Efemérides

Tuesday, October 23, 2007

Le 23 octobre

2005
Lech Kaczynski élu président en Pologne
Lech Kaczynski, 56 ans, dont le parti conservateur (PiS), mené par son frère jumeau Jaroslaw, est arrivé en tête aux législatives du 25 septembre, remporte l'élection présidentielle au deuxième tour avec 54,04% des voix. Arrivé en tête au premier tour, le candidat libéral Donald Tusk, chef de la Plateforme Civique (PO) obtient face à lui 45,96% des voix. Militant de l'opposition sous le régime communiste, pilier de Solidarité, Lech Kaczynski devient l'éminence grise de Lech Walesa. Ministre de la Justice dans un gouvernement de Solidarité en 2000, adepte d'une politique sécuritaire, Lech acquiert la réputation d'un homme fort et incorruptible dans un climat politique miné par les affaires de corruption. Catholique, défendant les valeurs morales traditionnelles de la Pologne, il prône une forte intervention publique en matière économique et sociale. Le nouveau président est investi le 23 décembre 2005.
2002
Prise d'otages dans un théâtre à Moscou
Le soir du 23 octobre 2002, en pleine représentation de la comédie musicale "Nord-Ost", le théâtre de la Doubrovka, à Moscou, est investi par un commando indépendantiste tchétchène mené par Movsar Baraïev. 41 terroristes, dont 19 femmes, vont y retenir près de 800 personnes en otage pendant 58 heures, demandant "que la guerre finisse" en Tchétchénie. Armés et bardés d'explosifs, ils menacent de tout faire sauter en cas d'attaque. Le 26 octobre au matin, après deux jours et trois nuits d'attente, les forces spéciales russes lancent l'assaut à grand renfort de gaz incapacitant, un dérivé du Fentanyl. Tous les membres du commando sont tués. Parmi les otages, dont cinq ont été abattus par les terroristes les jours précédents, on comptera 124 morts asphyxiés par le gaz, dûs à la désorganisation et l'insuffisance des secours. Le 1er novembre, la prise d'otages sera revendiquée par le chef de guerre tchétchène Chamil Bassaïev.

©Documentation écrite RFI




1954: Assinatura dos Tratados de Paris
Adenauer em discurso no Bundestag

Com a assinatura dos Tratados de Paris, em 23 de outubro de 1954, a jovem República Federal da Alemanha inseriu-se no contexto das alianças ocidentais.
"Termina hoje para a República Federal da Alemanha o período de ocupação. O governo alemão constata com profunda satisfação que somos um Estado livre e independente." O chanceler federal Konrad Adenauer discursou com grande orgulho diante do Parlamento alemão: com a entrada em vigor dos Tratados de Paris, a jovem república adquiriu a sua completa soberania. Os acordos celebrados na capital francesa incluíam quatro pontos:
A reformulação do tratado sobre a Alemanha, com o cancelamento do status de país ocupado.
A filiação da Alemanha à União da Europa Ocidental, a aliança européia de defesa.
A integração da Alemanha Federal como integrante da Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte.
O chamado "Estatuto do Sarre", que previa a autonomia da região do Sarre, sob controle europeu.
Divisão da Alemanha, o pomo da discórdia
Os políticos da oposição não queriam compartilhar então o entusiasmo do governo. O presidente do SPD (Partido Social Democrata da Alemanha), Erich Ollenhauer, criticou Adenauer, afirmando que os Tratados de Paris consolidariam a divisão da Alemanha:
"Para o povo alemão, o cancelamento do direito de ocupação existente até agora na região em que vigora a Lei Fundamental não é motivo para comemoração. A Alemanha continua dividida. Só se poderá falar em soberania da Alemanha quando a Alemanha estiver reunificada em liberdade."
Esta polêmica entre a oposição e o governo era mais antiga que a própria República Federal da Alemanha. Pois, desde o fim da guerra, os alemães se viram confrontados com o problema da divisão do seu país, sendo que no correr do tempo as duas partes se viram não apenas em blocos diferentes, mas até mesmo em blocos inimigos.
Dois caminhos eram debatidos na política alemã. Para alguns, a reunificação do país era meta política prioritária. Esta era a posição do SPD, que estava disposto a examinar a proposta da União Soviética de aceitar a reunificação da Alemanha, desde que ela assumisse uma neutralidade completa.
Desejo de inserção nas estruturas ocidentais
Os outros só viam o futuro da Alemanha num estreito relacionamento com o Ocidente e na sua inserção em estruturas européias ocidentais. Deste grupo fazia parte, decididamente, o então chanceler federal Konrad Adenauer.
No seu primeiro pronunciamento oficial como chefe de governo, ele já fixara tal orientação: "A integração da Europa continua sendo uma das metas principais da política alemã. Somos de opinião de que a criação de um exército europeu significará um progresso muito substancial no caminho do objetivo final de integração da Europa".
Com a integração no Ocidente, Adenauer esperava também a rápida recuperação da soberania. Mas isto também implicava o rearmamento e a filiação às alianças militares ocidentais, o que era um fato extremamente polêmico entre os alemães. Sindicalistas, pacifistas e organizações eclesiásticas criaram então o primeiro movimento de resistência extraparlamentar na República Federal da Alemanha.
Resistência
Gustav Heinemann, posteriormente presidente da Alemanha, deixou a CDU (União Democrata Cristã), em protesto contra a política de remilitarização do país. Ele era um dos adversários mais ferrenhos dos Tratados de Paris. Na histórica Igreja de São Paulo, em Frankfurt, ele conclamou à resistência contra a política de Adenauer:
"Nenhum de nós deixa de levar a sério a crise que será gerada pela rejeição dos Tratados de Paris. Mas esta crise nos parece o mal menor, em comparação à catástrofe que significaria para nós e para a Europa a consolidação da divisão alemã por tempo indeterminado. O rearmamento da Alemanha Ocidental não é nenhum caminho para a reunificação e para a configuração da Europa. Quem busca a integração num bloco militar, pode até falar muito de reunificação, mas está ao mesmo tempo impedindo que ela aconteça."
Apesar dos protestos maciços, o Parlamento alemão ratificou os Tratados de Paris no dia 27 de fevereiro de 1955. Com a sua entrada em vigor, no dia 5 de maio do mesmo ano, a República Federal da Alemanha adquiriu a sua completa soberania.

Rachel Gessat (am) © 2007 Deutsche Welle

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