Efemérides

Saturday, July 28, 2007

1794: Robespierre é executado na guilhotina
Cena da prisão de Robespierre


No dia 28 de julho de 1794, o revolucionário francês Maximilien de Robespierre foi executado na guilhotina. O motivo de sua prisão foram boatos de endurecimento da Lei do Terror. Sua morte marcou o começo da última fase da Revolução Francesa.

"Os reis, aristocratas e tiranos, independentemente da nação a que pertençam, são escravos que se revoltam contra o soberano da Terra, isto é, a humanidade, e contra o legislador do universo, a natureza", disse uma das figuras mais importantes da Revolução Francesa, Maximilien de Robespierre, a 24 de abril de 1793.

O jovem advogado Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794) pretendia mudar o destino da França. Desde o início de sua carreira política, destacou-se pela firmeza e forma radical de defender suas idéias. Influenciado por Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), defendia um Estado voltado para o bem comum e a vontade geral, estabelecido em bases democráticas. "O indivíduo é nada; a coletividade é tudo", afirmava, lembrando o famoso Contrato Social de Rousseau.

Robespierre foi co-fundador e líder do Partido Jacobino na Convenção Nacional (parlamento francês de 1792 a 1795). Seus discursos acertavam o nervo da França revolucionária. "É natural que o bom senso avance lentamente. O governo viciado encontra nos preconceitos, nos costumes e na educação dos povos um poderoso apoio. O despotismo corrompe o espírito humano a ponto de ser adorado e, à primeira vista, torna a liberdade suspeita e terrível", afirmara no discurso "Contra a Guerra".

Os ideais da Revolução Francesa - liberdade, igualdade e fraternidade - compunham seu slogan predileto. Robespierre tornou-se famoso como político sério e "incorruptível". Seu objetivo era eliminar privilégios e instituições do Antigo Regime. Propagou idéias revolucionárias para a época, como o sufrágio universal, eleições diretas, educação gratuita e obrigatória e imposto progressivo segundo a renda.

"Os habitantes de todos os países são irmãos; os diferentes povos devem se apoiar mutuamente como cidadãos de um Estado. Quem oprime uma nação declara-se inimigo de todas as nações. Quem guerreia contra um povo para impedir o progresso da liberdade e apagar os direitos humanos deve ser perseguido por todos os povos. Não só como inimigo comum e, sim, como um assassino rebelde e bandido."

Proclamada a república, em 1792, Robespierre mostrou sua nova face. Não hesitou muito para selar o destino do rei, aprisionado por revolucionários. Luís XVI foi julgado, condenado e, a 21 de janeiro de 1793, decapitado na guilhotina. "O terror nada mais é do que a justiça rápida, violenta e inexorável. É, portanto, uma expressão da virtude", justificou Robespierre.

A pretexto de defender a revolução, os jacobinos instalaram um regime de terror na França, em 1793-1794. Sob o comando de Robespierre, a Constituição foi suspensa e foram criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário. Esses órgãos descambaram depois para a conspiração e execução na guilhotina de membros do próprio partido jacobino, como Georges-Jacques Danton (1759-1794), confundindo inimigos e aliados.

A guilhotina funcionava sem parar. Com a ameaça de morte pairando sobre todos, deputados moderados da Convenção Nacional tramaram a prisão de Robespierre e seus colaboradores mais próximos. No dia 28 de julho de 1794, deram aos ilustres prisioneiros o mesmo destino que estes haviam dado ao rei Luís XVI: a guilhotina.

Robespierre havia assumido poderes ditatoriais. Calcula-se que o terror jacobino causou dezenas de milhares de vítimas, entre elas o químico Antoine Laurent de Lavoisier (1743-1794). Em apenas 49 dias, Robespierre mandou executar 1400 pessoas. No final, o terror engoliu os terroristas. Um ano após a morte de Robespierre, a França obteve um novo governo, comandado por cinco "diretores".

O chamado Diretório representou o fim da supremacia e do terror dos jacobinos. Em 1795, a Convenção promulgou uma nova Constituição, que, segundo seu relator, Boissy d'Anglas, centrou-se em "garantir a propriedade do rico, a existência do pobre, o usufruto do industrial e a segurança de todos".

O poder foi organizado sob a forma de uma república colegiada de notáveis, tendo o Diretório como poder executivo. No período do Diretório (1795-1799), a França mergulhou numa nova crise econômica e social, agravada por ameaças externas. Para manter seus privilégios políticos, a burguesia entregou o poder a Napoleão Bonaparte, que o exerceu com o mesmo absolutismo que havia sido derrubado pela Revolução Francesa.

Catrin Möderler / gh © 2007 Deutsche Welle


2005
En Irlande du Nord, l'IRA annonce l'abandon définitif de la lutte armée

"Toutes les unités de l'IRA ont reçu l'ordre de déposer les armes. Tous les volontaires ont été chargés de soutenir le développement de programmes purement politiques et démocratiques au travers de moyens exclusivement pacifiques". Dans un communiqué publié le 28 juillet 2005, l'IRA (Armée républicaine irlandaise) renonce définitivement à la violence. Discréditée par ses activités criminelles, le gel du processus de paix lié au démantèlement de son arsenal et les attentats djihadistes de juillet 2005 à Londres, l'organisation met ainsi fin à un conflit de trente-cinq ans ayant fait 3600 morts, dont la moitié lui est imputable. Apparue lors du soulèvement contre l'occupation britannique en 1916, l'IRA reprend la lutte armée à la fin des années 1960 face à la discrimination politique et sociale dont est victime la minorité catholique d'Irlande du Nord, province restée britannique après le traité de 1921. L'IRA multiplie les actions terroristes auxquelles répondent par la violence l'armée britannique et les groupes paramilitaires protestants. En 1997, l'IRA déclare un cessez-le-feu unilatéral tandis que Sinn Féin, sa branche politique, s'engage dans un processus de paix débouchant sur l'accord du Vendredi Saint du 10 avril 1998, qui rétablit une semi-autonomie pour la province et le partage du pouvoir entre communautés.

2005
Ratification de l'ALEAC, accord de libre-échange entre les Etats-Unis et l'Amérique centrale


Lancées à l'initiative des Etats-Unis, les négociations sur l'Accord de libre échange de l'Amérique Centrale (ALEAC ou CAFTA, Central American Free Trade Agreement) commencent en janvier 2003. Elles aboutissent, malgré l'hostilité de la société civile en Amérique centrale, à la signature le 17 décembre 2003 d'un accord entre les Etats-Unis et quatre Etats du sous-continent (Salvador, Guatemala, Honduras et Nicaragua), les négociations continuant avec un cinquième, le Costa Rica, qui signe le 25 janvier 2004. La République dominicaine se joint à l'ALEAC le 23 juillet 2004. Le 28 juillet 2005, la Chambre des représentants des Etats-Unis ratifie cet accord, qui ouvre aux exportations des Etats-Unis les marchés d'Amérique centrale. C'est une pièce supplémentaire de la Zone de libre échange des Amériques (ZLEA) voulue par Washington.

2005
Partenariat sur le climat des pays d'Asie-Pacifique


Le 28 juillet 2005, les pays d'Asie-Pacifique, dont deux des plus grands pollueurs de la planète, les Etats-Unis et la Chine, signent un accord sur le climat à Vientiane (Laos). Parmi eux, l'Inde, l'Australie, le Japon et la Corée du Sud. Contrairement au protocole de Kyoto, entré en vigueur le 16 février 2005, aucune limite aux émissions de gaz à effet de serre n'est prévue. Le "Partenariat sur le développement propre et le climat dans la zone Asie-Pacifique" prévoit néanmoins de mettre en commun des informations et des moyens pour développer des énergies plus propres.

1982
Dissolution du SAC en France


Créé en 1959 dans la lignée du service d'ordre du parti gaulliste, le SAC (Service d'action civique), dévoué au Général de Gaulle, est d'abord chargé de contrecarrer par le renseignement l'influence des communistes à tous les niveaux de l'Etat et de l'administration. L'organisation devient au fil des années une police parallèle responsable des basses oeuvres du régime. Au croisement de la raison d'Etat, de la police et du banditisme, le SAC milite pour l'Algérie française et réprime la "subversion gauchiste" à partir de 1968. En 1981, l'inspecteur Jacques Massié, responsable du SAC des Bouches-du-Rhône, est au cœur d'un conflit interne qui menace le mouvement, alors que la gauche arrive au pouvoir. Le 18 juillet 1981, Jacques Massié est assassiné avec cinq membres de sa famille dans sa maison d'Auriol, près de Marseille. Une commission d'enquête parlementaire sera constituée et les responsables condamnés. Le SAC sera dissous par le gouvernement le 28 juillet 1982.

©Documentation écrite RFI

0 Comments:

Post a Comment

<< Home