Efemérides

Thursday, May 31, 2007

1902: Fim da Guerra dos Bôeres

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Soldados negros em Mafeking durante a Guerra dos Bôeres
No dia 31 de maio de 1902, terminou depois de três anos a Guerra dos Bôeres na África do Sul.

O que em princípio era para ser uma guerra-relâmpago, acabou tornando-se o pior conflito colonial dos britânicos. No dia 11 de outubro de 1899, a República Sul-Africana, mais os estados independentes de Orange e Transvaal, declararam guerra à Grã-Bretanha. Os colonos holandeses (bôeres, de Buren, agricultores) exigiam sua equiparação na comunidade sul-africana. Os britânicos, por seu lado, queriam ampliar o império colonial.

Os bôeres estavam bem armados, eram considerados bons atiradores e conheciam bem a região. Mesmo assim, não conseguiram se impor em cidades importantes controladas pelo britânicos, como Natal e no Cabo. Em março de 1900, as tropas de Londres conquistaram Bloemfontain, capital do Estado Livre de Orange. Os colonos receberam armas e apoio militar da Alemanha, mas seus 25 mil homens não podiam se impor diante do contingente de 250 mil britânicos.


Supremacia britânica e campos de concentração


Os bôeres tentaram, sem êxito, continuar a luta através de guerrilhas. Mas a vingança dos britânicos foi terrível: 30 mil propriedades foram incendiadas, plantações e animais mortos. Mulheres e crianças foram internadas em campos de concentração, onde morreram aos milhares.


A resistência dos colonos fracassou diante da falta de alimentos. A última guerra colonial entre colonos europeus e a república-mãe terminou com 22 mil soldados mortos e sete mil vítimas fatais entre os bôeres.

Apesar da derrota, por um certo tempo os colonos conseguiram impor condições aos britânicos, tentando convencê-los de que conheciam melhor o território. Mas, com o passar do tempo, a Grã-Bretanha tentou impor-se diante dos colonos, incentivando a migração de ingleses para a região e proibindo o holandês nas escolas. O nacionalismo bôer, no entanto, ressurgiu no interior. Pouco a pouco, os colonos começaram a deixar os centros dominados pelos britânicos.

Os negros, a grande maioria da população, assistiram ao conflito. Nem britânicos, nem colonos, buscaram alianças. Paradoxalmente, os bôeres demoraram muito mais para reconhecer os direitos dos negros, apesar de terem lutado tanto pela sua soberania.

Volker Wagener (rw)| © 2007 Deutsche Welle

2005
Condamnation de Mikhaïl Khodorkovski, ancien magnat russe du pétrole
Le 31 mai 2005, le verdict est prononcé à l'issue du procès de Mikhaïl Khodorkovski, ex-patron du géant pétrolier russe Ioukos, un temps l'homme le plus riche de Russie. Son indépendance dans un secteur stratégique pour le pouvoir, son opposition déclarée à Vladimir Poutine et ses ambitions politiques avaient mené à son arrestation, le 25 octobre 2003. Au terme de onze mois de procès, alors que Ioukos est démantelé, l'ex-magnat du pétrole et son associé Platon Lebedev sont reconnus coupables de "fraude fiscale" et "escroquerie à grande échelle", et condamnés à neuf ans de prison. Le 22 septembre 2005, le verdict est confirmé en appel, et la peine réduite d'un an. Une décision qui empêche sa candidature à la députation et met fin à son avenir politique.

©Documentation écrite RFI

Wednesday, May 30, 2007

1967
Sécession du Biafra au Nigeria
La décision du général Aguyi Ironsi, au pouvoir en janvier 1966, d'abolir la fédération nigériane au profit d'un Etat unitaire, enflamme le nord du pays, qui y voit une menace pour son autonomie favorisant les Ibos du sud-est. Des émeutes éclatent et des milliers d'Ibos sont alors massacrés. La crise s'amplifie jusqu'à la rupture entre Odumegwu Ojukwu, gouverneur du Nigeria oriental, à majorité Ibo, et les autorités de Lagos. Le 30 mai 1967, il proclame l'indépendance de cet Etat sous le nom de République du Biafra. Le 6 juillet marque le début d'une guerre civile qui fera un million de victimes, notamment des civils affamés. Défaite par les troupes nigérianes, la rébellion séparatiste capitulera le 12 janvier 1970.

©Documentation écrite RFI

1431: Joana D'Arc morre na fogueira

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Hoje, Joana de Orleans é um símbolo nacional para os franceses
No dia 30 de maio de 1431, Joana D'Arc foi queimada numa fogueira em praça pública, na cidade francesa de Rouen. A jovem filha de camponeses havia liderado a luta contra a ocupação inglesa, em 1429, na Guerra dos Cem Anos.

Napoleão Bonaparte certa vez disse: "Um francês pode fazer milagres ao ver a independência do país ameaçada". Ainda hoje, Joana D'Arc é um símbolo nacional para os franceses. Vários livros com sua biografia e filmes foram lançados sobre a ingênua, mas corajosa filha de lavradores do interior da França. Joana D'Arc nasceu em Orleans na noite de Epifania de 1412. Já em vida, foi uma legenda, as pessoas queriam vê-la e tocá-la. Em 1429, entrou para a história da França ao escrever uma carta ao chefe da ocupação inglesa:

"Rei da Inglaterra, auto-intitulado regente do Império Francês, entregue à virgem enviada por Deus, imperador do céu, a chave de todas as cidades que Sua Alteza tomou dos franceses. Se não o fizer, Sua Alteza já o sabe, eu sou general. Em todo lugar na França que encontrar da sua gente, vou expulsá-la."

Teria sido ousadia ou ingenuidade a oferta feita por Joana, então com 16 anos, ao seu rei, Carlos 7º, de expulsar os invasores ingleses de Orleans e assim ajudá-lo a garantir-se no trono da França? Ao se apresentar como enviada divina, ajudou a projetar seu nome na história.

Oficialmente, ninguém contestava a necessidade de expulsar os britânicos, mesmo assim o rei e seus consultores preferiram mandar averiguar quem era aquela jovem. Doutores, religiosos, guerreiros, ninguém encontrou ressalvas à pura Joana, apenas o bem, a inocência, humildade, honestidade e submissão.

Enviado por Deus

Joana apareceu para salvar os franceses justamente no momento em que eles acreditavam que apenas um milagre poderia ajudá-los. E a Joana vestida de guerreiro, um enviado de Deus, incorporou esta esperança. O povo via nela a concretização de um antiga profecia, segundo a qual a França seria salva por uma virgem. Uma propaganda ideal para a corte. Era a oportunidade para motivar suas tropas, que a esta altura estavam com a imagem um tanto desgastada.

Joana, a salvadora. Com o passar dos séculos, ela foi chamada de tudo: bruxa, prostituta, santa, feminista, nacionalista, heroína. Pelo ultraconservador Le Pen, na França atual, ela foi inclusive usada como símbolo contra os invasores modernos. E, na tela, é apresentada como um tipo de adolescente rebelde, altruísta, apegado aos ideais.

Mas, retrocedendo na história: depois que ela foi sabatinada por uma comissão da corte, recebeu o uniforme completo de cavaleiro e começou a lutar pela libertação. Orleans estava sitiada pelos ingleses há seis meses. Uma tropa de cinco mil homens pretendia forçar os 30 mil habitantes a se entregar. Apesar de não ser um integrante ativo nos planos dos militares franceses, o espírito de luta de Joana - e talvez apenas sua presença - trouxe a vitória aos franceses.

No dia 8 de maio de 1429, ela foi festejada pelos moradores de Orleans como enviada divina. E seguiram-se ainda muitas vitórias até a coroação de Carlos VII em Reims. Os ingleses, derrotados, iniciaram uma conspiração contra Joana, que acusavam de bruxaria. Ela foi presa em 1430 e condenada pela Inquisição a morrrer na fogueira, depois de 20 meses de julgamento.

Jens Teschke (rw)|© 2007 Deutsche Welle

Germaine Tillion, un siècle de combat

Germaine Tillion en 2000.

(Photo : AFP)Résistante de la première heure, déportée à Ravensbrück, l’ethnographe Germaine Tillion fête, ce 30 mai, ses 100 ans, après avoir traversé le siècle en luttant contre toutes les formes d’oppression.

Le regard est malicieux, le visage carré est auréolé d’une masse de cheveux blanc neige. Germaine Tillion, ce «marabout rusé et noble», comme la surnommait son ami l’historien Pierre Vidal-Naquet, a soufflé ses cent bougies, dans sa maison de Saint-Mandé, près de Paris, entourée de sa sœur Françoise, âgée de 98 ans, de sa nièce Emilie et de quelques proches.

Dans la capitale, le théâtre du Châtelet célèbrera son centenaire en créant les 2 et 3 juin son opérette-revue Le Verfügbar aux enfers. Germaine Tillion, alias «Kouri», son surnom de guerre, écrit le texte à l’automne 1944, à la barbe de ses bourreaux, pendant sa déportation au camp nazi de Ravensbrück (Allemagne), pour distraire ses compagnes. Le mot allemand «verfügbar» (disponible) désigne les détenues qui, à tout moment, pouvaient accomplir une corvée imprévue. Il s’agit d’une parodie grinçante sur l’horreur concentrationnaire qui cite notamment l’Orphée aux enfers d’Offenbach. Par l’humour, la grande résistante explique les «mécanismes écraseurs» du camp. Dans l’opérette, une des détenues chante : «J’irai dans un camp modèle avec tout le confort, eau, gaz, électricité». Le chœur reprend : «Le gaz surtout». En cadeau d’anniversaire, les interprètes ont prévu de venir lui chanter à domicile quelques extraits de son œuvre. Le texte est paru aux éditions de La Martinière (2005).

«L’ethnographie m’a rendue lucide»

Germaine Tillion est née le 30 mai 1907 à Allegre (Haute-Loire), un an avant Claude Lévi-Strauss. Elle est avec lui une figure tutélaire de l’ethnologie française, dont les travaux sur les Berbères et la condition des femmes dans le bassin méditerranéen font autorité.

Germaine Tillion, s’embarque en 1934 pour l’Algérie. Sur les conseils de son maître et directeur de thèse, Marcel Mauss, l’ami de Jaurès et de Blum, et le maître de l’anthropologie française, elle a choisi d’étudier l’organisation sociale de l’ethnie berbère des Chaouïas, repliée dans le massif des Aurès, au sud de Constantine. «Je m’attendais à trouver des sauvages, donc des gens sublimes, et je retrouve… la France paysanne. Il n’y a guère que les parlers qui étaient différents», racontera-t-elle soixante-dix ans plus tard au philosophe Jacques Derrida et à l’écrivain Hélène Cixous, lors d’une émission sur la chaîne de radio France-Culture. Germaine Tillion effectuera quatre missions entre 1934 et 1940.

En 2000, elle publie sa biographie Il était une fois l’ethnographie, (Seuil), récit d’un parcours exemplaire. Les 1 500 clichés qu’elle avait cru perdus ont été retrouvés soixante ans plus tard dans des boîtes à chaussures enfouies au bas d’une bibliothèque. Ses prises de vue ont fait l’objet d’un album, l’Algérie aurésienne, publié aux Editions de La Martinière, en 2001.

Une femme intrépide dans la tourmente

L’Europe est en guerre quand l’arpenteuse des Aurès rentre en mai 1940. Sa vie bascule, le 17 juin, en entendant le discours du maréchal Pétain «capitulant devant Hitler». «J’ai vomi, et ce n’est pas une image, dans les dix minutes qui ont suivi». Germaine Tillion prend alors immédiatement contact avec des compatriotes révoltés comme elle par la capitulation. Elle fonde le réseau du Musée de l’Homme, à la tête duquel elle se retrouve seule après les arrestations début 1942, jusqu’à sa propre arrestation, le 13 août de la même année. La traîtrise d’un Français, l’abbé Robert Alesch, la conduira jusqu’à Ravensbrück. Elle est déportée le 21 octobre 1943 après un interminable voyage de dix jours. Elle voit mourir sa mère adorée, perdant «jusqu’au désir viscéral de survivre». Le 23 avril 1945, peu avant la chute du camp, elle est évacuée par la Croix-Rouge vers le Danemark, puis la Suède, avec 300 autres détenues. Une fois rétablie, elle entreprend une enquête approfondie sur les crimes de guerre allemands qui fera l’objet de trois publications, en 1946, 1972 et 1988.

Germaine Tillion a toujours été une intellectuelle indépendante. Parallèlement aux combats pour élucider Ravensbrück, dès les années cinquante elle participe aux efforts pour montrer que Viktor Kravtchenko avait raison sur le goulag. En 1951, elle fait partie du jury international qui, à Bruxelles, alerte l’opinion sur les camps soviétiques.

«A chacun de faire ce que sa conscience lui dicte»

En 1954, Germaine Tillion repart en Algérie pour une mission d’étude. Elle rédige un rapport sur la «clochardisation» de régions entières, sans écoles, sans emplois et à la démographie galopante. A la lecture de ce rapport, Jacques Soustelle, nouveau gouverneur de l’Algérie, nommé par Pierre Mendès-France, lui demande de rejoindre son cabinet. Au cours de l’année 1955, elle va créer et structurer les «Centres sociaux», organismes destinés à la scolarisation des familles rurales maghrébines.

La passion de la vérité conduit la résistante Tillion à lutter contre la torture pendant la guerre d’Algérie. Elle s’efforce d’obtenir des combattants algériens une sorte de trêve du terrorisme. En juillet 1957, en pleine bataille d’Alger, sa rencontre avec le chef FLN, Yacef Saadi, lui vaudra bien des incompréhensions. Simone de Beauvoir parlera de «saloperie». Cette période fera l’objet d’un livre-clé, Les ennemis complémentaires (1958).

Dans la biographie que lui consacre Jean Lacouture, Le témoignage est un combat, une biographie de Germaine Tillion, (Seuil, 2000), les chapitres sur la guerre d’Algérie montrent, quarante ans plus tard, alors que le débat sur la torture est publiquement et nationalement engagé, l’intrépidité de Germaine Tillion et son courage intellectuel.

Selon l’historien et philosophe Tzvetan Todorov, président de l’Association Germaine Tillion, la centenaire a «toujours combiné ses activités d’ethnologue et d’historienne avec une action politique sur des causes particulières comme la torture en Algérie ou les sans-papiers». Todorov a rassemblé une soixantaine d’interventions de cette «femme de réflexion et d’action» dans un ouvrage intitulé A la recherche du vrai et du juste.

Une humaniste

Germaine Tillion est l’une des cinq Françaises à avoir été élevée à la dignité de Grand Croix de la Légion d’honneur. Le prix de l’Amitié Franco-Arabe 2000 lui a été attribué pour l’ensemble de son œuvre marquée du sceau de l’humanisme et pour avoir contribué toute sa vie au dialogue interculturel avec l’islam et le monde arabe. En 2004, cette Européenne convaincue recevait la Grand Croix du Mérite de l’Allemagne pour sa contribution à la réconciliation franco-allemande.



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Quelques dates

30 mai 1907
Naissance à Allègre (Haute-Loire)
1934-1940
Ethnologue dans les Aurès
Juin 1940
Crée le réseau de résistance du musée de l'Homme
Août 1942
Arrestation par la police allemande
21 octobre 1943
Arrivée à Ravensbrück
Avril 1945
Libération du camp
1951
Participe à la commission d'enquête sur le système concentrationnaire en Union soviétique
1954
Envoyée en Algérie, consultante auprès de Jacques Soustelle, elle dénoncera la torture
1955
Création des centres sociaux en Algérie
31 octobre 2000
Cosignataire de l'Appel des douze pour la condamnation de la torture durant la guerre d'Algérie, publié par L'Humanité (et France Inter)


par Françoise Dentinger | ©RFI

Tuesday, May 29, 2007

Tomada de Constantinopla pelos Turcos

1453: Constantinopla é tomada pelos turcos

No dia 29 de maio de 1453, as tropas do sultão Mehmed, o Conquistador, tomaram Constantinopla. Ele pretendia transformar a cidade na capital de um império otomano. Mehmed rebatizou o antigo centro da cristandade ortodoxa para Istambul. O cristianismo não foi proibido, mas a religião oficial passou a ser o islamismo.

No ano 395, o império romano se dividiu, e a sua parte oriental tornou-se o centro do poder. Sua capital era Bizâncio, um centro comercial da Antigüidade localizado no estreito de Bósforo, que foi rebatizada posteriormente como Constantinopla pelo imperador Constantino, o Grande. O círculo cultural do império bizantino era greco-romano e a religião era a cristã por imposição do imperador, convertido ao cristianismo. Isso durou mais de um milênio. Até que, em 1453, tribos turcas das estepes da Ásia Menor tomaram a cidade.

Paz enganadora

"Os osmanlis eram inicialmente bastante pacíficos. Eles não chamaram a atenção dos bizantinos. Segundo mostram as pesquisas mais recentes, os osmanlis eram até muito úteis aos bizantinos, pois se dedicavam à pecuária e contribuíam para o abastecimento de Constantinopla", afirma o professor Peter Schreiner, titular da cadeira de Bizantinismo na Universidade de Colônia.

A paz temporária era enganadora. Para uma cidade medieval, Constantinopla era gigantesca, chegando a ter 300 mil habitantes. Mas a megalópole se enfraqueceu ao longo dos séculos, e sua população caiu para apenas 30 mil habitantes. O império começava a se esfacelar.

Segundo Schreiner, "essas fraquezas foram conseqüência da tomada de Constantinopla pelos cruzados em 1204: o império bizantino se desfez em inúmeros pequenos impérios, cuja fraqueza militar foi notada pelos osmanlis".

Em 1453, o sultão Mehmed II invadiu Constantinopla. Ele sonhava com um império otomano mundial e Constantinopla deveria ser a sua capital. Mehmed logrou executar duas ações de surpresa. Em primeiro lugar, mandou fundir um novo tipo de canhão, os maiores do mundo na época. Com eles, a muralha da cidade foi destruída.

Depois, postou 70 navios de guerra diante do porto. Numa ação noturna, praticamente "pela porta dos fundos", as suas tropas levaram os navios, do mar para o porto, através de uma estreita faixa de terra. O imperador Constantino, um descendente do legendário primeiro imperador cristão, viu então a sua cidade cair nas mãos dos turcos.

Kritobulos de Imbros descreveu a reação do imperador: "Quando viu que os inimigos o acuavam e entravam gloriosamente na cidade, através das brechas na muralha, ele teria gritado as suas últimas palavras – 'A cidade está sendo conquistada e eu ainda vivo?' E pulou no meio dos inimigos, sendo massacrado".

Islamismo torna-se religião oficial

Das metrópoles européias da época – Roma, Veneza ou Gênova – não veio qualquer ajuda. Elas estavam inteiramente concentradas nas suas próprias querelas, e há muito, o império bizantino tinha deixado de ser interessante. O sultão Mehmed rebatizou o antigo centro dos cristãos ortodoxos: o que inicialmente foi Bizâncio, depois Constantinopla, passou a chamar-se Istambul. A religião cristã não foi proibida, mas o islamismo tornou-se a religião oficial. Logo, os símbolos cristãos nas igrejas foram substituídos por símbolos islâmicos. E é nas igrejas que se pode, ainda hoje, buscar os resquícios daquela época.

O prof. Peter Schreiner afirma: "É na Hagia Sophia que se pode encontrar a maioria desses resquícios, pois foi a primeira a ser transformada numa mesquita, logo depois da conquista pelos turcos. Nessa igreja existe ainda uma grande parte da ornamentação da época bizantina" .

O império otomano teve um apogeu que durou cem anos. E durante cem anos, ele esfacelou-se paulatinamente. Com a Primeira Guerra Mundial, deixou de existir. Foi criada a moderna República da Turquia. O que permaneceu foi a sua capital, com os três nomes: Bizâncio, Constantinopla, Istambul.



Catrin Möderler/am | © 2007 Deutsche Welle

2005 - La France rejette la Constitution européenne par référendum
Le 29 mai 2005, les Français rejettent par référendum le Traité constitutionnel européen, par 54,68% des voix contre 45,35%, avec un taux de participation de 69,34%. Provoquant pendant la campagne un vaste débat sur l'Union européenne, son fonctionnement et ses orientations, notamment économiques, le référendum divise les partis politiques et la société française. Avec le refus d'une Europe trop libérale, le vote est également l'expression d'un profond mécontentement des électeurs contre le gouvernement et la mauvaise situation socio-économique.

©Documentation écrite RFI

Monday, May 28, 2007

1987: Mathias Rust aterra na Praça Vermelha

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: O Cessna estacionou a poucos passos do Kremlin

No dia 28 de maio de 1987, o piloto amador alemão Mathias Rust, de 19 anos, driblou os esquemas de segurança dos países da Cortina de Ferro e aterrissou em plena Praça Vermelha, na capital soviética.

Após atravessar a Escócia, as ilhas Shetland, as ilhas Faroe, Reykjavik (Islândia), Bergen (Noruega), Helsinque (Finlândia) e sobrevoar três vezes a Praça Vermelha, em Moscou, um pequeno avião aterrissou a 30 metros da Muralha do Kremlin. Do seu interior, desceu um rapaz de 1,86m de altura, usando um blusão vermelho e óculos escuros.

O avião era um pequeno Cessna 172 e o piloto chamava-se Mathias Rust, programador de computadores de 19 anos de idade, natural da cidade de Wesel, perto de Hamburgo. A julgar pelos 900 quilômetros percorridos em território soviético, sem ser contido, e descendo a poucos passos do gabinete de Gorbatchov, ninguém teve dúvidas de que a ousada façanha foi muito bem planejada. Detido imediatamente, foi mais tarde julgado e condenado a quatro anos de prisão.

Mais de 300 pessoas estavam na Praça Vermelha quando o avião desceu, às 19h30min (horário local). Ninguém podia acreditar no que estava vendo. Mathias desceu, disse ser alemão, mas que vinha de Helsinque, e começou a assinar autógrafos. Os guardas do Kremlin só intervieram mais tarde.

Os oficiais chegaram em limusines pretas. Vários caminhões cercaram o local, a identificação da aeronave foi apagada com tinta e o piloto, preso. Ao mesmo tempo, a opinião pública mundial se surpreendia com a ousadia do jovem, que em plena Guerra Fria havia desafiado o poderio soviético. Mais ainda, questionava-se por que seu vôo não havia sido interceptado.

Graves falhas na segurança

Como motivo, em princípio, Rust alegou querer impressionar uma garota. Mais tarde, ao prestar depoimento, alegou que "veio à União Soviética numa missão de paz, para conversar com Mikhail Gorbatchov".

O presidente soviético aproveitou o pretexto das falhas na segurança e afastou seu ministro da Defesa e alguns generais do alto comando militar. No dia 3 de setembro de 1987, Mathias Rust foi julgado por um tribunal soviético e condenado a quatro anos de trabalhos forçados.

Após grandes esforços diplomáticos, o rapaz acabou sendo libertado 14 meses mais tarde e deportado para a Alemanha. De volta ao seu país, não passaram de ameaças as intenções das autoridades locais de julgá-lo por ter ameaçado o espaço aéreo. A família, por seu lado, enriqueceu com a venda da história a uma revista alemã.

Dois anos mais tarde, Mathias Rust voltou às manchetes. Em novembro de 1989, ele atacou com uma faca uma estudante de enfermagem, porque ela não queria beijá-lo. Durante o julgamento, os psicólogos concluíram que Rust possuía uma personalidade complexa, incapaz de aceitar uma rejeição. Para ele, a aterrissagem em Moscou teria sido o maior êxito de sua vida. Rust acabou condenado a dois anos e meio de prisão.

Libertado em 1994, retornou no ano seguinte a Moscou para visitar um centro de crianças. Depois de trabalhar dois anos na capital russa como vendedor de sapatos, voltou à Alemanha, enfrentando graves problemas financeiros. Em 2001, esteve mais uma vez no banco dos réus. Aos 33 anos de idade, Mathias foi condenado em Hamburgo a pagar multa de 10 mil marcos por ter roubado um blusão de caxemira numa loja de departamentos. Ele recorreu da sentença, e no final teve de pagar 600 marcos de multa.



Doris Bulau (rw)|© 2007 Deutsche Welle

Sunday, May 27, 2007

+27

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Saturday, May 26, 2007

26

Friday, May 25, 2007

1857
Fondation de Dakar
En 1853, le gouverneur du Sénégal Léopold Protet, conscient du rôle stratégique du lieu, fait lever un plan du village de Dakar afin de désengorger et de protéger militairement l'île de Gorée. Le 13 janvier 1857, Protet, devenu commandant supérieur de Gorée, débarque avec quelques troupes à Dakar dont il prend officiellement possession au nom de la France le 25 mai. Edifiée au cours des années suivantes par le futur gouverneur Pinet-Laprade, Dakar deviendra en 1902 la capitale de l'Afrique Occidentale Française puis celle du Sénégal à la place de Saint-Louis en 1958.

©Documentation écrite RFI

1907: As primeiras deputadas num Parlamento europeu
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Direitos iguais: voto para a mulher - cartaz alemão de 1907
No dia 25 de maio de 1907, 19 finlandesas foram as primeiras mulheres a assumirem um mandato num parlamento na Europa. As mulheres na Finlândia já tinham sido as primeiras no continente a poderem participar de eleições, como eleitoras e candidatas.

Para os 181 homens no Parlamento finlandês, a manhã do dia 25 de maio de 1907 trouxe um fato inusitado. Pela primeira vez, as mulheres pisaram naquele "solo sagrado", quando as 19 deputadas eleitas ocuparam seus assentos no Parlamento. O fato não era inédito apenas na Finlândia, mas em toda a Europa.

As mulheres finlandesas foram as primeiras a adquirirem o direito ativo e passivo de voto em nível nacional – para sua própria surpresa. Em sua autobiografia, uma das deputadas de então declarou-se surpresa com o fato de ter obtido, "como mulher sem civilização de um país sem civilização", um direito que ainda era negado a tantas mulheres nos países civilizados.

Certamente o grande número de mulheres finlandesas que exerciam uma profissão desempenhou um papel importante para a concessão do direito eleitoral ativo e passivo ao sexo feminino. No pequeno país escandinavo, com pouco mais de 3 milhões de habitantes em 1907, cerca de 65% das mulheres com idade superior a 15 anos exerciam uma profissão.

Movimento feminista sob signo da educação

O movimento feminista finlandês surgira já na década de 80 do século 19. A iniciativa partiu das intelectuais burguesas, motivadas pelos dramas de Strindberg e por Ibsen, que abordavam a discriminação da mulher nas suas peças teatrais. O movimento feminista foi inicialmente um movimento em prol da educação.

As primeiras reivindicações foram de melhor educação e formação profissional para as mulheres, livre escolha da profissão e acesso aos colégios e universidades. Logo, porém, surgiu a reivindicação de direitos políticos. Somente dessa maneira – através dos caminhos da política – é que as mulheres acreditavam poder impor os seus interesses.

Temores de "masculinização"

A discussão sobre o direito eleitoral das mulheres transcorreu na Finlândia da mesma maneira como em outros países europeus. Seus adversários alegavam o temor de uma masculinização das mulheres: Mulheres instruídas que exercessem uma profissão ou que participassem de decisões não seriam mais femininas, nem atraentes; mulheres verdadeiras não queriam votar, somente as mulheres-machos é que reivindicariam tais privilégios.

Tais "argumentos" não puderam se manter por muito tempo. Estava muito claro que não se poderia mais recusar às mulheres o direito de defender os próprios interesses, sem violar de maneira grave o princípio da igualdade.

Em 1906, a Finlândia foi o primeiro país europeu a aprovar uma lei que garantia o direito eleitoral ativo e passivo a todos os cidadãos dos sexos masculino e feminino, com mais de 24 anos de idade. Em março de 1907, foram realizadas as primeiras eleições com participação feminina e, no dia 25 de maio de 1907, as primeiras 19 deputadas assumiram os seus mandatos no Parlamento finlandês, ao lado dos colegas do sexo masculino.

Em toda a Europa, ainda tardou muito até que outros países seguissem o exemplo da Finlândia. Na maioria dos países, as mulheres só adquiriram o direito de voto a partir de 1918, depois do término da Primeira Guerra Mundial. Um dos últimos países a seguir esse passo foi a França: lá as mulheres só puderam votar depois de 1944. E o último país da Europa a introduzir o direito feminino ao voto foi a Suíça, no ano de 1971.



Rachel Gessat (am) |© 2007 Deutsche Welle

Thursday, May 24, 2007

1844: Criada a telegrafia

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Morse, aos 59 anos
Há 160 anos, o pintor e inventor Samuel Morse transmitia o primeiro telegrama, a 24 de maio de 1844, usando uma linguagem de caracteres mais tarde batizada de Código Morse, apesar de inventado por um alemão.

Ao enviar a primeira mensagem à distância, em 1844, Samuel Morse não imaginava que acabaria ficando mundialmente famoso como criador da telegrafia. A primeira mensagem transmitida dizia: "O que Deus possibilitou!" Quatro anos mais tarde, todos os estados norte-americanos já dispunham de linhas para comunicação com o Código Morse.

Hoje, em plena época de mensagens digitais, é difícil entender a importância da emissão da primeiro comunicado à distância, que acabou sendo fundamental para a evolução do radioamadorismo.

Morse em si tinha pouca relação com a técnica. O filho de um religioso, sustentava-se através da pintura de quadros. Somente em outubro de 1832 foi tomado pela "febre da telegrafia". Aos 42 anos, havia conhecido o cientista Charles Jackson, de Boston, que lhe relatou as experiências de Ampére com o eletromagnetismo.

Aparelho está exposto na Alemanha

Ele ficou fascinado com a idéia de que, se a corrente elétrica flui através de uma bobina magnética, também é possível enviar mensagens desta maneira. Usando restos de arame, pedaços de metal e seu relógio de parede, em 1832, o inventor construiu um aparelho para a transmissão do Código Morse, que hoje está exposto no Deutsches Museum (Museu Alemão) em Munique.

Após cinco anos de pesquisas e graças ao apoio de Alfred Vail, dono de uma fundição, Samuel Morse conseguiu terminar seus experimentos e patenteou o invento em 1840. Os 60 quilômetros entre Washington e Baltimore, que serviram de teste para a primeira transmissão, foram construídos graças ao financiamento aprovado pelo Congresso e levaram três anos para serem concluídos. Na sua primeira transmissão, foram telegrafadas 125 letras por minuto. Hoje a automatização permite a velocidade de 350 por minuto.

Código de entendimento universal

O sucesso da transmissão de mensagens à longa distância em pouco tempo transformou as paisagens dos Estados Unidos, com os característicos postes e fios de transmissão. O fascinante da telegrafia é que seu código de caracteres – traço e ponto – possibilita a comunicação em todo o mundo, mesmo sem o conhecimento de outros idiomas.

Samuel Morse enriqueceu com sua companhia telegráfica e ignorou o fato de que o código utilizado, mais tarde batizado com seu nome, na realidade tenha sido desenvolvido pelo alemão Friedrich Clemens Gerke.

A telegrafia chegou à Europa somente 20 anos depois da transmissão da mensagem por Morse nos Estados Unidos. Mas atingiu seu apogeu apenas em 1901, com as transmissões sem fio através do Oceano Atlântico.

O rápido avanço da tecnologia de comunicação foi substituindo, pouco a pouco, a telegrafia sem fio. Até mesmo o sinal internacional de pedido de socorro SOS – três sinais curtos, três longos e três curtos – teve de dar lugar a modernos sistemas digitais de transmissão de dados.



Maicke Mackerodt (rw)|© 2007 Deutsche Welle

Wednesday, May 23, 2007

2006
Insurrection touareg au Mali
Quatorze ans après le pacte national signé en 1992 entre les autorités maliennes et les Touaregs (10% de la population), une nouvelle insurrection touareg éclate au nord-est du pays le 23 mai 2006. Le 18 mai, Iyad Ag Ghaly, leader historique de l'ex-rébellion, exposait au président Amadou Toumani Touré les doléances des Touaregs sur l'application de l'accord, les conditions d'intégration des anciens rebelles dans l'armée régulière, le manque d'investissements publics et le statut particulier promis pour leur région, au nord-est du pays. Le 23 mai, en réaction à la réponse des autorités, des rebelles attaquent trois garnisons à Kidal et Ménaka, dont ils prennent les armes. Négociant à partir du 23 juin sous la médiation de l'Algérie, les deux parties signent le 4 juillet un accord de paix à Alger. Le gouvernement malien s'y engage à accélérer le développement du nord tandis que les Touaregs renoncent à l'autonomie de la région.

2005
L'OMS adopte un nouveau Règlement sanitaire international
L'Organisation mondiale de la santé approuve le 23 mai 2005 un nouveau Règlement sanitaire international pour faire face à la propagation internationale des maladies infectieuses. Ce texte est le fruit de plusieurs années de travail, pendant lesquelles ont sévi les épidémies de SRAS et de grippe aviaire. Le Règlement définit le rôle respectif des Etats et de l'OMS (détection, action, information) pour limiter la flambée de ces maladies.

1992
Assassinat en Sicile du juge anti-mafia Giovanni Falcone
Giovanni Falcone, né à Palerme en 1939, était devenu le magistrat le plus célèbre du "pool" anti-Mafia et le symbole de la lutte contre Cosa Nostra. Des années d'enquête et d'interrogatoires de repentis lui avaient permis d'établir l'organigramme de la mafia sicilienne, les liens à l'étranger des réseaux de la drogue et les filières du blanchiment de l'argent. De hauts responsables de Cosa Nostra avaient ainsi été jugés et plus de trois cents personnes condamnées. Déjà victime d'un attentat en 1989, le juge Falcone est tué avec son épouse et trois gardes du corps le 23 mai 1992, dans l'explosion d'une bombe au passage de sa voiture sur l'autoroute de Palerme. La mort de celui qui se considérait comme "un serviteur de l'Etat en terre infidèle" est un choc immense pour toute l'Italie.

©Documentation écrite RFI


1949: Promulgada a Lei Fundamental Alemã

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Adenauer ao assinar a Constituição
A Assembléia Constituinte alemã promulgou a Constituição a 23 de maio de 1949. Com a divulgação da Lei Fundamental, mais tarde modelo para muitos países, a República Federal da Alemanha passou a existir oficialmente.

A elaboração da Carta Magna alemã foi autorizada pelo três Aliados ocidentais nos chamados "Documentos de Frankfurt", em julho de 1948. Esta Assembléia Constituinte, batizada de Conselho Parlamentar, foi formada por 65 representantes de assembléias estaduais da Alemanha Ocidental e cinco observadores enviados por Berlim.

O conselho foi presidido por Konrad Adenauer, da União Democrata Cristã, que ainda em 1949 seria eleito primeiro chefe de governo alemão ocidental pós-guerra.

A tarefa da Assembléia Constituinte era redigir uma Lei Fundamental com poderes de Constituição, mas que não tivesse caráter definitivo, para não ameaçar a almejada unificação alemã. Depois da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha havia sido dividida em duas, ocupadas por soviéticos e Aliados ocidentais.

Em agosto de 1948, uma conferência havia definido as linhas gerais da Grundgesetz, prevendo os três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. A tarefa dos parlamentares foi complementá-la com mecanismos que definissem todos os direitos civis e criassem os fundamentos jurídicos do país.

Antes da aprovação da Lei Fundamental, muita polêmica agitou os dois grandes partidos alemães, a União Democrata Cristã (CDU) e o Partido Social Democrata (SPD). Uma questão controvertida foi, por exemplo, a igualdade entre homens e mulheres perante a lei. Somente o engajamento da social-democrata Elisabeth Selbert, apoiada por sindicatos e associações feministas, conseguiu garantir os mesmos direitos para os dois sexos.

Com 53 votos a favor e 12 contra, a Lei Fundamental Alemã foi aprovada pela Constituinte e anunciada por Adenauer a 23 de maio de 1949.

Proteger fundamentos naturais da vida e dos animais

Com a unificação dos dois Estados alemães, em 1990, a Lei Fundamental deixou de ter caráter provisório. Em maio de 2002, o Parlamento aprovou a inclusão da proteção aos animais num parágrafo da Constituição.

Com a emenda, a Alemanha foi o primeiro país da União Européia a incluir esse preceito entre as tarefas fundamentais do Estado. O parágrafo 20 da Lei Fundamental passou a ter três palavras a mais e o seguinte teor: "O Estado protege os fundamentos naturais da vida e os animais".

O professor Vital Moreira, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, destaca a importância das cartas magnas alemãs no contexto internacional: "Já a Constituição de Weimar, de 1919, serviu de modelo para as constituições entre as duas guerras. A ela se deve a constitucionalização dos direitos sociais e da economia".

A Constituição de Weimar pela primeira vez ensaiara um compromisso no sistema de governo parlamentar, com um presidente da República eleito diretamente, dotado de importantes poderes institucionais próprios. Mas algumas das suas soluções acabaram por favorecer a instabilidade política da República de Weimar e, mais tarde, a tomada do poder por Hitler.

Weimar serviu de inspiração

Algumas das instituições da Lei Fundamental de 1949 baseiam-se nos preceitos da Constituição de Weimar, explica Vital Moreira: "É o caso da opção por um parlamentarismo racionalizado, com garantia de estabilidade governamental, sobretudo por intermédio da moção construtiva, que só permite o derrube de um governo desde que com a aprovação simultânea de um governo alternativo. É o caso da barreira dos 5%, que veda a eleição de deputados por pequenos partidos extremistas e que impede a pulverização parlamentar".

"É o caso", prossegue o professor português, "da interdição dos partidos anticonstitucionais, que permitiu a proibição do Partido Comunista Alemão. Ou do afastamento da eleição direta do presidente da República, bem como do referendo. É o caso da garantia dos direitos fundamentais, sobretudo por meio de um Tribunal Constitucional, diretamente apelável pelos cidadãos mediante o mecanismo da queixa constitucional, em caso de violação dos seus direitos".

Nestes quase 60 anos, a Constituição alemã exerceu grande influência internacional. Não existe Constituição européia elaborada nas últimas décadas que não tenha colhido soluções na Constituição alemã. "Isso é evidente desde logo na Constituição portuguesa de 1976 e na espanhola de 1978. Ela foi fonte de inspiração também para as novas Constituições dos países do Leste Europeu, nascidas da transição democrática e da fragmentação da União Soviética", complementa Vital Moreira.

(sk/rw)|© 2007 Deutsche Welle

Tuesday, May 22, 2007

1907 - Naissance du dessinateur Hergé

Né le 22 mai 1907 à Etterbeek près de Bruxelles, Georges Remi, très tôt attiré par le dessin, signe dès 1924 ses illustrations du nom d'Hergé, formé de ses initiales inversées. Influencé par les "Zig et Puce" d'Alain Saint-Ogan, à qui il emprunte la technique de la bulle et un graphisme simple appelé "ligne claire", Hergé crée les personnages du jeune reporter Tintin et de son chien Milou qui apparaissent en 1929 dans "Tintin au pays des Soviets". Créateur de "Quick et Flupke" en 1930, il développera durant plus de cinquante ans les aventures de Tintin, progressivement secondé par d'autres personnages comme Dupond et Dupont (1934), le capitaine Haddock (1941) et le professeur Tournesol (1944). De l'aventure historique à la comédie de situation en passant par la science-fiction et l'actualité internationale, Hergé aborde au fil de ses albums une grande variété de thèmes qui font la richesse de son univers. Traduit dans le monde entier, l'auteur le plus célèbre de la bande dessinée francophone meurt le 3 mars 1983, laissant un vingt-quatrième album de Tintin inachevé.

©Documentation écrite RFI


1872: Iniciada construção da Casa dos Festivais de Wagner

No dia 22 de maio de 1872, o compositor alemão Richard Wagner conseguiu realizar um sonho: lançou, na cidade de Bayreuth, a pedra fundamental de uma casa de espetáculos grande o suficiente para a execução de suas obras.

As casas de espetáculos de seu tempo eram muito pequenas para as obras de Wagner. Com o apoio de Ludwig 2º e de várias "sociedades Wagner" espalhadas por toda a Europa, o músico construiu, na pequena cidade de Bayreuth, a meio caminho entre a Baviera e a Prússia, a Festspielhaus, a sede dos festivais.

A primeira edição do consagrado Festival de Bayreuth aconteceu em 1876. Até hoje, a festa atrai milhões e faz parte do calendário erudito europeu. Na estréia, estavam presentes, além de Ludwig 2º, o imperador Guilherme e o imperador do Brasil, Dom Pedro 2º.

Durante 20 anos, Richard Wagner vinha sonhando com o projeto. Ele acabou sendo concretizado pouco antes da conclusão da tetralogia O Anel do Nibelungo, formada pelas óperas O ouro do Reno (1854), As Valquírias (1856), Siegfried (1859) e Crepúsculo dos Deuses (1874).

Festival gratuito para amantes da música

O historiador e professor de música Hans Meyer, da Universidade de Tübingen, explica que a idéia inicial do "revolucionário Wagner" era construir uma casa de espetáculos especialmente para o Nibelungo, de preferência às margens do Reno ou do Meno. Ele pretendia construir um prédio para um único festival wagneriano, que seria gratuito para estudantes e apaixonados pela sua música.

A idéia, exótica para a época, ficou na teoria. Ninguém queria financiar uma construção que fosse destruída pouco tempo depois. Em meados dos anos 60 do século 19, aconteceu praticamente um milagre: o rei Ludwig 2º da Baviera fez amizade com o jovem compositor alemão e começou a financiar seu projeto, mas exigiu que fosse realizado na Baviera.

A escolha acabou recaindo sobre Bayreuth, mantendo-se a idéia de um teatro praticamente provisório, que não teria requintes no auditório, mas investiria nos recursos cênicos. O arquiteto Otto Brückwald, aluno de Gottfried Semper (famoso pela Ópera de Dresden), foi incumbido de chefiar o projeto. A pedra fundamental foi lançada a 22 de maio de 1872, data em que Richard Wagner completou 59 anos.

Uma encenação sem pompas

Embora a construção tivesse demorado apenas um ano e meio, a primeira apresentação aconteceu somente a 13 de agosto de 1876, devido a problemas financeiros. Wagner e sua esposa investiram tudo o que tinham e mesmo assim não conseguiram concretizar o sonho. Até que novamente o rei intercedeu e possibilitou uma encenação básica. Wagner foi obrigado a desistir de toda a pompa que havia previsto para sua ópera.

Após a estréia, Wagner lamentou não ter podido concretizar seu sonho por inteiro. O festival, entretanto, continua se repetindo todos os anos, durante o verão europeu, no mesmo local. Fãs de Wagner do mundo inteiro disputam os ingressos, que chegam a esgotar anos antes. Os altos preços, no entanto, não vêm ao encontro da idéia original do compositor. O que ficou daquela época é o tipo de assento: simples cadeiras dobráveis de madeira.

O imperador brasileiro Dom Pedro 2º, um grande admirador de Wagner, colaborou com a construção da casa de espetáculos de Bayreuth. O monarca desejava muito que Carlos Gomes fosse estudar música na Alemanha. Gomes, entretanto, preferiu a Itália.



Catrin Möderler (rw) | © 2007 Deutsche Welle

Monday, May 21, 2007

22 de Maio

Sunday, May 20, 2007

20 de Maio

Saturday, May 19, 2007

1798: Napoleão começa a campanha do Egito

A 19 de maio de 1798, Napoleão partiu com 18 mil soldados para conquistar o Egito. A 18 de julho, suas tropas chegaram ao Cairo. Antes disso, venceram os mamelucos na lendária batalha das Pirâmides.


A Revolução Francesa, que teve seu auge na queda da Bastilha, em junho de 1789, ainda não tinha acabado. A França era um país sacudido por guerras. Napoleão Bonaparte, jovem general corso, conseguiu estabilizar a situação, ao sufocar um levante monarquista em Paris, em 1795. Ele reorganizou as tropas francesas e venceu os austríacos e piemonteses bem como seus aliados da Prússia e da Sabóia. Seu domínio logo se estendeu à margem esquerda do rio Reno, à Bélgica e a Milão.

Foi nesse cenário que Napoleão Bonaparte decidiu iniciar a campanha do Egito. O objetivo era desmantelar uma importante rota de comércio inglesa. O rei Jorge 3º não havia reconhecido as conquistas territoriais francesas na Itália. Vendo que não tinha qualquer possibilidade de invadir a Inglaterra, Napoleão planejava derrotá-la no setor econômico.

A base da economia inglesa eram as colônias, das quais a Índia era a principal. O comércio de mercadorias indianas era vital para a Inglaterra. E Napoleão planejou exatamente bloquear o longo caminho inglês para a Índia, que passava por território egípcio. A 19 de maio de 1798, partiu com 18 mil soldados para conquistar o Egito.


Supostas boas intenções napoleônicas


A 18 de julho, suas tropas chegaram ao Cairo. Antes disso, venceram os mamelucos na lendária batalha das Pirâmides, onde, porém, sofreram pesadas perdas. Em meio ao tiroteio, as balas de canhões franceses destruíram o rosto da esfinge, a sentinela da eternidade.

Como pretexto para invadir o Egito, Napoleão Bonaparte usou o argumento de que queria apenas garantir, por todos os meios, o acesso seguro dos peregrinos a Meca. "Somos amigos dos muçulmanos e da religião do profeta Maomé", disse. Hábil estrategista e mestre em empolgar as tropas, lembrou aos soldados, na base das pirâmides, de que eles se encontravam diante de quarenta séculos de história. As suas supostas boas intenções, porém, não convenceram os adversários.

O sultão turco Selim 3º, que encarregara os mamelucos do xeque Abdallah al Charkawi de administrar o território egípcio, tentou fazer uma guerra santa contra Napoleão. Suas tropas precariamente armadas, porém, tornaram-se presas fáceis para os franceses, o que não foi o caso dos destróiers do almirante inglês Horatio Nelson. Eles conseguiram derrotar a frota napoleônica na baía de Abukir; reconquistaram a rota inglesa para a Índia e fecharam o caminho de retorno de Napoleão para a França.


Ascensão de Napoleão na França


Somente um ano mais tarde é que Napoleão conseguiu derrotar as tropas turcas em terra, próximo a Abikur. Nomeou o general Kléber para o posto de comandante-em-chefe das tropas francesas no Egito e voltou para casa, escoltado por uma guarda pessoal mameluca.

O que só foi possível parcialmente no Egito, Napoleão logrou inteiramente na França: a ascensão ao poder. Auxiliado por militares e membros do governo, Napoleão Bonaparte derrubou o Diretório a 10 de novembro de 1799, dissolveu a Assembléia e implantou o Consulado, uma ditadura disfarçada. Napoleão tornou-se cônsul-geral. Em 1804, criou o império e coroou-se imperador, com o nome de Napoleão 1º. Foi o fim da Revolução Francesa.

Seu governo ditatorial sustentou-se no êxito das guerras e reformas internas, na censura à imprensa e repressão policial. Interveio em toda a Europa, passando a controlar grande parte dos países europeus. Foi temendo a expansão napoleônica que a família real portuguesa fugiu em 1808 para o Brasil. Em 1812, o império napoleônico incorporava 50 milhões dos 175 milhões de habitantes do continente europeu.



Catrin Möderler (gh)| © 2007 Deutsche Welle

Friday, May 18, 2007

18 de Maio

Thursday, May 17, 2007

17 de Maio

17 de Maio

Wednesday, May 16, 2007

16 de Maio

Tuesday, May 15, 2007

15desmao

Monday, May 14, 2007

2006
Election présidentielle aux Comores
Le chef religieux islamiste Ahmed Abdallah Sambi, formé en Iran et en Arabie Saoudite, remporte l'élection présidentielle du 14 mai 2006 avec 58% des voix. Il est élu pour quatre ans selon la Constitution de 2001 qui instaure une présidence tournante entre les trois îles de l'archipel afin d'assurer la stabilité des Comores, marquées par une vingtaine de coups d'Etat ou tentatives depuis l'indépendance en 1975.

2006
René Préval investi président en Haïti
Deux ans après la fuite du président Jean-Bertrand Aristide, chassé par une insurrection armée, René Préval remporte l'élection présidentielle du 7 février 2006 en Haïti. Candidat du parti Lavalas et proche d'Aristide, il arrive en tête du scrutin avec 48,7% des voix, alors qu'il en faut 50% pour l'emporter au premier tour. Les partisans de René Préval, la majorité pauvre du pays, manifestent pour exiger qu'il soit déclaré vainqueur. Le 16 février, après un recomptage des voix, la commission électorale annonce sa victoire avec 51,15% des voix. La victoire attendue de René Préval désamorce les tensions politiques et fait espérer plus de stabilité dans un pays ravagé par la violence et la misère. Le nouveau président, investi le 14 mai 2006, a promis de réformer les institutions, de décentraliser le pouvoir et de lancer un vaste plan de reconstruction d'Haïti.

©Documentation écrite RFI

1955: Criado o Pacto de Varsóvia

No dia 14 de maio de 1955, sete países do Leste Europeu reagiram ao ingresso da Alemanha Ocidental na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), poucos dias antes, e fundaram o Tratado de Amizade, Cooperação e Ajuda Mútua do Leste, liderado pela União Soviética.

O Tratado de Amizade, Cooperação e Ajuda Mútua do Leste, ou Pacto de Varsóvia, conforme o nome onde foi assinado, foi uma reação à inclusão da Alemanha Ocidental – a Oriental era controlada pelos soviéticos – na Otan.

Em pleno auge da Guerra Fria, a União Soviética, Polônia, as então Tchecoslováquia e Alemanha Oriental, além da Hungria, Romênia, Bulgária e Albânia, uniram-se num bloco militar de defesa conjunta. O marechal soviético Ivan S. Konev foi nomeado seu comandante.

Tentativa vã

Composto por um preâmbulo e 11 artigos, escritos em russo, polonês, tcheco e alemão, o Pacto de Varsóvia entrou em vigor a 4 de junho de 1955 e foi a última de uma série de tentativas fracassadas dos soviéticos para impedir o ingresso da Alemanha Ocidental na aliança atlântica. Tarde demais, pois a Alemanha Ocidental havia ingressado na Otan e na União da Europa Ocidental, poucos dias antes.

Criado com bases no artigo 51 da Carta das Nações Unidas, o Pacto de Varsóvia dizia-se um tratado regional para a garantia da segurança coletiva. Isso apenas na teoria, pois na prática servia de instrumento, tanto político como militar, aos soviéticos, para disciplinar os países satélites.

O início da derrocada

No dia seguinte à assinatura do Pacto de Varsóvia, foi ratificado o tratado de criação do Estado austríaco, em Viena. O artigo 20 deste documento, que restabelecia a soberania ao país, reza que os "Aliados devem retirar-se da Áustria em 90 dias (...) ou o mais tardar até 31 de dezembro de 1955.

Era um duro golpe para os soviéticos, que foram obrigados a se retirar do país, como também suas bases na Romênia e Hungria deixavam de ter a função de abastecimento.

Quando a Hungria manifestou sua vontade de sair do Pacto, em 1956, o clamor pela liberdade foi oprimido por tropas do bloco. Em 1968, quando a Tchecoslováquia tentou algo semelhante, os tanques russos invadiram a capital, no que ficou conhecido como a Primavera de Praga. A União Soviética reagiu, instituindo a "doutrina sobre a soberania limitada dos Estados soviéticos".

Censura intolerável

A invasão da Tchecoslováquia pelos soviéticos foi vista pelos demais filiados como censura intolerável. A Romênia não deu apoio e a Albânia saiu do Pacto. Moscou ainda tentou desesperadamente manter a aliança, em vão.

Em 1985, os sete membros do Pacto reuniram-se para renová-lo por mais 20 anos, mas a queda dos regimes comunistas no Leste, a partir de 1989, condenou o sistema à dissolução.



Christa Kokotowski (rw)| © 2007 Deutsche Welle

Sunday, May 13, 2007

13 de Mayö

2005
Soulèvement réprimé dans le sang à Andijan, en Ouzbékistan
Le 13 mai, à Andijan, dans l'est du pays, des insurgés prennent d'assaut une prison de haute sécurité, dont ils libèrent des centaines de prisonniers, ainsi que le siège de l'administration régionale. Les affrontements avec la police, à Andijan et Pakhtabad, autre ville de la vallée du Ferghana, auraient causé la mort de plusieurs centaines de personnes. A l'origine de l'insurrection, l'opposition croissante à un procès en cours visant 23 personnes poursuivies pour activités islamistes, des centaines de protestataires se réunissant chaque jour pour réclamer justice. Le régime du président Karimov, au pouvoir depuis l'indépendance en 1991, est critiqué pour son déficit démocratique et la répression systématique de toute opposition sous couvert de lutte contre l'islamisme.

2005
Mort de Firmin Mahé, bavure de la Force Licorne en Côte d'Ivoire
Le 13 mai 2005, l'Ivoirien Firmin Mahé est tué par étouffement à bord d'un véhicule blindé de la force française Licorne en Côte d'Ivoire. Selon les militaires français, il aurait été confondu avec un "coupeur de route". Le juge d'instruction du Tribunal aux armées de Paris, Brigitte Raynaud, instruit l'affaire et, le 13 décembre 2005, met en examen le général Henri Poncet. Chef de la Force Licorne jusqu'à sa suspension le 17 octobre, il aurait couvert l'assassinat de Firmin Mahé.

1997
Inauguration de la Maison de la culture du Japon à Paris
L'origine du projet remonte à la visite officielle de François Mitterrand au Japon en 1982. Le 13 mai 1997, dans le cadre de l'Année du Japon en France, le président Jacques Chirac et la princesse impériale Sayako inaugurent la Maison de la culture du Japon à Paris, quai Branly. L'institution, dont l'objectif est de présenter la culture japonaise au public français et ainsi de renforcer les liens entre les deux pays, ouvre ses portes au public le 24 septembre suivant.

©Documentation écrite RFI

Saturday, May 12, 2007

1205

1945: Morre Julius Fromm

No dia 12 de maio de 1945, falecia Julius Fromm, o inventor da camisinha como a conhecemos hoje. Seu coração não agüentou a felicidade de saber que poderia voltar para a Alemanha, depois de derrotados os nazistas.

Ao contrário do que ele mesmo costumava dizer, Julius Fromm não nasceu nem com esse nome, nem na cidade de Poznan, na antiga Prússsia. Na verdade, ele veio ao mundo com o nome de Israel, na pequena Konin, cidade que na época pertencia à Rússia e hoje faz parte da Polônia.



Quando Fromm tinha dez anos de idade, sua família resolveu emigrar para Berlim, em busca de uma vida melhor. Seus pais faleceram ainda jovens e ele foi deixado com os irmãos mais novos, que passaram a ter que assumir o próprio sustento. Como vários judeus na virada do século na cidade, os Fromm garantiam a sobrevivência, de início, trabalhando na indústria do tabaco. Com a crescente mecanização da produção, Julius resolveu, então, freqüentar cursos noturnos de química.



Em 1914, abriu seu primeiro negócio, no bairro berlinense de Prenzlauer Berg, na época uma área industrial e hoje uma das regiões mais procuradas pelo jovens da capital alemã. Era criada a Israel Fromm, voltada para a "produção e venda de perfumaria e artigos de borracha".



A revolução do látex
Fromm tinha a sensibilidade de um bom homem de negócios: colocou no mercado o produto certo, na hora certa e no lugar certo. Depois de séculos de produção de preservativos feitos a partir de intestinos de animais ou até de borracha vulcanizada (a primeira camisinha moderna foi inventada por Charles Goodyear, em meados do século 19), mas muito desconfortável e cheia de costuras – assemelhando-se a um pneu de bicicleta –, Fromm desenvolveu a camisinha feita com látex, sem cheiro, sem costuras e muito mais confortável.



O método inventado por ele para a fabricação de preservativos é utilizado até hoje: tubos de vidro são mergulhados em uma solução de borracha, que, depois de arrefecidas e secas, formam os preservativos finos e sem costuras.



A revolução sexual estava começando a tomar forma na Europa e a imagem do sexo unicamente ligado à reprodução praticamente desaparecia. Com a Primeira Guerra Mundial, os bordéis freqüentados por membros do Exército se tornaram grandes focos de doenças sexualmente transmissíveis.
O medo de que uma rápida disseminação dessas doenças assolasse a população fez com que a camisinha se tornasse rapidamente um artigo indispensável, o que levou filhos de militares e jovens soldados a saber da existência do preservativo e aprender a maneira de usá-lo. Além disso, a incerteza daqueles tempos obrigou os governos, ainda que com relutância, a aprovar uma nova maneira de controle da natalidade.



Em 1916, Julius Fromm patenteou sua invenção, batizada de Fromms Act – em clara alusão ao ato sexual – e a produção em massa começou em 1922. As coisas iam tão bem na produção de Fromm – e nos avanços da revolução sexual durante a República de Weimar – que em pouco tempo ele estava capitalizado o suficiente para abrir filiais internacionais: da Antuérpia a Auckland, vários países foram tomados pelas camisinhas, que já eram chamadas somente de Fromms.



Um fim que chegou muito cedo



Em 1930, ele encomendou até mesmo uma nova fábrica aos arquitetos Arthur Korn e Siegfried Weitzman, no bairro berlinense de Köpenick. O prédio com arquitetura que seguia a Nova Objetividade (Neue Sachlichkeit) da escola Bauhaus, tão progressiva quando o produto de Fromm, não tardou a ser deixado pelo seu dono.
Em 1938, porém, a "arianização" da Alemanha, levada a cabo pelo partido nazista, fez com que Fromm fosse obrigado a vender sua fábrica a preços irrisórios para a baronesa Elisabeth von Epenstein – ninguém menos que a madrinha de Hermann Göring.



No ano seguinte, Julius Fromm, que antes dissera haver muitos Hitlers no mundo e que as propostas do ditador e do partido nazista eram apenas passageiras, viu-se forçado a partir para Londres, onde morreria em 1945, poucos dias depois da vitória dos aliados sobre os alemães. Diz a família que o coração do velho Fromm não agüentou a emoção de saber que poderia então voltar para sua amada Alemanha.



A luta pelo nome

Era direito dos herdeiros de Fromm receber de volta a fábrica construída por ele e retomar os negócios, com o fim da Segunda Guerra Mundial. O governo comunista da então Alemanha Oriental, entretanto, rotulou a indústria de Fromm como uma empresa "vinda do mal do capitalismo" e confiscou a fábrica. Os herdeiros de Fromm acabaram abrindo um novo negócio na Inglaterra, mas foram obrigados a comprar os direitos da patente do pai.



Até hoje, as Fromms, que no início eram vendidas "apenas por razões de saúde" – era proibido escrever nas embalagens que o preservativo servia para evitar uma gravidez – são uma das marcas líderes de venda na Alemanha (segunda no ranking). No ano de 2007, um livro sobre a história de Fromm e sua fábrica foi escrito por Götz Aly e Michael Sontheimer.

(jp / jl)© 2007 Deutsche Welle

Friday, May 11, 2007

115

Thursday, May 10, 2007

Se souvenir de l’esclavage

Wednesday, May 09, 2007

9duMay

Tuesday, May 08, 2007

Jharrrrrrrrrrrrrrr ET

P(L)eace Tank You Two

Coca... Colou!

1886: Surge a Coca-Cola

No dia 8 de maio de 1886, o farmacêutico norte-americano John Pemberton preparou um xarope de extrato e folhas de coca, cafeína e água. O que era para ser remédio, virou a bebida mais popular do mundo.

Antes de desenvolver a fórmula da Coca-Cola, o farmacêutico John Pemberton era distribuidor de diferentes produtos, entre eles a "French Wine Coca", uma mistura de vinho Bordeaux com extrato de coca. Em 1886, ele decidiu produzir uma bebida livre de álcool, para cobrir uma demanda existente no então puritano mercado norte-americano.

Para melhorar o sabor da mistura de folha descocainizada de coca e extrato de nozes de cola, Pemberton acrescentou óleos aromatizantes de limão, laranja, lima, noz-moscada, cássia (canela chinesa), coentro e baunilha. Além disso, adicionou ácido fosfórico à "fórmula secreta", para estabilizar quimicamente o produto. O nome e o logotipo "Coca-Cola" são atribuídos a Frank Robinson, gerente da Pemberton Chemical Company.

Inicialmente, o xarope caramelizado era vendido em farmácias, como remédio contra dor de cabeça e distúrbios do sistema nervoso. Em 1887, Pemberton vendeu a fórmula para Asa Candler que, em 1892, registrou a "Coca-Cola Company" como sociedade anônima, no Estado da Geórgia. Em 1895, a Coca-Cola já havia conquistado os Estados Unidos e, na virada do século, chegara aos seus vizinhos mais próximos: Canadá, Inglaterra, Cuba e Porto Rico.

Em 1919, começou a escalada mundial que a estabeleceu em cerca de 200 países, inclusive na ex-União Soviética e na China. A Coca-Cola sempre manteve importantes contatos externos, os mais importantes deles através dos presidentes norte-americanos. O presidente Dwight Einsenhower (acionista da empresa) costumava brindar com Coca-Cola em vez de champanhe nos banquetes oficiais.


Polêmica no Brasil


No Brasil, o caminho para a entrada da Coca-Cola foi aberto no dia 31 de outubro de 1939, quando Getúlio Vargas baixou um decreto modificando o uso de aditivos químicos em refrigerantes no país. Essa polêmica mudança na legislação permitiu a utilização do ácido fosfórico que, segundo pesquisas médicas, pode se combinar com o cálcio no organismo das pessoas e, assim, provocar a "descalcificação" de ossos e dentes.

O império mundial da Coca-Cola, porém, continua ligado à sua matriz, em Atlanta, nos Estados Unidos. As filiais estrangeiras têm apenas o trabalho de dar um tratamento industrial final aos produtos da empresa, cuja base continua sendo o xarope desenvolvido por Pemberton. O principal negócio da empresa é a venda de franquias com o direito de usar o xarope e a marca.

Na Europa, a imagem da empresa sofreu um arranhão em 1999. No dia 14 de junho, a Bélgica proibiu a venda de refrigerantes fabricados pela Coca-Cola, após constatar que mais de 200 pessoas haviam sido intoxicadas pelo produto. A França, Holanda e Luxemburgo adotaram a mesma medida. Segundo a empresa, o foco da contaminação havia sido o dióxido de carbono usado nas fábricas da Antuérpia, na Bélgica, e de Dunquerque, na França.

No dia 24 de junho, o governo francês voltou a liberar a comercialização do produto e a Bélgica permitiu a retomada da produção no país. Incidentes como esse, porém, são incapazes de abalar a liderança mundial que a Coca-Cola consolidou no mercado de refrigerantes, nos últimos 100 anos. (gh)

© 2007 Deutsche Welle

L'ancien putschiste François Bozizé élu président en Centrafrique
Entré en rébellion contre le président Ange-Félix Patassé en novembre 2001, le général François Bozizé, ancien chef d'état-major, parvient à s'emparer du pouvoir le 15 mars 2003 par un coup d'Etat et instaure un régime de transition. Deux ans plus tard, l'élection présidentielle vient légitimer ce président putschiste. Après le premier tour du 13 mars 2005, François Bozizé remporte le second tour le 8 mai, avec 64,6% des voix contre 35,4% à l'ancien Premier ministre François Ziguélé.

©Documentation écrite RFI

Monday, May 07, 2007

7 de Maio

Sunday, May 06, 2007

6 de Maio

Saturday, May 05, 2007

1922: Primeiro auto-rádio

No dia 5 de maio de 1922, pela primeira vez um automóvel – um Ford modelo T – foi equipado com um auto-rádio. O que a princípio parecia excêntrico, em cinco anos tornou-se produção em série.

Duas importantes invenções do mundo moderno aconteceram quase simultaneamente. O automóvel existia há algumas décadas e Henry Ford havia começado sua produção em série no começo do século.

A técnica do rádio, no entanto, ainda estava sendo desenvolvida quando, em 1922, George Frost sentou-se confortavelmente em seu modelo T, deu a partida e ligou o rádio. Um gesto que entrou para a história!

Hoje, mal se pode imaginar um carro sem rádio. O jovem estudante de 18 anos e presidente de um radioclube pode, entretanto, não ter sido o primeiro na invenção, como conta um porta-voz da Ford em Colônia: "Como nesta época houve vários que adaptaram um receptor no seu carro, é difícil dizer quem foi o primeiro, mas oficialmente Frost é considerado seu inventor".

Dos gigantescos aos removíveis

Nos seus primórdios, o auto-rádio ocupava tanto espaço que, se o automóvel tivesse dois bancos, os de trás seriam tomados pelo rádio e a antena.

Hoje, os modelos são cada vez mais compactos e versáteis. Além de música e informação, os modelos mais avançados já oferecem sistema de navegação, telefone e internet. Avanços que tornam o auto-rádio um objeto cada vez mais cobiçado pelos ladrões.

Mas também este problema foi resolvido pela indústria, com auto-rádios cada vez menores, de painel removível. Um conforto, desde que não seja esquecido em casa!



Dirk Ulrich Kaufmann (rw) | © 2007 Deutsche Welle

Friday, May 04, 2007

1919: Protesto estudantil em Pequim

No dia 4 de maio de 1919, os universitários chineses protestaram em Pequim contra o Tratado de Versalhes, que concedeu antigos territórios alemães na região aos japoneses. A violenta manifestação estudantil desembocou na renovação cultural chinesa. Os jovens intelectuais queriam acabar radicalmente com tudo o que fosse antigo, que consideravam responsável pelo atraso e falta de influência de Pequim.



Um dos estudantes da época era Chou En-Lai , mais tarde primeiro-ministro da China


"Esta é a última chance para a China, na sua luta de vida e morte. Juramos hoje, solenemente, junto com todos os nossos compatriotas: o território da China pode ser ocupado, mas não pode ser entregue! O povo chinês pode ser massacrado, mas não se renderá! Nossa pátria está diante da destruição. Levantem-se, irmãos!"

Rebelião no centro de Pequim – três mil estudantes distribuem panfletos na praça da Paz Celestial: um lugar que ainda viria a ser palco de outras manifestações estudantis…

Jovens querem sacudir o país

Os estudantes estão decididos a despertar a resistência no país: resistência contra o Tratado de Versalhes, que concedeu ao Japão o antigo território colonial alemão. E resistência contra o próprio governo, que pretende assinar o tratado. Eles marcham pela cidade, muitas pessoas choram à beira da calçada. Eles atravessam o bairro dos diplomatas e invadem a casa do ministro dos Transportes e chefe do banco estatal, um simpatizante dos japoneses. E gritam: "Abaixo os traidores!"

O Japão aproveitou a confusão da Primeira Guerra Mundial na Europa, a fim de assumir o controle sobre uma grande parte da província oriental chinesa Xantung. Tratava-se da cidade portuária de Tsingtao e suas redondezas – um território que a Alemanha ocupara em 1898 e arrendara posteriormente por 99 anos.


Depois que a Alemanha foi vencida na guerra e o presidente norte-americano Wilson enunciou os seus 14 pontos do direito de autodeterminação dos povos, estava-se otimista na China de que esse território fosse devolvido pelo Japão. A delegação chinesa na conferência de paz de Versalhes teve um grande apoio popular, em especial dos estudantes – mas, em vão.

A China não era uma colônia, como a Índia, a Indonésia ou o Vietnã; mas, desde meados do século 19, as potências estrangeiras ocuparam, passo a passo, partes atraentes do seu território, como Hong Kong e Xangai. Muitos chineses sentiam-se humilhados, como uma "meia colônia". A abolição do império milenar, em 1911, não conseguiu melhorar a situação.

Tudo ficou diferente

As manifestações de 4 de maio e das semanas seguintes não obtiveram grandes êxitos políticos. Apesar disso, o Quatro de Maio de 1919 está entre as datas mais conhecidas da história chinesa do século 20: nada ficou como era antes.

O Quatro de Maio é um símbolo para a arrancada da China rumo aos tempos modernos. E esse entusiasmo das manifestações estudantis foi preservado durante toda a década de 20. O Movimento de Quatro de Maio, como seria denominado posteriormente, era sedento de toda novidade proveniente do Ocidente. Surgiram na época tanto o Partido Comunista da China, como os anarquistas chineses. Também a moderna literatura chinesa teve a sua origem com o Quatro de Maio. Ela foi chamada de "nova literatura – e o que era novo, era considerado bom. Uma das revistas mais importantes da época denominava-se Nova Juventude.

Os jovens intelectuais do Quatro de Maio fizeram um acerto de contas radical com o tradicional e com os velhos, como nunca ocorrera nem antes, nem viria a ocorrer depois. Eles viam nesse mofo milenar a verdadeira causa da fraqueza e do atraso da China. Em 1919, a Nova Juventude escrevia:

"Acreditamos que as ciências naturais e a filosofia pragmática sejam condições indispensáveis para o progresso da nossa sociedade atual, e que a superstição e a especulação tenham de ser abolidas. Acreditamos que o respeito à personalidade e aos direitos da mulher sejam absolutamente imprescindíveis para a evolução progressista da nossa sociedade atual."

Mulheres subservientes, respeito pelos pais – de repente, os valores de Confúcio não prevaleciam mais. A família ficou fora de moda, não se desejava manter nem mesmo os sobrenomes, como recorda o escritor Chang Yiping: "Conheci um jovem que substituiu os três ideogramas do seu nome por "Ele-Você-Eu". E na Universidade de Pequim, na entrada da Faculdade de Filosofia, encontrei certa vez um amigo que estava acompanhado por uma moça de cabelos curtos. Eu lhe perguntei: 'Qual é o seu sobrenome?' Ela me olhou espantada e gritou: 'Eu não tenho sobrenome!' Havia também quem escrevesse a seu pai uma carta com o teor: 'A partir do dia tal, eu não o considerarei mais como meu pai. Somos todos amigos com direitos iguais'."

Posteriormente, a maioria dos chineses considerou tudo isso ridículo. Poucos anos depois, Mao Tsé-tung idealizou o caminho próprio da China para o comunismo. Não era mais possível, simplesmente, copiar o estrangeiro. A China fechava-se cada vez mais em relação ao exterior.

Também Mao Tsé-tung estava na Universidade de Pequim em 1918 e 1919. Como bibliotecário.



Thomas Bärthlein (am) | © 2007 Deutsche Welle

Thursday, May 03, 2007

Equiparação dos direitos da mulher / Le Retour de Vénus / A Morte da Pena

1957: Equiparação dos direitos da mulher

No dia 3 de maio de 1957, o Bundestag – Parlamento alemão – aprova a lei sobre a equiparação de direitos entre homem e mulher.

Os debates pela criação de uma lei de equiparação de direitos entre homens e mulheres na Alemanha duraram oito anos. Já em 1949, a Lei Fundamental da Alemanha definiu em seu artigo 3º, parágrafo 2º: Homens e mulheres têm direitos iguais.

Na prática, no entanto, valia o Código Civil e neste a equiparação não fincionava. O homem era considerado "cabeça" de família, ele tinha o direito de administrar e usufruir os dotes trazidos por ela no casamento, o poder sobre os filhos, em suma, o direito de decidir sobre os rumos da família. A mulher, por seu lado, tinha a obrigação de trabalhar em casa ou no estabelecimentos do marido.


Realidade x Lei Fundamental


Até 3 de maio de 1957. Neste dia, o Parlamento alemão reformou as leis que contradiziam a Lei Fundamental. Um dos pontos mais polêmicos no debate entre os parlamentares foi o tocante ao direito do homem de decidir sobre os rumos do casal.


Os partidos Social-Cristão e Democrata-Cristão não queriam mudar este artigo. Os deputados discutiam se ele seria um privilégio ou uma obrigação do homem. Os conservadores não arredavam pé do argumento que o homem é o responsável pelo sustento da casa, enquanto seria tarefa da mulher administrar o lar.

A votação só aconteceu depois de seis horas de acalorado debate. Os conservadores perderam no tocante ao poder decisório do marido nos assuntos familiares. Venceram, no entanto, na manutenção do poder sobre os filhos. Esta lei foi revogada dois anos depois, por decisão do Tribunal Constitucional Federal.

Rachel Gessat (rw)| © 2007 Deutsche Welle

2002 - La "Vénus hottentote" retrouve l'Afrique du Sud

En 1810, Saartje Baartman, jeune femme de l'ethnie khoïsan ("hottentote") âgée d'une vingtaine d'années, est emmenée du Cap à Londres par un médecin de l'armée britannique, qui l'a convaincue qu'elle ferait fortune en montrant son corps aux Européens. Dotée d'un postérieur saillant et d'une hypertrophie des petites lèvres de la vulve, elle est alors exhibée, à Londres puis à Paris, comme une bête de foire et examinée comme un objet de curiosité scientifique. Fin 1815, à l'âge de 26 ans, elle meurt dans la misère à Paris, emportée par l'alcool et la maladie. Elle est ensuite disséquée et ses restes conservés dans des bocaux. Le moulage de son corps et son squelette seront exposés jusqu'en 1974 au Musée de l'Homme, à Paris. En 1995, le gouvernement sud-africain et la communauté khoïsan entament les démarches pour sa restitution. Après des années de refus, une loi est finalement votée dans ce sens au Parlement français le 21 février 2002. Le 29 avril suivant, ses restes sont officiellement rendus à l'Afrique du Sud lors d'une cérémonie à l'ambassade. Le 3 mai 2002, sa dépouille est solennellement accueillie au Cap, et le 9 août, l'Afrique du Sud lui offre des funérailles nationales à Hankey, dans sa vallée natale du Cap oriental.

2002 - Le Conseil de l'Europe bannit la peine de mort
36 Etats membres du Conseil de l'Europe signent à Vilnius le nouveau protocole 13, qui bannit la peine de mort en toutes circonstances, sans réserve ni dérogation, même en période de conflit armé ou de danger de guerre. Il renforce également l'impossibilité pour les Etats membres d'extrader une personne vers un pays qui pratique la peine capitale. Les 44 Etats membres constituent dans les faits une zone sans peine de mort depuis 1997, date de la dernière exécution en Ukraine.

©Documentation écrite RFI

Wednesday, May 02, 2007

Décès d'Alfred de Musset
"Je suis venu trop tard dans un monde trop vieux" dira Alfred de Musset, né à Paris le 11 décembre 1810. L'auteur appartient à "l'école du désenchantement", cette seconde génération du romantisme dont il brosse le portrait dans son unique roman, "La Confession d'un enfant du siècle" (1836). Peu reconnu de son vivant, Musset marque durablement la littérature moderne, tant par ses pièces, parmi lesquelles "Les Caprices de Marianne" (1833), "Lorenzaccio" et "On ne badine pas avec l'amour" (1834), que par son œuvre poétique culminant avec la série élégiaque des "Nuits" (1835-37), annonciatrice de Baudelaire. Malade et désabusé, Alfred de Musset meurt le 2 mai 1857 après vingt ans d'un relatif silence littéraire.

©Documentation écrite RFI


1998: Decidida a criação do euro

Uma conturbada sessão noturna em Bruxelas decidiu, a 2 de maio de 1998, que a União Européia teria uma moeda conjunta – o euro.

A história do euro iniciou-se em 1957, com a assinatura do Tratado de Roma e a criação da Comunidade Econômica Européia (CEE), entre a Alemanha, França, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Holanda. O Tratado estabeleceu o Mercado Comum Europeu com a finalidade de assegurar o progresso econômico e contribuir para uma união cada mais estreita entre os povos europeus.

Nos 30 anos seguintes, seis outros países aderiram à CEE. Em 1973, o Reino Unido, Irlanda e Dinamarca, em 1981 a Grécia e, em 1986, Portugal e Espanha. Em 1995, foi a vez da Áustria, Finlândia e Suécia.

Atraso no cronograma

Já em dezembro de 1969, a Comunidade Européia havia aprovado o plano Werner, em referência ao então primeiro-ministro de Luxemburgo, Pierre Werner. Sua idéia era concretizar a União Econômica e Monetária da Europa já em 1980. Contudo as turbulências monetárias da década de 70 atrasaram o cronograma. Neste período, os países filiados contentaram-se com a cooperação monetária.

O Ato Único Europeu, assinado em 1986, complementou o Tratado de Roma de 1957 e lançou as bases para a União Econômica e Monetária, delineando novas medidas que passariam pela eliminação dos obstáculos entre os países-membros para a circulação de pessoas, de serviços e de capitais, uma política comum na área da agricultura, das pescas e transportes, a aproximação das legislações, uma política social, incentivos à criação e ao desenvolvimento de redes intereuropéias, entre outras.

Em 1992, foi assinado o Tratado da União Européia, ou de Maastricht, que consagrou o nome União Européia e lançou as bases para a moeda única. Uma conturbada sessão noturna em Bruxelas decidiu, a 2 de maio de 1998, que a União Européia teria uma moeda comum. Entre 1994 e 1999, foi criado o Instituto Monetário Europeu e aprovado o nome euro para a moeda única.

O então chanceler federal alemão, Helmut Kohl, considerou a decisão do dia 2 de maio (na realidade já o dia seguinte, pois passava da meia-noite) de importância histórica: "A união econômica e monetária é uma resposta decisiva à competitividade internacional cada vez mais acirrada, não só entre países, mas entre grandes regiões no mundo. Por isso a importância da Zona do Euro, em que residem 300 milhões de pessoas, que ganham 20% dos rendimentos no mundo, uma situação comparável à dos Estados Unidos".

Garantias exigidas

Em janeiro de 1999, as taxas de câmbio das moedas participantes foram fixadas em caráter irrevogável. Os países participantes da Zona do Euro passaram a pôr em prática uma política monetária única: o euro foi introduzido como moeda legal e as 11 moedas nacionais dos países membros passaram a ser subdivisões do euro. A 1º de janeiro de 2001, a Grécia aderiu à Eurolândia, elevando para 12 o número dos países a introduzir as novas notas e moedas de euro no início de 2002.

Para poder participar da União Econômica e Monetária, os países tiveram de obedecer três critérios. O primeiro é a estabilidade de preços: a taxa média de inflação não deve exceder em mais de 1,5% a verificada nos três países-membros com melhores resultados em termos de estabilidade de preços.

Em segundo lugar, a garantia da sustentabilidade das finanças públicas (o déficit orçamentário não deve exceder 3% do PIB e a dívida pública não deve ultrapassar 60% do PIB). O terceiro critério relaciona-se à convergência das taxas de juro (as taxas nominais de longo prazo não devem exceder em mais de 2% a média das taxas de juro dos três países filiados com melhores resultados em termos de estabilidade de preços).

Além disso, cada país deve respeitar as margens de flutuação normais do mecanismo de taxas de câmbio do sistema monetário europeu, durante pelo menos os dois anos anteriores à análise.

Três exceções

O Reino Unido, Dinamarca e Suécia não fazem parte da Zona do Euro por motivos políticos internos. O pomo da discórdia, entretanto, na cúpula de 2 de maio de 1998, foi o nome para a presidência do Banco Central Europeu, com sede em Frankfurt, na Alemanha.

Enquanto a maioria dos países membros apoiava o holandês Wim Duisenberg para o cargo de oito anos, a França insistia em seu candidato: Jean-Claude Trichet. O consenso só foi encontrado depois que Duisenberg acenou com a possibilidade de renunciar na metade do mandato, por questões de idade.

No dia 1º de novembro de 2003, como previsto, Trichet substituiu Duisenberg na presidência do BCE.

(jf / rw) | © 2007 Deutsche Welle

Tuesday, May 01, 2007

1707 - Traité d'Union entre l'Angleterre et l'Ecosse

Des intérêts politiques, religieux et commerciaux entraînent les royaumes d'Angleterre et d'Ecosse à signer, le 1er mai 1707, un traité d'Union qui constitue le Royaume-Uni de Grande-Bretagne. Il supprime le Parlement d'Edimbourg, crée une représentation écossaise au Parlement de Londres et met fin à des siècles d'indépendance. Près de trois siècles plus tard, la décentralisation ("devolution") initiée par le gouvernement de Tony Blair accordera en 1999 une large autonomie à l'Ecosse et au Pays de Galles. Dotées d'un gouvernement et d'un Parlement, aux pouvoirs législatifs étendus pour l'Ecosse, les deux régions détiennent désormais la responsabilité des affaires locales dans de nombreux domaines.

©Documentation écrite RFI