2006
Election présidentielle aux Comores
Le chef religieux islamiste Ahmed Abdallah Sambi, formé en Iran et en Arabie Saoudite, remporte l'élection présidentielle du 14 mai 2006 avec 58% des voix. Il est élu pour quatre ans selon la Constitution de 2001 qui instaure une présidence tournante entre les trois îles de l'archipel afin d'assurer la stabilité des Comores, marquées par une vingtaine de coups d'Etat ou tentatives depuis l'indépendance en 1975.
2006
René Préval investi président en Haïti
Deux ans après la fuite du président Jean-Bertrand Aristide, chassé par une insurrection armée, René Préval remporte l'élection présidentielle du 7 février 2006 en Haïti. Candidat du parti Lavalas et proche d'Aristide, il arrive en tête du scrutin avec 48,7% des voix, alors qu'il en faut 50% pour l'emporter au premier tour. Les partisans de René Préval, la majorité pauvre du pays, manifestent pour exiger qu'il soit déclaré vainqueur. Le 16 février, après un recomptage des voix, la commission électorale annonce sa victoire avec 51,15% des voix. La victoire attendue de René Préval désamorce les tensions politiques et fait espérer plus de stabilité dans un pays ravagé par la violence et la misère. Le nouveau président, investi le 14 mai 2006, a promis de réformer les institutions, de décentraliser le pouvoir et de lancer un vaste plan de reconstruction d'Haïti.
©Documentation écrite RFI
1955: Criado o Pacto de Varsóvia
No dia 14 de maio de 1955, sete países do Leste Europeu reagiram ao ingresso da Alemanha Ocidental na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), poucos dias antes, e fundaram o Tratado de Amizade, Cooperação e Ajuda Mútua do Leste, liderado pela União Soviética.
O Tratado de Amizade, Cooperação e Ajuda Mútua do Leste, ou Pacto de Varsóvia, conforme o nome onde foi assinado, foi uma reação à inclusão da Alemanha Ocidental – a Oriental era controlada pelos soviéticos – na Otan.
Em pleno auge da Guerra Fria, a União Soviética, Polônia, as então Tchecoslováquia e Alemanha Oriental, além da Hungria, Romênia, Bulgária e Albânia, uniram-se num bloco militar de defesa conjunta. O marechal soviético Ivan S. Konev foi nomeado seu comandante.
Tentativa vã
Composto por um preâmbulo e 11 artigos, escritos em russo, polonês, tcheco e alemão, o Pacto de Varsóvia entrou em vigor a 4 de junho de 1955 e foi a última de uma série de tentativas fracassadas dos soviéticos para impedir o ingresso da Alemanha Ocidental na aliança atlântica. Tarde demais, pois a Alemanha Ocidental havia ingressado na Otan e na União da Europa Ocidental, poucos dias antes.
Criado com bases no artigo 51 da Carta das Nações Unidas, o Pacto de Varsóvia dizia-se um tratado regional para a garantia da segurança coletiva. Isso apenas na teoria, pois na prática servia de instrumento, tanto político como militar, aos soviéticos, para disciplinar os países satélites.
O início da derrocada
No dia seguinte à assinatura do Pacto de Varsóvia, foi ratificado o tratado de criação do Estado austríaco, em Viena. O artigo 20 deste documento, que restabelecia a soberania ao país, reza que os "Aliados devem retirar-se da Áustria em 90 dias (...) ou o mais tardar até 31 de dezembro de 1955.
Era um duro golpe para os soviéticos, que foram obrigados a se retirar do país, como também suas bases na Romênia e Hungria deixavam de ter a função de abastecimento.
Quando a Hungria manifestou sua vontade de sair do Pacto, em 1956, o clamor pela liberdade foi oprimido por tropas do bloco. Em 1968, quando a Tchecoslováquia tentou algo semelhante, os tanques russos invadiram a capital, no que ficou conhecido como a Primavera de Praga. A União Soviética reagiu, instituindo a "doutrina sobre a soberania limitada dos Estados soviéticos".
Censura intolerável
A invasão da Tchecoslováquia pelos soviéticos foi vista pelos demais filiados como censura intolerável. A Romênia não deu apoio e a Albânia saiu do Pacto. Moscou ainda tentou desesperadamente manter a aliança, em vão.
Em 1985, os sete membros do Pacto reuniram-se para renová-lo por mais 20 anos, mas a queda dos regimes comunistas no Leste, a partir de 1989, condenou o sistema à dissolução.
Christa Kokotowski (rw)| © 2007 Deutsche Welle
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