Efemérides

Sunday, September 30, 2007

1791: Estréia de "A Flauta Mágica"

Gênio musical destacou-se pela perfeição de sua escritura

A primeira apresentação da ópera "A Flauta Mágica", de Mozart, aconteceu em Viena a 30 de setembro de 1791. O compositor morreria três meses depois.
O compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em Salzburgo, na Áustria, em 27 de janeiro de 1756. Seu nome completo era Johannes Chrisostomus Wolfgang Theophilus Mozart, mas posteriormente ele trocou o prenome Theophilus por Amadeus.
Menino prodígio, aprendeu com o pai, também músico, e já aos sete anos de idade realizou sua primeira turnê pela Europa como músico. Sua primeira ópera, La finta semplice, foi escrita em 1768 (quando tinha 12 anos).
Esperando achar trabalho fora de sua cidade, Salzburg, e da corte do arcebispo, Mozart viajou em 1777 para Munique, Mannheim e Paris com sua mãe, que morreu subitamente em 1778.
Sem perspectiva de trabalho, voltou a Salzburg em 1779 e se tornou o organista da corte do arcebispo, de onde se demitiu em 1781, tornando-se um dos primeiros músicos da história a empreender uma carreira musical sem o apadrinhamento e os benefícios da igreja ou da corte, ou mesmo de um mecenas rico.
Mozart mudou-se para Viena, onde casou-se com Constanze Weber em agosto de 1782, contra a vontade do pai. Começou aí uma época de enorme criatividade. Mozart possuía um talento incomum. Quando sentava-se para compor, simplesmente imprimia com a pena o que já estava em sua cabeça, surpreendendo pela velocidade com que fluíam as notas.
Facilidade para assimilar influências
Em sua produção musical, destacou-se pela perfeição de sua escritura, riqueza, originalidade, acuidade e sensibilidade, transcendendo todos os esquemas estabelecidos por antecessores e contemporâneos.
O gênio austríaco assimilou as mais diversas influências (sinfonias francesas, singspiel alemão, música de câmara vienense, música dramática italiana) com uma extraordinária facilidade. Ele é provavelmente o único compositor a ter escrito obra-primas em praticamente todos os gêneros musicais de sua época.
As serenatas, divertimentos e danças escritas por ele para festas ao ar livre e entretenimento da nobreza refletiam seu estilo de vida e personalidade: ao mesmo tempo em que se comportava como uma criança que parecia não amadurecer, esbanjava o dinheiro que recebia, vindo a morrer pobre.
Com A Flauta Mágica, Mozart esperava relançar sua carreira, pois passava por uma fase de incompreensão da sociedade vienense. Ele nem chegou a gozar o sucesso desta ópera, morrendo três meses depois, a 5 de dezembro de 1791, deixando seu Requiem inacabado.

O caçador de pássaros Papageno
Composto em 1791, este singspiel foi uma colaboração de Schikaneder, um misto de compositor, ator, empresário, cantor, poeta e libretista, com Mozart, que ingressou na maçonaria em Viena.
O enredo inspira-se no conto Lulu, oder Die Zauberflöte, de Liebeskind. Uma flauta mágica é a arma que uma fada dá a um jovem e belo príncipe para vencer os inimigos que lhe aparecem no caminho. A estréia, que imediatamente empolgou a maioria dos irmãos maçônicos de Mozart, não agradou ao clero e à nobreza.
Depois de estrear em Viena em 1791 e chocar com a revelação pública dos segredos da iniciação na maçonaria, não faltou quem visse na obra um significado político oculto. Na realidade, o conteúdo de A Fauta Mágica consiste fundamentalmente na vontade dos homens de que a razão triunfe sobre o obscurantismo.
É o que acontece no final: Monostatos, a Rainha da Noite e seu séquito são devorados pelas trevas, ao passo que Sarastro, Tamino, Pamina e os Sacerdotes são iluminados pelos primeiros raios da manhã. Celebra-se então a vitória da luz sobre a escuridão.

(rw) © 2007 Deutsche Welle

Saturday, September 29, 2007

2005 - Drame de l'immigration africaine à Ceuta


Dans la nuit du 28 au 29 septembre, un demi-millier d'immigrés africains tente d'escalader la clôture métallique séparant le Maroc de l'enclave espagnole de Ceuta. Bilan : cinq morts et une centaine de blessés. Le 6 octobre, un nouvel assaut à la frontière de l'enclave espagnole de Melilla fait six victimes. Les forces marocaines reconnaissent avoir tiré sur les immigrants. Rabat sera par la suite accusé d'avoir abandonné des immigrés africains dans le Sahara occidental.

©Documentation écrite RFI



1913: Desaparecimento de Rudolf Diesel
Rudolf Diesel (1858 - 1913)
Na noite de 29 de setembro de 1913, Rudolf Diesel embarcou num ferry-boat em Antuérpia, na Bélgica, com destino a Harwich, no Reino Unido, onde nunca chegou.

No dia 29 de setembro de 1913, o engenheiro alemão Rudolf Diesel escreveu de Antuérpia, na Bélgica, uma carta à sua mulher: "Está fazendo um tempo quente de verão, não se sente nem mesmo o sopro de um ventinho. Parece que a travessia vai ser boa".
A travessia mencionada era a viagem de navio que cruzaria o Canal da Mancha até Harwich, na Inglaterra, país onde Diesel pretendia inaugurar a nova sede de uma fábrica do motor inventado por ele. Rudolf Diesel, no entanto, jamais chegaria ao destino da viagem. A cama da sua cabine estava intacta quando o navio aportou em Harwich e o seu corpo não foi encontrado. Suspeitou-se que ele teria caído do navio de maneira inexplicável.
O ocorrido abalou a opinião pública. Por ocasião da sua morte, Diesel estava no auge da fama, graças à sua invenção do motor de auto-ignição. Em dezenas de fábricas em toda a Europa e nos Estados Unidos, o motor inventado por ele era produzido em larga escala. Com a concessão de licenças, ele havia se tornado milionário. O que poderia estar por trás da morte repentina desse homem?
Hipóteses e mais hipóteses
A possibilidade de um acidente foi excluída, uma vez que estava extremamente calma a noite de 29 de setembro, quando Diesel embarcou no navio. Boatos começaram a espalhar-se. Especulava-se sobre inimigos mortais do inventor, sobre desavenças entre a Inglaterra e a Alemanha e até sobre comerciantes de óleo, insatisfeitos com o consumo reduzido de combustível do motor criado por Diesel. Os jornais da época levantaram infindáveis suspeitas em suas manchetes:
"Inventor lançado ao mar para evitar a venda da patente ao governo inglês"
"Criador do motor a óleo diesel executado como traidor para manter segredos de submarino"
"Diesel assassinado por agentes dos grandes comerciantes de óleo"
"Serviço secreto inglês elimina Diesel"
Sucediam-se suspeitas absurdas e todas as hipóteses eram tomadas por verdadeiras.
Lado sombrio da existência
A verdade, ou pelo menos o que se acreditou posteriormente ser a verdade, era muito mais banal. Rudolf Diesel estava à beira da falência quando morrreu e não teve coragem de comunicar o fato à família. Além de tudo, tendo sido criado em um meio com poucos recursos, Diesel não suportou a ruína financeira. Em 1891, um ano antes de patentear o seu motor, ele escrevera à mãe: "Pretendo brevemente obter sucesso com os resultados das minhas pesquisas de 12 anos. Em todo esse tempo, reguei uma flor à custa de muito sacrifício. Agora, quero colhê-la e desfrutar do seu aroma".
E Diesel aproveitou realmente os resultados do seu sucesso. O dinheiro vindo das licenças de fabricação do motor financiava o gordo orçamento burguês da sua casa. Sua mulher passou a fazer pinturas a óleo, a família deu-se ao luxo de alugar uma carruagem, além de empregados e uma governanta para cuidar das crianças.
Entre o registro da patente e a entrada em atividade dos primeiros motores passaram-se, no entanto, cinco anos, o que provocou uma certa impaciência nos compradores. Em vez de dedicar-se com afinco às melhorias e ao desenvolvimento da sua invenção, Diesel envolveu-se em tentativas de acumular fortuna. Ele passou a vender cada vez mais licenças, continuou fundando novas fábricas de motores e acabou perdido num confuso espírito empresarial.
Com suas atividades, Diesel destruiu a sua saúde e perdeu boa parte do capital que havia acumulado, em especulações financeiras mal-sucedidas. O estilo de vida adotado por ele exigia gastos cada vez maiores. A situação começava a tornar-se insustentável no ano de 1913. A família, no entanto, nunca soube desse lado sombrio da sua existência.
Ninguém pode dizer com segurança o que pensou Rudolf Diesel ao deixar Antuérpia no dia 29 de setembro e embarcar no navio em direção ao alto-mar. Mas tudo leva a crer que ele deve ter optado pelo suicídio, por não suportar a vergonha da ruína financeira. Duas semanas mais tarde, marinheiros encontraram o cadáver já deteriorado de um homem nas proximidades da costa belga.
Após tirar das roupas do morto alguns objetos – papéis não foram encontrados – os marinheiros atiraram o cadáver novamente ao mar. Não era "comum levar mortos a bordo", explicaria mais tarde o capitão do navio. Através dos objetos encontrados, o morto foi identificado como sendo Rudolf Diesel e uma certidão de óbito pôde ser expedida. Seu cadáver nunca mais foi encontrado.

Carsten Heinisch (sv) © 2007 Deutsche Welle

Friday, September 28, 2007

1969: Willy Brandt vence as eleições federais

Willy Brandt em 1988: o chanceler que abriu caminho para a distensão na Europa

No dia 28 de setembro de 1969, Willy Brandt foi eleito o primeiro chanceler federal social-democrata da Alemanha do pós-guerra.
O chanceler federal Willy Brandt, em seu primeiro pronunciamento oficial no Parlamento alemão, dia 28 de outubro de 1969: "Tal ordem democrática exige uma paciência extraordinária para se ouvir e um esforço extraordinário de compreensão mútua. Queremos ousar mais democracia!"
Após 20 anos de chefia de governo democrata-cristão, Willy Brandt saiu vencedor no dia de uma das apurações eleitorais mais emocionantes da história alemã. E tornou-se assim o primeiro social-democrata a ser eleito chanceler federal alemão, depois da Segunda Guerra Mundial. A noite que se seguiu à eleição para a 6ª legislatura do Parlamento federal alemão, ou seja, a noite de 28 para 29 de setembro de 1969, ainda está viva na lembrança de muitos alemães. Hoje, na era do computador, os resultados eleitorais já são divulgados poucas horas após o encerramento da votação.
Em 1969, a opinião pública teve de esperar até bem depois da meia-noite, para tomar conhecimento da vontade ditada pelo voto popular. Somente na madrugada da segunda-feira, dia 29, é que se abriu o caminho para se formasse a coalizão entre social-democratas e liberais.
Eleição apertada
No dia da sua eleição pelo Parlamento federal, Willy Brandt só recebeu os votos de 251 deputados (de um total de 495): três votos menos que o número de deputados dos partidos da coalizão social-liberal e apenas três votos mais que o mínimo necessário à sua eleição. Depois de duas décadas na oposição, Willy Brandt não anunciou nenhuma reviravolta total: "A política deste governo estará sob o signo da continuidade e sob o signo da renovação…"
Ele também citou os nomes daqueles a cuja tradição política ele pretendia dar continuidade: "Cito os nomes de Konrad Adenauer, Theodor Heuss e Kurt Schumacher – representando muitos outros, com quem a República Federal da Alemanha percorreu um caminho do qual pode se orgulhar…"
O primeiro pronunciamento
Willy Brandt não quis – e nem podia – isolar a oposição. Brandt estendeu a mão, buscando a sua cooperação: "Nas disputas objetivas e no convívio nacional entre o governo e a oposição, é nossa responsabilidade e tarefa conjuntas garantir um bom futuro à Alemanha Federal".
No seu primeiro pronunciamento oficial, o novo chanceler federal Brandt dirigiu-se também à juventude: "Nós nos voltamos também para as gerações que cresceram na época de paz, que não devem arcar com as hipotecas dos mais velhos, aos jovens que querem e devem acreditar nas nossas promessas. Mas esses jovens têm de entender que eles também têm obrigações em relação ao Estado e à sociedade".
As primeiras mudanças
Pouco depois, o governo Brandt começou a introduzir as mudanças anunciadas. A idade mínima para o exercício do direito eleitoral ativo foi reduzida de 21 para 18 anos, e do direito eleitoral passivo, de 25 para 21 anos. O visionário Willy Brandt permaneceu, contudo, realista: "Não podemos criar a democracia perfeita; nós queremos uma sociedade que ofereça mais liberdade e que exija maior co-responsabilidade…"
No seu pronunciamento oficial, Willy Brandt não deixou nenhuma dúvida de que era um europeu, mas também – ao mesmo tempo – um patriota alemão: "Minhas senhoras e meus senhores, este governo parte do pressuposto de que as questões que resultaram para o povo alemão da traição nacional pelo regime de Hitler só poderão ser respondidas definitivamente numa ordem européia de paz. Contudo, ninguém nos poderá dissuadir do princípio de que os alemães têm um direito à autodeterminação – como todos os demais povos!"

Ewald Rose (am) © 2007 Deutsche Welle

Mais artigos DW-WORLD sobre o tema

Thursday, September 27, 2007

Dia Mundial do Mar

Wednesday, September 26, 2007

2006 - Shinzo Abe Premier ministre au Japon
Elu le 20 septembre 2006 à la présidence du Parti libéral-démocrate japonais (PLD), Shinzo Abe est désigné Premier ministre le 26 septembre par le Parlement où son parti est majoritaire. Son prédécesseur Junichiro Koizumi, à la tête du PLD et du gouvernement depuis 2001, avait décidé en 2005 de quitter le pouvoir après deux mandats.




2005 - En Irlande du Nord, l'arsenal militaire de l'IRA est démantelé

"Toutes les unités de l'IRA ont reçu l'ordre de déposer les armes. Tous les volontaires ont été chargés de soutenir le développement de programmes purement politiques et démocratiques au travers de moyens exclusivement pacifiques". Dans un communiqué publié le 28 juillet 2005, l'IRA (Armée républicaine irlandaise) renonce définitivement à la violence, et met fin à un conflit vieux de trente-cinq ans ayant fait 3600 morts, dont la moitié lui est imputable. En lutte contre la domination britannique et la discrimination envers les catholiques depuis 1969, l'IRA avait soutenu le processus de paix engagé en 1998 par l'accord du Vendredi Saint, mais le désarmement de l'organisation, toujours en suspens, restait un obstacle à sa réalisation. Le 26 septembre 2005, le général canadien John de Chastelain, qui dirige la Commission indépendante chargée du désarmement des groupes paramilitaires en Irlande du Nord, confirme le démantèlement complet de l'arsenal militaire de l'IRA annoncé le 28 juillet.



2002 - Naufrage du "Joola" au Sénégal


Le 26 septembre 2002, près de 1800 personnes périssent dans le naufrage du "Joola", au large de la Gambie. Le ferry sénégalais assurait le transport entre la Casamance et Dakar, au nord du Sénégal. Devant l'émotion suscitée par la catastrophe, les autorités ont ouvert une enquête, qui a conclu à la surcharge du bateau et à une série de négligences jusque dans l'organisation des secours. Géré par la Marine nationale, le "Joola" n'avait qu'une capacité de 550 personnes.

©Documentation écrite RFI




1957: "West Side Story" estréia em Nova York
Rita Moreno (centro) em cena no filme 'West Side Story' em 1961


No dia 26 de setembro de 1957, estreou na Broadway o musical "West Side Story", depois de oito anos de preparativos.
O renomado maestro e compositor Leonard Bernstein anotou na sua agenda em 6 de janeiro de 1949: "Jerry Robbins telefonou hoje com uma boa idéia – uma versão moderna de Romeu e Julieta." Oito anos mais tarde, a idéia transformou-se num musical, que estreou em 1957 e obteve um êxito fenomenal não apenas nos Estados Unidos: West Side Story.
O grande sucesso por pouco não foi produzido. É que, quando Robbins apresentou a sua idéia a Bernstein, o maestro ficou entusiasmado, mas estava sem tempo para qualquer novo projeto. Assim, os planos foram inicialmente engavetados. Somente seis anos mais tarde, em 1955, é que os trabalhos foram retomados. Pouco depois, Bernstein deixou novamente a equipe, para fazer uma turnê com o seu musical Candide. Finalmente, em fevereiro de 1957, Leonard Bernstein escreveu em seu diário: "Agora, nada mais vai nos impedir."
O clássico Romeu e Julieta, a história dos amantes mortos em decorrência da inimizade entre as suas famílias, foi transportado para a Nova York do século 20, por Jerome Robbins (coreografia), Stephen Sondheim (texto) e Leonard Bernstein (música). O conflito era entre dois grupos de jovens: um formado por americanos "tradicionais" e o outro por imigrantes porto-riquenhos, recém-chegados, em busca da "terra prometida".
Estréia encantou Bernstein
Para obter o maior realismo possível, a equipe contratou os mais jovens atores e dançarinos disponíveis. Bernstein, durante os ensaios em Nova York: "É inacreditável – 40 adolescentes arrasam no palco! 40 adolescentes que nunca cantaram antes, cantam agora contrapontos de cinco vozes e com um som magnífico. Creio que tomamos a decisão certa, de não buscar 'cantores'. Tudo que tivesse um som mais profissional, soaria também mais experiente e, com isto, mais velho. É um exemplo perfeito, de como uma desvantagem pode transformar-se numa vantagem."
A estréia ocorreu a 26 de setembro de 1957, em Nova York, e o público ficou entusiasmado. Bernstein: "A estréia foi exatamente como nós sonhávamos. Valeu a pena toda a luta e as mudanças, bem como as inúmeras vezes em que tudo foi reescrito. Havia a estória de amor e ódio, os riscos da sua interpretação teatral com temas como a morte e os problemas raciais, os jovens atores desconhecidos e a música séria com coreografia difícil, mas valeu a pena para o público e para a crítica. Estou orgulhoso e honrado de fazer parte desta produção."
O musical West Side Story foi encenado em Nova York durante quase dois anos, com 772 apresentações. Em 1961, a obra foi filmada com Natalie Wood num dos papéis principais. Também no cinema, West Side Story (Amor, Sublime Amor) tornou-se um clássico.

Rachel Gessat (am) © 2007 Deutsche Welle

Tuesday, September 25, 2007

2005 - Victoire conservatrice aux élections législatives en Pologne

Malgré une faible participation (40%), la Pologne choisit encore une fois l'alternance en plaçant deux formations de droite en tête des élections législatives. Les conservateurs de Droit et Justice (PiS) et les libéraux de la Plateforme civique (PO) recueillent respectivement 27% et 24,1% des suffrages, obtenant ensemble 288 sièges (sur 460) au Parlement. Samoobrona ("Autodéfense"), parti populiste et nationaliste, est la troisième force politique du pays avec 11,4% des voix et 56 députés. La coalition de gauche sortante, au pouvoir depuis quatre ans, affaiblie par des affaires de corruption, est balayée : le SLD, sa principale formation, n'obtient que 11,3% des voix, en chute de 30 points par rapport au précédent scrutin. A l'extrême droite, l'ultracatholique Ligue des familles polonaises (LPR) obtient 7% des suffrages. Après quatre mois de crise parlementaire entre les deux partis arrivés en tête, les conservateurs concluent en février 2006 une alliance à leur droite avec Samoobrona et la LPR, qui entrent au gouvernement en mai. Début juillet, le chef du parti conservateur Jaroslaw Kaczynski est nommé Premier ministre par son frère jumeau Lech, élu président en octobre 2005.

©Documentation écrite RFI




1956: Primeiro cabo telefônico através do Atlântico



No dia 25 de setembro de 1956, entrou em funcionamento o primeiro cabo telefônico submarino através do Atlântico, ligando a Escócia e o Canadá.


Na atual era da conexão global e geral através de telefone, celular e e-mail, já não se pode mais ter uma idéia exata sobre as ligações telefônicas de 50 anos atrás. A premissa rigorosa era: "Fale pouco". Muitas ligações só eram possíveis com o auxílio da telefonista, as chamadas para o exterior tinham de ser solicitadas com antecipação. Um telefonema entre a Europa e a América significava uma espera interminável e má qualidade de transmissão, pois as ondas curtas estavam constantemente sobrecarregadas e sofriam fortes interferências atmosféricas.
Uma melhoria só começou a ocorrer a partir do dia 25 de setembro de 1956, quando entrou em funcionamento o primeiro cabo telefônico submarino através do Atlântico, ligando a Escócia e o Canadá. Ele transmitia 36 telefonemas ao mesmo tempo. Através de estações retransmissoras, foram conectadas pela primeira vez as redes telefônicas da Grã-Bretanha e da Europa continental com as do Canadá e dos Estados Unidos.


História começara 100 anos antes
O cabo submarino tem uma longa história. Quase cem anos antes, já havia sido instalado um cabo telegráfico submarino através do Atlântico. Mas, por razões técnicas, esse cabo não podia ser aproveitado para a telefonia. A grande diferença é que, aos contrário dos sinais telegráficos, as transmissões telefônicas perdiam muita potência no cabo e tinham de ser amplificadas, através de repetidores, a cada 50 ou 100 quilômetros.
Tal técnica já existia a partir de 1910, mas para instalação em terra firma e não a muitos quilômetros abaixo da superfície marítima, onde não se teria mais acesso aos repetidores. Estas dificuldades impediram, nos anos 20 e 30 do século passado, a interligação da Europa com a América com cabos telefônicos submarinos.
Os progressos decisivos da técnica foram registrados pouco antes e durante a Segunda Guerra Mundial. Com um novo tipo de plástico para o isolamento elétrico, foi desenvolvido o cabo coaxial - com um condutor interno e outro externo, este em formato de tubo. Com o novo tipo de cabo, foi possível um novo processo de transmissão, semelhante ao do rádio – na técnica, fala-se de processo de ondas portadoras. E, finalmente, foi aperfeiçoada a técnica das válvulas eletrônicas, empregadas então nos repetidores, como amplificadoras de banda larga.
Em 1943, o primeiro cabo coaxial submarino com os novos repetidores foi instalado através do mar da Irlanda, para a ilha de Man. No entanto, ele só podia funcionar a uma profundidade máxima de cerca de 400 metros. Nos anos seguintes, foram instalados outros cabos submarinos entre a Grã-Bretanha e a Bélgica, a Holanda, a Dinamarca e a Alemanha. No início dos anos 50, foi instalado então um cabo em águas bem mais profundas, entre a Flórida e Cuba.


Profundidade de quatro mil metros
Os êxitos obtidos encorajaram a que fosse retomada a idéia de instalar uma conexão telefônica submarina no Atlântico Norte. As rotas melhores e mais curtas já estavam ocupadas pelos cabos telegráficos. Decidiu-se assim fazer a ligação da cidade portuária Oban, na costa ocidental escocesa, com a cidade de Clarenville, na província canadense Terra Nova. As duas cidades estão a uma distância de 3600 quilômetros e o Atlântico tem uma profundidade de 4 mil metros no percurso.
A conexão era constituída de dois cabos, cada um transmitindo numa direção, separados por uma distância de aproximadamente 30 quilômetros. Cada cabo possuía 51 repetidores para amplificar os sinais telefônicos. Uma capa de aço servia para protegê-los de danos provocados por âncoras ou por redes de pesca.
Os trabalhos de instalação começaram em junho de 1955. Em três etapas, o cabo foi alojado no fundo do oceano Atlântico, partindo-se da costa canadense. Os trabalhos transcorreram sem imprevistos. Em setembro, foram feitas as últimas conexões; o cabo foi testado e funcionou com perfeição.
Mas a solenidade de inauguração só ocorreu em Londres um ano depois, no dia 25 de setembro de 1956. Um ano depois, tinham sido feitas quase 300 mil ligações telefônicas entre os dois lados do Atlântico: mais que o dobro do que se podia fazer através das transmissões de ondas curtas.
Este primeiro cabo telefônico submarino do Atlântico, denominado TAT-1, funcionou sem panes até 1978, quando foi substituído por outros cabos submarinos. As atuais conexões marítimas, com os cabos TAT-8 e TAT-9, já são inteiramente digitalizadas. A sua importância tornou-se, no entanto, muito menor. Hoje, a maior parte das ligações telefônicas intercontinentais são feitas através de satélites.

Carsten Heinisch (am) © 2007 Deutsche Welle

Monday, September 24, 2007

1991: Espião Markus Wolf entrega-se à polícia

Markus Wolf, ex-chefe da Stasi


A 24 de setembro de 1991, apresentou-se à polícia na fronteira da Baviera o ex-chefe do serviço de espionagem da ex-República Democrática Alemã (RDA). Markus Wolf havia conseguido passar um ano escondido em Moscou.
Parecia um roteiro de filme policial. O espião mais bem-sucedido da Europa, Markus Wolf, fugiu misteriosamente da Alemanha Oriental, poucos dias antes da cerimônia oficial da reunificação. Sua esposa, Andrea, recordou aqueles dias tensos, numa entrevista à televisão:
"Sabíamos que, no dia 3 de outubro de 1990, Markus seria preso. Os advogados nos aconselharam – e nós éramos da mesma opinião – que o melhor era fugir do país. Portanto, no dia 27 de setembro, juntamos nossos papéis e fomos de carro de Berlim para a Tchecoslováquia e, de lá, para a Áustria."
A Procuradoria Geral da República, em Karlsruhe, expedira o mandado de prisão de Wolf por traição à pátria. O espião, que há tempo abandonara o serviço público e se tornara escritor de renome, crítico das lideranças da Alemanha Oriental e autocrítico de sua atividade no Ministério da Segurança, era quase um dissidente. O que o tornava um personagem interessante, tanto para os serviços secretos ocidentais quanto orientais.
Wolf deixou a barba crescer e conseguiu se esconder das autoridades austríacas. Quatro semanas depois de escapar da RDA, telefonou para um número secreto em Moscou. O casal foi levado para o aeroporto num carro da KGB – o serviço secreto soviético – e voou para Moscou. Assim, o ex-chefe de espionagem voltou, perigosamente, às suas origens. Após um ano de asilo político, o casal deixou Moscou e retornou à Áustria.
No dia 24 de setembro de 1991, Markus Wolf se entregou às autoridades alemãs. A RDA, de onde havia fugido, já não existia mais. Com duas limusines blindadas, foi levado a Karlsruhe, onde permaneceu apenas sete dias na cadeia. Em maio de 1993, foi julgado em Düsseldorf. Condenado a seis anos de prisão por traição à pátria e suborno, pouco depois passou à liberdade condicional.
Milhares de espiões
Durante o processo no Tribunal do Estado da Renânia do Norte-Vestfália, ficaram evidentes as dimensões do aparato delator da Stasi (serviço secreto da ex-RDA). Mil funcionários fixos e 10 mil "colaboradores inoficiais" atuavam na Alemanha Oriental, enquanto 1500 informantes espionavam na Alemanha Ocidental. Eram "soldados" do Partido Comunista, aventureiros, criminosos por convicção, idealistas e até parlamentares.
Os subordinados de Wolf espreitavam por toda parte: nos ministérios, repartições públicas, partidos e inclusive por cima dos muros dos vizinhos. A vítima mais famosa foi Willy Brandt. O líder social-democrata, precursor e arquiteto dos Tratados do Leste, tropeçou em seu assessor, Günter Guilleaume, informante de Wolf, e acabou tendo que renunciar.

Missão de espionagem
Sobre sua atividade, Wolf declarou, posteriormente, que a via como missão política da direção do partido. "Para mim, isso não fazia parte do aparato repressor, como se diz hoje. Aquilo era uma missão de espionagem, algo romântico, importante e respeitável, que eu conhecia de antigos filmes da União Soviética", alega.
Markus Johannes Wolf sempre foi considerado brilhante. Nascido no sul da Alemanha em 19 de janeiro de 1923, filho de médico judeu, cresceu em ambiente burguês, mas foi educado no credo comunista. Em 1934, a família buscou refúgio dos nazistas na União Soviética. Wolf estudou na escola de aeronáutica de Moscou e em 1942 ingressou no Partido Comunista. Entre 1943 e 1945, trabalhou como redator e locutor numa rádio alemã em Moscou.
Após a guerra, começou a trabalhar numa rádio em Berlim e fez a cobertura do julgamento dos criminosos nazistas, no Tribunal de Nurembergue. Aos 29 anos, assumiu o serviço secreto na condição de general mais jovem da RDA. Teve uma carreira fulminante e colecionou várias condecorações. Em 1997, publicou suas memórias .



DW-WORLD
DW-WORLD: 1994: Condenado espião alemão-oriental
No dia 17 de novembro de 1994, o ex-espião da República Democrática Alemã Rainer Rupp foi condenado a 12 anos de prisão. O "Agente Topázio" havia espionado para a Alemanha comunista enquanto trabalhava no quartel-general da OTAN, de 1977 a 1989.

Doris Bulau (gh) © 2007 Deutsche Welle

2005 - Le FMI et la Banque mondiale effacent la dette de 18 Etats

Lors de leur assemblée annuelle, le Fonds monétaire international et la Banque mondiale acceptent d'annuler 100% des dettes contractées auprès d'eux par quatre Etats latino-américains (Bolivie, Guyana, Honduras et Nicaragua) et quatorze africains (Bénin, Burkina Faso, Ethiopie, Ghana, Madagascar, Mali, Mauritanie, Mozambique, Niger, Rwanda, Sénégal, Tanzanie, Ouganda et Zambie), soit dix-huit des pays les plus pauvres de la planète. Les pays du G8 s'étaient engagés à prendre cette mesure lors du sommet de Gleneagles, en juillet. Vingt autres pays bénéficieront d'une remise de dette quand ils auront satisfait aux critères des PPTE (pays pauvres très endettés) qui impose que les sommes épargnées aillent à l'éducation, à la santé, à la réduction de la pauvreté et aux réformes en faveur des investissements. Avec 40 milliards de dollars effacés, c'est la plus importante annulation de dette en soixante ans d'existence des institutions de Bretton Woods.

©Documentation écrite RFI

Sunday, September 23, 2007

1932 - Proclamation du royaume d'Arabie Saoudite
La majeure partie de l'Arabie est soumise à l'Empire ottoman depuis le XVIe siècle. La dynastie arabe des Saoud, ancienne chefferie tribale qui a institué un Etat indépendant dans la péninsule à deux reprises, est en exil au Koweit depuis 1892. Elle va tirer profit du mouvement arabe qui entreprend de libérer la région des Turcs dont le pouvoir vacille. Abd al-Aziz Ibn Saoud reprend ainsi Riyad en 1902 et consolide son implantation dans le Nejd, fief historique de sa dynastie, dans le centre de la péninsule. Après le démantèlement de l'Empire ottoman, vaincu lors de la Première Guerre mondiale, Ibn Saoud continue sa reconquête aux dépens d'autres coalitions tribales, contrôlant le Hedjaz (côte ouest) et les lieux saints en 1926. Le 23 septembre 1932 est proclamé le "Royaume d'Arabie saoudite" auquel le traité de Taëf ajoutera en 1934 les provinces yéménites de l'Assir, Najran et Jizan.

©Documentation écrite RFI


1955: Doutrina de Hallstein
Konrad Adenauer, primeiro chanceler federal da República Federal da Alemanha

As bases para a política exterior alemã ocidental foram fixadas em 23 de setembro de 1955, na Doutrina de Hallstein. Um de seus princípios previa que a Alemanha Ocidental não manteria relações com países que reconhecessem a Alemanha Oriental.
Em setembro de 1955, o chanceler federal Konrad Adenauer viajou a Moscou para obter a libertação dos últimos 10 mil prisioneiros de guerra e mais de 20 mil civis alemães. Em contrapartida, a União Soviética queria atar relações diplomáticas com a República Federal da Alemanha (RFA).
Somente no quarto dia das complicadas negociações, chegou-se a um consenso. A visita a Moscou entraria para a história como o principal acontecimento político internacional de 1955 e uma das ações mais populares do primeiro chefe de governo da Alemanha Ocidental.
Dois embaixadores
Esse êxito, porém, foi problemático, pois era difícil explicar a existência de dois embaixadores alemães exatamente em Moscou. Desde a sua fundação, a RFA reivindicara o direito de ser a única representante legal dos interesses alemães, mas ela não poderia evitar que a Alemanha Oriental (República Democrática Alemã – RDA) fosse reconhecida diplomaticamente por outros países.
A solução foi encontrada pelo diretor do departamento político do Ministério do Exterior alemão ocidental, Wilhelm Grewe. Ele baseou-se nas diretrizes sugeridas pela Doutrina Hallstein (o nome do chefe de Grewe no Ministério das Relações Exteriores era Walter Hallstein), aprovada pelo Parlamento alemão, no dia 23 de setembro de 1955.
Antipatia
Um dia antes, o premiê garantira pessoalmente aos parlamentares que a nova política não alteraria seu ponto de vista a respeito da República Democrática Alemã (RDA) nas relações com outros países. "Também no futuro, o governo alemão ocidental verá com antipatia o estabelecimento de relações diplomáticas de países amigos com a Alemanha Oriental", disse.
As relações diplomáticas da Alemanha Ocidental com a União Soviética – e não com os demais países comunistas – foi justificada pelo fato de a URSS ter sido uma das forças de ocupação e sem a qual a ambicionada reunificação da Alemanha seria impossível.
Uma nota oficial divulgada no dia 24 de setembro dizia que "críticas da Alemanha Oriental não comprometeriam o povo alemão, visto que na zona de ocupação soviética não há representação popular livremente eleita, autorizada a falar em nome do povo alemão".
Respeito
Inicialmente, a Doutrina Hallstein foi um sucesso, do ponto de vista ocidental. A RDA ficou isolada internacionalmente, não sendo oficialmente reconhecida por nenhum país, à exceção dos comunistas. As jovens nações do Terceiro Mundo não pretendiam prejudicar suas relações com a rica Alemanha Ocidental e aproveitavam o jogo de interesses da Guerra Fria. Duas vezes, essa política foi adotada rigorosamente: em 1957 e 1963, quando a Alemanha Ocidental rompeu relações com a Iugoslávia e Cuba.
Na década de 60, a Doutrina Hallstein começou a falhar e virou uma espécie de algema da política externa. Bonn concentrava esforços em conter ligações internacionais com a RDA. Em 1965, porém, o dique rompeu: o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser convidou o chefe de Estado alemão oriental, Walter Ulbricht, para uma visita oficial e, em 1969, cinco nações árabes reconheceram a Alemanha Oriental.
Os antigos princípios foram abandonados quando os Aliados sugeriram o reconhecimento de fato da RDA, que já furava a Doutrina Hallstein, por exemplo, com a abertura de consulados no Terceiro Mundo.

Ramón García-Ziemsen (gh) © 2007 Deutsche Welle

Saturday, September 22, 2007

1957 - François Duvalier élu président en Haïti

Né en 1909, le médecin et ancien ministre de la santé François Duvalier remporte l'élection présidentielle du 22 septembre 1957 en Haïti. Le nouvel homme fort du pays, surnommé "Papa Doc", assoit son pouvoir sur la terreur qu'inspirent ses milices appelées "tontons macoutes". Proclamé président à vie en 1964, il meurt en 1971 après avoir désigné son successeur en la personne de son fils Jean-Claude, dit "Baby Doc", qui sera chassé du pouvoir par un soulèvement populaire en 1986.

©Documentation écrite RFI

Friday, September 21, 2007

1921: Explosão na fábrica da Basf

A matriz da Basf em Ludwigshafen


Uma explosão na área da Basf, nas proximidades de Ludwigshafen, no dia 21 de setembro de 1921, acabou se tornando uma catástrofe.



Eram 7h32min da manhã de 21 de setembro de 1921, uma quarta-feira. Em Munique, ouviram-se dois sons abafados. Não muito altos, mas fortes o suficiente para que as pessoas se perguntassem de onde teriam partido, o que estaria por trás deles. A resposta só se tornou conhecida horas depois.

Cratera gigantesca
A cerca de 300 quilômetros de distância, na cidade de Ludwigshafen, às margens do Rio Reno, havia ocorrido uma explosão estrondosa: o lugar da catástrofe foi a sede da empresa Basf (sigla de Badische Anilin- und Soda-Fabrik) em Oppau, um subúrbio do norte de Ludwigshafen. No lugar da explosão, abriu-se uma cratera de 90 metros de largura, 120 metros de comprimento e 20 metros de profundidade. Morreram 561 pessoas e 1952 ficaram feridas.

Foram registradas duas explosões – uma inicial de menor intensidade e, em seguida, a maior, com efeitos catastróficos em todos os sentidos. A causa: num depósito de sulfato de amônio com salitre, tentou-se afofar a mistura com pequenas explosões, para que o adubo composto não se solidificasse e petrificasse. Caso isso acontecesse, seria impossível transportar o adubo.
As explosões de teste e, posteriormente, cerca de 20 mil explosões de rotina não suscitaram a desconfiança de que uma catástrofe de tal porte pudesse ocorrer, segundo Rolf Haselhorst, do corpo de bombeiros da Basf:
"Em princípio, naquela época, não existia nenhuma experiência que demonstrasse que tal processo de explosão – aplicado erradamente – pudesse levar a grandes danos. O nível de conhecimentos ainda não era tão alto. Tratava-se de um produto que começara a ser fabricado cinco ou seis anos antes. Mas o problema da sua petrificação nos grandes depósitos já era conhecido há muito tempo e, durante anos, fora solucionado com as explosões. Por isso, não se tinha consciência dos efeitos que elas podiam provocar. Hoje, existem processos de explosão aplicada, examinados e aprovados pelas autoridades de segurança da Alemanha, que são utilizados com êxito."
Se as explosões foram ouvidas em Munique, pode-se imaginar os danos provocados na área do acidente. A fábrica da Basf ficou em ruínas, da mesma maneira como o bairro suburbano de Oppau. De cerca de mil casas existentes, 80% foram inteiramente destruídas, nenhum prédio deixou de ser afetado. Num raio de 25 quilômetros, os telhados das casas foram arrancados.
Houve também danos na cidade vizinha de Mannheim, na margem oposta do Reno, da mesma forma como em Heidelberg, a 30 quilômetros de distância. Lá, foram destruídas tantas vidraças que o trânsito teve de ser interrompido. Até mesmo em Frankfurt, a 90 quilômetros do local das explosões, registraram-se danos.
Rolf Haselhorst explicou que em conseqüência disso a prevenção foi fundamentalmente ampliada: "Tanto em relação a explosões, como em incêndios, existem hoje processos determinados, através dos quais se verifica com exatidão ainda na fase de planejamento, antes do início dos trabalhos, quais são os riscos e possibilidades plausíveis. Aumentaram enormemente as condições prévias de segurança que uma empresa tem de preencher. Elas vão desde a localização até o exame dos menores detalhes técnicos da empresa, quanto ao aspecto da segurança a longo prazo. Nada disto existia naquela época."

Reparação dos danos
Tardaram três anos até que os danos da catástrofe pudessem ser inteiramente reparados: construíram-se 457 novas casas e quase 700 foram reformadas. Para isto, trabalharam 31 arquitetos e 40 empresas construtoras. Impressionante foi também a ajuda prestada, imediatamente após as explosões: 7500 pessoas desabrigadas foram alojadas em barracas, recebendo o que necessitavam com maior urgência, sobretudo cobertores e roupas. Elas tinham perdido praticamente tudo o que possuíam.
O acidente de 1921 não foi a única explosão ocorrida nas dependências da Basf. Nos anos posteriores, foram registradas outras que, contudo, não provocaram vítimas.

Peter Philipp (am) © 2007 Deutsche Welle

Thursday, September 20, 2007

1985: Ataque ao Greenpeace derruba ministro francês

Rainbow Warrior destruído no porto de Auckland

No dia 20 de setembro de 1985, renunciou o então ministro francês da Defesa, Charles Hernu, devido ao afundamento do Rainbow Warrior na Nova Zelândia.
O navio Rainbow Warrior afundara parcialmente no porto de Auckland, na Nova Zelândia, preso às amarras e fortemente adernado. O português Fernando Pereira, fotógrafo e ativista do Greenpeace, morreu afogado no interior inundado do navio.
Stephen Sawyer, membro da tripulação do barco, reclamou: "Eles poderiam ter telefonado 10 minutos antes. Eles não se preocuparam nem um pouco se alguém seria morto ou não. Tivemos sorte que só uma pessoa morreu. Poderiam ter sido muitas mais." Poucas horas depois do ocorrido, já se sabia que não fora um acidente, mas sim um ato de sabotagem, a causa do afundamento com conseqüências fatais. Mas, quem estaria por trás de tudo?

Casal a serviço do serviço secreto francês
Poucos dias depois, numa praia próxima, foram encontrados um barco inflável e equipamentos de mergulho: o mesmo tipo de aparelhagem utilizada pelos militares franceses. Isto reforçou cada vez mais a suspeita de que a explosão do Rainbow Warrior havia sido obra dos franceses. Foi preso um casal, visto com freqüência nas proximidades do navio do Greenpeace. Os dois portavam passaportes suíços falsos. Logo ficou constatado que o casal trabalhava para o serviço secreto francês. Mas, que interesse poderia ter Paris em tal ato de terrorismo?
Meses antes, já estava certo que o Greenpeace iniciaria ações de protesto contra os testes atômicos franceses no Pacífico sul, na região do atol de Mururoa. Também o Rainbow Warrior, uma espécie de nau capitânia da organização ecologista, deveria participar dos protestos.
Segundo um relatório do serviço secreto francês, ao lado dos ativistas conhecidos, até mesmo comunistas e rebeldes polinésios, que lutavam pela independência, estariam então a bordo do navio. Isto não podia acontecer. Foi decidido que o Rainbow Warrior seria explodido no porto de Auckland: uma ação secreta, da qual participou um grupo de agentes franceses.

Sindicância a contragosto
Apesar de os indícios apontarem, com clareza cada vez maior, em direção a Paris, o governo francês negava tudo, alegando ser tudo mentira produzida com muita fantasia. Mas a imprensa francesa continuou insistindo na apuração dos fatos. E também a Nova Zelândia, há anos insatisfeita com os testes atômicos franceses em Mururoa, exigia um esclarecimento. A contragosto, Paris ordenou uma sindicância. Um mês e meio depois do ato de terrorismo foram apresentados os resultados do inquérito.
O primeiro-ministro neozelandês David Lange comentou com escárnio o conteúdo do relatório: "Ele é tão transparente, que não se pode nem dizer que inocentou a todos. Ele ignora os fatos, se contradiz nas partes decisivas. Creio que se pode afirmar de sã consciência, que ele ainda será muito vexaminoso para o governo francês. Eles criaram com isto uma bomba-relógio que pode explodir a qualquer momento."
E foi o que ocorreu. Questionava-se, de maneira cada vez mais insistente, quem teria dado a ordem para o atentado. Teria sido o ministro da Defesa Hernu? Ele negou qualquer participação. No entanto, os indícios mostravam que Hernu tinha, no mínimo, conhecimento prévio da ação e que provavelmente teria dado a ordem para a sua execução.

Demissão do ministro
O governo do então presidente François Mitterrand estava enterrado até o pescoço no escândalo. O primeiro-ministro Laurent Fabius tinha de agir e demitiu então o ministro da Defesa Charles Hernu. Isto ocorreu em 20 de setembro de 1985.
Fabius foi além disto. Ele admitiu a participação da França no atentado. Mas quis desculpar os responsáveis diante da imprensa: "Foram agentes do serviço secreto francês que explodiram o navio. Eles cumpriram ordens. É preciso resguardar os órgãos executores da ação, pois não podemos aceitar que sejam comprometidos os soldados que apenas obedeceram ordens e que, no passado, executaram missões perigosas pelo nosso país."
Uma pergunta permaneceu sem resposta: Quem deu realmente a ordem para o ato de sabotagem? Estaria, quem sabe, o próprio chefe de Estado francês por trás do atentado contra o Rainbow Warrior? Do Ministério da Defesa extravasou, pouco depois, a notícia do desaparecimento de partes importantes do dossiê do Greenpeace.
Somente anos mais tarde é que alguns conhecedores dos segredos estatais da época manifestaram-se sobre o assunto: a ordem teria sido dada pelo Ministro da Defesa, com a aprovação prévia do presidente François Mitterrand.

Oliver Ramme (am) © 2007 Deutsche Welle

Wednesday, September 19, 2007

2006 - Un coup d'Etat militaire renverse Thaksin en Thaïlande
Le 19 septembre 2006, l'armée thaïlandaise dirigée par le général Sonthi Boonyaratglin renverse le gouvernement du Premier ministre Thaksin Shinawatra. La commission militaire qui contrôle le pays impose la loi martiale, abolit la Constitution et dissout le Parlement. Le 1er octobre, l'ancien général Surayud Chulanont est nommé Premier ministre par intérim et une Constitution provisoire étendant les pouvoirs de la junte est promulguée. La loi martiale est levée le 27 janvier 2007 dans 41 des 76 provinces du pays, ainsi qu'à Bangkok, mais continue à s'appliquer dans les provinces frontalières du nord et de l'extrême sud musulman en proie au séparatisme.

2002 - Début de la guerre civile en Côte d'Ivoire

Depuis la mort en 1993 de Félix Houphouët-Boigny, père de l'indépendance, la Côte d'Ivoire est fragilisée par des crises politiques qui s'ajoutent aux difficultés économiques. La politique d'ivoirité défendue par les chefs d'Etat successifs - dont le général Robert Gueï, qui accède au pouvoir par un putsch - exacerbe les tensions politiques, ethniques et religieuses. Le 19 septembre 2002, une frange de l'armée dirigée par le sergent Ibrahim Coulibaly, déjà impliqué dans le premier coup d'Etat, se soulève contre le régime du président Laurent Gbagbo. Le jour-même, le général Gueï est assassiné, de même que le ministre de l'Intérieur Emile Boga Doudou. Deux grandes villes, Bouaké (centre) et Korhogo (nord) sont aux mains des rebelles qui s'opposent aux "patriotes", fidèles au régime Gbagbo. Bientôt, la rébellion contrôle le nord du pays et la Côte d'Ivoire se trouve divisée. A partir d'octobre, la force d'interposition française Licorne occupe une zone-tampon séparant les deux zones.

©Documentation écrite RFI


1950: Decreto contra "inimigos da Constituição"

Konrad Adenauer


No dia 19 de setembro de 1950, o governo alemão decidiu remover do serviço público membros de organizações consideradas anticonstitucionais.
"O Cavalo de Tróia está entre nós e precisamos nos defender." Esta foi a frase pronunciada pelo então ministro do Interior da Alemanha, Thomas Dehler, ao comentar a situação no país em 1950. A jovem República Federal da Alemanha sentia-se ameaçada pelos comunistas. Afinal, os russos já controlavam a outra parte do país dividido e cada um dos sistemas políticos garantia ser o mais democrático.
O primeiro chanceler do pós-guerra, Konrad Adenauer, estava preocupado com o que chamou de "intensa campanha para desintegrar a Alemanha Ocidental". A fim de acabar com a ameaça de corrosão do sistema, em setembro de 1950 foi lançado o "Decreto contra os Inimigos da Constituição " que proibia o apoio e a filiação de funcionários e servidores públicos ao Partido Comunista e outras organizações de orientação socialista e esquerdista. No total, dez organizações da gama esquerdista e duas neonazistas foram declaradas inconstitucionais.
O professor de Direito Alexander von Brünneck, da Universidade de Frankfurt, calcula que, na época, eram poucos os comunistas ligados ao serviço público. Por isso, o decreto teve, acima de tudo, um efeito simbólico. Um ano mais tarde, foi aprovada nova legislação pelo Parlamento alemão. Desta vez, quase todas as atividades dos comunistas passaram a ser puníveis.
Proscrição do PC
Em 1956, então, o Partido Comunista foi proibido. O jurista von Brünneck conclui que, na realidade, os comunistas nem representavam um perigo para a Alemanha Federal, mas temia-se que poderiam vir a ser.
Em janeiro de 1972, o governo do social-democrata Willy Brandt lançou então o "Decreto contra os Radicais". Segundo ele, qualquer candidato ao serviço público podia ter examinada sua "lealdade constitucional". Os observadores explicam que se tratou de uma conseqüência da revolução estudantil de 1968.

Ameaça estudantil?
Temia-se que os universitários radicais começariam a assumir postos de responsabilidade política assim que terminassem seus cursos. Este decreto, entretanto, foi declarado inconstitucional em 1975.
Os juízes alegaram que a lealdade ao empregador é responsabilidade de quem trabalha, mas isso não impede o empregado de preservar sua convicção política. Com o passar do tempo, os órgãos públicos federais - e alguns estaduais - começaram a desistir da investigação da vida política de candidatos a emprego público.

Rachel Gessat (rw) © 2007 Deutsche Welle

Tuesday, September 18, 2007

Le 18 septembre
2005 - Premières élections législatives en Afghanistan depuis 36 ans
Le 18 septembre 2005 sont organisées les premières élections législatives et provinciales en Afghanistan depuis trente-six ans. Ces scrutins doivent marquer la fin du processus de transition dans le pays, quatre ans après la chute du régime islamiste des talibans. Malgré les protestations de la population, nombre de candidats sont d'anciens chefs de guerre qui ont mis le pays à feu et à sang de 1992 à 1996. Occupant plus de la moitié des 249 sièges, ils font leur entrée en force au Parlement où les trois grandes formations de moudjahidines seront les plus puissantes. Parmi les députés, 50 sont considérés comme des islamistes radicaux. A leurs côtés, une cinquantaine de députés dits progressistes et laïcs, mais aussi des moudjahidines modérés, des royalistes, des chefs féodaux et 68 femmes, dont deux sont assassinées avant de prendre leurs fonctions. Reflétant par ailleurs la diversité ethnique afghane avec 47% de Pachtounes, le nouveau Parlement est inauguré le 19 décembre 2005 par le président Hamid Karzaï.
1947 - Le "National Security Act" aux Etats-Unis
Le "National Security Act", signé le 26 juillet 1947 par le président américain Harry Truman, réorganise les forces armées américaines au sein d'un Centre militaire national (futur Département de la Défense, créé en 1949), instaure le Conseil de sécurité nationale, organe central de décision en matière de politique étrangère et de défense réunissant les plus hauts responsables concernés, et crée la CIA (Central Intelligence Agency), nouvelle agence centrale de renseignement. Le texte entre en vigueur le 18 septembre 1947.

©Documentation écrite RFI
1814: Começa o Congresso de Viena

No dia 18 de setembro de 1814, representantes de quase todas as nações européias participaram da grande Conferência de Paz de Viena. Seu objetivo foi a reordenação política da Europa após as guerras napoleônicas.
Tema de operetas e de comédias do cinema, o Congresso de Viena foi a base de sérias decisões para a Europa. Napoleão tinha sido derrotado, acabando a hegemonia da França no continente. Os territórios tinham de ser redistribuídos, e as relações de poder, reequilibradas.
No dia 18 de setembro de 1814, chefes de Estado e de governo das grandes potências de então reuniram-se pela primeira vez no palácio Hofburg, em Viena.
Charles Maurice de Talleyrand, príncipe de Benevent, representava a França no Congresso de Viena. O organizador do evento foi o ministro austríaco das Relações Exteriores, Clemens Wenzel, príncipe de Metternich. Um diplomata astuto.
Quando Napoleão estava no apogeu do seu poder, foi Metternich quem arranjou seu casamento com a filha do imperador austríaco. Quando a estrela de Napoleão caiu, foi Metternich quem deu as cartas para a época posterior.
Festas e aumento dos impostos
Como presidente do Congresso de Viena, Metternich tentou manter o controle sobre todas as decisões. Ele procurou desviar a atenção dos participantes.
Nos meses do Congresso, toda a capital austríaca era um verdadeiro salão de festas: bailes de máscara, banquetes e apresentações de gala geraram custos da ordem de 7,3 milhões de florins. Para os diplomatas, as festas representaram diversão sem fim; para a população, um aumento dos impostos.
As grandes potências foram representadas pelos seus mais altos dignitários. O czar Alexandre 1º representou a Rússia. A Prússia enviou o rei Frederico Guilherme 3º. Pela Inglaterra, esteve presente o duque de Wellington. A Áustria foi muito bem representada pelo imperador Francisco 1º e pelo príncipe de Metternich. Quarenta e sete governos europeus enviaram delegados ao Congresso de Viena.
O Congresso foi acompanhado pelos acordes do mais novo estilo musical, a valsa vienense. O marechal-de-campo príncipe Carl de Ligne fez a constatação resignada: "O Congresso dança, mas não vai para a frente". Finalmente, houve resultados. Eles foram registrados na ata do Congresso de Viena, de 8 de junho de 1815.
Derrota definitiva de Napoleão
A França foi pressionada de volta às suas fronteiras de 1792. A Suíça recuperou a sua neutralidade perdida. A Polônia tornou-se parte da Rússia. A Liga Alemã, sob a presidência austríaca, tomou o lugar do Sacro Império Romano de Nação Germânica, há muito desfeito.
A Áustria tornou-se assim, durante uma certa época, o centro da ordem européia. Em fevereiro de 1815, Napoleão deixou o seu exílio na Ilha de Elba, embarcando rumo à França. Reuniu novamente seus correligionários mais fanáticos e retornou a Paris.
Mais uma vez, assumiu o poder como imperador. Mas, durante apenas cem dias, quando então foi derrotado definitivamente pelas grandes potências européias na batalha de Waterloo. A paz retornou à Europa. O Congresso de Viena terminou.

Catrin Möderler (am) © 2007 Deutsche Welle

Monday, September 17, 2007

Le 17 septembre

2006 - Alternance politique en Suède


L'opposition de centre droit, composée de quatre partis, remporte les élections législatives du 17 septembre 2006 avec 48,1% des suffrages (178 sièges) contre la coalition sociale-démocrate (46,2% des voix, 171 sièges), au pouvoir depuis douze ans. Göran Persson, Premier ministre depuis dix ans, démissionne de la direction du Parti social-démocrate. Le 5 octobre, le Parlement désigne au poste de Premier ministre Fredrik Reinfeldt, chef du parti majoritaire de l'opposition.

©Documentation écrite RFI


1988: Uma Olimpíada sob o estigma do doping

Ben Johnson


No dia 17 de setembro de 1988, começavam os Jogos Olímpicos de Seul, que marcariam a história do esporte com escândalo de doping.


Ascensão e queda de um símbolo do esporte. Tudo em poucos dias e na mesma competição. A prova masculina de 100 metros costuma ser o auge de uma disputa de atletismo. Em Seul, os astros eram Ben Johnson, o norte-americano Carl Lewis e o britânico Linford Christie.


Johnson não só ganhou a corrida, como quebrou o recorde mundial, com o incrível tempo de 9s79, num sábado, dia 24 de setembro de 1988. A glória, entretanto, durou pouco. Tanto a prova como a contraprova de urina deram resultado positivo no teste de doping. A substância identificada era o anabólico Stanozolol, o que explicava em parte a constituição física de "Big Ben".

Reincidência encerra carreira de Ben
O próprio atleta participou dos testes nos laboratórios da Comissão Antidoping da Olimpíada e desapareceu rapidamente da competição. Um escândalo não só no mundo esportivo. Admiração cedeu lugar à indignação. Pela primeira vez, um atleta era flagrado dopado numa competição desse porte.
Em princípio, Johnson negou tudo, mas um ano depois admitiu estar se dopando desde 1981. O atleta foi suspenso de competições nacionais e internacionais e seus recordes foram anulados.
Em agosto de 1990, ele foi anistiado, mas seu desempenho nunca mais foi o mesmo. Nos Jogos de Barcelona, em 1992, desqualificou-se ainda nas semifinais. A queda definitiva aconteceu em 1993, quando teve outro teste de doping positivo e foi suspenso para sempre pela Federação
Internacional de Atletismo.

Precedente na luta contra o doping
Muitos críticos consideram o caso Johnson uma prova da derrocada do esporte moderno. Esteróides anabólicos há muito tempo são o principal inimigo de todos os que lutam por um esporte autêntico. O escândalo virou precedência na luta contra o doping.
O que distinguiu a Olimpíada de Seul foi que, pela primeira vez, acontecia uma desqualificação por causa de doping. Vendo desta maneira, Johnson ainda acabou conseguindo entrar para a história. Como anti-herói!

(rw) © 2007 Deutsche Welle

Sunday, September 16, 2007

Le 16 septembre
1982 - Massacres de Sabra et Chatila au Liban

Le 6 juin 1982, Israël déclenche l'opération "Paix en Galilée" et envahit le Liban. Menée par Ariel Sharon, ministre de la Défense, l'armée israélienne encercle Beyrouth où se trouvent le commandement et plusieurs milliers de combattants de l'OLP (Organisation de libération de la Palestine), dirigée par Yasser Arafat. Après deux mois de siège, les forces de l'OLP sont évacuées sous contrôle international fin août. Le 14 septembre, le président du Liban Béchir Gémayel, chef des Forces libanaises chrétiennes, est assassiné trois semaines après son élection. Le 15, l'armée israélienne intervient à Beyrouth-Ouest, occupant ainsi la capitale entière, et autorise les Forces libanaises à déloger deux mille Palestiniens, prétendus combattants de l'OLP, des camps de réfugiés de Sabra et Chatila, au sud de la ville. Entre le 16 et le 18 septembre, plus d'un millier de civils palestiniens y sont massacrés par les milices chrétiennes, avec le soutien de l'armée israélienne. Les tueries provoquent alors une réprobation internationale, y compris en Israël.

©Documentation écrite RFI
1964: Criada a Fundação Warentest
A 16 de setembro de 1964, o governo alemão criou a Fundação Warentest. Com sede em Berlim Ocidental e financiada pelos cofres públicos, visava apresentar e comparar novos produtos e orientar o consumidor.

"Máquinas de costura em revista". Esta foi a manchete da primeira edição da revista test, lançada em 1966. Entre a decisão do governo de Konrad Adenauer (o primeiro da Alemanha pós-guerra) de criar a Stiftung Warentest (Fundação Teste de Produtos), no dia 16 de setembro de 1964, e a estréia da publicação passaram-se 15 meses. Oficialmente, a fundação é um "instituto para análises comparativas de mercadorias e serviços".
A instituição iniciou suas atividades sem saber se, de fato, tinha chances de consolidar-se na economia de mercado. Era o tempo do milagre econômico e multiplicavam-se os lançamentos de novos produtos no mercado alemão, lembra Wolfgang Springborn, da Stiftung Warentest:
"Nos anos 60, muitas famílias, pela primeira vez, puderam comprar uma lavadora. Como tais eletrodomésticos ainda eram muito caros, o consumidor precisava de orientação para não investir suas economias no produto errado".
O instituto de controle independente permitia ao consumidor assumir um papel importante na economia de mercado: o de banir das prateleiras produtos caros e de má qualidade. A idéia veio dos Estados Unidos, onde, já no final dos anos 20, haviam sido criadas associações de consumidores que publicavam testes comparativos de produtos. O Consumers Research Magazine e o Consumer Reports foram precursores de um processo introduzido na Europa depois da Segunda Guerra Mundial.
Não há produto não testado
Até agora, já se testou de tudo na Alemanha, desde descascadores de maçãs a charutos, passando inclusive pela prestação de serviços. Por isso, não surpreende que 96% dos alemães conheçam a Fundação Warentest, confiando mais nela do que na polícia e na Cruz Vermelha.
Segundo Wolfgang Springborn, a instituição faz suas compras nas lojas como um consumidor comum. "Isso tem desvantagens, porque poderíamos publicar nossas informações antes, se testássemos protótipos. Mas nunca se sabe até que ponto um produto de série coincidirá com seu protótipo", explica.
Hoje, suas avaliações servem de publicidade adicional aos produtos. "Os testes também provocaram melhorias de qualidade e segurança em muitas mercadorias", afirma Springborn.
Desde 1966, a instituição já realizou testes em dezenas de milhares de produtos. A indicação dos fatores de proteção solar na embalagem dos bronzeadores e a proibição de sprays à base de CFC, por exemplo, são considerados êxitos diretos da Warentest.
O interesse dos consumidores mudou com o passar dos anos. Em vez de máquinas de costura, hoje fundos de investimento e celulares estão entre os produtos testados.
Segundo Springborn, aumentou muito a demanda por informações sobre alimentação, eletrônica de entretenimento, tecnologia da comunicação e serviços financeiros. Para atender a este último setor, a Warentest publica uma revista especializada em mercado financeiro, chamada Finanztest.

Jens Teschke (gh) © 2007 Deutsche Welle

Saturday, September 15, 2007

1916: Primeiro tanque de guerra em ação

Tanque de guerra durante a Primeira Guerra Mundial



Em 15 de setembro de 1916, pela primeira vez na história militar, um tanque de guerra foi usado em uma frente de batalha, no norte da França.
Em setembro de 1916, as tropas alemãs combatiam em Flers, na França, numa das batalhas mais sangrentas da Primeira Guerra Mundial, que deixou o saldo de mais de um milhão de soldados mortos. Durante a chamada Batalha do Somme, alemães e aliados enfrentaram-se durante semanas numa frente de combate com mais de 40 quilômetros de extensão.
Na luta por alguns metros de terreno, foram cavadas longas trincheiras e cercas de arame farpado protegiam os soldados de ataques repentinos do inimigo. Troca de tiros e ataques diretos alternavam-se, sem que qualquer das partes conseguisse ficar em vantagem.
Na manhã do dia 15 de setembro de 1916, os alemães aguardavam os costumeiros ataques das tropas inglesas de infantaria. Para surpresa geral, no lugar de combatentes, surgiram à distância o que alguns soldados acreditavam tratar-se de tratores.

"Movidos por forças sobrenaturais"
Um correspondente de guerra relatou o fato da seguinte forma: "Sobre as crateras vinham dois gigantes. Os monstros aproximavam-se hesitantes e vacilantes, mas chegavam cada vez mais perto. Para eles, que pareciam movidos por forças sobrenaturais, não havia obstáculos. Os disparos das nossas metralhadoras e das nossas armas de mão ricocheteavam neles. Assim, eles conseguiram liquidar, sem esforço, os granadeiros das trincheiras avançadas".
O que os estupefatos alemães presenciaram então era a ação dos primeiros tanques de guerra da história da humanidade – a nova arma que ingleses e franceses tinham construído em sigilo absoluto. Essa arma recebeu dos militares aliados o nome-código de "tanque", para que os inimigos pensassem em reservatórios de água ou de combustível, se extravasasse alguma informação sobre o projeto secreto.
Os novos tanques de guerra desencadearam a situação mais fatídica ocorrida até então numa frente de combate. Os "monstros" venciam obstáculos, em função dos quais milhares de soldados tinham morrido antes. Armas, trincheiras ou cercas de arame farpado: nada conseguia deter os poderosos veículos.
Um tanque inglês avariado foi descrito da seguinte forma pelos militares alemães que conseguiram tomá-lo: "Nos lados, ele tem chapa de blindagem de dois centímetros e meio de espessura e uma torre giratória de canhão, do formato de um ninho de andorinha. É dirigido através de uma peça traseira de articulação que pode ser movida para cima e para baixo. O veículo é tão pesado, que um vagão de trem sucumbiu sob o seu peso. Eles transportam muita munição, alimentos e uma gaiola com pombos-correio".
Os primeiros tanques eram consideravelmente lentos, perfazendo apenas seis quilômetros por hora, além de ser bastantes difíceis de manobrar. Dos 49 tanques de guerra da primeira geração, que foram usados em Flers, poucos retornaram aos seus postos de origem.

Elogios à coragem alemã
Grande parte deles foi abandonada no caminho em função de panes no motor ou na esteira de rodagem ou acabou atolada em algum buraco ou lamaçal profundo. Nove tanques foram destruídos pelos alemães. Depois de vencer o susto inicial, os soldados alemães passaram a atacar os tanques com granadas de mão e armas de fogo.
Segundo um correspondente de guerra inglês, "a coragem dos alemães era fora do comum. Ignorando o fogo das metralhadoras dos veículos, eles tentavam, com uma fúria desesperada, assaltar os tanques e matar a sua tripulação. Eles se alçavam reciprocamente ao teto do tanque, procuravam escotilha ou fendas e atiravam com revólveres nas frestas".
O número consideravelmente alto de baixas dos tanques de guerra levou o Exército alemão a acreditar que a artilharia seria sempre superior à nova invenção, o que foi considerado um erro estratégico alguns anos mais tarde.
Enquanto franceses e ingleses trabalharam na melhoria da qualidade dos seus tanques, chegando a ter no último ano da guerra alguns milhares deles, os alemães só tinham produzido 45 unidades até então. Um desequilíbrio que se tornou cada vez mais visível e acelerou a derrota alemã na guerra.

Rachel Gessat © 2007 Deutsche Welle

Friday, September 14, 2007

1515: Suíça declara neutralidade

No dia 14 de setembro de 1515, a confederação de regiões soberanas dos Alpes Ocidentais decidiu, através de uma declaração, abdicar de todos os conflitos armados ou guerras. Declaração foi a pedra fundamental da Suíça.
No final do século 13, algumas localidades dos Alpes Ocidentais uniram-se contra o domínio dos Habsburgo, formando uma confederação de regiões soberanas dentro do Sacro Império Romano de Nação Germânica. Os objetivos bélicos dessa confederação visavam não apenas defender os territórios em questão, mas também conquistar novos.
Ao perder uma importante batalha, as regiões soberanas unidas optaram no dia 14 de setembro de 1515 por uma estratégia sui generis: em vez de uma declaração de guerra, foi ordenado um cessar-fogo imediato, pondo fim à política expansionista. Com isso, a Suíça tornou-se "neutra".
Segundo Christoph Mörgeli, membro do Conselho Nacional (uma das duas Câmaras do Parlamento suíço), "o Sacro Império Romano de Nação Germânica não estava convencido de que tal atitude pudesse ser aceita. Na verdade, a neutralidade das regiões confederadas foi se estabelecendo pouco a pouco, o que passou com o tempo a servir aos interesses das potências européias da época. Os suíços eram especialmente admirados por suas habilidades militares e combatiam com freqüência na Europa em troca de soldos".
E foi exatamente através desses soldados experientes que a confederação das regiões soberanas conseguiu sustentar a sua tradição militar. Até mesmo o papa, em Roma, contratava guardas suíços para a sua proteção: uma tradição mantida até os dias de hoje.


Abismo entre católicos e reformadores
A religião foi a prova de fogo para a neutralidade da Suíça. Ulrich Zwingli (vigário da catedral de Zurique) e João Calvino introduziram a Reforma protestante no país. Criou-se, com isso, um abismo entre os reformadores e os católicos, fiéis ao papa.
"A Suíça ficou completamente dividida, chegando várias vezes à beira da ruptura. A neutralidade fez com que outros países europeus não se intrometessem nos conflitos internos. Além disso, as regiões em questão não puderam pedir ajuda a potências estrangeiras", analisa Mörgeli.
Durante a Guerra dos Trinta Anos (1618–1648), a Suíça conseguiu realmente manter a sua neutralidade e saiu intacta da catástrofe que envolveu o continente europeu. Mais tarde, no entanto, com as conquistas de Napoleão Bonaparte, uma parte do território suíço passou a ser dominado pela França e outra parte pela Itália, que também estava sob o jugo do imperador francês.
Os dez anos sob domínio francês foram os únicos a interromper a longa história de neutralidade da Suíça. "Os habitantes do país eram suficientemente realistas para saber que a neutralidade não significava proteção. Tratava-se sempre de uma neutralidade armada. O serviço militar obrigatório exigia esforços extraoridinários. Essa foi, com certeza, uma das razões pelas quais a Suíça não foi envolvida nas duas guerras mundiais. O preço pelo ingresso do país em tais conflitos teria sido muito alto, mesmo do ponto de vista das grandes potências européias da época", explica Mörgeli.
Neutralidade e liberdade de expressão
Na era da globalização e de uma união cada vez maior das nações européias, a neutralidade da Suíça está se tornando um problema. Na opinião de Mörgeli, "políticos, diplomatas e administradores têm cada vez mais dificuldades com a neutralidade do país. Por outro lado, essa neutralidade está muito ancorada no povo suíço, porque ela tem também um aspecto ligado à liberdade de expressão. O Estado suíço não representa as opiniões dos cidadãos, porque estes podem dizer simplesmente que não foram consultados diretamente".
É provável que o povo suíço defenda ainda, por muito tempo, a situação que seu país mantém há mais de 500 anos: a de um Estado independente, soberano e neutro.

Catrin Möderler (sv) © 2007 Deutsche Welle

Thursday, September 13, 2007

1950: Primeiro censo do pós-guerra na Alemanha Federal

No dia 13 de setembro de 1950, foi realizado na Alemanha Federal o primeiro censo demográfico e profissional no pós-guerra, sob recomendação das Nações Unidas.

O então presidente federal alemão Theodor Heuss, num pronunciamento radiofônico em 6 de setembro de 1950, havia anunciado: "Dia 13 de setembro, será realizado um amplo censo demográfico e profissional no território da República Federal da Alemanha. Ele foi fixado através de lei federal. Isso significa que o Estado exige que as perguntas sejam respondidas conscientemente. No caso de recusa, ele pode impor a medida, através de punição."
As palavras do presidente alemão Theodor Heuss denotavam a seriedade da questão. O pronunciamento radiofônico do chefe de Estado visava acalmar os cidadãos. Após o recenseamento dos prédios e moradias em setembro de 1945, um censo demográfico e profissional apenas três meses depois e os levantamentos feitos pelas comissões de "desnazificação", os cidadãos da jovem República Federal da Alemanha estavam fartos de responder a questionários. No entanto, o censo de 13 de setembro de 1950 era imprescindível.
Theodor Heuss: "Para o conhecimento e o reconhecimento de grandes fatos é necessário um balanço feito numa determinada data. Mesmo que ele, já no dia seguinte, esteja superado em milhares de pormenores, pois a vida é uma transformação constante, o levantamento permanece sendo um ponto de partida para concepções realistas."

Questionário de várias páginas
O censo de 1950 foi realizado por recomendação das Nações Unidas. Um acontecimento extraordinário, promovido no âmbito do "Censo Mundial de 1950", a primeira contagem demográfica em todo o mundo numa mesma data. Participaram dela todos os então 67 países filiados à ONU. Três quartos de toda a população mundial – 1,75 bilhão de pessoas – foram registrados. A Alemanha Federal contava 47.695.672 habitantes. Antes que se chegasse a esse resultado, foi preciso o preenchimento do questionário de várias páginas, com as dimensões de uma folha de jornal, em todos os domicílios do país.
Na Alemanha destruída pela guerra, os dados sobre os prédios existentes e a ocupação das moradias foram especialmente interessantes. Desta forma, pôde-se complementar rápida e objetivamente o que faltava. Pois, passados cinco anos do fim da guerra, milhares de pessoas ainda moravam em barracas, moradias improvisadas ou ruínas.
Além disso, mais da metade das moradias intactas tinha excesso de moradores, em virtude do alojamento compulsório de pessoas sem teto. Isso significava que duas pessoas ou mais viviam em cada cômodo. Apesar disso, as perguntas, por exemplo, sobre a identidade de pessoas presentes temporariamente na casa e o motivo da sua presença, suscitaram desconfiança.

Nova Lei do Censo Demográfico
Foi necessária uma nova lei federal para a execução do recenseamento. A Lei do Censo Demográfico, de 27 de julho de 1950, foi um dos primeiros projetos de lei apresentados no Parlamento Federal alemão, que existia há apenas dois anos.
As perguntas estavam distribuídas nas listas de inventário domiciliar, de imóvel, de moradia e, em determinados casos, na lista institucional. Cada formulário tinha quatro páginas, cada uma com duas vezes a dimensão de uma folha de papel ofício. Apesar do enorme volume de dados, os resultados do censo já estavam disponíveis duas semanas depois: um verdadeiro recorde.
Na data do censo, existiam – por exemplo – 70 alemães com mais de cem anos de idade. Ou, ainda, 24 pessoas casadas com idade inferior a 15 anos. Hoje em dia, as leis de proteção à privacidade impedem que um censo volte a fornecer dados tão pormenorizados dos alemães, como este do ano de 1950.

Catrin Möderler (am) © 2007 Deutsche Welle

Wednesday, September 12, 2007

Le 12 septembre2006
Discours sur l'islam de Benoît XVI à Ratisbonne
Au cours de son deuxième voyage en Allemagne depuis le début de son pontificat, le pape Benoît XVI participe le 12 septembre 2006 à une conférence sur "la foi et la raison" à l'université de Ratisbonne, en Bavière. Il cite notamment l'extrait d'un texte médiéval qui établit un lien implicite entre l'islam et la violence, ce qui suscite une vague d'indignation et des actes de violence antichrétiens dans les pays musulmans. Le 17 septembre, Benoît XVI exprimera ses regrets d'avoir été mal compris et les réiterera devant les ambassadeurs des pays musulmans le 25 septembre.

1992
Arrestation d'Abimael Guzman, chef du Sentier lumineux au Pérou
Scission maoïste du Parti communiste péruvien, le Sentier lumineux est créé par Abimael Guzman en référence au "sentier lumineux du futur" que représentait le marxisme-léninisme pour le fondateur du Parti socialiste péruvien José Carlos Mariategui. L'organisation débute sa lutte armée le 18 mai 1980, jour d'élections générales qui doivent permettre le retour des civils au pouvoir après douze ans de régime militaire. Le Sentier lumineux mène une "guerre populaire contre l'Etat" et fait régner la terreur dans l'ensemble du Pérou. Arrêté le 12 septembre 1992, Abimael Guzman est jugé une première fois par un tribunal militaire en 1993. Il est définitivement condamné le 13 octobre 2006 à la prison à vie lors d'un procès civil qui jugeait également onze autres dirigeants de la guérilla. Selon la Commission vérité et réconciliation mise en place en 2000, le conflit qui a opposé la guérilla aux forces péruviennes aurait fait en vingt ans 69.000 morts et disparus, dont plus de la moitié est attribuée au Sentier lumineux.

1977
Mort de Steve Biko, leader anti-apartheid
Né en décembre 1946, Stephen Bantu Biko est un des leaders du mouvement anti-apartheid Conscience noire. Assigné à résidence depuis fin 1973, arrêté à de nombreuses reprises, il est sous le coup d'une mesure de "bannissement" (interdit de parole et de regroupement publics) lorsqu'il est arrêté une nouvelle fois le 18 août 1977 à Grahamstown, dans la province du Cap. Incarcéré à la prison de Port Elizabeth, il est interrogé et torturé à partir du 6 septembre. Le 12, il meurt lors de son transfert à Pretoria, des suites d'un traumatisme crânien. Le 25 septembre, vingt mille personnes assistent à son enterrement. Sa mort provoque émotion et colère en Afrique du Sud et à l'étranger, marquant le début de l'isolement du régime sud-africain. La vie de Steve Biko inspirera plus tard une chanson à Peter Gabriel et le film "Cry freedom", de Richard Attenborough, en 1987. De 1997 à 1999, la Commission Vérité et Réconciliation fera la lumière sur les circonstances de sa mort en interrogeant les policiers responsables.

©Documentation écrite RFI


1949: Toma posse o primeiro presidente alemão
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Theodor Heuss

Theodor Heuss, nascido em 1884 na região de Württemberg, estudou Economia e História da Arte em Munique e Berlim, e fez doutorado em Ciências Políticas. Ele foi redator-chefe do jornal Neckarzeitung, de Heilbronn, e professor de Política na Escola Superior Alemã, em Berlim, cargo do qual foi afastado pelos nazistas.

Por sete anos, durante a República de Weimar, foi o representante do Partido Democrático Alemão no Reichstag (parlamento). Após 1945, voltou a exercer o jornalismo, sendo também secretário de Cultura em Baden e Württemberg, deputado estadual, presidente do Partido Liberal-Democrático e membro do Conselho Parlamentar.

Apesar de todas as limitações impostas ao cargo pelo Conselho Parlamentar, Theodor Heuss conseguiu desempenhar um papel importante na reorganização política da Alemanha pós-guerra e na consolidação da nova democracia.

O instrumento à disposição do chefe de Estado alemão é a palavra: em discussões, debates e pronunciamentos. Heuss demonstrou maestria no uso deste instrumento no dia 17 de junho de 1953, quando aconteceu a revolta dos alemães-orientais contra o sistema que os reprimia.

Críticas ao regime da então Alemanha Oriental

O então presidente alemão-ocidental deixou claro, numa mensagem direta, a necessidade de conceder autonomia aos alemães-orientais, na Alemanha de regime comunista.

"Devolvam a estes alemães o direito natural da autonomia política, da liberdade, para que estas tensões sejam eliminadas, para que o medo e o temor, a desconfiança e o ódio deixem nossa pátria!", apelou Theodor Heuss.

O primeiro presidente alemão conseguiu, também, distanciar-se das sombras do passado sem negar a responsabilidade atual e futura da Alemanha. Como no seu importante pronunciamento na inauguração de um monumento no local do ex-campo de concentração de Bergen-Belsen, em dezembro de 1952, quando destacou a necessidade de uma "vergonha coletiva" em vez da "culpa coletiva".

Reeleito em 1954, como único candidato, ficou mais cinco anos na presidência, sendo cada vez mais respeitado não só na Alemanha. Indicado para reeleger-se pela segunda vez, negou, pois não queria abrir precedentes.

Em 1959, retornou à vida privada, passando a morar em Stuttgart. Neste ano, foi agraciado com o Prêmio da Paz do Comércio Livreiro Alemão. Theodor Heuss faleceu a 12 de dezembro de 1963, em Stuttgart. (rw)| © 2007 Deutsche Welle

Tuesday, September 11, 2007


1867: Publicado "O Capital", de Karl Marx

Primeiro volume de 'O Capital', obra que ainda é motivo de grandes discussões



A obra principal de Karl Marx chegou às livrarias no dia 11 de setembro de 1867. Desde então, a filosofia marxista tornou-se base de constantes polêmicas. Em seu nome foram promovidas inúmeras revoluções e estabelecidos diversos tipos de organização estatal comunista.


Com mais de 2.500 páginas, O Capital sempre foi uma leitura literalmente pesada para os interessados. Mas também o autor pelejou com a sua obra durante 15 anos. E só terminou o primeiro volume. Os dois outros livros foram concluídos após a sua morte, pelo seu amigo Friedrich Engels, com base em fragmentos, bilhetes e anotações, deixados em grande quantidade por Marx.
O filósofo, que nasceu em Trier no ano de 1818 e faleceu em Londres em 1883, é tido ainda hoje como um analista perspicaz e um pensador brilhante, mesmo que as suas teorias não tenham correspondido inteiramente à realidade.
Na sua obra principal, O Capital, Marx construiu um gigantesco complexo filosófico com os seus conhecimentos de Ciências Econômicas, História e Sociologia, misturados com uma porção de polêmica e de propaganda. Suas conclusões foram apoiadas por numerosas notas de pé de página e citações de referência – um enorme esforço tanto para o autor, como para os seus leitores.

Libertação dos trabalhadores
A idéia central de Marx era a convicção da derrocada da sociedade capitalista, à qual se seguiria a vitória do comunismo, libertando a classe trabalhadora da exploração por parte do empresariado.
No primeiro livro de O Capital, Marx ocupa-se amplamente com a circulação do dinheiro, com as mercadorias, com os valores de troca e de usufruto e com a mais-valia, com taxas de lucro e forças de produtividade. Ele fala do "engolir de todos os povos pela rede do mercado mundial" e da necessidade de eliminar as relações que escravizam as pessoas.
O ideólogo e advogado da classe operária nunca viu uma fábrica por dentro. Para a sua obra de três volumes, ele pesquisou exclusivamente na biblioteca do Museu Britânico, em Londres: lá, – segundo suas próprias palavras – "juntou-se enorme quantidade de material" sobre o tema.
Marx tornou-se famoso com a publicação de O Capital – talvez não tivesse sido necessário ele mesmo escrever críticas negativas e positivas, sob diversos pseudônimos, para aumentar as vendas do livro.
Mas só muito depois da sua morte é que o autor obteve reconhecimento. Quando foi criado o Estado alemão-oriental, a extinta RDA, Marx foi elevado à categoria de herói do socialismo científico, ao lado de Engels e de Lenin. Sua doutrina foi considerada dogma irrefutável.

Leitura obrigatória na ex-Alemanha Oriental
Durante muitos anos, o partido único alemão oriental, SED, manteve quase o monopólio de interpretação e de publicação das obras de Marx. No final da década de 60 e início da década de 70, os famosos livros de capa azul, publicados pelo Instituto de Marxismo-Leninismo do Comitê Central do SED, eram tidos como leitura obrigatória e não podiam faltar na estante de nenhum estudante de esquerda na República Federal da Alemanha. Numerosos estudantes inscreviam-se então nos chamados "cursos do Capital", nas universidades, a fim de obter embasamento ideológico.
Hoje, Marx é um clássico e tornou-se assim objeto de estudo da pesquisa histórica. Richard Löwenthal, professor de Ciências Políticas: "A atuação histórica de Marx baseia-se numa ligação ímpar entre constatações científicas revolucionárias e uma entusiasmada visão utópica, que inspirou os pioneiros do movimento operário a uma espécie de religião deste mundo. E uma doutrina que cumpre funções religiosas sempre corre o risco de cristalizar-se em dogma nas cabeças dos fiéis e dos pregadores."
De qualquer maneira, a bíblia do proletariado nunca se tornou realmente popular. Para muitos, ela era uma leitura difícil. Para outros, ela foi superada pelos acontecimentos reais – mesmo que Marx tenha formulado premissas revolucionárias para a sua época.
A história, contudo, superou as suas teorias. O professor Löwenthal acredita que "o desenvolvimento transcorreu, sob muitos aspectos, de forma diferente ao que Marx esperava. Como outras pessoas modernas, não avaliamos a realidade de hoje com as teorias de Marx e sim, o valor atual destas teorias em relação ao desenvolvimento real. E acreditamos que, exatamente assim, é que podemos ser fiéis ao espírito crítico do cientista Karl Marx."
Até mesmo aqueles para quem O Capital foi escrito, só o conheciam de ouvir dizer. August Bebel, por exemplo, o criador do movimento operário alemão, admitiu: "Eu não li O Capital até o fim."

Cornelia Rabitz (am) © 2007 Deutsche Welle