Efemérides

Sunday, April 29, 2007

1992 - Emeutes raciales à Los Angeles

1992 - Emeutes raciales à Los Angeles
Le 29 avril 1992, Los Angeles s'embrase après l'acquittement de quatre policiers blancs qui, en mars 1991, avaient violemment frappé Rodney King, un automobiliste noir coupable d'excès de vitesse. La colère des Noirs des quartiers défavorisés tourne à l'émeute générale. Après cinq jours de violences au cours des plus graves émeutes raciales qu'aient connu les Etats-Unis depuis 1945, on dénombrera 59 morts, plus de 2000 blessés et 7500 arrestations.

©Documentation écrite RFI

1968: "Hair" estréia na Broadway

No dia 29 de abril de 1968, "Hair" estreou em Nova York. Pela sua exaltação à cultura hippie, acabou se tornando símbolo de uma geração e modelo para o movimento de protesto contra o racismo e a Guerra no Vietnã.

O primeiro grande musical de rock e a música Aquarius correram o mundo no final da década de 60, depois da estréia de Hair no Biltmore Theater, da Broadway, em Nova York. A obra agradou especialmente à nova geração norte-americana, engajada em protestos contra a Guerra no Vietnã, pelo Black Power e o amor livre.

Pela primeira vez na história do teatro, os atores se atreveram a representar completamente nus no palco. A peça conclamava a orgias de sexo e drogas, temas chocantes para a Igreja e os políticos da época.

Mesmo assim, a ousadia da peça fez com que rapidamente fosse elogiada como brilhante pelos críticos. Clive Barnes, do New York Times, escreveu tratar-se "da primeira peça na Broadway que fala a linguagem contemporânea e não de antigamente".

Tom O'Horgan, diretor da peça, admitiu que "uma idéia destas só se tem uma vez na vida. Trata-se de uma obra cujos diálogos, a música, a dança, inclusive o título, tudo representa com detalhes um fenômeno social real."

Um musical sem enredo fixo

Hair foi concebida por dois atores desempregados: Gerome Ragni e James Rado queriam levar ao palco uma peça contemporânea que tratasse de experiências da vida real. Depois de muita procura, conseguiram engajar o compositor Galt MacDermott, que com quase 40 anos já era "velho" para a proposta do musical.

O enredo trata dos jovens George Bergere, Claude Berkowsky e seu grupo de amigos. George acaba de ser expulso da escola e Claude está prestes a iniciar o serviço militar. O peculiar da peça é que seu ator abdicou de um roteiro fixo. A cada apresentação, os diálogos entre os personagens eram livres e, conseqüentemente, diferentes.

Apesar de muitas censuras e proibições (principalmente no exterior), Hair foi um enorme sucesso de público, sendo apresentado 1.750 vezes no Biltmore Theatre, até 1º de julho de 1972. Em 1970, a banda Fifth Dimension ganhou o Grammy da melhor canção do ano com Aquarius (Let the Sunshine In), que compôs a trilha sonora do musical.

Peça mudou modo de pensar e moral

Em países como Alemanha, Israel, Suécia, França, Inglaterra, Austrália e Japão, foram levadas iniciativas próprias aos palcos. Anos mais tarde, alguns dos intérpretes se tornaram grandes estrelas, como Diane Keaton, nos Estados Unidos, e Donna Summer, na Alemanha. Depois, o musical ganhou as telas dos cinemas através de Milos Forman.

O musical deixou rastros em todo o mundo, conforme escreveu David Richards no New York Times, por ocasião dos 25 anos de estréia da peça: "Hair mudou o pensamento político e os valores morais. Mesmo assim, a Broadway nunca mais aceitou um musical de rock semelhante, até certo ponto devido à pressão dos conservadores. Hoje em dia, a expressão flower power é muito mais usada pelos floristas que por uma geração de protesto."

Os anos 60 marcaram a rebelião da juventude em vários aspectos. Era a vez dos jovens que, influenciados pelas idéias de liberdade, começavam a se opor à sociedade de consumo vigente. O movimento, que nos anos 50 vivia recluso em bares nos EUA, passou para as ruas nos anos 60 e influenciou novas mudanças de comportamento jovem, como a contracultura e o pacifismo do final da década.



Michael Kleff (rw) | © 2007 Deutsche Welle

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