Efemérides

Tuesday, October 16, 2007

Le 16 octobre

1946: Execução de criminosos de guerra nazistas
Tribunal de Nurembergue



No dia 16 de outubro de 1946, foram instalados três cadafalsos no presídio de Nurembergue, para a execução de dez penas de morte contra representantes do regime nazista.



Três cadafalsos foram instalados no presídio de Nurembergue, para a execução de dez penas de morte contra representantes do regime nazista, em16 de outubro de 1946. Conspiração, crimes contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a humanidade – sob estes quatro tipos de acusação, os aliados resumiram os infindáveis crimes cometidos pelos nazistas.

Durante quase um ano, entre novembro de 1945 e outubro de 1946, o Tribunal Militar Internacional reuniu-se em Nurembergue para o julgamento de criminosos nazistas, após a Segunda Guerra Mundial. Nos 218 dias do processo, foram ouvidas pelo Tribunal 236 testemunhas. Cinco mil documentos foram recolhidos e analisados.

Em outubro de 1946, pronunciou-se o veredicto final contra 22 representantes do alto comando da Alemanha de Hitler. Hermann Göring, antigo marechal do regime, foi considerado pelos aliados como "nazista número 1", após as mortes de Hitler, Himmler e Goebbels.

Ao lado de Göring, outros onze acusados foram condenados à morte, entre eles os ex-ministros do Exterior, Joachim von Ribbentrop, e do Interior, Wilhelm Frick, e o ex-chefe de recrutamento de trabalhadores forçados, Fritz Sauckel. À pena máxima foram condenados ainda dois militares do alto escalão do regime nazista: Alfred Jodl e Wilhelm Keitel, chefe do Alto Comando das Forças Armadas.

Exemplo para o mundo

Além das 12 penas de morte, o Tribunal condenou sete nazistas à prisão; em três casos, perpétua. Albert Speer, arquiteto preferido de Hitler e seu assessor, que durante a guerra tornou-se ministro de Armamentos e Munição, recebeu 20 anos de cadeia. Ele foi um dos poucos a confessar sua culpa, distanciando-se explicitamente do regime nazista.

Sob protestos dos membros soviéticos do Tribunal, três dos acusados foram absolvidos.

Ao encerrar os julgamentos, o Tribunal de Nurembergue salientou: "Hitler e seu sistema provocaram um sofrimento enorme, além de privação e miséria, entre o povo alemão. Com o final desse processo, Hitler será desprezado e condenado como um dos autores desse infortúnio. O mundo, no entanto, deverá aprender do ocorrido que ditaduras como formas de Estado deverão não apenas ser odiadas, mas também temidas".

Das 12 penas de morte, apenas 10 foram executadas. Martin Bormann, o assessor mais próximo de Hitler em seu primeiro quartel-general, estava desaparecido, sendo julgado à revelia e condenado à morte.

Hermann Göring suicidou-se na noite anterior ao 16 de outubro. Quando os seguranças do presídio perceberam que Göring mantinha-se estranhamente imóvel deitado sobre seu banco, chamaram seus superiores e um médico. Este constatou a morte de Göring por envenamento. Nunca foi esclarecido quem contrabandeou o veneno para a cela.

Rachel Gessat (sv) © 2007 Deutsche Welle




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