Efemérides

Monday, July 30, 2007

1792: Soa "A Marselhesa"

Em 30 de julho de 1792, revolucionários franceses marcham de Marselha para Paris entoando um canto de guerra que ficou desde então conhecido como "A Marselhesa" e até hoje expressa o orgulho nacional.

"Avante, filhos da pátria, o dia de glória chegou. O estandarte ensangüentado da tirania contra nós se levanta."
A revolução explode na França. Os reis Luís 15 e 16 levaram o país à ruína. O povo passa fome e levanta-se contra os seus soberanos.
"Ouvis nos campos rugirem esses ferozes soldados? Eles vêm até nós degolar nossos filhos, nossas mulheres!"
Os Estados vizinhos não querem esperar até que a revolução adentre as suas fronteiras e declaram guerra à França. Agora os revolucionários lutam em dois fronts. Contra as potências estrangeiras e as forças que lutam no próprio país para defender o reino.
"Formai vossos batalhões! Marchemos, marchemos, que a nossa terra do sangue impuro se saciará!"
Em 30 de julho de 1792, as tropas revolucionárias marcharam de Marselha para Paris. Os revoltosos entoavam uma marcha marcial que, a partir desse dia, ficou conhecida como A Marselhesa.
A canção da Revolução tornou-se o hino nacional da França em 1795. Ela sobreviveu aos imperadores Napoleão 1º e 3º, à Restauração, às quatro Repúblicas e a duas guerras mundiais. A Quinta República ancorou A Marselhesa no Artigo 2º da Constituição de 1958 como o Hino Nacional. Ela expressa o orgulho nacional francês, embora franceses modernos tenham uma visão muito crítica do seu texto.
Palavras tenebrosas
"A música é palpitante, mas suas palavras são tenebrosas, muito sangrentas. Eu tenho vergonha de usar estas palavras", diz Hélène Butler, que trabalha para empresas francesas na Alemanha. Ela gostaria de ver A Marselhesa adaptada aos tempos atuais. "A música foi composta quando havia muitos motivos para se combater e por isso tem a sua legitimação", concorda a francesa, acrescentando que mudaria apenas algumas palavras.
Não está claro se as palavras que tanto desagradam madame Butler são um legado popular ou da lavra do próprio compositor. Em todo caso, a melodia de A Marselhesa é atribuída a Claude-Josepf Rouget de Lisle.
Autor escapa da guilhotina
O músico amador era na época capitão do Exército em Estrasburgo. O prefeito da cidade o incumbiu da tarefa de compor a música, porque gostaria de oferecer algo especial para os seus convidados. Chamada inicialmente de Canto de guerra para o Exército do Reno, a canção tornou-se um grande sucesso. Espalharam-se muitas cópias até ela chegar em Marselha. As tropas revolucionárias lá estacionadas gostaram da música e a entoaram na sua marcha para Paris e na invasão da cidade.
Ironicamente, Rouget de Lisle não era partidário da Revolução Francesa. Pelo contrário, era fiel à coroa. Mais tarde, o autor do hino nacional escapou por pouco da guilhotina.
Antepassados da consultora Hélène Butler perderam a vida na guilhotina. Mas, mesmo assim, ela se identifica com os ideais daquele tempo: "François Mitterrand disse 'il reste encore la bastille à prendre', o que significa que a Bastilha é um símbolo daquilo contra o que se tem que lutar. E ainda existem muitos problemas contra os quais as pessoas têm que se unir".
Àqueles que encontram coragem para defender-se contra o mal, a História ofereceu um hino: A Marselhesa.

Catrin Möderler (ef) © 2007 Deutsche Welle


2005 - Mort de John Garang, ancien chef de la rébellion sudiste au Soudan

Chef chrétien de la rébellion sudiste au Soudan depuis 1983, l'ancien guérillero John Garang était devenu vice-président du gouvernement de coalition nationale au Soudan le 9 juillet 2005, conformément à l'accord de paix inter-soudanais du 9 janvier. Cet accord avait mis fin à plus de vingt ans de conflit entre le gouvernement islamiste et la région sud, à majorité chrétienne et animiste. Accueilli triomphalement à Khartoum par un million et demi de personnes, John Garang meurt quelques jours plus tard, le 30 juillet 2005, dans un accident d'hélicoptère survenu entre le Soudan et l'Ouganda. Salva Kiir, numéro 2 de l'ex-rébellion, succède à John Garang à la tête du Mouvement populaire de libération du Soudan (MPLS) le 1er août et prête serment au poste de vice-président le 11 août 2005.

©Documentation écrite RFI

0 Comments:

Post a Comment

<< Home