Efemérides

Wednesday, July 11, 2007

2002
L'îlot du Persil, crise entre l'Espagne et le Maroc
Le 11 juillet 2002, une douzaine de gendarmes marocains s'installent sur l'îlot inhabité du Persil, à 160 mètres des côtes du Maroc, pour y installer un poste de surveillance. Confetti de l'empire espagnol en Afrique, l'îlot rocheux, appelé "Perejil" par l'Espagne et "Leila" par le Maroc, a hérité d'un statut international ambigu lors du processus de décolonisation. Selon Madrid, Perejil, qui n'appartient à aucune entité administrative espagnole, doit rester démilitarisé en vertu d'un accord tacite passé avec le Maroc. De son côté, Rabat considère que l'îlot est situé dans ses eaux territoriales et lui a été rendu en 1956, à la fin du protectorat espagnol sur la zone nord du royaume. La crise s'inscrit dans un contexte de tension entre le Maroc et l'Espagne, dont les discussions achoppent depuis des années sur la pêche, le Sahara occidental ou l'immigration clandestine. Le 17 juillet, après plusieurs demandes de retrait appuyées par l'Union européenne, l'Espagne envoie ses troupes récupérer l'île, intervention que Rabat dénonce comme une "déclaration de guerre". Une médiation américaine sera nécessaire et aboutira le 20 juillet à l'accord de Rabat, au terme duquel l'îlot doit rester démilitarisé et retrouver le statu quo ante.

©Documentation écrite RFI


1968: Estréia alemã de "Era uma Vez no Oeste"
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Uma das antológicas imagens de 'Era uma vez no Oeste'
No dia 11 de julho de 1968, estreou nos cinemas alemães o filme "Era uma Vez no Oeste", dirigido por Sergio Leone. O filme se tornou um clássico não só pelo seu enredo espetacular, mas também pelo elenco (Charles Bronson, Claudia Cardinale e Henry Fonda) e sua música (Ennio Morricone).

Três homens numa estação ferroviária, à espera de alguém. De quem, o espectador no cinema não sabe. Os minutos correm. O suor dos homens contagia os espectadores, o suspense torna-se quase insuportável. Gotas d’água e moscas transformam-se em instrumentos de tortura. As imagens em close up dominam a tela.

Então, o primeiro diálogo:

– Onde está Frank?

– Frank não tinha tempo.

– Vocês têm um cavalo para mim?

– Ha, ha, olhando em volta, eu só vejo três. Será que temos um a menos?

– Vocês têm dois a mais.

O próprio início de "Era uma vez no Oeste" tornou-se legendário, um mito do cinema moderno. E a ele somava-se uma trilha sonora incomparável: poucas composições na história do cinema foram tão marcantes como a composta pelo italiano Ennio Morricone. Sob diversos aspectos, "Era uma Vez no Oeste" consagrou-se como um clássico do cinema e um modelo de filme: música, encenação, direção, fotografia – em tudo isso, o filme criou um novo padrão em 1968.

Com o seu filme "Por um Punhado de Dólares", o diretor Sergio Leone inventara o gênero denominado de spaghetti western, o qual ele próprio consolidaria com duas continuações. Com "Once Upon a Time in the West" (título original de "Era uma Vez no Oeste"), Leone voltou a criar uma obra-prima de caráter próprio, mesclando a mitologia do faroeste americano com a ópera européia.

"Era uma Vez no Oeste" é a narração de uma viagem a um país distante, que se chama Estados Unidos da América. Mas refere-se a uma "Atlântida", a um paraíso perdido. Leone trouxe da sua viagem as imagens da terra prometida, imagens de um anseio, de um sonho. Ele interligou essas imagens com os recursos de uma forma mediterrânea de expressão artística, a ópera. No seu dicionário do filme de faroeste, o crítico Joe Hembus atribuiu a "Era uma Vez no Oeste" tanta afinidade com Giuseppe Verdi como com John Ford.

A história narrada pelo filme é bastante conhecida. O caladão Charles Bronson, cujo personagem não tem nome no filme, busca vingança. Quando criança, ele fora envolvido num ritual macabro de assassinato, sendo obrigado a tocar uma canção na gaita enquanto o seu pai era enforcado.

Paralelamente, Leone conta também a história da conquista do Oeste pela ferrovia, a história da linda prostituta Jill (Claudia Cardinale), do bandido Frank (Henry Fonda) e do velhaco de boa índole Cheyenne (Jason Robards), em imagens belíssimas e diálogos lacônicos, que são tão simples como verossímeis:

– Ninguém sabe o que o futuro trará. Por que eu estou aqui? Eu quero a fazenda ou a mulher? Não. Você é o motivo. E vai me dizer agora, quem você é!

– Algumas pessoas morrem de curiosidade.

Isso se confirma no final. O nobre Henry Fonda, que em toda a sua longa e bem-sucedida carreira anterior sempre encarnara o mocinho, sucumbe sobre o chão poeirento. Morto por Charles Bronson, que quase sempre fazia o papel do malvado. Também essa inversão de papéis foi um choque para os espectadores da época.

Em "Era uma Vez no Oeste" juntava-se muita coisa e eram muitas as interpretações possíveis naquele ano de 1968. Capitalismo e revolução, cultura clássica e cultura pop americana, mitologia grega e ópera, amor e tragédia: ou seja, cinema na sua forma mais pura e perfeição original, além de uma música que, ainda hoje, dá um arrepio na espinha.

Jochen Kürten |© 2007 Deutsche Welle

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