Efemérides

Tuesday, August 07, 2007

1937: Frente unida na China


Da esq. para a dir.: Qin Bangxia, Chu En-lai, Chu-Teh e Mao Tsé-tung (foto 1934–1936)

Em 7 de agosto de 1937, Mao Tsé-tung e Chiang Kai-chek decidiram cooperar, na chamada "segunda frente unida", para expulsar os japoneses.


No começo dos anos 1930, a China era sacudida por guerras. Os japoneses haviam ocupado a Mandchúria, no nordeste, e avançavam em direção ao sul. Saqueavam cidades, incendiavam aldeias, estupravam mulheres e assassinavam homens.
O país encontrava-se também em guerra civil. Uma parábola desse cenário apocalíptico é o livro A cidade dos gatos, escrito por Lao She, em 1932. No romance, os gatos se destroçam no planeta Marte. Um astronauta observa, assombrado, o banho de sangue. Na realidade, eles deveriam se unir para enfrentar o agressor: o Japão.
O romance de Lao She virou best-seller na China. Estudantes e intelectuais estavam fartos da guerra civil. Ninguém entendia por que os nacionalistas e comunistas só brigavam entre si como os gatos, e não se uniam contra o Japão.
Chiang Kai-chek, porém, não ouvia o clamor por uma "pátria unida". Queria, primeiro, liquidar os "bandidos comunistas" e, depois, o Japão. O líder do Partido Comunista, Mao Tsé-tung, negava-se igualmente a colaborar com o odiado general, cuja ascensão ao poder deixara um rastro de corrupção e assassinatos.
A "segunda frente"
Um jovem general nacionalista, Zhang Xueliang, e Josef Stalin forçaram um entendimento entre Mao Tsé-tung e Chiang Kai-chek. Em dezembro de 1936, Xueliang seqüestrou seu superior em Xi'an – a velha cidade imperial –, soltando-o somente depois que este prometeu cooperar com os comunistas.
Ao mesmo tempo, Stalin enviara um telegrama a Mao, em Yan'an, a base dos comunistas no noroeste, exigindo que ele se aliasse ao Partido Nacionalista contra os "fascistas asiáticos".
Mao Tsé-tung, na verdade, queria processar Chiang Kai-chek, mas acabou cedendo à pressão de Moscou. Em 7 de agosto de 1937, os dois inimigos decidiram cooperar, na chamada "segunda frente unida", para expulsar os japoneses. A primeira aliança dos comunistas e nacionalistas contra os "senhores da guerra" durara de 1923 a 1927.
Ambos os lados tiveram de fazer concessões. O Partido Comunista adiou a planejada "revolução social" e renunciou a desapropriações nos sovietes. Os nacionalistas autorizaram os comunistas a abrir escritórios em seus territórios.
O Exército Vermelho passou a se chamar Oitavo Exército Vermelho, formalmente comandado por Chiang Kai-chek. Os ordens diretas, no entanto, eram dadas pelos líderes da Grande Marcha de 1934–1935, quando 90 mil comunistas se deslocaram 9 mil quilômetros para o norte, para escapar ao cerco do Kuomintang.
Concessão fatídica
Chiang Kai-chek logo se arrependeu das concessões feitas a Mao Tsé-tung. Enquanto seu partido gradativamente perdia o apoio da população, os comunistas conquistavam cada vez mais adeptos.
A fama dos nacionalistas piorava continuamente. Em seus territórios, eles se comportavam como invasores. Obrigavam os agricultores a irem para as frentes de trabalho e cobravam cada vez mais impostos.
Enquanto isso, os líderes e soldados comunistas conquistavam simpatia por reduzirem as taxas de arrendamento e ajudarem na colheita os agricultores recrutados para o exército. A ordem de Mao era que o exército se comportasse "como um peixe na água" em relação ao povo.
Para tentar conter a afluência às tropas de Mao, Chiang Kai-chek mandou atacar os revolucionários, em janeiro de 1941. Três mil soldados comunistas foram mortos e, em conseqüência, a direção do Partido Comunista abandonou a frente unida.
Depois da União Soviética, os EUA tentaram impedir a guerra civil chinesa. Eles queriam que a coalizão entre comunistas e nacionalistas fosse mantida. A China era um palco secundário da Segunda Guerra Mundial, ideal para desviar a atenção do Japão. Chiang Kai-chek e Mao Tsé-tung deveriam concentrar-se na luta contra os agressores e não desperdiçar suas forças. Com a rendição do Japão aos Aliados, no final da Segunda Guerra em 1945, nacionalistas e comunistas travaram suas últimas batalhas na China. O Exército Vermelho já contava um milhão de soldados – dez vezes mais do que em 1937. Apesar da ajuda que recebeu dos Estados Unidos, Kai-chek não conseguiu deter as ofensivas do Partido Comunista. Derrotado, fugiu em 1949 para o Taiwan.

Kirstin Wenk (gh) © 2007 Deutsche Welle


2002 - Alvaro Uribe investi président en Colombie

Outsider de la vie politique colombienne, dissident du Parti libéral, l'ancien maire de Medellin Alvaro Uribe est élu dès le premier tour de l'élection présidentielle le 26 mai 2002, avec 53% des voix. Investi le 7 août 2002, il succède à Andres Pastrana dont les tentatives d'accord de paix avec la guérilla des FARC ont échoué. Quatre ans plus tard, soutenu par une coalition de six partis, il est réélu au premier tour le 28 mai 2006, avec plus de 62% des voix.

©Documentation écrite RFI

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