15 de Julho
1992
Fin du procès du FIS en Algérie
Fondé en février 1989 dans le cadre de la démocratisation, le Front islamique du salut (FIS) réclame une rupture radicale avec l'Etat algérien et l'islam officiel, fondant son discours sur un néo-nationalisme islamiste. La victoire du FIS lors des élections locales de juin 1990, premier scrutin libre en Algérie depuis l'indépendance, consacre son implantation et l'effondrement du FLN, parti unique depuis 1962. En juin 1991, les manifestations quotidiennes du FIS provoquent le report des élections législatives et l'arrestation de centaines de militants islamistes, dont les principaux dirigeants Abassi Madani et Ali Benhadj. Lors des premières élections législatives pluralistes du pays, organisées le 26 décembre 1991, le FIS obtient une très large victoire avec près de 48% des suffrages et se trouve assuré de remporter le second tour. Le 11 janvier 1992, le président Chadli Bendjedid est contraint à la démission par l'armée et le processus électoral suspendu le lendemain. Le FIS est dissous le 4 mars 1992 et ses dirigeants, Abassi Madani et Ali Benhadj, sont condamnés à douze ans de prison le 15 juillet 1992.
©Documentation écrite RFI
1971: Nixon anuncia viagem inédita à China
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Nixon aperta a mão de Mao Tsé-tung
Em 15 de julho de 1971, o presidente norte-americano Richard M. Nixon tornou públicos os planos de uma viagem oficial à China, a convite do primeiro-ministro Chu En Lai. Seria a primeira visita de um presidente dos EUA ao país comunista. Ela viria a concretizar-se em 21 de fevereiro do ano seguinte, com a duração de uma semana.
Em 15 de julho de 1971, o então presidente dos Estados Unidos, Richard M. Nixon, fez a seguinte declaração:
“O anúncio que faço agora está sendo transmitido simultaneamente em Pequim e nos Estados Unidos. Como expliquei em diversas ocasiões nos últimos anos, não poderá haver uma paz estável e duradoura sem a participação da República Popular da China. Por este motivo, tomei várias iniciativas para abrir as portas à melhoria das relações entre nossos países. Seguindo esse objetivo, enviei o secretário de Estado, Henry Kissinger, a Pequim, durante a sua atual viagem internacional. Em nome da República Popular da China, o primeiro-ministro Chu En Lai convidou o presidente Nixon a visitar a China no início do próximo ano. O presidente Nixon aceitou o convite com satisfação.”
Diplomacia cautelosa
A notícia foi uma sensação política. Até então, nenhum presidente americano havia viajado à China. Nixon estava consciente de que a sua decisão seria aplaudida, mas também criticada, no país e no exterior. Já prevendo as especulações inevitáveis que surgiriam na Europa e sobretudo em Moscou, ele fez questão de ressaltar os objetivos da política externa dos Estados Unidos:
”Nossa tentativa de estabelecer um novo relacionamento com a República Popular da China não será feita às custas dos nossos amigos. Nossa política não se dirige contra nenhuma nação específica. Queremos manter relações amistosas com todas as nações. Qualquer país pode ser nosso amigo, sem se tornar inimigo de outro."
Esta observação revela que Nixon foi extremamente cauteloso ao tomar essa iniciativa diplomática. Não foi por acaso que, no mesmo ano de 1972, ainda fez uma visita à União Soviética. Pôde, assim, combater as especulações de que forjava uma nova aliança contra a URSS. Nixon sabia também que a sua viagem à China não significaria o início de uma nova era: ”Não temos a ilusão de que 20 anos de inimizade serão eliminados com uma semana de conversações".
Tropeços na política interna
Em 1971 Nixon estava acuado, no que diz respeito à política interna. Nas pesquisas de opinião pública, perdia terreno para os seus adversários democratas Edmund Muskie e George McGovern. Nessa situação, dependia mais do que nunca de um êxito na política externa. No plano nacional, porém, o 37º presidente dos EUA continuou sem sorte. Excessivamente ambicioso, envolveu-se no escândalo de Watergate, que lhe custaria o cargo, três anos após ser reeleito.
Em seu discurso de renúncia, em 8 de agosto de 1974, Richard Nixon resumiu as diretrizes da sua política externa em relação a Moscou, Pequim e Vietnã com as seguintes palavras: "Encerramos a mais longa guerra com envolvimento dos Estados Unidos. Mas agora temos de estruturar a paz, para que mais tarde se possa dizer que essa geração de norte-americanos não só pôs fim à guerra, como também impediu futuros conflitos."
Reconhecimento posterior
Quando faleceu, a 22 de abril de 1994, seu mérito político internacional era mundialmente reconhecido. Seus sucessores – Gerald Ford, Jimmy Carter, Ronald Reagan, George Bush e Bill Clinton – ressaltaram os êxitos da sua política de paz para o Oriente Médio e o Vietnã e, naturalmente, o fato de ter aberto o caminho para a aceitação da China na comunidade internacional.
Jimmy Carter foi quem exaltou de maneira mais evidente a decisão, anunciada por Nixon a 15 de julho de 1971, de viajar à China no ano seguinte: “Suas visitas históricas à China e à União Soviética prepararam o caminho para uma normalização das relações entre os nossos países e resultaram nos tratados Salt II, que assinamos com os soviéticos”.
Dirk Ulrich Kaufmann (gh)|© 2007 Deutsche Welle
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