1982
Fin de la guerre des Malouines
L'archipel des Malouines, situé à l'est des côtes argentines, doit son nom à ses premiers habitants, originaires du port français de Saint-Malo. Espagnoles à partir de 1776, les "Malvinas" sont revendiquées au début du XIXe siècle par l'Argentine nouvellement indépendante et le Royaume-Uni. Passé sous domination britannique en 1833 sous le nom de "Falkland Islands", l'archipel demeurait l'objet d'un litige territorial entre les deux pays. En 1982, la junte du général Galtieri, au pouvoir à Buenos Aires, entend récupérer ce qu'elle considère comme un bien national pour redonner un second souffle à un régime affaibli. Le 2 avril, l'armée argentine investit l'archipel. Le Premier ministre britannique Margaret Thatcher, soutenue par les principales puissances, décide d'intervenir. Après les premiers bombardements, début mai, cinq mille soldats britanniques débarquent sur l'archipel. Le 14 juin 1982, la reddition des troupes argentines après six semaines de combats permet au Royaume-Uni de reprendre possession des Malouines. Ce conflit de 74 jours, qui a fait un millier de morts, précipitera la chute de la junte en Argentine.
©Documentation écrite RFI
1942: Anne Frank inicia seu diário
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Anne sonhava tornar-se escritora ou jornalista
A 14 de junho de 1942, Anne Frank começou a escrever regularmente no seu diário, que havia recebido de presente dois dias antes, ao completar 13 anos. No livro, documentaria o tempo que passou escondida dos nazistas.
"Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda."
O diário de Annelies Frank, um caderno de capa quadriculada nas cores vermelho, laranja e cinza, tornou-se um dos símbolos do martírio judeu durante o regime de Hitler. Hoje, está entre os mais conhecidos do mundo. Já foi transformado em filme e traduzido para 55 idiomas.
Annelies, chamada pelos pais de Anne, nasceu a 12 de junho de 1929 em Frankfurt, filha do comerciante judeu Otto Frank. Em 1933, após a ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha, emigrou com a família para Amsterdã, na Holanda.
Ela começou a escrever regularmente no seu diário a partir de 14 de junho de 1942. Em princípio, o tema era a Holanda ocupada pelos nazistas, que tornavam a situação dos judeus cada vez mais insuportável. Algumas semanas depois, ela começou a narrar ao diário, que considerava fiel amigo e confidente, o cotidiano no esconderijo, um anexo nos fundos da firma do pai.
Angústia no esconderijo
Junto com os pais e a irmã de Anne, escondiam-se ali mais quatro pessoas do envio certo ao campo de concentração. Foram 25 meses de necessidades e medo de serem descobertos a qualquer momento.
"Sem Deus eu já teria sucumbido. Eu sei que não tenho segurança, tenho medo das celas e do campo de concentração, mas sinto que criei mais coragem e estou nos braços de Deus."
O "mergulho" (como na época se chamava a passagem de judeus para a existência na ilegalidade) já estava sendo planejada há muito tempo por Otto Frank e alguns dos seus funcionários, Miep Gies, Johannes Kleiman, Victor Krugler e Bep Voskuijl.
Durante dois anos, eles protegeram e alimentaram a família Frank, os Van Pels e Fritz Pfeffer. A tensão no anexo era enorme. Qualquer pequeno descuido poderia traí-los e levá-los à morte. Durante o dia, só se podia andar de cócoras e sussurrar. Durante a noite, todos os cuidados eram necessários para que a vizinhança não suspeitasse que ali havia oito judeus escondidos.
Vida em silêncio absoluto
Surpreendendo pela sua maturidade, apesar dos 13 anos, Anne descreveu seu cotidiano com pormenores: a preocupação diária com a possível falta de comida, em certos momentos mesmo a fome, mas acima de tudo o horror de serem descobertos.
Miep Gies, uma das pessoas que mais ajudou os Frank nesta época, lembra que com freqüência visitava os clandestinos, levando notícias e conforto: "Eles não podiam fazer barulho para não serem descobertos, o que significava não puxar a descarga no banheiro, andar descalço, ficar sentado..."
Curiosamente, Anne nunca perdeu a esperança e a alegria de viver. Acreditou sempre que as coisas iriam melhorar e fazia projetos para quando chegasse a liberdade. Sonhava com o retorno à escola e queria tornar-se escritora. Com este propósito, em 1944 começou a rescrever o começo do diário, para uma futura publicação. As narrações eram dirigidas a uma amiga fictícia, a quem inclusive deu um nome.
"Querida Kitty, imagine que interessante seria se eu escrevesse um romance aqui na casa dos fundos. Pelo título, as pessoas pensariam tratar-se de um caso de detetive. Mas, falando sério, cerca de dez anos depois do fim da guerra, vai parecer esquisito quando se disser como nós judeus vivemos, comemos e conversamos aqui. Não quero ter vivido inutilmente, como a maioria das pessoas. Quero continuar vivendo, mesmo depois da minha morte. "
Ninguém no esconderijo tinha conhecimento desta faceta na vida de Anne, nem sabiam do diário. Mep Gies, que evitou que o caderno caísse nas mãos da Gestapo, entregou o diário, sem lê-lo, ao pai de Anne, o único da família que sobreviveu, e que acabou publicando a obra, intitulada O Diário de Anne Frank.
O próprio pai, grande amigo e confidente de Anne, ficou surpreso com as narrações. O sonho de tornar-se conhecida acabou se concretizando, só que ela não conseguiu desfrutá-lo. No dia 4 de agosto, os "mergulhados" foram presos pela Gestapo. Anne e a irmã, Margot, morreram de tifo em março de 1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen, perto de Hannover.
Gabriela Schaf (rw)|© 2007 Deutsche Welle
1907
Naissance de René Char
Né le 14 juin 1907 à L'Isle-sur-la-Sorgue (Vaucluse, sud de la France), René Char publie ses premiers poèmes en 1934, influencé par le surréalisme. Marqué par la guerre d'Espagne, il s'engage dans la Résistance sous l'Occupation et devient chef de réseau en Provence. La guerre et son expérience du maquis lui inspirent "Seuls demeurent" (1945) et "Feuillets d'Hypnos" (1946), écrits dans la clandestinité. A la Libération, René Char se consacre pleinement à la poésie, à la recherche "d'une nouvelle liberté-vérité du monde de l'homme". Auteur d'une importante production poétique et théâtrale, de textes sur l'art et de traductions, René Char meurt à Paris le 19 février 1988.
©Documentation écrite RFI
0 Comments:
Post a Comment
<< Home