Efemérides

Tuesday, August 14, 2007

1900: Força expedicionária alemã em Pequim


Oficiais e soldados alemães foram enviados para combate na China

Esta é uma das notas de pé de página mais dramáticas e ao mesmo tempo bizarras da história colonial alemã. Em 1900, membros de uma organização clandestina chinesa, treinados em kung fu, cercaram o bairro em que ficavam as embaixadas em Pequim. A chamada Rebelião dos Boxers, porém, não se restringiu à capital chinesa.
O jornal Berliner Morgenpost noticiava em sua edição de 16 junho de 1900 que "a Rebelião dos Boxers, nos últimos dias, transformou-se gradativamente numa revolta geral da China contra as potências estrangeiras. A ameaça aos estrangeiros em Pequim chegou ao ponto de poder provocar um acontecimento terrível nas próximas horas".
Quatro dias depois, a situação ficou crítica para as delegações diplomáticas em Pequim: em 20 de junho de 1900, os rebeldes fuzilaram o embaixador alemão, Klemens von Ketteler. Os tiros marcaram o início do cerco ao bairro dos diplomatas, onde se encontravam quatro mil estrangeiros e chineses. Os representantes do exterior enfrentaram 56 dias de terror e medo.
Resistência à influência européia
A Revolta dos Boxers teve dois motivos: a longa intromissão européia na economia chinesa e a decadência da corrupta dinastia Ching, que dominou o país por 250 anos. A partir do século 19, a influência do Ocidente começou a colocar em xeque o império chinês. Os ingleses, por exemplo, inundaram a China por 200 anos com ópio trazido de suas colônias na Índia.
A tentativa chinesa de impedir as importações da droga resultou na Guerra do Ópio (1839–1842), vencida pela Inglaterra. Além do monopólio do comércio do produto, os britânicos – aliados aos franceses – conquistaram nos anos seguintes a abertura de cinco portos chineses ao Ocidente e a posse de Hong Kong.
Por volta de 1850, o domínio estrangeiro na China já era avassalador. Em 1858, a Alemanha, França, Rússia e os Estados Unidos obtiveram a abertura de mais 11 portos chineses. No final do século 19, o país não tinha mais forças para resistir às pressões das potências coloniais. Em 1885, a China cedeu o Vietnã à França e, nove anos mais tarde, perdeu o arquipélago de Taiwan para o Japão.
Pretensão alemã
Mas o regime de Tzu-Hsi, viúva do imperador, estimulou o surgimento de um movimento de resistência popular. Foi aí que se formou a organização clandestina Yi-he quan – "punho da justiça e da unidade". O movimento dos boxers surgiu justamente em Shandong, uma província costeira colonizada pelos alemães, que ali pretendiam fundar uma colônia-modelo, uma "Hong Kong alemã" nos moldes da britânica.
Os novos senhores imperiais, que comparavam as montanhas dos arredores à Floresta Negra, porém, haviam escolhido uma das regiões tradicionalmente mais agitadas da China para a sua maior aventura colonial. Por isso, não foi por acaso que o emissário alemão reagiu impulsivamente aos boxers de "sua região", que sitiaram as embaixadas em Pequim. Sua conduta inflexível, no entanto, custou-lhe a vida.
Irritado, o imperador Guilherme 2º exigiu vingança e enviou reforços para as tropas alemãs estacionadas e envolvidas em conflitos na China. Junto com os aliados ingleses e franceses, ele pretendia impor um exemplo de domínio colonial. A Revolta dos Boxers teve um saldo de milhares de chineses e cerca de 300 estrangeiros mortos. Em 14 de agosto de 1900, a rebelião foi sufocada em Pequim com a ajuda de tropas ocidentais e japonesas.
Para os alemães, o drama teve um fim grotesco. O imperador Guilherme ordenara aos integrantes da força expedicionária que se "comportassem como os hunos" (povo bárbaro da Ásia Central, que invadiu a Europa, sob a chefia de Átila, no século 5º). "Não haverá perdão. Não serão feitos prisioneiros", disse.
Condições humilhantes
Quando os soldados alemães chegaram à China, as delegações estrangeiras haviam sido libertadas há tempo. Em conseqüência da derrota, a China foi novamente obrigada a ceder: os Estados Unidos impuseram a política da "porta aberta", pela qual o Ocidente se comprometeu a respeitar a integridade territorial, em troca da total abertura comercial do país.
Cumprindo uma das determinações humilhantes do acordo de paz, um príncipe chinês viajou a Berlim para se desculpar oficialmente pelo assassinato do embaixador alemão. A economia chinesa foi castigada por pesadas reparações de guerra. O decadente império chinês não conseguiu mais se recuperar desse golpe. Treze anos depois, o último imperador da China foi derrubado e o país afundou na anarquia.

Barbara Fischer (gh) © 2007 Deutsche Welle


2006 - Le Nigeria rend officiellement la péninsule de Bakassi au Cameroun

Le 12 juin 2006, le Nigeria et le Cameroun signent sous l'égide des Nations unies un accord visant à mettre fin à un différend frontalier hérité de l'ère coloniale autour de la péninsule de Bakassi, sur le golfe de Guinée. Saisie dès 1994 par le Cameroun suite à des affrontements, la Cour internationale de justice (CIJ) de La Haye lui avait attribué en octobre 2002 la souveraineté sur cette péninsule riche en pétrole et en poissons. L'accord du 12 juin 2006 prévoit le retrait des troupes nigérianes dans un délai de 60 jours et le maintien temporaire de l'administration par Abuja des îles d'Atabong et d'Abana, à l'ouest de la péninsule. Le 14 août 2006, le Nigeria remet officiellement la péninsule de Bakassi au Cameroun lors d'une cérémonie à Archibong.

©Documentation écrite RFI

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