Le 27 octobre
2005 - Emeutes dans les banlieues françaises
Le 27 octobre 2005, la mort accidentelle de deux jeunes Français issus de l'immigration, électrocutés après s'être réfugiés dans un transformateur EDF pour fuir la police à Clichy-sous-Bois (nord de Paris), provoque des émeutes nocturnes dans les quartiers pauvres des banlieues de Paris et de plusieurs grandes villes de province. Les violences vont durer trois semaines. Dans l'ensemble du territoire français, près de 300 communes sont affectées, près de 10.000 véhicules sont brûlés et des édifices scolaires, commerciaux ou religieux sont dévastés. Un sexagénaire meurt le 7 novembre des suites d'une agression et des passagers de bus sont grièvement blessés, ainsi que des pompiers et des policiers. Le 8 novembre, le gouvernement instaure le couvre-feu en exhumant une loi votée en avril 1955 lors du conflit algérien. Un débat s'ensuit sur les ghettos que la France a laissé se constituer sur son territoire depuis quarante ans et le malaise de la jeunesse d'origine étrangère, qui se sent abandonnée et rejetée.
2005 - Rapport final de la commission Volcker sur le programme "Pétrole contre nourriture" en Irak
Le 27 octobre 2005, la commission Volcker, chargée d'enquêter sur le programme des Nations unies "Pétrole contre nourriture" en Irak, mis en place pour atténuer les effets de l'embargo en 1996, publie son rapport final. Selon la commission, près de 2400 entreprises issues de 66 pays ont permis au régime de Saddam Hussein de détourner 1,8 milliard de dollars entre 1996 et 2003, petite partie des 11 milliards de dollars détournés grâce à la contrebande de pétrole. En même temps qu'elles renflouaient les caisses du régime, les ventes de brut irakien, dont la France fut après la Russie la principale bénéficiaire, enrichissaient des intermédiaires. Au cours de dix-neuf mois d'une enquête qui a coûté 35 millions de dollars, Paul Volcker, ancien patron de la Réserve fédérale américaine, a révélé la corruption de certains personnels de l'ONU et l'inaptitude du Conseil de sécurité et de Kofi Annan dans la gestion de ce programme humanitaire.
2002 - "Lula" élu président au Brésil
Après avoir manqué la victoire de 0,6 point au premier tour le 6 octobre, Luis Inacio Da Silva remporte le second tour de l'élection présidentielle le 27 octobre 2002. Le candidat du Parti des travailleurs obtient 61% des voix contre son concurrent social-démocrate José Serra, dauphin du chef d'Etat sortant Fernando Henrique Cardoso. Enfant du Nordeste, la région la plus pauvre du Brésil, ancien ouvrier métallurgiste et leader syndical à São Paulo, "Lula" s'engage à réduire les profondes inégalités sociales, accélérer la réforme agraire et améliorer les systèmes d'éducation et de santé. Il prend ses fonctions le 1er janvier 2003. "Lula" sera réélu avec plus de 60% des voix en octobre 2006.
©Documentation écrite RFI
No dia 27 de outubro de 1966, as Nações Unidas cassaram da África do Sul o mandato sobre o atual território da Namíbia.
A resolução nº 2145, aprovada pela Assembléia Geral da ONU no ano de 1966, revogava o mandato de protetorado da África do Sul sobre o Sudoeste Africano (hoje, Namíbia). Em Pretória, o governo sul-africano ignorou, no entanto, esta decisão.
A Namíbia, antiga colônia alemã, era muito cobiçada em função de seu vasto potencial econômico. "O país é o maior produtor de diamantes do mundo, além de possuir cobre, prata, zinco e ainda urânio", explicou o comissário da ONU, Sean McBride.
A riqueza da Namíbia foi provavelmente uma das razões pelas quais a África do Sul não quis abrir mão do seu poder sobre o país, após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Depois da dissolução da Liga das Nações, o governo sul-africano deveria passar a tutela da região para as Nações Unidas. Embora isso não fosse obrigatório, a África do Sul foi conclamada explicitamente a transferir para a ONU o mandato de protetorado da Namíbia, que tinha sido conferido ao governo de Pretória, em 1920, pela Liga das Nações. O pedido, no entanto, não foi acatado.
A Namíbia, antiga colônia alemã, era muito cobiçada em função de seu vasto potencial econômico. "O país é o maior produtor de diamantes do mundo, além de possuir cobre, prata, zinco e ainda urânio", explicou o comissário da ONU, Sean McBride.
A riqueza da Namíbia foi provavelmente uma das razões pelas quais a África do Sul não quis abrir mão do seu poder sobre o país, após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Depois da dissolução da Liga das Nações, o governo sul-africano deveria passar a tutela da região para as Nações Unidas. Embora isso não fosse obrigatório, a África do Sul foi conclamada explicitamente a transferir para a ONU o mandato de protetorado da Namíbia, que tinha sido conferido ao governo de Pretória, em 1920, pela Liga das Nações. O pedido, no entanto, não foi acatado.
Apartheid estendido à Namíbia
A começar pela resolução nº 65, a Assembléia Geral da ONU renovou o apelo quase todos os anos. Em 1959, foi constatado "que a administração do território tem sido conduzida de forma cada vez mais contrária à Carta da ONU, à Declaração Universal dos Direitos do Homem, aos pareceres dos tribunais internacionais e à resolução da própria Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas".
A África do Sul havia começado a implantar suas leis do apartheid também na Namíbia, o que provocou uma série de violações dos direitos humanos na região. Em 1960, a Etiópia e a Libéria, Estados africanos independentes, entraram com uma ação contra a África do Sul, que foi então obrigada a responder perante o Tribunal Internacional de Haia, na Holanda, pela violação dos estatutos de tutela do Sudoeste Africano.
As tribos da Namíbia depositaram grandes esperanças no processo. David Witbooi apresentou em Haia as principais questões colocadas pelo povo namíbio: "Nós nascemos sob essa prisão infindável. Será que devemos passar nossa vida sob esse domínio e simplesmente fechar nossos olhos? Será que somos uma geração amaldiçoada, porque nossos líderes lutam pela liberdade do seu povo, da sua nação?"
A África do Sul havia começado a implantar suas leis do apartheid também na Namíbia, o que provocou uma série de violações dos direitos humanos na região. Em 1960, a Etiópia e a Libéria, Estados africanos independentes, entraram com uma ação contra a África do Sul, que foi então obrigada a responder perante o Tribunal Internacional de Haia, na Holanda, pela violação dos estatutos de tutela do Sudoeste Africano.
As tribos da Namíbia depositaram grandes esperanças no processo. David Witbooi apresentou em Haia as principais questões colocadas pelo povo namíbio: "Nós nascemos sob essa prisão infindável. Será que devemos passar nossa vida sob esse domínio e simplesmente fechar nossos olhos? Será que somos uma geração amaldiçoada, porque nossos líderes lutam pela liberdade do seu povo, da sua nação?"
Tutela direta da ONU
A sentença do Tribunal foi proferida somente seis anos mais tarde, em 1966. Para as tribos namíbias, o resultado foi uma amarga decepção. Com a maioria de apenas um voto, o Tribunal Internacional indeferiu a ação por razões formais.
Apesar da sentença proferida em Haia, a Assembléia Geral da ONU exigiu ainda no mesmo ano que os sul-africanos deixassem a Namíbia, colocando a região sob a tutela direta das Nações Unidas.
A África do Sul, mais uma vez, não acatou a decisão, deixando no país as suas tropas, que passaram a combater a população local. O movimento namíbio de resistência foi liderado por Sam Nujoma.
Em outubro de 1975, a África do Sul iniciou incursões militares também em Angola, contando com que receberia o apoio de tropas norte-americanas. O Congresso dos EUA vetou, no entanto, o apoio do país a qualquer das partes em conflito. Com isso, a África do Sul acabou isolada no cenário político mundial.
A exigência do comissário da ONU, Sean McBride, era clara: "Usar a Namíbia como base militar para ataques a Angola é absolutamente inaceitável. A África do Sul tem que retirar as suas tropas de Angola e da Namíbia". Essa exigência só veio a ser cumprida no início da década de 1980.
Daniela Ziemann (sv) © 2007 Deutsche Welle
Apesar da sentença proferida em Haia, a Assembléia Geral da ONU exigiu ainda no mesmo ano que os sul-africanos deixassem a Namíbia, colocando a região sob a tutela direta das Nações Unidas.
A África do Sul, mais uma vez, não acatou a decisão, deixando no país as suas tropas, que passaram a combater a população local. O movimento namíbio de resistência foi liderado por Sam Nujoma.
Em outubro de 1975, a África do Sul iniciou incursões militares também em Angola, contando com que receberia o apoio de tropas norte-americanas. O Congresso dos EUA vetou, no entanto, o apoio do país a qualquer das partes em conflito. Com isso, a África do Sul acabou isolada no cenário político mundial.
A exigência do comissário da ONU, Sean McBride, era clara: "Usar a Namíbia como base militar para ataques a Angola é absolutamente inaceitável. A África do Sul tem que retirar as suas tropas de Angola e da Namíbia". Essa exigência só veio a ser cumprida no início da década de 1980.
Daniela Ziemann (sv) © 2007 Deutsche Welle
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