Efemérides

Wednesday, February 28, 2007

2005 - Adoption de la nouvelle Constitution au Burundi

La nouvelle Constitution burundaise est adoptée par 90,10% des votants lors du référendum du 28 février 2005. C'est la première d'une série de consultations électorales destinées à parachever la transition ouverte le 1er novembre 2000, après la guerre civile ayant opposé à partir de 1993 les deux principales ethnies, faisant plus de 300.000 victimes. La nouvelle loi fondamentale est censée répartir plus équitablement le pouvoir entre les Hutu (85% de la population) et les Tutsi (14%), qui détenaient le pouvoir depuis 1962. L'Assemblée nationale et le gouvernement seront composés à 60% de Hutu et à 40% de Tutsi, alors que l'armée comportera une répartition égale entre les deux ethnies. Le chef de l'Etat sera élu au suffrage universel direct, sauf pour le premier mandat où il sera élu par le Parlement.

©Documentation écrite RFI

Tuesday, February 27, 2007

27 de Fevereiro

Februay

Monday, February 26, 2007

1901: Thomas Mann lança "Os Buddenbrooks"

No dia 26 de fevereiro de 1901, a editora Fischer-Verlag lançou o primeiro volume de "Os Buddenbrooks", em que Thomas Mann narra de forma perspicaz a ascensão e queda de uma família burguesa alemã.

O romance Os Buddenbrooks conta a história de uma família de comerciantes de Lübeck, no norte da Alemanha. Trata-se do primeiro romance de Thomas Mann, escrito aos 23 anos de idade e baseado na saga da própria família. O filho de aristocratas contrariou o desejo do pai, que queria fazer dele um comerciante. Sua mãe, Julia Mann, filha de um comerciante alemão, era brasileira, nascida em Angra dos Reis, RJ.

O romance de Thomas Mann fica tão volumoso, que a editora lhe pede para encurtar o manuscrito. O autor convence o editor de que o romance não admite qualquer corte. No dia 26 fevereiro de 1901, a obra é publicada, e o leitor que não se assusta com o número de páginas pode ler, em dois volumes, como a teimosia, a incapacidade e a desventura provocam a lenta decadência de uma dinastia de comerciantes.

Situações da vida real
Todas as personagens do romance têm seus correspondentes na realidade. O próprio Thomas Mann não se poupa. Ele é Hanno, o caçula da família. O severo senador, seu pai, é o chefe do clã.

O primo do pai abastece Thomas Mann com informações sobre a história familiar. O livro mal acaba de ser publicado e já circulam em Lübeck listas, relacionando os personagens com a vida real. As descrições de caráter são brilhantes, mas não necessariamente lisonjeiras.

Segundo Thomas Mann, "essa expressão literária da essência de Lübeck era prosa psicológica, um romance naturalista. Em vez de recorrer à beleza de um idealismo religioso, ele contava de forma sombria e, em parte, cômica, situações da vida que misturavam metafísica pessimista com características satíricas e transmitiam o contrário de amor, simpatia e união. A obra lembra a expressão sobre o passarinho que suja o próprio ninho".

No fundo, um conservador
Essa expressão (Nestbeschmutzer) foi usada pelo tio de Thomas Mann, Friedrich, num artigo de jornal em que disparou sua indignação sobre a obra do sobrinho. Horrorizado, ele se reconhecera no romance, na figura do desajeitado Christian Buddenbrook. Apesar da irritação das pessoas retratadas, o livro é desde o início um sucesso de venda e, ao ser lançado numa edição mais barata de um só volume pelo editor Samuel Fischer, em 1902, transforma-se definitivamente num best-seller.

Uma das explicações para este sucesso – segundo o autor – é o apego do público alemão a tudo que diz respeito à própria pátria. O próprio Thomas Mann foi adepto dos ideais políticos do nacionalismo alemão, aos quais somente renunciou após os primeiros sintomas da falência moral que se seguiu ao desastre da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Embora passasse a apoiar teses esquerdistas e optasse pelo exílio nos Estados Unidos e, por fim, na Suíça, durante o nazismo, Mann continuou sendo, em certo sentido, o conservador que fora até 1918.

Ascensão ao Nobel
Thomas Mann nasceu em Lübeck, a 6 de julho de 1875, e faleceu a 12 de agosto de 1955, em Zurique. Freqüentou os círculos intelectuais da Universidade de Munique, seguindo depois para Roma. Mas logo regressou a Munique e aí permaneceu, como um dos editores do jornal satírico-humorístico Simplicissimus. Após algumas novelas menores, sacudiu o meio literário europeu com Os Buddenbrooks, que antecipou a problemática de toda a sua obra futura: de um lado, o conflito entre a existência burguesa e a vida atribulada do artista; de outro, a gênese artística como produto da decadência biológica.

Entre os livros mais conhecidos do autor estão: Morte em Veneza (1913), A Montanha Mágica (1921), a tetralogia bíblica José e seus irmãos (1933-1943) e Doutor Fausto (1947).

Lübeck – cidade tombada pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade – não guarda rancor das indiscrições familiares de Thomas Mann. Em 1955, concedeu ao escritor o título de cidadão honorário. Mas, a esta altura, Mann já havia obtido sua maior condecoração: com o romance Os Buddenbrocks, conquistara o Prêmio Nobel de Literatura, em 1929.


© 2007 Deutsche Welle Catrin Möderler (gh)

Sunday, February 25, 2007

1545: Surge a Commedia dell'arte

Estima-se que a Commedia dell'arte tenha surgido na Itália em 25 de fevereiro de 1545. O gênero influenciou muitos atores, dramaturgos e diretores, como Shakespeare, Molière, Dario Fo e Marcelo Moretti.
Estima-se que a Commedia dell'arte tenha surgido na Itália em fevereiro de 1545, por volta do dia 25. O primeiro grupo formou-se quando oito atores de Pádua se aliaram para atuar juntos por um ano. O gênero exerceu grande fascínio na Europa e influenciou muitos atores, dramaturgos e diretores, como Shakespeare, Molière, Dario Fo e Marcelo Moretti.
Nascida na rua, a Commedia dell'arte sempre foi antiacadêmica e contestatória. Nos séculos 15 e 16, as críticas que lançou contra médicos, militares, prelados, nobres e católicos, banqueiros e negociantes, hipócritas e carolas resultaram em proibições, ameaças e castigos. Muitos cômicos de rua tiveram até que emigrar.

Personagens com caracteres fixos
Um autor e ator de grande importância para este gênero teatral foi Angelo Beolco (1502–1542), conhecido como Ruzante – personagem que representava e que se caracterizava por ser um camponês guloso, grosseiro, preguiçoso, ingênuo e zombador. São dele os primeiros documentos literários em que a repetição das mesmas características em personagens de mesmo nome anima uma série de tipos fixos, considerados os precursores das máscaras da Commedia dell'arte.
O primeiro grupo formou-se em 1545, quando oito atores de Pádua, na Itália, se comprometeram a atuar juntos por um determinado período – até a quaresma de 1546. Foi o primeiro grupo de atores europeus a viver exclusivamente de sua arte. As personagens representadas eram divididas em três categorias: os enamorados, os velhos e os criados, chamados zannis, palavra que provavelmente deriva de Giovanni, nome típico do ambiente camponês italiano.
Entre as personagens que utilizavam máscaras, destacava-se Panteleão (Pantaleone), um rico mercador veneziano, geralmente avarento e conservador. Com sua figura esguia, contrastava e se complementava no jogo cênico com a figura redonda do outro velho, o Doutor (Il Dottore), que podia aparecer como seu amigo ou rival. Este segundo personagem era pedante, normalmente advogado ou médico, falava em dialeto bolonhês intercalado por palavras ou frases em latim.

A graça de Arlequim
Os tipos mais variados e populares da Commedia dell'arte eram os zannis. Dividiam-se em duas categorias: o primeiro zanni, esperto, movimentava as ações com suas intrigas; o segundo, rude e simplório, interrompia a ação e desencadeava a comicidade com suas brincadeiras atrapalhadas.
A máscara mais popular entre os zannis era a do Arlequim (Arlecchino), proveniente de Bérgamo. Encarnava uma mistura de esperteza com ingenuidade, sempre no centro das intrigas. Supõe-se que, com o tempo, seu figurino foi ganhando remendos coloridos e dispersos, de onde provém sua atual fantasia de losangos, típica do arlequim no carnaval.
O companheiro mais freqüente de Arlequim era Briguela (Brighella), um criado libidinoso, cínico e astuto. Outro zanni que já existia do carnaval de Nápoles e passou a fazer parte da Commedia dell'arte foi Polichinelo (Pulcinella). Um papel de destaque era desempenhado ainda pelo Capitão (Il Capitano) – um covarde que contava vantagens de suas proezas em batalhas e no amor, mas depois era desmentido.

Visão maniqueísta do mundo
O uso da máscara na Commedia dell'arte era tão importante que se passou a chamá-la "comédia das máscaras". Os atores usavam meias máscaras, que deixavam a parte inferior do rosto descoberta, permitindo uma fonação perfeita e a respiração mais cômoda, adequada às necessidades do jogo cênico. A máscara proporcionava o imediato reconhecimento do personagem pelo público.
Arlequim, Briguela, Pantaleão, Balanzone, Rosaura, Colombina e o Capitão eram intérpretes de um mundo de extremos, onde sentimentos e pensamentos eram reduzidos ao estereótipo e a máscara intermediava a simplificação máxima. Não existiam nuanças na esperteza de Arlequim, na avareza de Pantaleão, na afetação doutoral de Balanzone, na faceirice de Colombina.
Tudo era imediato e em linguagem direta, facilitando a compreensão das platéias instaladas nas áreas sombreadas da praça pública. Os diálogos geralmente eram muito curtos, para provocar risos mais rapidamente, antes de os artistas serem dispersados pela polícia. Das ruas, a Commedia dell'arte passou a fazer parte das festas da corte. Pintores famosos como Tiepolo e Callot eternizaram os personagens da Commedia nas telas. No século 17, o escultor Bustelli criou uma série de figurinos da Commedia para a Manufatura de Porcelana do Palácio de Nymphenburg, em Munique. Hoje, são artigos altamente cobiçados por colecionadores. Em meados do século 17, as obscenidades começaram a desaparecer e a Commedia dell'arte conquistou o palco teatral, através de Molière e Carlo Goldoni.

© 2007 Deutsche Welle Catrin Möderler (gh)

Saturday, February 24, 2007

24 de Fevereiro

Friday, February 23, 2007

23 de Fevereiro

George Friederic Haendel (Halle, Germany 23 Fev 1685/London, England 14 Abr 1759)

Thursday, February 22, 2007

22 de Fevereiro

Wednesday, February 21, 2007

Segovia X Malcom


Andrés Torres Segovia, Marquês de Salobreña (21 de Fevereiro de 1893 / 3 de Junho de 1987)



Malcolm Little, the X (19 de Maio de 1925 / 21 de Fevereiro de 1965)

Tuesday, February 20, 2007

1963: "O Vigário" abala Alemanha e Vaticano

A peça "O Vigário" estréia em Berlim, em 20 de fevereiro de 1963, despertando a Alemanha do belo sono do milagre econômico e gerando grande indignação no Vaticano. O autor Rolf Hochhuth não só denuncia o silencio do papa Pio XII sobre o extermínio dos judeus como também um acordo tácito entre o Vaticano e os nazistas, na Segunda Guerra Mundial.


A obra de Rolf Hochhuth deixa bem claro que a literatura tem efeitos políticos. Sua primeira obra – a peça O Vigário - já foi um explosivo político. O então jovem de 31 anos estreou no teatro, em 20 de fevereiro de 1963, com grande repercussão junto à opinião pública. Sua peça denunciou a restauração da Alemanha do pós-guerra e despertou a era Adenauer do belo sono do seu milagre econômico.
Apesar de todas as declarações claras do autor, O Vigário gera protestos de natureza política e religiosa até hoje. Hochhuth só rejeita uma qualificação que lhe tentam imputar há décadas, a de moralista:
"Rejeito a palavra moralista, ela me incomoda muito. Gosto de racionalista imparcial. O moralista é um ditador de regras. Outra coisa seria dizer que os meus temas são moralistas. Isso é correto".
O Vigário em encenação de Piscator
O drama sobre o Papa Pio XII estréiou no teatro Volksbühne de Berlim. O diretor Erwin Piscator já era conhecido dos tempos da Berlim vanguardista dos anos 20. Sua encenação gerou grande escândalo e rompeu tabus.
A peça acusa o papa Pio 12 e toda a Igreja católica de terem feito um acordo tácito com os nazistas. Hochhuth põe o dedo na ferida: milhares de judeus foram deportados da Praça de São Pedro, em Roma, para as câmaras de gás dos nazistas e o papa, a maior instância moral da Terra, assistiu a isso em silêncio.
O Vaticano e seus dirigentes justificam a omissão: Pio 12 só silenciou para impedir uma perseguição ainda mais drástica dos judeus e também do clero.
Hochhuth demonstrou convincentemente que o papa era constantemente informado sobre a proporção das deportações e do extermínio de judeus. Esta acusação tem uma dimensão profunda: o representante de Deus na Terra, a cúria e a maioria dos bispos não poderiam ocultar uma certa simpatia pelo nazismo, pois Adolf Hitler e seu exército faziam um bom trabalho no combate ao bolchevismo ateu. A Igreja católica via a doutrina comunista como uma ameaça terrível e contra isso poderia pactuar até com o diabo.
Um álibi para os alemães?
Hochhuth rejeitou as críticas de que teria tirado conclusões errôneas sobre a culpa dos alemães:
"O público alemão não saudou O Vigário como álibi para os crimes alemães, pois na Alemanha Ocidental a peça foi levada a no máximo 10% dos palcos. Só em Paris foi mais que o dobro e em Nova York também. Provavelmente os alemães teriam recebido a minha peça de braços abertos, se tivessem enxergado nela um perdão para os próprios crimes ou uma possibilidade de livrar o Vaticano da culpa".
O autor Hochhuth prestou um trabalho pioneiro muito incômodo em relação à memória do nazismo. Sua peça polêmica foi seguida de publicações históricas sobre a culpa do papa no extermínio dos judeus. Hochhuth assumiu a responsabilidade de historiador.
"Lessing disse que o poeta é o senhor da história. Eu não concordo com isso e digo que poeta é o servo da história. E não tenho a ilusão de que uma peça possa mudar ativamente as pessoas. Ao contrário de Lessing, eu acho que, quando o autor leva a história ao palco, ele tem de se ater à verdade histórica o máximo possível, para que a sua obra não comprometa ou manipule a verdade".

© 2007 Deutsche Welle Barbara Philipp (ef)

Monday, February 19, 2007

1473: Nasce Copérnico


No dia 19 de fevereiro de 1473, nasceu em Torum, na atual Polônia, o matemático Nicolau Copérnico. Foi o responsável pela descrição do sistema heliocêntrico, segundo o qual o Sol é o centro do sistema solar e a sucessão de dias e noites deve-se ao movimento da rotação da Terra sobre seu próprio eixo.

Não foi fácil ao papa Gregório XVI pegar na pena para admitir um grande erro de seus antecessores. A verdade era evidente demais e não podia continuar sendo negada. De revolutionibus orbium coelestium libri VI (Das Revoluções dos Mundos Celestes) havia sido publicado no ano da morte de Copérnico, e quase 300 anos depois, em 1835, foi retirado pelo papa do index de obras blasfêmicas, na Biblioteca do Vaticano. Nicolau Copérnico tentava provar em seu livro a teoria de que o Sol era o centro do sistema solar.
Natural de Torum, hoje território polonês, Copérnico ficou órfão cedo, sendo criado por um tio. Em 1491, ingressou na Universidade de Cracóvia para cursar Medicina. Também estudou Filosofia, Matemática e Astronomia e se interessou pelo Humanismo. Viajou para a Itália em 1497, para aprender os clássicos gregos e o Direito Canônico em Bolonha. Voltou à Polônia em 1501 e ordenou-se padre, mas permaneceu pouco tempo no país, como cônego da Catedral de Frauenburg.
Observação dos corpos celestes
Em 1506, construiu um pequeno observatório e começou a estudar o movimento dos corpos celestes. A partir dessas observações, escreveu o Pequeno Comentário sobre as Hipóteses de Constituição do Movimento Celeste, que só veio a público em 1530, apesar de ter sido escrito muito antes, por volta de 1507. Copérnico demorou a divulgá-lo por receio da reação da Igreja Católica, a qual respeitava e temia. De volta à Itália, freqüentou as universidades de Pádua e Ferrara. Em Bolonha, aprofundou suas observações astronômicas.
Em 1543, pouco antes de morrer, na cidade de Frauenburg (hoje Polônia) apresentou o sistema cosmológico com os princípios do heliocentrismo na obra Das Revoluções dos Mundos Celestes. Ao afirmar que a Terra se move em torno do Sol, refutou o sistema de Ptolomeu e a idéia que o homem da época fazia de si mesmo: feito à imagem e semelhança de Deus e, portanto, centro do Universo.
Embora não seja criador do heliocentrismo (defendido poucos anos antes por Nicolau de Cusa e, na Antigüidade, por Aristarco de Samos), Copérnico foi o autor do primeiro tratado de astronomia heliocêntrica capaz de rivalizar com o Almagesto de Ptolomeu, que vinha regendo a astronomia há quase 14 séculos, com o aval da Igreja Católica.
Temor da reação da Igreja
Copérnico demonstrou o duplo movimento dos planetas, em torno de si mesmos e em torno do Sol, concepção que seria fortalecida pelas observações de Galileu Galilei, no século seguinte, e permitiria a emancipação da cosmologia em relação à teologia. Para ele, o movimento dos planetas era circular e uniforme. Em 1609, Johannes Kepler descobriu as órbitas planetárias elípticas. Temendo represálias por parte da Igreja Católica, na época abalada pela Reforma Protestante, Copérnico relutou em publicar seu trabalho, só o permitindo após os apelos de um discípulo, o matemático Rethicus.
Tentando amortecer o impacto que causaria, o livro foi dedicado ao papa Paulo III e continha um prefácio afirmando que ele não apresentava nada de novo e servia apenas para facilitar o uso das tábuas planetárias. Isto colocou em dúvida por muitos anos a reputação de Copérnico, mas Kepler, em 1609, descobriu que o prefácio provavelmente não foi visto pelo matemático. Somente em 1687, Isaac Newton conseguiu provar, através da física, que o movimento dos planetas em torno do Sol é conseqüência do fenômeno gravitacional.

© 2007 Deutsche Welle Jens Teschke

Sunday, February 18, 2007

Festa Crioula na Buraca


Saturday, February 17, 2007

D. Manuel António Mendes dos Santos Ordenado Episcopalmente como novo Bispo da Diocése de São Tomé e Príncipe

«O homem acredita pouco nas palavras»
O Cardeal Saraiva Martins presidiu à ordenação de D. Manuel António, novo bispo de S. Tomé e Príncipe, e pediu-lhe para anunciar o Evangelho com «coragem, entusiasmo e optimismo».



"O testemunho da nossa vida deve comprovar o que ensinamos" porque "o homem de hoje acredita pouco nas palavras. Só acredita na vida, nos factos e nos testemunhos" - afirmou esta manhã (dia 17 de Fevereiro), em Fátima, o cardeal Saraiva Martins na homilia de ordenação de D. Manuel António, novo bispo de S. Tomé e Príncipe. Ao ordenado, o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos pediu para que "o seu ministério seja verdadeiramente fecundo para o bem da Igreja e, de modo especial, da igreja de S. Tomé e Príncipe que lhe foi confiada".
Há oito décadas que os Missionários do Coração de Maria (Claretianos) se entregam à evangelização daquele povo lusófono. Tanto o presidente da celebração, D. José Saraiva Martins, como o ordenado são membros desta congregação.
Constituído pastor e pai, o bispo "é ao mesmo tempo chefe e guia espiritual que valoriza os carismas do povo de Deus fazendo-os convergir num único fim: edificar a igreja" - realçou o celebrante. Ao fazer referência às funções dos bispos - Ensinar, Governar e Santificar - o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos recordou palavras de João Paulo II: "o ministério de santificação exige um testemunho e uma vida santa" porque "a vossa santidade não é uma questão pessoal é uma questão eclesial e reverte sempre em benefícios".
As funções do bispo "devem ser exercidas com profundo espírito de serviço". O significado da palavra episcopal - realça o presidente - "não é o de uma honra mas o do serviço". E acrescenta: "mais do que dominar, o bispo é chamado a servir". "É um servidor de Cristo e da Igreja".
No ministério episcopal todo o bispo "está unido aos demais bispos pelo vinculo da colegialidade" por isso deve sentir "solicitude por todas as igrejas e estar disposto a dar uma ajuda às Igrejas mais necessitadas" - salienta o Cardeal Saraiva Martins.
A dimensão missionária foi outro ponto realçado pelo celebrante durante a homilia. "A igreja é missionária por sua natureza" porque "a missionaridade pertence ao seu ADN" - esclareceu. E avança: "Igreja é sinónimo de missão e missão é sinónimo de Igreja".
Ao «irmão» ordenado, D. José Saraiva Martins sublinhou que este "tem um espírito profundamente missionária". Com experiência em terras de missão, D. Manuel António irá para S. Tomé e Príncipe exercer o seu "múnus santificador". E deixa conselhos: "sê fiel à Igreja e nunca desanimes no exercício do teu ministério episcopal". "Anuncia o evangelho com coragem, entusiasmo e optimismo" - concluiu.

© Copyright Agência Ecclesia - agencia@ecclesia.pt







No dia 17 de fevereiro de 1600, Giordano Bruno foi queimado vivo no Campo dei Fiori, em Roma, sob acusação de heresia e blasfêmia.



Giordano Bruno (1548–1600) foi condenado por blasfêmia e queimado vivo

"Posso ter sido qualquer coisa, menos blasfemador." Esta frase teria sido dita por Giordano Bruno no dia de sua execução. Em 17 de fevereiro de 1600, ele foi queimado vivo no Campo dei Fiori, em Roma, onde é relembrado desde 1899 por um monumento.
Ao contrário de Galileo Galilei (1564–1642), Bruno negou-se a refutar a teoria do astrônomo alemão Johannes Kepler (1571–1630) de que a Terra girava em torno do Sol. Além disso, por ser padre e teólogo, suas heresias e dúvidas, em relação à Santíssima Trindade, por exemplo, partiam de dentro da Igreja e foram interpretadas como um ato de insubordinação ao papa.
Nascido numa família da nobreza de Nola (próximo ao Vesúvio), em 1548, inicialmente chamou-se Fellipo Bruno. Aos 13 anos, começou a estudar Humanidades, Lógica e Dialética em Nápoles, no mesmo convento em que São Tomás de Aquino vivera e ensinara.
Em 1565, aos 17 anos, recebeu o hábito de dominicano, ocasião em que mudou o nome para Giordano. Ordenado sacerdote em 1572, continuou seus estudos de Teologia no convento, concluindo-os em 1575.
Fuga das autoridades eclesiásticas
Sua vida acadêmica foi marcada pela fuga constante das autoridades eclesiásticas. Lecionou em Nápoles, Roma, Gênova, Turim, Veneza, Pádua e Londres, antes de se mudar para Paris, em 1584. Passou o período de 1586 a 1591 em Praga e nas cidades alemãs de Marburg, Wittenberg, Frankfurt e Helmstedt, onde escreveu a que é considerada sua principal obra: Sobre a associação de imagens, os signos e as idéias.
Apesar das advertências de amigos, voltou para a Itália em 1591, convicto de que na liberal Veneza não cairia nas garras da Inquisição. Mas logo foi preso e levado para Roma, onde passou seu últimos anos na prisão.
Giordano Bruno teria caído numa armadilha ao retornar à Itália. Na Feira do Livro de Frankfurt de 1590, uma dupla de livreiros a serviço do nobre veneziano Giovanni Mocenigo o teria convidado para ir a Veneza ensinar Mnemotécnica, a arte de desenvolver a memória, na qual era um perito. Pouco depois de sua volta, desentendeu-se com Mocenigo, que o trancou num quarto e chamou os agentes da Inquisição.
Encarcerado na prisão de San Castello no dia 26 de maio de 1592, seu julgamento começou em Veneza, foi transferido para Roma em 1593 e chegou à fase final na primavera de 1599. Durante os sete anos do processo romano, Bruno negou qualquer interesse particular em questões teológicas e reafirmou o caráter filosófico de suas especulações.
Essa defesa não satisfez os inquisidores, que pediram uma retratação incondicional de suas teorias. Como se mantivesse irredutível, foi condenado devido à sua doutrina teológica de que Jesus Cristo era apenas um mágico de habilidade incomum, que o Espírito Santo era a alma do mundo e que o demônio seria salvo um dia.
Ao ouvir sua sentença, a 8 de fevereiro de 1600, teria dito aos juízes: "Vocês pronunciam esta sentença contra mim com um medo maior do que eu sinto ao recebê-la".
Contribuição intelectual decisiva
A Congregação do Santo Ofício, presidida pelo papa Clemente 8º (1592–1605), ainda concedeu ao "herege impertinente e pertinaz" oito dias de clemência para um eventual arrependimento.
A capitulação de Bruno teria um forte efeito propagandístico num ano da "graça" como o de 1600. Mas ele preferiu enfrentar a pena de morte a renegar suas idéias. Seus trabalhos foram publicados no Índex em agosto de 1603 e só foram liberados pela censura do Vaticano em 1948.
Segundo os historiadores, Giordano Bruno prestou uma contribuição intelectual decisiva para acabar de vez com a Idade Média. Morto aos 52 anos, tornou-se um mártir do livre pensamento. Ele foi vítima da intolerância religiosa típica da chamada Contra-Reforma, a batalha travada pela Igreja Católica contra a Igreja Reformada.
O martírio de Giordano Bruno em 1600, seguido do julgamento de Galileo Galilei em 1616, abriu um fosso de desconfiança entre a ciência e a religião.

© 2007 Deutsche Welle Norbert Ahrens (gh)

Friday, February 16, 2007

16 de Fevereiro

Thursday, February 15, 2007

15 de Fevereiro

Wednesday, February 14, 2007

QUARTA-FEIRA da semana VI

S. Cirilo, monge, e S. Metódio, bispo,
Padroeiros da Europa – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Santos.

L 1 Act 13, 46-49; Sal 116, 1. 2
Ev Lc 10, 1-9

* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Nas Dioceses de Cabo Verde – S. Cirilo e S. Metódio – MO
* Nas Dioceses da Guiné-Bissau – S. Cirilo e S. Metódio – MO

Tuesday, February 13, 2007

1804: Viagem inaugural da primeira locomotiva do mundo

No dia 13 de fevereiro de 1804, foi realizada a viagem inaugural do "cavalo mecânico", a primeira locomotiva. No começo do século 19, em plena Revolução Industrial, o construtor galês Richard Trevithick inventou uma máquina a vapor sobre trilhos para o transporte mais rápido e eficiente de matérias-primas.


A mineração foi o motor da economia européia no começo do século 19. O carvão era a matéria-prima para o aquecimento da casas – já que as cidades cresciam sem parar – e para as máquinas a vapor. Para transportar quantidades cada vez maiores de carvão, colocou-se uma máquina de tração sobre trilhos.
O diretor técnico do Museu Ferroviário de Bochum-Dalhausen, Thomas Huhn, explica que os trilhos sempre foram usados na mineração, só que os vagões eram puxados por cavalos. O construtor galês Richard Trevithick foi o inventor do "cavalo mecânico", que podia fazer mais força, sem nunca se cansar. Um cavalo com a força baseada na já então famosa invenção de James Watt, a máquina a vapor.
Para o transporte humano e de materiais
O protótipo era muito rudimentar: tratava-se de uma caldeira na horizontal, apoiada por quatro rodas. Para os leigos, ela não passava de um enorme tonel deitado, com chaminé e rodas. Trevithick teve que fazer muita propaganda, pois poucos viam futuro "naquilo".
Até que o inventor foi desafiado pelo proprietário de uma mina. O mineiro queria observar o desempenho da engenhoca sobre 15 quilômetros de trilhos. O teste foi marcado para o dia 13 de fevereiro de 1804. Trevithick provou que sua máquina podia transportar tanto pessoas como materiais. No caso, a máquina de tração levou 70 pessoas e dez toneladas de ferro.
A euforia inicial, entretanto, durou pouco, devido a alguns problemas. A máquina, pesada demais, logo voltou a ser substituída pelo cavalo. Só depois de alguns aperfeiçoamentos pelo construtor inglês George Stephenson, a locomotiva a vapor conquistou respeito. Numa corrida, por exemplo, em 1829, a de Stephenson, batizada "Rocket" (foguete) chegou à frente de todas as concorrentes.
Pioneirismo no sul alemão
As locomotivas de Stephenson foram usadas na primeira ferrovia de serviço público e com o tempo aumentaram em tamanho e potência. Também a primeira locomotiva usada para o transporte de passageiros na Alemanha veio de sua fábrica. Seu nome era "Adler" (águia) e a partir de 1835 ela passou a ligar as cidades vizinhas de Nurembergue e Fürth, no sul da Alemanha.
Os pareceres médicos da época eram pessimistas: a velocidade "infernal" das máquinas poderia levar a um estado de delírio dos passageiros (por isso sugeriram a construção de muros dos dois lados dos trilhos). Mesmo assim, o trem se impôs como meio de transporte popular.
Já em 1860, a malha ferroviária alemã tinha quase 12 mil quilômetros. Em 1902, foi inaugurado o primeiro trecho ferroviário com energia elétrica na Alemanha e, sete anos depois, introduzida a locomotiva a motor diesel. A última locomotiva a vapor foi desativada no país em 1977.

© 2007 Deutsche Welle Catrin Möderler (rw)

Monday, February 12, 2007

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Sunday, February 11, 2007

Liberdade para Mandela

No dia 11 de fevereiro de 1990, Nelson Mandela foi libertado. O líder do Congresso Nacional Africano (ANC) passara 28 anos na prisão pelo seu engajamento contra o apartheid.

Todos reconheceram que o país estava diante de uma virada histórica, quando o então chefe de governo Frederik Willem de Klerk anunciou, a 2 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson Mandela. Símbolo da luta da população negra contra o racismo, ele se tornara, ao longo dos 28 anos que passou na cadeia, o prisioneiro mais famoso do mundo.

Nelson Rolihlahla Dalibhunga Mandela nasceu a 18 de julho de 1918. Seu pai era chefe da tribo Thembu, do povo Xhosa. Nelson Mandela começou a estudar Direito na Universidade de Fort Hare (para negros), mas foi expulso por liderar uma greve estudantil. Em Joanesburgo, estagiou num escritório de advocacia e fez um curso de Direito por correspondência. Em 1942, graduou-se pela Universidade de Pretória.

Mandela ingressa no ANC

Já nos tempos de estudante, Mandela era engajado politicamente e ingressou cedo no Congresso Nacional Africano. O ANC era uma associação empenhada em reivindicar direitos e melhorar a qualidade de vida da maioria negra oprimida pelos brancos na África do Sul. A princípio, através de contatos com lideranças políticas e cartas com pedidos de apoio; mais tarde, organizando greves e manifestações.

Em 1952, Mandela abriu o primeiro escritório de advocacia para negros em Joanesburgo, uma tremenda ousadia num país em que o regime estava diminuindo a cada dia os direitos da população negra. A situação política interna escalou de tal maneira que, em 1960, a polícia abriu fogo contra os que participavam de uma grande manifestação em Shaperville. Saldo da violência: 69 mortos e centenas de feridos. O governo decretou estado de exceção e mandou prender vários militantes, entre os quais Nelson Mandela.

Organização clandestina

O Congresso Nacional Africano e outros partidos e associações que criticavam o regime foram proibidos. Em dezembro de 61, Mandela ajudou a criar a ala militante "Lança da Nação" e se tornou o primeiro comandante da organização clandestina especializada em sabotagens. Em 62, Mandela saiu escondido do país para pedir apoio, principalmente financeiro, à sua causa.

Ao retornar à África do Sul, ainda em 62, foi preso e condenado a cinco anos de prisão por ter participado da organização de protestos. Em outubro de 63, Mandela e outros sete réus foram condenados à prisão perpétua, sob acusação de terem organizado 150 atos de sabotagem. Até 1981, esteve na temida prisão em Robben Island, perto da Cidade do Cabo. Mais tarde, foi transferido para o presídio de alta segurança de Pollsmoor.

Depois de se tratar de uma tuberculose durante algumas semanas numa clínica, Mandela passou a viver numa casa, no pátio de outra prisão perto da Cidade do Cabo. Nos 28 anos em que ficou preso, a resistência dos negros sul-africanos contra o Apartheid foi se tornando cada vez maiz violenta. A comunidade internacional também aumentou a pressão contra o governo sul-africano através de sanções e boicotes.

Início das reformas na África do Sul

Ao assumir o governo em 1989, Frederik de Klerk reconheceu que as reformas eram inevitáveis para que o país não submergisse na guerra civil e no caos. Em fevereiro de 90, cancelou a proibição do ANC, revogou algumas leis racistas e libertou Mandela. Os anos seguintes ainda foram bastante confusos, com a minoria branca tentando manter a supremacia, semeando a discórdia entre os grupos negros.

Até que, nas primeiras eleições democráticas em 1994, o ANC recebeu 60% dos votos e Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul, cargo que ocupou até 1999. Em 1993, Mandela e Frederik de Klerk receberam o Prêmio Nobel da Paz, "por seu engajamento em prol da conciliação e por sua coragem e integridade".

© 2007 Deutsche | WelleRachel Gessat


Saturday, February 10, 2007

Ghezo

Friday, February 09, 2007

Getawayo

Thursday, February 08, 2007

+ Du val

Wednesday, February 07, 2007

Allez, Duvalier!

Tuesday, February 06, 2007

Frantz Fanon - O Psicanalista do Colonialismo

Frantz Fanon (Fort-de-France, Martinica, 20 de julho de 1925 – Nova York, 6 de dezembro de 1961) foi um psiquiatra, escritor e ensaísta francês. Ele foi talvez, o maior pensador do século XX relacionado aos temas da descolonização e a psicopatologia da colonização. Suas obras foram inspiradas nos movimentos de libertação anti-coloniais por mais de quatro décadas.

Fanon esteve na Argélia, onde trabalhou como médico psiquiatra no hospital do exército francês e neste hospital testemunhou as atrocidades da guerra de libertação da então colônia francesa comandada principalmente pelo partido socialista argelino da Frente de Libertação Nacional.

Bibliografia:
. Pele Negra, Máscaras Brancas, (1952)
. L'An V de la révolution algérienne, (1959)
. Os Condenados da Terra, (1961)
. Pela Revolução Africana, (1964)

Monday, February 05, 2007

Declaração de Arusha

Sunday, February 04, 2007

4 de Fevereiro

Saturday, February 03, 2007

e de Fevereiro

Friday, February 02, 2007

Getz, Yfetz & more...

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Thursday, February 01, 2007

Langston Hughes