Efemérides

Tuesday, June 12, 2007

1964: Nelson Mandela condenado à prisão perpétua

1964: Nelson Mandela condenado à prisão perpétua

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Nelson Mandela só seria libertado em 1990
No dia 12 de junho de 1964, Nelson Mandela, líder do Congresso Nacional Africano, então ilegal, e outros sete correligionários foram condenados à prisão perpétua.

"Estou feliz e, ao mesmo tempo, profundamente triste em poder voltar a Soweto. O que me entristece é ver que vocês continuam sofrendo sob o sistema desumano do apartheid."

Esta foi a primeira declaração feita por Nelson Mandela, em fevereiro de 1990, quando saiu da prisão em que ficou confinado durante quase 28 anos. Suas primeiras palavras em liberdade foram abafadas pelas vozes de seus correligionários, que cantavam em clima de festa o hino Deus salve a África. Eles já pressentiam que o apartheid estava com os dias contados.

Também o que aconteceu nas décadas que antecederam esse dia nunca será esquecido pela África do Sul. Nelson Mandela, líder do então proibido Congresso Nacional Africano (CNA), passara a viver na clandestinidade em 1961. Ele havia jurado que lutaria, se necessário até com armas, contra a discriminação racial garantida por lei.

Segregação racial ancorada na lei

A partir de 1911, uma série de leis consolidara o domínio dos africâners (descendentes de holandeses) e ingleses sobre a maioria negra. Essa política de segregação racial foi oficializada em 1948, com a ascensão ao poder do Partido Nacional, que se manteve como força política dominante por mais de 40 anos.

O apartheid impedia os negros de possuírem terra, sua participação política e acesso às profissões melhor remuneradas. Também os obrigava a viver em áreas separadas das zonas residenciais de brancos. Os casamentos mistos e as relações sexuais entre pessoas de raças diferentes eram proibidas.

CNA: resistência e ilegalidade

A oposição ao regime do apartheid intensificou-se a partir dos anos 50, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), fundado em 1912, lançou uma campanha de desobediência civil. Em 1960, depois do massacre de 67 negros pela polícia numa manifestação, o CNA foi declarado ilegal.

Segundo Mandela, muitas pessoas notaram então que não fazia sentido falar de paz e não-violência diante de um governo que respondia com ataques brutais contra pessoas desarmadas e desprotegidas. Mas, antes que o CNA pudesse começar a responder à violência com violência, Mandela e vários companheiros foram presos e levados a tribunal.

Prisão perpétua: uma forma de clemência

Mandela esperava para si e seus amigos a pena de morte. O juiz Quartus de Wet, no entanto, anunciou no dia 12 de junho de 1964 que decidira não aplicar a pena máxima. Sob o argumento de estar apenas cumprindo sua obrigação e que esta era a única clemência possível, ele condenou todos os acusados à prisão perpétua. O então prisioneiro político mais conhecido do mundo seria libertado só em fevereiro de 1990.

O hino do ANC virou hino nacional e Nelson Mandela foi eleito, em 1994, primeiro presidente negro da história da África do Sul. Em outubro do mesmo ano, recebeu junto com o último presidente branco, Frederik de Klerk, o Prêmio Nobel da Paz.

Klaudia Pape (gh)| © 2007 Deutsche Welle

2006 - Accord entre le Cameroun et le Nigeria sur la péninsule de Bakassi

Le 12 juin 2006, le Nigeria et le Cameroun signent sous l'égide des Nations unies un accord visant à mettre fin à un différend frontalier hérité de l'ère coloniale autour de la péninsule de Bakassi, sur le golfe de Guinée. Saisie dès 1994 par le Cameroun suite à des affrontements, la Cour internationale de justice (CIJ) de La Haye lui avait attribué en octobre 2002 la souveraineté sur cette péninsule riche en pétrole et en poissons. L'accord du 12 juin 2006 prévoit le retrait des troupes nigérianes dans un délai de 60 jours et le maintien temporaire de l'administration par Abuja des îles d'Atabong et d'Abana, à l'ouest de la péninsule. Le 14 août 2006, le Nigeria remet officiellement la péninsule de Bakassi au Cameroun lors d'une cérémonie à Archibong.

1957 - Arrestation d'Henri Alleg en Algérie

Alors que la guerre d'Algérie est engagée depuis deux ans, les autorités lancent en janvier 1957 la "bataille d'Alger" pour mettre fin aux attentats du FLN qui se multiplient dans la capitale. Dotée de pouvoirs de police, l'armée française arrête de nombreux civils et procède à des "interrogatoires renforcés", systématisant la torture et les exécutions sommaires. Henri Alleg, directeur du quotidien communiste "Alger Républicain" jusqu'à son interdiction en 1955, est arrêté le 12 juin 1957 chez son ami Maurice Audin, arrêté la veille et dont on ne retrouvera pas le corps. Soumis à la torture, Henri Alleg rédige en détention ce qui deviendra "La Question", récit des sévices qu'il a subis. Publié en février 1958 aux Editions de Minuit et saisi dès le mois suivant, l'ouvrage d'Henri Alleg ainsi que l'enquête de Pierre Vidal-Naquet sur Maurice Audin provoquent une crise politique et contribuent à l'évolution de l'opinion publique sur le conflit algérien.

©Documentation écrite RFI

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