Efemérides

Thursday, August 09, 2007

1896: Otto Lilienthal faz seu último vôo

Uma 'asa' original de Lilienthal é usada por Hans Richter em 1926

Em 9 de agosto, o engenheiro caía durante uma tentativa de vôo em Berlim. Gravemente ferido, morreria um dia depois do acidente. Até então, Lilienthal fizera milhares de vôos a vela com diferentes modelos de planador.


9 de agosto de 1896, à encosta da montanha Gollenberg, cerca de 60 km a noroeste de Berlim. O serviço meteorológico de Potsdam anuncia a previsão de tempo estável, temperatura média de 20ºC e possibilidade de ventanias.
Vestido de calça bombacha e camisa de algodão, Otto Lilienthal se ajusta na sua parafernália de vôo, feita de vime e tecido. Seu mecânico, Paul Beylich, tenta dissuadi-lo do empreendimento: "Não sei não, Otto, o tempo está bom, mas fico meio preocupado com o vento. Não seria melhor deixar o vôo para amanhã?" Mas Otto não se deixa convencer, prometendo que este seria o último do dia.
Ele desce alguns passos, decola bem e sai sobrevoando o vale. Até que uma repentina rajada de vento o faz perder o controle sobre o mecanismo e Otto despenca de uma altura de mais de 15 metros. Após o acidente, ele não sente mais suas pernas. Uma fratura na coluna o deixara paraplégico.
"Todo mundo tem que sacrificar alguma coisa." Estas teriam sido suas últimas palavras. No dia seguinte, 10 de agosto de 1896, Otto Lilienthal morria como primeira vítima da aviação moderna.
Observação das aves
Seu irmão menor, Gustav, não estava presente no momento do acidente. Com ele, Otto, ainda aos 14 anos, tinha construído e testado seus primeiros mecanismos de madeira, inspirados nas asas de cegonha. Ele costumava observar com toda atenção o vôo de gaivotas e cegonhas ou empinar pipas, para investigar melhor as condições aerodinâmicas.
Foi a partir dessas observações que acabou deduzindo o princípio da impulsão, ainda desconhecido da maioria dos físicos da época. Ele descobriu que a asa deveria ser abaulada, para ser sustentada pela corrente de ar.
Em 1889, Otto Lilienthal publicou seu livro O vôo das aves como fundamento da arte de voar (Der Vogelflug als Grundlage der Fliegekunst), uma das mais importantes obras de referência do século 19.
No entanto, só depois de muitos experimentos áridos e exercícios enfadonhos é que conseguiu realizar seu sonho de voar. Isso ocorreu num dia de verão de 1891. Posteriormente, o francês Ferdinand Ferber, pioneiro da aviação, reconheceria que este foi o dia em que o ser humano aprendeu a voar.
Milhares de tentativas e mecanismos diversos
Nos cinco anos posteriores, Lilienthal fez um vôo atrás do outro. Até sua morte, foram mais de 3 mil tentativas. Às vezes, até 80 vezes por dia. Pés torcidos e braços quebrados já faziam parte do seu cotidiano. Com o tempo, Lilienthal conseguiu fazer vôos a vela de até 250 metros. Ele experimentou 18 mecanismos diferentes, o maior deles com sete metros de envergadura.
Além disso, ele chegou a fazer negócios com seus inventos. Como primeiro fabricante, anunciava seus mecanismos de vôo em todo o mundo: "Planador para exercitar a arte do vôo por 500 marcos". Das instruções de segurança de seus produtos, constava a seguinte advertência: "Pense bem: você só tem um pescoço para quebrar".
Otto Lilienthal sabia do perigo a que estava se expondo. No entanto, sua paixão e sua sede de conhecimento eram maiores que seu medo. O acidente que culminou com sua morte ocorreu na época em que ele já estava se sentindo relativamente seguro em seus vôos.
Pode-se dizer que ele morreu enquanto exercia seu hobby, pois este era apenas um lado de sua vida. Otto Lilienthal era engenheiro mecânico, inventor, fabricante, empresário e pai de quatro filhos. Certa vez, ele chegou a exclamar, nervoso: "Sou pai de família e tenho outras obrigações mais importantes do que ensinar o ser humano a voar". No entanto, querendo ou não, ele ensinou.

Judith Hartl (si) © 2007 Deutsche Welle


1982 - Massacre de la rue des Rosiers à Paris

Le 9 août 1982, rue des Rosiers à Paris, deux hommes armés de pistolets-mitrailleurs tuent en moins de cinq minutes six personnes, en blessent vingt-deux autres et saccagent le restaurant Goldenberg. Moins de deux ans après l'attentat à la bombe de la rue Copernic, le choc est immense en France. Le massacre s'inscrit dans une série d'attentats commis en Europe contre des synagogues ou des personnalités israéliennes, impliquant le groupe palestinien Abou Nidal. Malgré le soupçon qui pèse sur le groupe terroriste et deux néo-nazis allemands, l'enquête n'a pas permis d'établir formellement les auteurs de la tuerie.

©Documentation écrite RFI


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