1932 - Proclamation du royaume d'Arabie Saoudite
La majeure partie de l'Arabie est soumise à l'Empire ottoman depuis le XVIe siècle. La dynastie arabe des Saoud, ancienne chefferie tribale qui a institué un Etat indépendant dans la péninsule à deux reprises, est en exil au Koweit depuis 1892. Elle va tirer profit du mouvement arabe qui entreprend de libérer la région des Turcs dont le pouvoir vacille. Abd al-Aziz Ibn Saoud reprend ainsi Riyad en 1902 et consolide son implantation dans le Nejd, fief historique de sa dynastie, dans le centre de la péninsule. Après le démantèlement de l'Empire ottoman, vaincu lors de la Première Guerre mondiale, Ibn Saoud continue sa reconquête aux dépens d'autres coalitions tribales, contrôlant le Hedjaz (côte ouest) et les lieux saints en 1926. Le 23 septembre 1932 est proclamé le "Royaume d'Arabie saoudite" auquel le traité de Taëf ajoutera en 1934 les provinces yéménites de l'Assir, Najran et Jizan.
©Documentation écrite RFI
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1955: Doutrina de Hallstein
Konrad Adenauer, primeiro chanceler federal da República Federal da Alemanha
Konrad Adenauer, primeiro chanceler federal da República Federal da Alemanha
As bases para a política exterior alemã ocidental foram fixadas em 23 de setembro de 1955, na Doutrina de Hallstein. Um de seus princípios previa que a Alemanha Ocidental não manteria relações com países que reconhecessem a Alemanha Oriental.
Em setembro de 1955, o chanceler federal Konrad Adenauer viajou a Moscou para obter a libertação dos últimos 10 mil prisioneiros de guerra e mais de 20 mil civis alemães. Em contrapartida, a União Soviética queria atar relações diplomáticas com a República Federal da Alemanha (RFA).
Somente no quarto dia das complicadas negociações, chegou-se a um consenso. A visita a Moscou entraria para a história como o principal acontecimento político internacional de 1955 e uma das ações mais populares do primeiro chefe de governo da Alemanha Ocidental.
Somente no quarto dia das complicadas negociações, chegou-se a um consenso. A visita a Moscou entraria para a história como o principal acontecimento político internacional de 1955 e uma das ações mais populares do primeiro chefe de governo da Alemanha Ocidental.
Dois embaixadores
Esse êxito, porém, foi problemático, pois era difícil explicar a existência de dois embaixadores alemães exatamente em Moscou. Desde a sua fundação, a RFA reivindicara o direito de ser a única representante legal dos interesses alemães, mas ela não poderia evitar que a Alemanha Oriental (República Democrática Alemã – RDA) fosse reconhecida diplomaticamente por outros países.
A solução foi encontrada pelo diretor do departamento político do Ministério do Exterior alemão ocidental, Wilhelm Grewe. Ele baseou-se nas diretrizes sugeridas pela Doutrina Hallstein (o nome do chefe de Grewe no Ministério das Relações Exteriores era Walter Hallstein), aprovada pelo Parlamento alemão, no dia 23 de setembro de 1955.
Esse êxito, porém, foi problemático, pois era difícil explicar a existência de dois embaixadores alemães exatamente em Moscou. Desde a sua fundação, a RFA reivindicara o direito de ser a única representante legal dos interesses alemães, mas ela não poderia evitar que a Alemanha Oriental (República Democrática Alemã – RDA) fosse reconhecida diplomaticamente por outros países.
A solução foi encontrada pelo diretor do departamento político do Ministério do Exterior alemão ocidental, Wilhelm Grewe. Ele baseou-se nas diretrizes sugeridas pela Doutrina Hallstein (o nome do chefe de Grewe no Ministério das Relações Exteriores era Walter Hallstein), aprovada pelo Parlamento alemão, no dia 23 de setembro de 1955.
Antipatia
Um dia antes, o premiê garantira pessoalmente aos parlamentares que a nova política não alteraria seu ponto de vista a respeito da República Democrática Alemã (RDA) nas relações com outros países. "Também no futuro, o governo alemão ocidental verá com antipatia o estabelecimento de relações diplomáticas de países amigos com a Alemanha Oriental", disse.
As relações diplomáticas da Alemanha Ocidental com a União Soviética – e não com os demais países comunistas – foi justificada pelo fato de a URSS ter sido uma das forças de ocupação e sem a qual a ambicionada reunificação da Alemanha seria impossível.
Uma nota oficial divulgada no dia 24 de setembro dizia que "críticas da Alemanha Oriental não comprometeriam o povo alemão, visto que na zona de ocupação soviética não há representação popular livremente eleita, autorizada a falar em nome do povo alemão".
Um dia antes, o premiê garantira pessoalmente aos parlamentares que a nova política não alteraria seu ponto de vista a respeito da República Democrática Alemã (RDA) nas relações com outros países. "Também no futuro, o governo alemão ocidental verá com antipatia o estabelecimento de relações diplomáticas de países amigos com a Alemanha Oriental", disse.
As relações diplomáticas da Alemanha Ocidental com a União Soviética – e não com os demais países comunistas – foi justificada pelo fato de a URSS ter sido uma das forças de ocupação e sem a qual a ambicionada reunificação da Alemanha seria impossível.
Uma nota oficial divulgada no dia 24 de setembro dizia que "críticas da Alemanha Oriental não comprometeriam o povo alemão, visto que na zona de ocupação soviética não há representação popular livremente eleita, autorizada a falar em nome do povo alemão".
Respeito
Inicialmente, a Doutrina Hallstein foi um sucesso, do ponto de vista ocidental. A RDA ficou isolada internacionalmente, não sendo oficialmente reconhecida por nenhum país, à exceção dos comunistas. As jovens nações do Terceiro Mundo não pretendiam prejudicar suas relações com a rica Alemanha Ocidental e aproveitavam o jogo de interesses da Guerra Fria. Duas vezes, essa política foi adotada rigorosamente: em 1957 e 1963, quando a Alemanha Ocidental rompeu relações com a Iugoslávia e Cuba.
Na década de 60, a Doutrina Hallstein começou a falhar e virou uma espécie de algema da política externa. Bonn concentrava esforços em conter ligações internacionais com a RDA. Em 1965, porém, o dique rompeu: o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser convidou o chefe de Estado alemão oriental, Walter Ulbricht, para uma visita oficial e, em 1969, cinco nações árabes reconheceram a Alemanha Oriental.
Os antigos princípios foram abandonados quando os Aliados sugeriram o reconhecimento de fato da RDA, que já furava a Doutrina Hallstein, por exemplo, com a abertura de consulados no Terceiro Mundo.
Ramón García-Ziemsen (gh) © 2007 Deutsche Welle
Inicialmente, a Doutrina Hallstein foi um sucesso, do ponto de vista ocidental. A RDA ficou isolada internacionalmente, não sendo oficialmente reconhecida por nenhum país, à exceção dos comunistas. As jovens nações do Terceiro Mundo não pretendiam prejudicar suas relações com a rica Alemanha Ocidental e aproveitavam o jogo de interesses da Guerra Fria. Duas vezes, essa política foi adotada rigorosamente: em 1957 e 1963, quando a Alemanha Ocidental rompeu relações com a Iugoslávia e Cuba.
Na década de 60, a Doutrina Hallstein começou a falhar e virou uma espécie de algema da política externa. Bonn concentrava esforços em conter ligações internacionais com a RDA. Em 1965, porém, o dique rompeu: o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser convidou o chefe de Estado alemão oriental, Walter Ulbricht, para uma visita oficial e, em 1969, cinco nações árabes reconheceram a Alemanha Oriental.
Os antigos princípios foram abandonados quando os Aliados sugeriram o reconhecimento de fato da RDA, que já furava a Doutrina Hallstein, por exemplo, com a abertura de consulados no Terceiro Mundo.
Ramón García-Ziemsen (gh) © 2007 Deutsche Welle
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