1 de Julho - Dia Mundias das Bibliotecas
1907
"Les Demoiselles d'Avignon" de Picasso, premier tableau de l'art moderne
Avec "Les Demoiselles d'Avignon", achevé en juillet 1907, le peintre espagnol Pablo Picasso (1881-1973) marque une rupture radicale avec la tradition picturale. Inspiré de l'orientalisme d'Ingres, du fauvisme et de la sculpture africaine, cette œuvre introduit une série d'innovations majeures qui vont ouvrir la voie au cubisme et à tous les courants abstraits de l'art moderne. La représentation géométrique et simultanée de différents angles des sujets - cinq prostituées - multiplie les points de vue, déforme les visages et les corps placés sur un même plan dont profondeur et perspective sont quasiment absentes. Inspiré par une maison close barcelonaise de la rue d'Avinyo, le tableau prendra son nom définitif en 1916. Présenté pour la première fois en public en 1937, "Les Demoiselles d'Avignon" est exposé au Museum of Modern Art de New York.
©Documentation écrite RFI
1997
Rétrocession de Hongkong à la Chine
Le bail que l'empire des Quing avait accordé à la Grande-Bretagne pour une durée de 99 ans par la seconde convention de Pékin (1898) prend fin le 30 juin 1997. Le territoire constitué de l'île de Hongkong et d'un morceau du continent autour de l'agglomération de Kowloon, redevient chinois après 150 ans de colonisation britannique. Les conditions de la rétrocession sont inscrites dans la Déclaration conjointe sino-britannique du 26 septembre 1984, qui garantit à la zone administrative spéciale une grande autonomie et des droits politiques à ses habitants.
©Documentation écrite RFI
2006
Entrée en vigueur de la taxe de solidarité sur les billets d'avion
Lancée par le président français Jacques Chirac, la taxe de solidarité sur les billets d'avion entre en vigueur le 1er juillet 2006. Allant jusqu'à quarante euros, elle sera payée par chaque passager au départ d'un aéroport français. Elle doit permettre de financer la nouvelle centrale d'achats de médicaments UNITAID, destinée à fournir des médicaments à faible coût contre le sida, le paludisme et la tuberculose. Après la France, dix-sept autres pays se sont engagés à s'associer à cette initiative.
©Documentation écrite RFI
1943: Judeus alemães submetidos a vigilância policial
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Prisioneiras judias chegam ao campo de concentração de Auschwitz
No dia primeiro de julho de 1943, a perseguição à população judaica no Terceiro Reich chega a um novo climax. Através de decreto, os judeus passam a ser assunto da polícia nazista. A partir de então, eles ficaram juridicamente sem qualquer proteção.
"Vocês sabem do que se trata, mas mantenham sigilo. Talvez mais tarde se possa ponderar se foi conveniente ou não termos revelado mais detalhes sobre isso ao povo alemão. Acredito ser melhor nós todos suportarmos isso pelo nosso povo, assumirmos a responsabilidade e, então, levarmos o segredo para o túmulo."
Estas palavras foram ditas por Heinrich Himmler, chefe da SS e operador pedante de uma máquina mortífera, no outono europeu de 1943, diante das lideranças nacionais e distritais do partido nazista, sobre sua intenção de "dar a solução final ao problema judeu".
Dez anos antes, com a vitória do nazismo sobre a democracia, o anti-semitismo tornara-se doutrina oficial na Alemanha. A crescente perseguição passou pelo boicote a empresas e estabelecimentos comerciais de judeus, em abril de 1933, intensificou-se com a discriminação dos judeus no meio profissional, nas universidades, escolas, teatros e chegou ao auge com a completa marginalização social pelas "Leis de Nurembergue", de 1935.
Fogões lacrados
Hans-Oskar Löwenstein relembra: "Os nazistas confiscaram quase todos os pertences dos judeus: telefones, rádios, toca-discos, máquinas fotográficas. O único equipamento que se podia usar eram os óculos. A água quente foi bloqueada, assim como o acesso aos elevadores e às sacadas de frente para a avenida Kurfürstendamm [em Berlim]. Nas cozinhas, os fogões a gás e elétricos foram lacrados.
À disposição dos judeus residentes no nosso edifício ficaram apenas dois fogões a gás e dois fervedores elétricos. Era, portanto, uma situação terrível. Peixes dourados de aquário, flores, plantas ornamentais, tudo foi proibido aos judeus. Isso realmente não era mais vida."
Seguiram-se ainda outras chicanas e leis discriminatórias. Hitler não escondia mais sua intenção de eliminar os "inimigos judeus e bolcheviques". O ditador: "Evito profecias precipitadas, mas essa guerra não vai terminar da maneira como os judeus imaginam, com o extermínio dos povos arianos da Europa. Pelo contrário, o resultado dessa guerra será o aniquilamento do judaísmo".
Judeus eram conhecidos
O ex-piloto da Força Aérea alemã Heinrich Graf von Einsiedel chegou a admitir abertamente: "O povo alemão, na época, era basicamente anti-semita. Sabia-se quem era judeu. Entre os alemães, não se perguntava quem era católico, protestante ou qualquer outra coisa. Mas, se alguém era judeu, isso era conhecido".
A máquina de propaganda contra os judeus funcionava a todo vapor. O incêndio das sinagogas, no pogrom de novembro de 1938, foi seguido de desapropriações e atos de violência. Na conferência de Wannsee (Berlim), em 1941, foi planejado o extermínio dos judeus em todos os territórios dominados pela Alemanha. As humilhações públicas e degradações encenadas tornaram-se rotineiras. O ódio contra os judeus era ensinado também aos jovens alemães.
No início do regime nazista, vivia na Alemanha cerca de meio milhão de judeus, metade dos quais emigrou até o início da Segunda Guerra Mundial. O confinamento em guetos, as deportações e execuções faziam parte do cotidiano. A partir do outono de 1941, começaram os fuzilamentos em massa no território da atual Belarus.
Nessa época, os guetos foram fechados e seus moradores enviados para os campos de concentração de Auschwitz e Treblinka. A minoria judaica ainda residente no Terceiro Reich perdeu o que lhe restava de direitos através de dois decretos: todos os judeus com mais de seis anos de idade foram obrigados a portar visivelmente a estrela de Davi (símbolo do judaísmo) e, a partir de 1º de julho de 1943, foram fichados na polícia e submetidos a constante vigilância policial. Com isso, não podiam mais recorrer a qualquer instância jurídica alemã. Era a sentença de morte para os judeus.
Doris Bulau (gh)|© 2007 Deutsche Welle
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