Le 10 octobre
1972: Beuys demitido da Academia de Belas Artes
Joseph Beuys e seu chapéu de feltro: ícone das próximas gerações
Joseph Beuys e seu chapéu de feltro: ícone das próximas gerações
Joseph Beuys não acreditava nas fronteiras entre "vida" e "arte". A 10 de outubro de 1972, o artista foi demitido da Academia de Belas Artes, em Düsseldorf, onde dava aulas.
Um dos mais singulares artistas alemães, Joseph Beuys nasceu no dia 12 de maio de 1921, em Krefeld, oeste da Alemanha. Entre 1927 e 1938 viveu em Kleve, onde freqüentou o ateliê do escultor Achiles Moortgat. Foi obrigado a alistar-se no exército alemão em 1942, aos 19 anos, servindo como piloto da Força Aérea Alemã (Luftwaffe) nos bombardeios da Ucrânia e da Criméia.
Seu avião foi abatido sobre a Criméia e ele acabou gravemente ferido. Socorrido por moradores, teve o corpo coberto de gordura animal e envolvido em feltro para curar-se das queimaduras. O acidente e a forma como sua vida foi salva o marcariam para sempre. As cicatrizes na cabeça o obrigaram a usar um chapéu, sua marca registrada. Já a graxa e o feltro, assim como a cera e o cobre, tornaram-se materiais constantes na sua obra.
Em 1946, retornou à casa dos pais, em Kleve, iniciando os estudos de Ciências Naturais e a dedicação às artes. Estudou com Ewald Mataré, na Kunstakademie (Academia de Belas Artes) de Düsseldorf até 1948. Quatro anos depois, conheceu a antroposofia de Rudolf Steiner e, influenciado pelos seus ensaios sobre as abelhas, desenvolveu a teoria da escultura específica.
Realizou no ano seguinte sua primeira mostra individual, com desenhos e xilogravuras, em Kranenburg e Wuppertal. Em 19 de setembro de 1959, casou-se com Eva Wumbach, professora de Artes. Dois anos depois, foi designado professor da Academia de Belas Artes de Düsseldorf, cidade onde passou a residir.
Seu avião foi abatido sobre a Criméia e ele acabou gravemente ferido. Socorrido por moradores, teve o corpo coberto de gordura animal e envolvido em feltro para curar-se das queimaduras. O acidente e a forma como sua vida foi salva o marcariam para sempre. As cicatrizes na cabeça o obrigaram a usar um chapéu, sua marca registrada. Já a graxa e o feltro, assim como a cera e o cobre, tornaram-se materiais constantes na sua obra.
Em 1946, retornou à casa dos pais, em Kleve, iniciando os estudos de Ciências Naturais e a dedicação às artes. Estudou com Ewald Mataré, na Kunstakademie (Academia de Belas Artes) de Düsseldorf até 1948. Quatro anos depois, conheceu a antroposofia de Rudolf Steiner e, influenciado pelos seus ensaios sobre as abelhas, desenvolveu a teoria da escultura específica.
Realizou no ano seguinte sua primeira mostra individual, com desenhos e xilogravuras, em Kranenburg e Wuppertal. Em 19 de setembro de 1959, casou-se com Eva Wumbach, professora de Artes. Dois anos depois, foi designado professor da Academia de Belas Artes de Düsseldorf, cidade onde passou a residir.
Artista com engajamento político
Em 1967, 20 dias após a manifestação contra o xá da Pérsia em Berlim e o assassinato do universitário Benno Ohnesorg, Beuys fundou o Partido Universitário Alemão. Seu objetivo era a autonomia das escolas superiores e um sistema de seleção mais democrático, sem que os alunos tivessem de comprovar aptidões artísticas para conseguirem uma vaga.
Prosseguiu suas atividades políticas em 1970, quando fundou a Organização dos Não-Eleitores, Plebiscitos Livres. Neste mesmo ano, o Museu do Estado de Hessen expôs em Darmstadt toda a sua obra, com gravuras, pinturas instalações e esculturas, no chamado "Beuys Block".
Em 1971, Beuys ocupou pela primeira vez a secretaria da Academia em Düsseldorf, exigindo a aceitação de alunos rejeitados. No ano seguinte, a 10 de outubro, voltou a ocupar a secretaria, com 60 candidatos rejeitados, tentando forçar a matrícula destes.
No mesmo dia, recebeu uma carta de demissão, assinada pelo então secretário estadual de Pesquisas e Ciências, Johannes Rau (que viria mais tarde a se tornar presidente da Alemanha). Beuys deixou o prédio no dia seguinte, sob escolta policial. Numa carta aberta, intelectuais alemães, como Heinrich Böll e Martin Walser, protestaram contra a demissão sumária do artista e professor. Os universitários manifestaram-se através de greves de fome e passeatas em Düsseldorf.
Em 1967, 20 dias após a manifestação contra o xá da Pérsia em Berlim e o assassinato do universitário Benno Ohnesorg, Beuys fundou o Partido Universitário Alemão. Seu objetivo era a autonomia das escolas superiores e um sistema de seleção mais democrático, sem que os alunos tivessem de comprovar aptidões artísticas para conseguirem uma vaga.
Prosseguiu suas atividades políticas em 1970, quando fundou a Organização dos Não-Eleitores, Plebiscitos Livres. Neste mesmo ano, o Museu do Estado de Hessen expôs em Darmstadt toda a sua obra, com gravuras, pinturas instalações e esculturas, no chamado "Beuys Block".
Em 1971, Beuys ocupou pela primeira vez a secretaria da Academia em Düsseldorf, exigindo a aceitação de alunos rejeitados. No ano seguinte, a 10 de outubro, voltou a ocupar a secretaria, com 60 candidatos rejeitados, tentando forçar a matrícula destes.
No mesmo dia, recebeu uma carta de demissão, assinada pelo então secretário estadual de Pesquisas e Ciências, Johannes Rau (que viria mais tarde a se tornar presidente da Alemanha). Beuys deixou o prédio no dia seguinte, sob escolta policial. Numa carta aberta, intelectuais alemães, como Heinrich Böll e Martin Walser, protestaram contra a demissão sumária do artista e professor. Os universitários manifestaram-se através de greves de fome e passeatas em Düsseldorf.
Cátedra recuperada na Academia
Joseph Beuys fundou, em 1973, a Escola Superior Internacional Livre para Criatividade e Pesquisa Interdisciplinares, em Düsseldorf. Desde 1964, já vinha participando regularmente da Documenta, em Kassel, e, em 1976, colaborou com a Bienal de Veneza.
Somente em 1978 a Justiça lhe deu ganho de causa e a demissão na Academia de Belas Artes foi considerada ilegal. Ele recebeu de volta o título de professor (catedrático) e p'ode continuar usando seu ateliê. Beuys iniciou então uma livre docência na Escola Superior de Artes Aplicadas de Viena e começou a se engajar na criação do Partido Verde.
Em 1979, foi o único artista alemão a participar da 15ª Bienal de São Paulo, onde apresentou a obra Brazilian Fond. No final desse ano, realizou uma grande mostra retrospectiva no Museu Guggenheim, de Nova York. O Museu Seibu, de Tóquio abriu suas portas para Beuys em 1984 e em 1985 ele participou, em Londres, da abertura da exposição Arte Alemã no Século 20. Pintura e Escultura 1905-1985.
Joseph Beuys morreu de parada cardíaca a 23 de janeiro de 1986, em Düsseldorf, após sofrer uma infecção pulmonar. Sua frase "cada pessoa é um artista" se tornou uma das máximas do circuito de artes nos anos que se seguiram. Beuys insistia em abolir as fronteiras entre "vida" e "arte", vendo o mundo como "uma obra" e a arte "como a concretização máxima da liberdade".
Joseph Beuys fundou, em 1973, a Escola Superior Internacional Livre para Criatividade e Pesquisa Interdisciplinares, em Düsseldorf. Desde 1964, já vinha participando regularmente da Documenta, em Kassel, e, em 1976, colaborou com a Bienal de Veneza.
Somente em 1978 a Justiça lhe deu ganho de causa e a demissão na Academia de Belas Artes foi considerada ilegal. Ele recebeu de volta o título de professor (catedrático) e p'ode continuar usando seu ateliê. Beuys iniciou então uma livre docência na Escola Superior de Artes Aplicadas de Viena e começou a se engajar na criação do Partido Verde.
Em 1979, foi o único artista alemão a participar da 15ª Bienal de São Paulo, onde apresentou a obra Brazilian Fond. No final desse ano, realizou uma grande mostra retrospectiva no Museu Guggenheim, de Nova York. O Museu Seibu, de Tóquio abriu suas portas para Beuys em 1984 e em 1985 ele participou, em Londres, da abertura da exposição Arte Alemã no Século 20. Pintura e Escultura 1905-1985.
Joseph Beuys morreu de parada cardíaca a 23 de janeiro de 1986, em Düsseldorf, após sofrer uma infecção pulmonar. Sua frase "cada pessoa é um artista" se tornou uma das máximas do circuito de artes nos anos que se seguiram. Beuys insistia em abolir as fronteiras entre "vida" e "arte", vendo o mundo como "uma obra" e a arte "como a concretização máxima da liberdade".
(rw) © 2007 Deutsche Welle
1947 - Début de la grande grève des cheminots africains
Malgré les progrès de la législation du travail dans les colonies au moment du Front populaire, les revendications d'égal traitement entre les salariés des colonies d'Afrique et la métropole s'amplifient après la Deuxième guerre mondiale, qui a vu les Africains participer aux combats pour la libération. Le 10 octobre 1947, les cheminots de l'Afrique occidentale française lancent une grève de grande ampleur afin d'obtenir l'égalité de traitement, aboutissant cinq mois plus tard à la signature d'un nouveau protocole, le 19 mars 1948. Cette grève, qui eut un retentissement considérable en Afrique occidentale, est évoquée par Ousmane Sembène dans son roman "Les Bouts de bois de Dieu" (1960). La grève générale des syndicats en AOF en 1952 amènera les autorités françaises à faire voter le Code du travail des territoires d'outre-mer (loi du 15 décembre 1952), qui légalisera pleinement les syndicats dans les colonies françaises d'Afrique et y instituera une législation du travail comparable à celle de la métropole.
©Documentation écrite RFI
©Documentation écrite RFI
0 Comments:
Post a Comment
<< Home