Le 9 décembre
1992 - Opération "Restore Hope" en Somalie
Le 9 décembre 1992, les premiers soldats de l'opération "Restore Hope" ("Rendre l'espoir") débarquent en Somalie. Autorisée par la résolution 794 du Conseil de sécurité des Nations unies, l'opération, sous commandement américain, va mobiliser jusqu'à 38.000 soldats d'une vingtaine de pays. Elle doit permettre l'acheminement de l'aide humanitaire aux populations civiles réduites à la famine et tenter de rétablir la paix dans le pays, en proie à la guerre civile depuis la chute du président Syad Barré en janvier 1991. En mai 1993, l'opération des Nations unies en Somalie (ONUSOM) prend le relais. La force multinationale, d'abord chargée du désarmement des factions, prend part au conflit contre le chef de guerre Mohamed Farah Aïdid. Les attaques meurtrières contre des Casques bleus et des soldats américains pousseront les Etats-Unis puis l'ONU au désengagement. Le 2 mars 1995 commence l'opération ("Bouclier unifié") de retrait des derniers soldats de l'ONU, qui quitte la Somalie sur un échec.
1987 - Début de l'Intifada dans les territoires palestiniens
La mort à Gaza d'ouvriers palestiniens dans une collision avec un véhicule de l'armée israélienne, dénoncé par les Palestiniens comme un acte de représailles prémédité, va embraser la bande de Gaza et la Cisjordanie, territoires occupés par Israël depuis 1967. A partir du 9 décembre 1987, les Palestiniens manifestent presque quotidiennement dans la rue, multipliant les actes d'insurrection contre Israël. Les jeunes bloquent les routes avec des barricades et jettent des pierres sur l'armée israélienne qui riposte à balles réelles. Appelée "Intifada" ("soulèvement" en arabe), la "guerre des pierres" durera plusieurs années et fera plus de deux mille morts.
©Documentation écrite RFI
No dia 9 de dezembro de 1905, estreava em Dresden, na Alemanha, a ópera "Salomé", de Richard Strauss. Baseada em um drama de Oscar Wilde, a peça desencadeou protestos, em função do erotismo que permeava o espetáculo. Vários teatros alemães da época fecharam suas portas para a peça.
Apesar do frio de inverno que fazia nas ruas de Dresden, em dezembro de 1905, o público que compareceu à Ópera da cidade deve ter sentido até calor, com tudo o que viu e ouviu, tão logo as cortinas se abriram para a encenação da nova peça de Richard Strauss.
O cenário mostrava um palácio real oriental dos tempos de Jesus Cristo. João Batista, um dos personagens, era prisioneiro do rei Herodes em um lúgubre cárcere subterrâneo. Salomé, a filha adotiva de Herodes, apaixona-se por João, jogando-se intempestivamente em seus braços, sendo por ele bruscamente repelida.
O cenário mostrava um palácio real oriental dos tempos de Jesus Cristo. João Batista, um dos personagens, era prisioneiro do rei Herodes em um lúgubre cárcere subterrâneo. Salomé, a filha adotiva de Herodes, apaixona-se por João, jogando-se intempestivamente em seus braços, sendo por ele bruscamente repelida.
A dança dos sete véus
No meio da peça de um ato e apenas 90 minutos, o público assiste à cena decisiva: Herodes força sua filha adotiva – pela qual ele sente uma enorme atração – a dançar para ele, prometendo, em troca, satisfazer todas as suas vontades. Salomé dança então a "dança dos sete véus" e, ao deixar cair o último dos véus, provoca em Herodes um entusiasmo sem precedentes. O poderoso rei pergunta então a ela qual das suas vontades deve ser satisfeita: "O que você quer, Salomé?" – "Quero a cabeça de João Batista", responde ela.
Até Herodes sentiu-se chocado com o desejo de Salomé. Ele temia mandar matar um homem santo e insistiu para que a filha adotiva mencionasse outro desejo. Salomé, no entanto, não desistiu: "Eu exijo a cabeça de João Batista".
"Diálogo" com a cabeça decepada
No final, o rei acabou cedendo e o público de Dresden presenciou uma das cenas mais horrendas já representadas em uma ópera até então: Salomé travando com a cabeça decepada de seu amado um longo, louco e desesperado "diálogo". Ela debocha de João Batista morto. Ao mesmo tempo, implora por seu olhar, sua atenção e termina beijando os lábios ensangüentados daquele que veio preparar a vinda de Cristo. Repugnado, Herodes ordena que matassem também Salomé.
Entusiasmado, o público aplaudiu freneticamente o espetáculo, fazendo com que os cantores e atores voltassem 36 vezes ao palco. Escândalo, decadência e perversão eram exatamente os temas cultuados no fin de siècle, capaz de agradar uma platéia que dá valor a encenações de vanguarda.
Freud explica
Freud acabara de publicar em Viena suas teorias sobre a sexualidade como impulso propulsor do comportamento humano. Ao mesmo tempo, escritores como Arthur Schnitzler e Oscar Wilde – cuja peça "Salomé" inspirou Strauss ao compor sua ópera – tornaram-se famosos ou mal-afamados em parte devido à conotação livre ou até libertina de seus textos.
Os críticos conservadores ficaram horrorizados com o espetáculo e até mesmo alguns artistas da Ópera de Dresden rechaçaram inicialmente a Salomé de Strauss. A soprano Marie Wittich recusou o papel, alegando ser uma "mulher honrada". Não apenas a abordagem franca da sexualidade chocava o público da época. Em termos musicais Strauss havia se afastado bastante do convencional.
Mahler aprova
Para ressaltar as emoções e os acontecimentos, o compositor desrespeitou as regras da harmonia, fazendo com que a ópera fosse cantada em diversas tonalidades ao mesmo tempo. Isso entusiasmou Gustav Mahler, que na época trabalhava na Ópera da Corte, de Viena: "Uma obra forte e genial, que definitivamente está entre as mais significativas que a nossa época criou".
Mahler tentou conseguir os direitos para que Salomé estreasse em Viena, mas teve que desistir, diante do veto da censura. O Imperador Guilherme 2º só a liberou na Prússia depois de assegurar-se de que, no final sombrio da peça, despontaria no horizonte do cenário a estrela de Belém, como sinal de que a babel dos pecados não ficaria com a última palavra.
Rachel Gessat (sv) © 2007 Deutsche Welle
Le 8 décembre
No dia 8 de dezembro de 1980, o músico inglês John Lennon foi alvejado a tiros diante do prédio onde morava em Nova York. Levado ao hospital às pressas, o astro dos Beatles morreu ainda na ambulância.
Mark David Chapman já estava esperando algumas horas diante do prédio onde moravam John Lennon e Yoko Ono, diretamente no Central Park em Nova York. Pouco antes das 23 horas daquele 8 de dezembro, Chapman disparou cinco vezes sua pistola contra Lennon, então com 40 anos, quando este desembarcou do carro e caminhava em direção ao prédio. Era o fim de um ídolo que determinou a vida e o modo de pensar de gerações.
A admiração em todo o mundo pelo compositor e cantor, entretanto, nunca cessou. Pelo contrário, foi mitificado e sua vida explorada comercialmente de todas as formas possíveis. Em 1962, havia surgido o single Love me do dos Beatles e três anos mais tarde os quatro "rebeldes" já eram o maior fenômeno do século, como escreveu o autor pop britânico Nic Cohn.
A admiração em todo o mundo pelo compositor e cantor, entretanto, nunca cessou. Pelo contrário, foi mitificado e sua vida explorada comercialmente de todas as formas possíveis. Em 1962, havia surgido o single Love me do dos Beatles e três anos mais tarde os quatro "rebeldes" já eram o maior fenômeno do século, como escreveu o autor pop britânico Nic Cohn.
Distanciamento do público
Milhões de fãs os recebiam aos gritos nos aeroportos, uma histeria em massa sem precedentes, da qual Lennon começou a se isolar cada vez mais. O ex-estudante de Artes em Liverpool sonhava com os primeiros shows do grupo, com os primórdios do rock e as primeiras apresentações na Alemanha.
Em 1970, o conjunto se dissolveu num clima não muito amigável. Lennon estava casado pela segunda vez, com a artista japonesa de vanguarda Yoko Ono. Ambos se engajavam politicamente; Lennon começou a enfocar a paz e a tematizar sua infância triste, a morte prematura da mãe e a ausência do pai.
Lennon passou a ser visto com maior freqüência no Central Park, empurrando um carrinho de bebê, enquanto a esposa administrava a fortuna de 500 milhões de dólares. No final de 1980, lançou o disco Double Fantasy, gravado com Yoko. Para 1981, estava marcada uma turnê mundial, que não chegou mais a acontecer.
Jens Thurau (rw) © 2007 Deutsche Welle
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