Efemérides

Friday, July 13, 2007

2006
Inauguration de l'oléoduc Bakou-Tbilissi-Ceyhan (BTC)
L'oléoduc reliant la mer Caspienne à la Méditerranée, de Bakou (Azerbaïdjan) à Ceyhan (Turquie) via Tbilissi (Géorgie), long de 1765 km, est officiellement inauguré à Ceyhan le 13 juillet 2006 par les présidents d'Azerbaïdjan, de Géorgie et de Turquie, en présence de nombreux chefs d'Etat. Sa construction, initiée en 1994, est lancée en octobre 2001 par un consortium de onze compagnies pétrolières autour de British Petroleum, détenteur de 30% des parts et responsable de la conception et de la réalisation du projet. Soutenu par l'Union européenne et les Etats-Unis qui cherchent à diversifier leurs sources énergétiques, le projet a coûté plus de 4 milliards de dollars. Le BTC assurera une nouvelle ligne d'approvisionnement en pétrole, indépendante du Moyen-Orient et de la Russie, et contournant leurs territoires.

Documentation écrite RFI


1841: Segunda Convenção Londrina sobre o Império Otomano

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Ponte sobre o Estreito de Bósforo em Istambul
No dia 13 de julho de 1841, as potências européias assinaram um acordo que proibia navios não turcos de navegar pelos estreitos de Dardanelos e de Bósforo.

O vice-rei do Egito, Mohammed Ali, levou em duas ocasiões o Império Otomano à beira da dissolução e as grandes potências européias a uma grave crise internacional. Em 1832, Mohammed Ali anexou a Síria que, como o Egito, era uma província do Império Otomano, e logo avançou com as suas tropas até as portas de Istambul.

Somente uma intervenção da Rússia salvou o governo otomano de uma derrota completa. Em conseqüência, a Turquia tornou-se praticamente um protetorado da Rússia, que assegurou então aos seus navios de guerra o direito de atravessar os estreitos de Bósforo e de Dardanelos, o que era tradicionalmente proibido aos outros países.

Em 1839, voltou a ocorrer um confronto militar entre o sultão e o seu vassalo infiel. E, mais uma vez, Mohammed Ali conseguiu impor-se militarmente. O diplomata prussiano Helmuth von Moltke, emissário na Turquia há vários anos, constatou na época: ”Quem acompanha atentamente o desenrolar dos acontecimentos no Oriente não pode negar que o império turco precipita-se no despenhadeiro da ruína com uma velocidade cada vez maior. Considerando as conseqüências imprevisíveis que um desaparecimento repentino do Império Otomano da comunidade internacional geraria, não se pode censurar a política européia, que procura adiar o máximo possível tal catástrofe”.

Faltou consenso na Europa

Enquanto a Prússia, a Áustria, a Rússia e a inglaterra concordavam que o Império Otomano deveria ser apoiado, a França tomou o partido dos rebeldes egípcios. Na primavera setentrional de 1840, as cinco potências tentaram em vão encontrar uma solução, numa conferência em Londres.

Sem apoio da França, as demais quatro potências aprovaram, em julho de 1840, a primeira Convenção Londrina, dando um ultimato para o restabelecimento do poder do sultão na Ásia Menor. Mas somente a intervenção da frota inglesa é que obrigou o vice-rei egípcio à capitulação definitiva e à retirada da Síria.

O chefe do governo francês, muito indignado com essa afronta, viu-se obrigado a ameaçar as outras potências com guerra, por pressão da opinião pública. Contudo, a ameaça era militarmente pouco realista. A França não teria condições de enfrentar sozinha as quatro outras potências no campo de batalha. O rei francês Luís Felipe 1º demitiu seu chefe de governo pouco depois e cedeu na questão.

Sem participação da Turquia

Em julho de 1841, chegou-se então a um consenso de todas as potências européias na Segunda Convenção Londrina, que regulava também a questão dos estreitos marítimos:

"Artigo 1º: Sua Alteza o Sultão declara da sua parte que está firmemente decidido a manter no futuro o princípio básico fixo e imutável como velha regra do seu império, por força do qual é proibida em qualquer época aos navios de guerra das potências estrangeiras o cruzamento dos estreitos marítimos de Dardanelos e do Bósforo, e enquanto o governo turco encontrar-se em paz, Sua Alteza não permitirá a entrada de nenhum navio de guerra estrangeiro nos citados estreitos marítimos. E Suas Majestades o imperador da Áustria, o imperador da Rússia, o rei dos franceses, a rainha da Grã-Bretanha e o rei da Prússia unem-se para observar esta resolução do Sultão e para preservar a conformidade com o princípio básico acima mencionado…"

Com isso, foi atribuído oficialmente à Turquia o papel de guardiã dos estreitos marítimos. Porém, as duas convenções londrinas, ambas aprovadas sem a participação do governo turco, deixaram uma coisa clara: o antes poderoso Império Otomano tornara-se um fantoche nas mãos das potências européias.

Mas também as relações de força entre as grandes potências haviam sofrido uma alteração. A influência russa em Istambul foi enfraquecida pelo documento; a Turquia passou a buscar cada vez mais o apoio da Inglaterra. O bom entendimento entre britânicos e franceses ficou prejudicado, e a reputação da França sofreu arranhões por seu comportamento durante a crise.


Rachel Gessat (am) | © 2007 Deutsche Welle

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