvoir à Buenos Aires, entend récupérer ce qu'elle considère comme un bien national pour redonner un second souffle à un régime affaibli. Le 2 avril, l'armée argentine investit l'archipel. Le Premier ministre britannique Margaret Thatcher, soutenue par les principales puissances, décide d'intervenir. Après les premiers bombardements, début mai, cinq mille soldats britanniques débarquent sur l'archipel. Le 14 juin 1982, la reddition des troupes argentines après six semaines de combats permet au Royaume-Uni de reprendre possession des Malouines. Ce conflit de 74 jours, qui a fait un millier de morts, précipitera la chute de la junte en Argentine.

©Documentation écrite RFI


1942: Anne Frank inicia seu diário

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Anne sonhava tornar-se escritora ou jornalista
A 14 de junho de 1942, Anne Frank começou a escrever regularmente no seu diário, que havia recebido de presente dois dias antes, ao completar 13 anos. No livro, documentaria o tempo que passou escondida dos nazistas.

"Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda."

O diário de Annelies Frank, um caderno de capa quadriculada nas cores vermelho, laranja e cinza, tornou-se um dos símbolos do martírio judeu durante o regime de Hitler. Hoje, está entre os mais conhecidos do mundo. Já foi transformado em filme e traduzido para 55 idiomas.

Annelies, chamada pelos pais de Anne, nasceu a 12 de junho de 1929 em Frankfurt, filha do comerciante judeu Otto Frank. Em 1933, após a ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha, emigrou com a família para Amsterdã, na Holanda.

Ela começou a escrever regularmente no seu diário a partir de 14 de junho de 1942. Em princípio, o tema era a Holanda ocupada pelos nazistas, que tornavam a situação dos judeus cada vez mais insuportável. Algumas semanas depois, ela começou a narrar ao diário, que considerava fiel amigo e confidente, o cotidiano no esconderijo, um anexo nos fundos da firma do pai.

Angústia no esconderijo

Junto com os pais e a irmã de Anne, escondiam-se ali mais quatro pessoas do envio certo ao campo de concentração. Foram 25 meses de necessidades e medo de serem descobertos a qualquer momento.

"Sem Deus eu já teria sucumbido. Eu sei que não tenho segurança, tenho medo das celas e do campo de concentração, mas sinto que criei mais coragem e estou nos braços de Deus."

O "mergulho" (como na época se chamava a passagem de judeus para a existência na ilegalidade) já estava sendo planejada há muito tempo por Otto Frank e alguns dos seus funcionários, Miep Gies, Johannes Kleiman, Victor Krugler e Bep Voskuijl.

Durante dois anos, eles protegeram e alimentaram a família Frank, os Van Pels e Fritz Pfeffer. A tensão no anexo era enorme. Qualquer pequeno descuido poderia traí-los e levá-los à morte. Durante o dia, só se podia andar de cócoras e sussurrar. Durante a noite, todos os cuidados eram necessários para que a vizinhança não suspeitasse que ali havia oito judeus escondidos.

Vida em silêncio absoluto

Surpreendendo pela sua maturidade, apesar dos 13 anos, Anne descreveu seu cotidiano com pormenores: a preocupação diária com a possível falta de comida, em certos momentos mesmo a fome, mas acima de tudo o horror de serem descobertos.

Miep Gies, uma das pessoas que mais ajudou os Frank nesta época, lembra que com freqüência visitava os clandestinos, levando notícias e conforto: "Eles não podiam fazer barulho para não serem descobertos, o que significava não puxar a descarga no banheiro, andar descalço, ficar sentado..."

Curiosamente, Anne nunca perdeu a esperança e a alegria de viver. Acreditou sempre que as coisas iriam melhorar e fazia projetos para quando chegasse a liberdade. Sonhava com o retorno à escola e queria tornar-se escritora. Com este propósito, em 1944 começou a rescrever o começo do diário, para uma futura publicação. As narrações eram dirigidas a uma amiga fictícia, a quem inclusive deu um nome.


"Querida Kitty, imagine que interessante seria se eu escrevesse um romance aqui na casa dos fundos. Pelo título, as pessoas pensariam tratar-se de um caso de detetive. Mas, falando sério, cerca de dez anos depois do fim da guerra, vai parecer esquisito quando se disser como nós judeus vivemos, comemos e conversamos aqui. Não quero ter vivido inutilmente, como a maioria das pessoas. Quero continuar vivendo, mesmo depois da minha morte. "

Ninguém no esconderijo tinha conhecimento desta faceta na vida de Anne, nem sabiam do diário. Mep Gies, que evitou que o caderno caísse nas mãos da Gestapo, entregou o diário, sem lê-lo, ao pai de Anne, o único da família que sobreviveu, e que acabou publicando a obra, intitulada O Diário de Anne Frank.

O próprio pai, grande amigo e confidente de Anne, ficou surpreso com as narrações. O sonho de tornar-se conhecida acabou se concretizando, só que ela não conseguiu desfrutá-lo. No dia 4 de agosto, os "mergulhados" foram presos pela Gestapo. Anne e a irmã, Margot, morreram de tifo em março de 1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen, perto de Hannover.



Gabriela Schaf (rw)|© 2007 Deutsche Welle

1907
Naissance de René Char
Né le 14 juin 1907 à L'Isle-sur-la-Sorgue (Vaucluse, sud de la France), René Char publie ses premiers poèmes en 1934, influencé par le surréalisme. Marqué par la guerre d'Espagne, il s'engage dans la Résistance sous l'Occupation et devient chef de réseau en Provence. La guerre et son expérience du maquis lui inspirent "Seuls demeurent" (1945) et "Feuillets d'Hypnos" (1946), écrits dans la clandestinité. A la Libération, René Char se consacre pleinement à la poésie, à la recherche "d'une nouvelle liberté-vérité du monde de l'homme". Auteur d'une importante production poétique et théâtrale, de textes sur l'art et de traductions, René Char meurt à Paris le 19 février 1988.

©Documentation écrite RFI

Wednesday, June 13, 2007

1968: Primeiro cargueiro nuclear europeu
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: O navio levou o nome do químico Otto Hahn
A 13 de junho de 1968, foi lançado às águas o navio alemão Otto Hahn. Depois de quase cinco anos de desenvolvimento, execução do projeto e fase de testes, o estaleiro em Kiel apresentou o cargueiro.

O projeto do primeiro navio de carga com propulsão nuclear da Europa (e único da Alemanha) foi desenvolvido pelo Centro de Pesquisas de Geesthacht e construído pela Deutsche Babcock, Interatom (Siemens) e pelo Howaldtswerke, estaleiro da cidade de Kiel.

A Alemanha foi o terceiro país do mundo a desenvolver esta tecnologia, depois dos Estados Unidos e da União Soviética. Os custos para sua fabricação envolveram cerca de 54 milhões de marcos (27,6 milhões de euros). Após uma série de panes em alto-mar, seus proprietários resolveram retirar o reator nuclear do cargueiro de minérios em 1978. Transformado em transporte de contêineres, rebatizado e propulsão convencional, a embarcação voltou a navegar em 1982 com bandeira grega.

Mais sobre o patrono do navio

Otto Hahn nasceu em 1879 na cidade de Frankfurt. O químico alemão descobriu a fissão nuclear (divisão do átomo) em 1938 e, em 1944, recebeu o Nobel de Química.

Após estudar Química em Munique e em Marburg, doutorou-se em química orgânica em 1901. Entre 1904 e 1906, trabalhou com William Ramsay, no University College, de Londres (1904-1906), onde descobriu uma nova substância, um isótopo radioativo a que chamou radiotório.

Seguiu depois para o Canadá, onde se aprofundou no estudo da radioatividade com Ernest Rutherford, na Universidade McGill, de Montreal, e descobriu outra substância radioativa, o mesotório (1907) ou radioactínio.

De volta à Alemanha, iniciou com a física austríaca Lise Meitner uma série de pesquisas sobre a química das substâncias radioativas e ambos entraram para o Kaiser-Wilhelm-Institut, hoje Instituto Max-Planck de Química, em Berlim (1912). Em 1917, descobriram o elemento radioativo protactínio.

Entre 1927 e 1946, dirigiu o instituto e, com Meitner e Fritz Strasmann, também alemão, provou a possibilidade da fissão nuclear através do processo químico do bombardeio do núcleo do urânio com nêutrons (1938). Perseguida pelos nazistas, Meitner abandonou as investigações antes das conclusões finais.

Essa descoberta foi essencial para que os Estados Unidos fabricassem a bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial. Hahn ganhou o Prêmio Nobel de Química em 1944 por seu trabalho em fissão nuclear e pela descoberta do núcleo pesado. Impedido por Hitler, só pode receber seu prêmio dois anos depois.

Eleito presidente da Kaiser Wilhelm Society (1947), hoje Sociedade Max Planck para o Progresso da Ciência, combateu o desenvolvimento e os testes de bombas nucleares, e recebeu, junto com Meitner e Strassmann, o Prêmio Enrico Fermi (1966). Otto Hahn faleceu em 28 de julho de 1968, em Göttingen. (rw)|© 2007 Deutsche Welle

Tuesday, June 12, 2007

1964: Nelson Mandela condenado à prisão perpétua

1964: Nelson Mandela condenado à prisão perpétua

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Nelson Mandela só seria libertado em 1990
No dia 12 de junho de 1964, Nelson Mandela, líder do Congresso Nacional Africano, então ilegal, e outros sete correligionários foram condenados à prisão perpétua.

"Estou feliz e, ao mesmo tempo, profundamente triste em poder voltar a Soweto. O que me entristece é ver que vocês continuam sofrendo sob o sistema desumano do apartheid."

Esta foi a primeira declaração feita por Nelson Mandela, em fevereiro de 1990, quando saiu da prisão em que ficou confinado durante quase 28 anos. Suas primeiras palavras em liberdade foram abafadas pelas vozes de seus correligionários, que cantavam em clima de festa o hino Deus salve a África. Eles já pressentiam que o apartheid estava com os dias contados.

Também o que aconteceu nas décadas que antecederam esse dia nunca será esquecido pela África do Sul. Nelson Mandela, líder do então proibido Congresso Nacional Africano (CNA), passara a viver na clandestinidade em 1961. Ele havia jurado que lutaria, se necessário até com armas, contra a discriminação racial garantida por lei.

Segregação racial ancorada na lei

A partir de 1911, uma série de leis consolidara o domínio dos africâners (descendentes de holandeses) e ingleses sobre a maioria negra. Essa política de segregação racial foi oficializada em 1948, com a ascensão ao poder do Partido Nacional, que se manteve como força política dominante por mais de 40 anos.

O apartheid impedia os negros de possuírem terra, sua participação política e acesso às profissões melhor remuneradas. Também os obrigava a viver em áreas separadas das zonas residenciais de brancos. Os casamentos mistos e as relações sexuais entre pessoas de raças diferentes eram proibidas.

CNA: resistência e ilegalidade

A oposição ao regime do apartheid intensificou-se a partir dos anos 50, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), fundado em 1912, lançou uma campanha de desobediência civil. Em 1960, depois do massacre de 67 negros pela polícia numa manifestação, o CNA foi declarado ilegal.

Segundo Mandela, muitas pessoas notaram então que não fazia sentido falar de paz e não-violência diante de um governo que respondia com ataques brutais contra pessoas desarmadas e desprotegidas. Mas, antes que o CNA pudesse começar a responder à violência com violência, Mandela e vários companheiros foram presos e levados a tribunal.

Prisão perpétua: uma forma de clemência

Mandela esperava para si e seus amigos a pena de morte. O juiz Quartus de Wet, no entanto, anunciou no dia 12 de junho de 1964 que decidira não aplicar a pena máxima. Sob o argumento de estar apenas cumprindo sua obrigação e que esta era a única clemência possível, ele condenou todos os acusados à prisão perpétua. O então prisioneiro político mais conhecido do mundo seria libertado só em fevereiro de 1990.

O hino do ANC virou hino nacional e Nelson Mandela foi eleito, em 1994, primeiro presidente negro da história da África do Sul. Em outubro do mesmo ano, recebeu junto com o último presidente branco, Frederik de Klerk, o Prêmio Nobel da Paz.

Klaudia Pape (gh)| © 2007 Deutsche Welle

2006 - Accord entre le Cameroun et le Nigeria sur la péninsule de Bakassi

Le 12 juin 2006, le Nigeria et le Cameroun signent sous l'égide des Nations unies un accord visant à mettre fin à un différend frontalier hérité de l'ère coloniale autour de la péninsule de Bakassi, sur le golfe de Guinée. Saisie dès 1994 par le Cameroun suite à des affrontements, la Cour internationale de justice (CIJ) de La Haye lui avait attribué en octobre 2002 la souveraineté sur cette péninsule riche en pétrole et en poissons. L'accord du 12 juin 2006 prévoit le retrait des troupes nigérianes dans un délai de 60 jours et le maintien temporaire de l'administration par Abuja des îles d'Atabong et d'Abana, à l'ouest de la péninsule. Le 14 août 2006, le Nigeria remet officiellement la péninsule de Bakassi au Cameroun lors d'une cérémonie à Archibong.

1957 - Arrestation d'Henri Alleg en Algérie

Alors que la guerre d'Algérie est engagée depuis deux ans, les autorités lancent en janvier 1957 la "bataille d'Alger" pour mettre fin aux attentats du FLN qui se multiplient dans la capitale. Dotée de pouvoirs de police, l'armée française arrête de nombreux civils et procède à des "interrogatoires renforcés", systématisant la torture et les exécutions sommaires. Henri Alleg, directeur du quotidien communiste "Alger Républicain" jusqu'à son interdiction en 1955, est arrêté le 12 juin 1957 chez son ami Maurice Audin, arrêté la veille et dont on ne retrouvera pas le corps. Soumis à la torture, Henri Alleg rédige en détention ce qui deviendra "La Question", récit des sévices qu'il a subis. Publié en février 1958 aux Editions de Minuit et saisi dès le mois suivant, l'ouvrage d'Henri Alleg ainsi que l'enquête de Pierre Vidal-Naquet sur Maurice Audin provoquent une crise politique et contribuent à l'évolution de l'opinion publique sur le conflit algérien.

©Documentation écrite RFI

Monday, June 11, 2007

Le 10 juin1907

Pékin-Paris, premier raid automobile transcontinental
Le 10 juin 1907, cinq concurrents prennent à Pékin le départ du premier raid automobile transcontinental, en direction de Paris. Le 10 août, après deux mois et 16.000 km de trajet via la Sibérie et l'Oural, l'Itala pilotée par le prince Scipion Borghese passe l'arrivée, suivie vingt jours plus tard de deux autres voitures. L'exploit, très médiatisé, consacra la révolution automobile en marche à l'époque.

©Documentation écrite RFI

10 de Junho de 1943: Patenteada a caneta esferográfica
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: A invenção de Biró: hoje comum em todo o mundo
No dia 10 de junho de 1943, László Biró, natural da Hungria, patenteou a caneta esferográfica. Biró era jornalista e já teve a idéia de criar o objeto em 1938. A Segunda Guerra Mundial, entretanto, atrasou o patenteamento. Ao ser lançada no mercado nos EUA, em 1945, foram vendidas dez mil canetas em 24 horas, apesar do alto preço de 8,50 dólares a unidade.

Ninguém mais se lembraria do jornalista húngaro László Biró (1899-1985), se ele não tivesse inventado um objeto usado para escrever, conhecido hoje em todo o mundo: a caneta esferográfica. Já no século 19, foram muitas as tentativas vãs de desenvolver um objeto que escrevesse de forma tão suave quanto a caneta-tinteiro, mas que não manchasse ou borrasse.

Na época, Friedrich Nietzsche chegou a criticar a iniciativa, dizendo que tal caneta iria tolher o pensamento. "Se deixarem de existir as pequenas pausas para molhar a caneta no tinteiro, para recarregar a caneta e para secar a tinta, quando então se desenvolverão as idéias?", perguntava ele.

Incerteza sobre fonte de inspiração

Pois eram justamente essas pausas forçadas que irritavam o jornalista Biró. Ele queria criar algo melhor. Conta-se que ele teve a idéia quando os colegas de escola de sua filha mancharam os cabelos dela com um tinteiro.

Outros garantem que ele descobriu o caminho para desenvolver a caneta esferográfica na oficina do jornal em que trabalhava, em Budapeste, ao observar o funcionamento das máquinas rotativas, cujos cilindros se empapavam de tinta e imprimiam no papel o texto neles gravado.

Seja qual for a origem da invenção, fato é que, depois de anos de tentativas, Biró, juntamente com seu irmão György, criou em 1938 uma caneta recarregável com uma ponta arredondada de metal no lugar da pena da caneta-tinteiro. A tinta foi acondicionada num tubo plástico. Devido à força da gravidade, a tinta umedecia a esfera, e esta, ao girar, a distribuía de modo uniforme pelo papel sem sujar os dedos ou provocar borrões.

Aperfeiçoamento na América do Sul

Durante a Segunda Guerra Mundial, Biró e sua família fugiram da Hungria, indo primeiro para Paris e depois para Buenos Aires. O então presidente da Argentina ficou tão impressionado com o invento que propôs a Biró produzir a caneta no país.

Foi justamente na América do Sul que o jornalista húngaro teve a idéia de substituir a tinta por uma pasta líquida. Novamente Biró começou a fazer experimentos até desenvolver a consistência ideal da pasta líquida e conseguir que uma firma sueca lhe enviasse as esferas móveis com a precisão necessária.

No dia 10 de junho de 1943, László Biró recebeu a patente da primeira caneta esferográfica como a conhecemos hoje em dia. Um ano mais tarde, apareceram as primeiras esferográficas no mercado argentino.

O sucesso se fez sentir ainda durante a guerra: até a Aeronáutica inglesa adotou as canetas, pois nem a altitude nem a variação de pressão interferiam no desempenho do objeto. A explosão de vendas aconteceu nos Estados Unidos. No lançamento no mercado americano, em 1945, as primeiras dez mil canetas esferográficas foram vendidas em 24 horas, apesar do elevado preço de mais de oito dólares a unidade.

O seu inventor, entretanto, não teve participação nos lucros. Biró já havia vendido sua patente por um milhão de dólares. Em contrapartida, o comprador, o francês Barão Marcel Bich, cuja firma BIC lidera o mercado mundial de esferográficas, se tornou bilionário.


Carsten Heinisch (ms)| © 2007 Deutsche Welle

Saturday, June 09, 2007

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Friday, June 08, 2007

1935: Artistas expatriados
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Brecht foi um dos primeiros intelectuais a deixar o país em 1933
A 8 de junho de 1935, o Ministério do Interior do Reich decretou a cassação da nacionalidade alemã dos indesejados pelo regime. Os principais atingidos foram os artistas e escritores, como Bertolt Brecht.

A ascensão de Hitler e de seu braço direito Joseph Goebbels ao poder, em 1933, provocou quase que simultaneamente o início da perseguição a todos os que se opusessem ao regime racista.

O primeiro episódio havia sido a queima de livros em praça pública, promovida por universitários fanáticos. Em junho de 1935, então, baseados numa lei aprovada seis meses antes, publicaram a quarta lista, desta vez com 41 nomes de pessoas expatriadas por serem inconvenientes ao regime nacional-socialista.

Os principais atingidos foram os escritores, nomes conhecidos da vida cultural alemã, como Bertolt Brecht, Heinrich Mann e Kurt Tucholsky. A lei se referia não apenas aos críticos do regime e dissidentes, como também a autores e artistas que já viviam no exílio e cujas propriedades na Alemanha podiam então ser confiscadas.

No total, mais de 40 mil pessoas tiveram seus direitos civis cassados na Alemanha durante o regime de Hitler, sem contar os judeus obrigados a emigrar ou deportados. Todas puderam voltar a requerer a cidadania alemã depois da Segunda Guerra Mundial. Atualmente, o artigo 16 da Lei Fundamental Alemã proíbe a cassação da cidadania.

Bastava estar fora do país

A lista divulgada a 8 de junho de 1935 foi a quarta série de nomes de artistas expatriados pelo Ministério do Interior do Reich nazista, em concordância com o Ministério do Exterior. Entre as 41 pessoas que a partir desse dia deixavam de ser alemãs, estavam Erika Mann, Brecht e jornalistas críticos, como Karl Höltermann.

As bases para a expatriação haviam sido criadas pelo regime nazista seis meses após ascender ao poder, através de alterações na legislação. Embora esta permitisse a cassação da nacionalidade para o caso de falta de fidelidade à pátria, para muitos bastava terem deixado o país.

Já os bens que ficavam na Alemanha eram confiscados pelo governo. Até 1938, os nazistas divulgaram mais de 80 listas, contendo 5 mil nomes de expatriados. No total, a expatriação atingiu 40 mil pessoas, entre as quais mais de 100 deputados do parlamento. Este número, entretanto, não abrange os judeus deportados pelos nazistas.



Sabine Ochaba (rw)| © 2007 Deutsche Welle

Thursday, June 07, 2007

1997
Décès de l'écrivain nigérian Amos Tutuola
Né en 1920 à Abeokuta, au coeur du pays yoruba, Amos Tutuola se fait d'abord connaître à l'étranger grâce à son premier roman, "The Palm Wine Drinkard". Publié à Londres en 1952, internationalement reconnu, il sera traduit et défendu en France par Raymond Queneau sous le titre "L'Ivrogne dans la brousse". Malgré le mauvais accueil de l'intelligentsia nigériane, qui lui reprochait ses incorrections de langage et l'image qu'il donnait de l'Afrique, il écrira sept autres romans imprégnés de la tradition orale yoruba qui l'avait bercé enfant. Amos Tutuola, qui marqua l'avènement de la littérature africaine anglophone et devint l'un des plus célèbres auteurs nigérians, meurt à Ibadan le 7 juin 1997.

1982
Hissène Habré prend le pouvoir au Tchad
Le 7 juin 1982, les Forces armées du Nord (FAN) dirigées par Hissène Habré s'emparent sans résistance de la capitale tchadienne N'Djamena, après avoir conquis le nord du pays. Hissène Habré prend le pouvoir à la tête de l'Etat. Goukouni Weddeye, qui présidait le GUNT (Gouvernement d'union nationale de transition) depuis 1979, se réfugie au Cameroun d'où il poursuivra la guerre civile, soutenu par la Libye. La prise de la capitale par les partisans d'Idriss Déby, le 1er décembre 1990, mettra un terme au règne d'Hissène Habré, contraint à l'exil.

©Documentation écrite RFI

Wednesday, June 06, 2007

Communauté d'Afrique de l'Est

1967
Création de la Communauté d'Afrique de l'Est
Le 6 juin 1967, le Kenya, l'Ouganda et la Tanzanie signent à Kampala un traité de coopération économique instituant la Communauté d'Afrique de l'Est (East African Community, EAC), qui doit encourager les projets de développement communs aux trois Etats. Moribonde en 1977 du fait de dissensions économiques et politiques, l'organisation est officiellement dissoute en 1984. Relancée en 1996 entre les trois pays, la nouvelle Communauté d'Afrique de l'Est est institutionnalisée par un traité en novembre 1999.

©Documentation écrite RFI

Tuesday, June 05, 2007

Plano Marshall / Suisshengen

1947: É anunciado o Plano Marshall
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: George C. Marshall: 'Política dos EUA é contra a fome, a pobreza, o desespero e o caos'
Em 5 de junho de 1947, o secretário de Estado dos EUA, George Marshall, anunciou a ajuda à Europa do pós-guerra. O ponto central do Plano Marshall era a reconstrução da economia e o combate à fome e pobreza.

As rações de pão, de uma fina fatia por dia, eram constrangedoras, anunciava o jornal londrino News Chronicle a partir do Estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália. Sindicatos da capital estadual, Düsseldorf, advertiam para distúrbios. Havia protestos e greves não só na zona britânica da Alemanha então dividida, mas também na região ocupada pelos norte-americanos. A catástrofe de fome ameaçava afundar grande parte da Alemanha numa crise, em meados de 1947.

Também por causa do inverno, que havia sido especialmente rigoroso, a imprensa dava manchetes, diariamente, sobre famintos e regelados. Enquanto a taxa de suicídio era descontrolada, os sobreviventes tentavam auto-ajudar-se roubando carvão dos vagões dos trens para o aquecimento, apesar da rigorosa proibição. As cidades de milhões de habitantes Berlim e Hamburgo anunciavam o colapso de suas reservas econômicas e morais.

Na região industrial do Ruhr, zona ocupada pela Grã-Bretanha, o lorde Francis A. Pakenham observava a miséria pessoalmente. Ele disse ao ministro da Agricultura, Heinrich Lübke, que mais tarde tornou-se presidente da Alemanha: "O senhor sabe que os marinheiros estão aí para o transporte de cereais, os navios estão aí e os famintos também. O que está faltando são as pessoas certas no lugar certo, com o poder na mão".

A pessoa certa no lugar certo

Um homem no posto certo em Washington usou deste poder: George Catlett Marshall, ex-organizador do Estado-maior da maquinaria de guerra dos Estados Unidos e então secretário de Estado. Com um discurso memorável, no dia 5 de junho de 1947, na Universidade de Harvard, em Nova York, ele delineou a política de estabilização e fortalecimento das forças de resistência econômica e política dos países da Europa Ocidental.

"A política dos Estados Unidos não é dirigida contra um país ou uma ideologia", esclareceu Marshall, "mas contra a fome, a pobreza, o desespero e o caos." E acrescentou: "Quem tentar bloquear a reconstrução de outros países não pode esperar ajuda". Ele se referiu com isso ao bloco comunista do Leste Europeu, que realmente foi excluído da ajuda ao exterior, aprovada em 3 de abril de 1948.

Dólares para reconstrução da Alemanha

A partir daí, a ajuda financiada pelo Plano Marshall não abundou só na Alemanha. Até 1952, outros países europeus ocidentais necessitados receberam adubo, matérias-primas, combustíveis, máquinas e medicamentos no valor aproximado de 13 bilhões de dólares. Da ajuda americana de quase 3,3 bilhões de dólares no pós-guerra, o governo de Bonn pagou mais de um bilhão de dólares até meados de 1978, como previa o acordo.

O resto os importadores alemães depositaram em moeda nacional (marco) no chamado fundo de compensação que, conforme o acordo assinado em dezembro, reunia o chamado recurso especial ERP. Este dinheiro ficava separado dos demais recursos federais e também do orçamento da União alemã. Ele era usado para empréstimos de longo prazo e juros favorecidos às empresas, principalmente para as pequenas e médias.

Novo "Plano Marshal " para o Leste alemão

A transação bancária desses créditos era feita pelo Instituto de Crédito para Reconstrução e pelo Banco Alemão de Compensação. Isso não foi nenhuma ninharia, pois a cornucópia do Plano Marshall rendeu quase 120 bilhões de marcos, de 1949 a 1993. Uma quantia aproximada fluiu para os estados da antiga República Democrática Alemã desde a unificação da Alemanha em 1990, especialmente para a criação de empresas, ampliação e modernização das existentes e para a proteção do meio ambiente.

Mais tarde, Marshall seria homenageado com o Prêmio Nobel da Paz e o Prêmio Carlos Magno, concedido pela cidade alemã de Aachen.



Norbert Nürnberger (ef)| © 2007 Deutsche Welle

2006
Prise de Mogadiscio par les forces islamistes en Somalie
A l'issue de trois vagues de combat, lancées en février 2006, qui font près de 400 morts et 2000 blessés, les miliciens islamistes de l'Union des tribunaux islamiques s'emparent de Mogadiscio le 5 juin 2006 et en chassent les chefs de guerre qui se réfugient à Johwar, prise à son tour le 14 juin. Le 22, un accord de reconnaissance mutuelle et de fin des hostilités est signé à Khartoum entre l'Union des tribunaux islamiques et le gouvernement transitoire soutenu par l'Union africaine.

2005
La Suisse accepte d'intégrer l'espace Schengen
54,6% des électeurs suisses approuvent par votation (référendum) l'entrée de la Suisse dans l'espace Schengen et son adhésion aux accords de Dublin sur les procédures d'asile. Les accords de Schengen, signés en 1985, visent à supprimer progressivement les contrôles aux frontières communes et à instaurer un régime de libre circulation pour tous les ressortissants des Etats signataires, des autres Etats de la Communauté européenne ou de pays tiers. L'espace Schengen, opérationnel depuis 1995, comprend alors 13 pays membres de l'Union européenne (exceptés la Grande-Bretagne, l'Irlande et les dix nouveaux Etats membres), ainsi que la Norvège et l'Islande. La Suisse, non membre de l'UE, continuera de procéder à des contrôles douaniers et bénéficiera de la coopération policière européenne.

1967
La guerre des Six Jours au Moyen-Orient
En 1967, la tension monte entre Israël et ses voisins arabes pour le contrôle du Jourdain, fleuve frontalier nécessaire à l'Etat hébreu pour son approvisionnement en eau. Le 22 mai, le dirigeant égyptien Nasser annonce la fermeture du détroit de Tiran et du golfe d'Akaba, bloquant l'accès à Israël par la mer Rouge. S'estimant menacé, Israël déclenche le 5 juin 1967 une guerre préventive contre l'Egypte, la Syrie et la Jordanie. Après avoir détruit au sol l'aviation égyptienne et syrienne, l'armée israélienne s'empare de Gaza et du Sinaï jusqu'au canal de Suez, de Jérusalem-Est et de la Cisjordanie. Avec la conquête, le 10 juin, du plateau du Golan, qui met fin à la "guerre des Six Jours", Israël contrôle entièrement le territoire de la Palestine.

1947
Le plan Marshall pour l'Europe
Le 5 juin 1947, le secrétaire d'Etat américain George Marshall présente à Harvard un plan d'aide financière pour la reconstruction et la relance économique de l'Europe, ravagée par la Seconde guerre mondiale. Mis en place dans le cadre de la doctrine Truman, qui vise à endiguer l'expansion du communisme, ce plan est refusé par l'URSS et les pays de l'Est, accentuant la division de la "guerre froide". Réunis à Paris au cours de l'été 1947, seize pays européens élaborent un programme commun et la création d'un organisme chargé de gérer et de répartir les fonds américains. L'OECE (Organisation européenne de coopération économique, future OCDE) sera fondée à ce titre en avril 1948. Douze milliards de dollars seront ainsi versés à l'Europe par les Etats-Unis jusqu'en 1951, dont 26% iront à la Grande-Bretagne et 23% à la France.

©Documentation écrite RFI

Monday, June 04, 2007

1907
Naissance de Jacques Roumain, écrivain haïtien
Né le 4 juin 1907 dans une famille bourgeoise et mulâtre de Port-au-Prince (Haïti), Jacques Roumain fonde en 1927, avec Jean Price-Mars, "La Revue Indigène" qui se propose de créer une littérature haïtienne authentique. Ethnologue, il publie également des nouvelles et récits en prose, développant l'idée de la "négritude socialiste". A plusieurs reprises, Jacques Roumain est emprisonné pour des raisons politiques, notamment au moment de la création d'un parti communiste en Haïti. Lorsqu'il meurt le 18 août 1944, à 37 ans, il vient de terminer son chef-d'œuvre, "Gouverneurs de la rosée", roman témoignant du sous-développement de Haïti. Un recueil de poésies, "Bois d'ébène", paraîtra après sa mort.

©Documentation écrite RFI

1989: Massacre na Praça da Paz Celestial
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Manifestantes queriam democracia e liberdade para a imprensa
A 4 de junho de 1989, o exército chinês encerrou de forma brutal o protesto em massa por liberdade e democracia, na Praça da Paz Celestial, em Pequim. A violência militar teve um saldo de 3,6 mil mortos e 60 mil feridos.

Era uma noite quente de verão, quando os tanques cercaram a Praça da Paz Celestial, em Pequim. Meia hora mais tarde, foram apagadas as luzes e iniciaram-se as brutalidades.

Cerca de 40 mil soldados haviam sido chamados do norte do país, depois que o batalhão estacionado na capital havia se negado a cumprir as ordens para acabar com a manifestação pacífica por liberdade e democracia, promovida durante seis semanas na praça central. Já os soldados do interior da Mongólia, com seus experientes oficiais que haviam lutado no Vietnã, não conheciam estes escrúpulos.

Os tanques invadiram a praça, atropelaram os manifestantes e atiraram em tudo o que se movia, promovendo um verdadeiro banho de sangue. Até hoje, não se sabe o número exato de mortos, calculado entre 2 e 5 mil pessoas. Também estudantes que tentaram ajudar os feridos foram mortos.

Uma alemã, que deixou a China às pressas na ocasião, relatou mais tarde que viu na rua cerca de 500 universitários com flores brancas e pretas nas roupas, em sinal de luto. "Todos foram atropelados pelos tanques", relatou horrorizada.

Os protestos haviam se iniciado seis semanas antes, após a morte do chefe do partido, Hu Yaobang. No dia 18 de abril, milhares de universitários se dirigiram em passeata para ocupar a praça central da capital chinesa. Eles reivindicavam a democratização do Partido Comunista e o combate à corrupção.

Jornal anunciou medidas repressivas

No dia 26 de abril, o jornal Renmin Ribao, órgão oficial do governo em Pequim, criticou de forma severa o movimento estudantil e anunciou medidas repressivas em seu editorial. Ignorando a advertência, outros milhares de estudantes de 40 universidades do país deslocaram-se até a praça. Também a classe jornalística solidarizou-se com o movimento e, pela primeira vez, promoveu uma manifestação exigindo liberdade de imprensa.

Nos primeiros dias do mês de maio, entretanto, ficava clara a cisão dentro da cúpula política. Enquanto o chefe do partido, Zhao Ziyang, mostrava compreensão para as reivindicações estudantis, o primeiro-ministro, Li Peng, e Deng Xiaoping defendiam a linha dura.

A 13 de maio, os universitários reunidos na praça iniciaram a greve de fome, alguns inclusive recusavam-se a beber água. Li Peng continuou se negando a seguir suas exigências e no dia 20 de maio decretou a lei marcial. Pouco depois, Zhao Ziyang foi deposto, selando a vitória da linha-dura do governo chinês.

A cisão começava a se delinear também entre os manifestantes. Os mais radicais negavam-se a seguir a sugestão feita pela Aliança Universitária de Pequim, de encerrar a manifestação. No dia 29, artistas chegaram a confeccionar uma estátua de espuma em homenagem à democracia, de 10 metros de altura, em plena Praça da Paz Celestial.

Na noite de 4 para 5 de junho, então, os tanques e caminhões com soldados portando metralhadores avançaram sem piedade sobre os milhares de estudantes. A temida guerra civil como conseqüência do massacre acabou não acontecendo. O movimento pela democracia foi sufocado em sangue e a imprensa subjugada ao controle estatal.



Bettina Marx (rw)| © 2007 Deutsche Welle

Sunday, June 03, 2007

3deJunho

1952: Criado o Arquivo Nacional Alemão
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Funcionário do Arquivo Nacional expõe 'Os direitos elementares do povo alemão', de 1848
No dia 3 de junho de 1952, foi fundado na cidade de Koblenz um arquivo central, onde estão guardados, entre outros, importantes documentos do tempo do nazismo.

É enorme a quantidade de documentos guardados no registro nacional da Alemanha, na cidade de Koblenz. Colocadas lado a lado, as estantes do Arquivo Central cobririam uma distância de 250 quilômetros. Na sua inauguração, o arquivo possuía apenas sete funcionários. Hoje em dia, são 260, e mais 580 nas filiais de Aachen, Bayreuth, Frankfurt, Potsdam e Rastatt.

Embora na época de sua fundação a escolha de Koblenz para sua sede tenha sido motivo de controvérsias, pois alguns queriam Bonn, a sede provisória do governo da Alemanha Federal, com o passar do tempo a polêmica sobre a localização acabou sendo esquecida.

A tarefa primordial do Arquivo Central continua sendo, até hoje, a documentação dos acontecimentos na Alemanha, através do arquivamento dos atos do governo. Com exceção dos documentos do tempo do nazismo e da ex-Alemanha Oriental, os registros do governo são guardados durante 30 anos.

Aberto a consultas particulares

Em 1986, o arquivo recebeu sede nova, mas continuou na cidade onde se encontram os rios Reno e Mosela. Com a unificação alemã, mais tarde, enriqueceu seu acervo com documentos históricos do Leste alemão. Cada uma das filiais é dedicada a um setor específico, como o arquivo militar, que fica em Freiburg, ou o de filmes, em Berlim.

A partir de 1987, uma alteração na legislação regulamentou o uso do arquivo central. Cada cidadão da Alemanha pode consultar o acervo, seja para objetivos jornalísticos, científicos ou da administração pública, desde que o faça em pedido oficial, justificando o motivo de seu interesse.

Estão armazenados no arquivo documentos desde 1815, passando pelo Deutsche Reich (Império Alemão, de 1867/71-1945), os tempos da ocupação (1945-1949), da República Democrática Alemã (1949-1990) e da República Federal da Alemanha (a partir de 1949).



Ernst Meinhardt (rw)| © 2007 Deutsche Welle

Saturday, June 02, 2007

Le Sommet de la Terre à Rio
Vingt ans après la première conférence internationale sur l'environnement de Stockholm, Rio de Janeiro accueille la Conférence des Nations unies sur l'environnement et le développement (CNUED) du 3 au 14 juin 1992. Ce Sommet de la Terre, auquel participent 178 délégations nationales et 116 chefs d'Etat ou de gouvernement, est la première tentative de la communauté internationale d'organiser et de financer la sauvegarde écologique de la planète. A l'issue du sommet, cinq textes sont adoptés : une convention sur les changements climatiques, une autre sur les forêts devenue simple déclaration, et une troisième sur la biodiversité, rejetée par les Etats-Unis ; l'Agenda 21, un programme d'actions prioritaires de développement pour le tiers-monde que devront financer les pays du Nord, et la déclaration de Rio, qui affirme le principe d'une gestion écologique de la planète. Si ces textes sont dans l'ensemble peu contraignants, le sommet de Rio marque une prise de conscience générale décisive.

©Documentation écrite RFI

Friday, June 01, 2007

2005
Paul Wolfowitz président de la Banque mondiale
Le secrétaire américain adjoint à la défense Paul Wolfowitz est nommé président de la Banque mondiale le 31 mars 2005. Il prend ses fonctions le 1er juin à la tête de l'institution financière internationale, en remplacement de James D. Wolfensohn, en poste depuis dix ans.

1987
Naissance de France Info
Inspiré par une formule américaine, le journaliste de France Inter Jérôme Bellay lance l'idée d'une radio d'information en continu en France. France Info, nouvelle station du réseau Radio France, émet pour la première fois le 1er juin 1987. D'abord diffusée dans huit grandes villes de France, elle propose de sept heures à minuit un journal de sept minutes toutes les demi-heures, des reportages ainsi que des chroniques spécialisées couvrant de nombreux domaines.

©Documentation écrite RFI


1946: República Independente da Cochinchina

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Templo de Angkor Wat
A 1º de junho de 1946, a França fundou a República Independente da Cochinchina, dissolvida por Paris em 1949. Em seu lugar foi instalada a República do Vietnã do Sul.

Os franceses chegaram à península da Indochina em 1858, mas nunca conseguiram controlar mais que o sul do Vietnã, a Cochinchina, o "celeiro de arroz" do Sudeste Asiático, no delta do rio Mekong. Em 1874, a França estabeleceu dois protetorados na região: Anã, no centro, e Tonquin, no norte. Finalmente, em 1887, foi formada a União da Indochina, que reuniu sob o jugo colonial francês Anã, Tonquin, Cochinchina e Camboja.


Os franceses obtiveram grandes lucros com a exploração da borracha, do arroz e da madeira. Em 1940, a Indochina foi ocupada pelos japoneses. Com a retirada do Japão após a Segunda Guerra Mundial, os franceses reocuparam a península.

O Alto Comissário Francês para a Indochina, almirante George Thierry d’Argenlieu, formulou com as seguintes palavras os objetivos da política colonial da França: "Precisamos assegurar a manutenção e ampliação de nossa influência e de nossos interesses econômicos, bem como garantir a proteção das minorias étnicas. Além disso, temos de nos preocupar com nossas bases estratégicas e a defesa da união francesa".


EUA negam ajuda


Como fizera nas batalhas contra os japoneses na Segunda Guerra Mundial, Paris pediu, sem sucesso, o apoio dos Estados Unidos. No entanto, a política de Roosevelt e, mais tarde, de Truman, foram claramente anticolonialistas e ambos negaram a ajuda.


As reservas de Washington em relação à França levaram o líder dos povos do norte e do centro do Vietnã, Ho Chi Minh, por sua vez, a depositar suas esperanças nos EUA. Ele disse ao oficial do serviço secreto norte-americano, major Archimedes Patti, que os vietnamitas nunca entrariam em guerra contra os EUA, "um país que eles amam".

Interessados em ter a França como forte aliada na Europa, os norte-americanos também negaram ajuda aos vietnamitas. A ordem de Roosevelt e Truman era não tomar partido na questão da Indochina. Ho Chi Minh não obteve sequer o desejado apoio moral dos EUA. Ignorada pelos norte-americanos, a Liga pela Independência (Vietminh), criada em 1939, no entanto, acabou sendo apoiada pela China.


O Vietminh passou a combater o expansionismo francês em direção a Hanói e a exigir a independência da República da Cochinchina. O objetivo era livrar a Indochina da ocupação francesa. O almirante d’Argenlieu reagiu, dizendo que a França não tinha a intenção de conceder a independência total aos povos da Indochina. "Isso seria uma perigosa quimera em relação aos interesses de ambos os partidos", declarou.


Nova estratégia de Paris

A fundação da Cochinchina em 1946 marcou o início da primeira guerra na Indochina. Paris, no entanto, viu logo que não se tratava de um país "independente" e adotou uma nova estratégia: a 23 de abril de 1949, novamente dissolveu a República Independente da Cochinchina e instalou em seu lugar a República do Vietnã do Sul. O Vietminh não reconheceu esse Estado fantoche dos franceses e a guerra continuou até a derrota francesa em Diem Bien Phu, em maio de 1954.

O cenário do conflito colonial francês virou, então, palco da Guerra Fria do "ocidente livre" (os EUA) contra "as forças das trevas e do comunismo" (o Vietcong). Os norte-americanos fariam a mesma experiência amarga dos franceses: não tiverem meios – nem mesmo militares – de conter o movimento pela independência dos povos da Indochina. Em 1975, derrotados, os EUA foram obrigados a se retirar do Vietnã.

O dia 1º de junho de 1946, data da fundação da República Independente da Cochinchina pela França, foi um marco histórico do fim da política colonialista do século 19. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o império francês virou uma página da história.



Dirk Kaufmann (gh)| © 2007 Deutsche Welle