Efemérides

Tuesday, September 04, 2007

1949: Tumultos após concerto de Paul Robeson

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: A polícia praticamente nada fez para conter a ira dos manifestantes
No dia 4 de setembro de 1949, protestos interromperam a apresentação do ator e cantor negro Paul Robeson em Nova York.

O ator e cantor negro Paul Robeson transformou a canção Old Man River do musical Showboat num hino da esquerda contra a injustiça e a opressão. O mais famoso artista afro-americano dos Estados Unidos também foi um ativista político. Segundo o ator, poeta e roteirista Saul Williams, que fez o papel principal em Slam (1998), "Paul Robeson sempre seguia seu coração e conseguia atingir a alma das outras pessoas."

Na Conferência Mundial da Paz de 1948 em Paris, Robeson declarou que os negros norte-americanos não deveriam ir para a guerra por um governo que os oprimiu durante várias gerações. A reação da opinião pública dos EUA foi imediata, como lembra Ben Hersh, de Peekskill, uma pequena cidade no norte do Estado de Nova York:

"Na época, reinava um clima anticomunista em toda esta região, sobretudo entre os veteranos de guerra. O lema dos grupos de oposição em Peekskill era "Acorda Amerika!" E Peekskill acordou. Muitos moradores colaram adesivos com esse lema nas janelas e nos pára-brisas de seus automóveis."


Espetáculo adiado


No final de agosto de 1949, uma multidão incitada pela imprensa local impediu a realização de um concerto ao ar livre de Paul Robeson em Peekskill. Em seguida, um novo espetáculo foi marcado para 4 de setembro, desta vez sob rigorosas medidas de segurança. Paul Robeson Junior lembra que não foram só os sindicalistas que formaram um anel de proteção ao redor da arena do espetáculo:

"As forças de segurança eram compostas também por ex-combatentes do exército. Tudo fora organizado como numa operação militar, mas sem armas. Nem todos os grupos de veteranos pensavam como os direitistas e a plebe exaltada. De forma alguma."

O cantor e ativista Pete Seeger diz que o clima dominante em Peekskill, naquela noite de setembro, era de perseguição aos comunistas. Essa atmosfera tinha sido incitada na véspera do concerto de Paul Robeson por um editorial do jornal "Evening Star", bem como por um discurso do então secretário da Defesa Louis Johnson. Pete Seeger:

"Ninguém sabe exatamente como os ataques foram organizados. A Legião Americana e algumas outras organizações de veteranos estavam envolvidas, mas foi sobretudo o Ku Klux Klan que mobilizou atiradores de pedras. Eles haviam infiltrado representantes até na polícia. Estive com toda a minha família no concerto. Cantei três canções antes de Paul Robeson pisar no palco. Todos os vidros do nosso carro foram quebrados. Tenho certeza que tinha gente querendo matar Robeson. Antes do início do concerto, um franco-atirador foi descoberto numa árvore."


Tumulto após o concerto


Paul Robeson conseguiu apresentar-se diante de 25 mil pessoas, em 4 de setembro de 1949. Mas, após o espetáculo, a polícia permitiu que uma multidão branca atirasse pedras nos espectadores que voltavam para casa. Inúmeros carros foram danificados e centenas de pessoas saíram feridas nos tumultos. À saída do espetáculo, o público foi prensado por um túnel de ódio dos brancos que cercavam as ruas das cidade.

Os gritos de "Volta pra Rússia!" ou "Te manda, negro!" eram até inofensivos diante dos ataques violentos contra o público. A espectadora Ellen Perlo relembra:
"Em ambos os lados das ruas, encontravam-se as mesmas pessoas que já nos haviam recebido com insultos. Só que agora, em vez de insultos, veio uma chuva de pedras. Tremíamos, com medo de tamanha barbárie."

Uma comissão de inquérito instituída pelo governador de Nova York transformou os agressores e a polícia em vítimas. Somente anos depois é que as autoridades admitiram ter observado passivamente os violentos distúrbios de Peekskill.



Michael Kleff (gh) | © 2007 Deutsche Welle


1947 - Premier festival d'Avignon

Convié par le poète René Char et le critique d'art Christian Zervos à présenter trois spectacles durant la "Semaine d'Art en Avignon" qui se déroule du 4 au 10 septembre 1947, le metteur en scène et comédien Jean Vilar poursuit l'expérience l'année suivante lors du premier "Festival d'art dramatique en Avignon." Nommé en 1951 directeur du Théâtre national populaire (TNP) au Palais de Chaillot, bientôt emblématique du renouveau théâtral français, Jean Vilar dirigera le festival et y présentera les créations du TNP, tentant de conquérir un large public avec un répertoire élevé lors d'une manifestation qu'il veut à la fois novatrice, festive et populaire.

©Documentation écrite RFI

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