Efemérides

Sunday, May 28, 2006

Delgrés

1961: Fundação da Anistia Internacional -

Acend(e)ida uma vela
No meio do arame farpado
Para o Mundo... sair da cela
Para acabar com os forçados mudos!

No dia 28 de maio de 1961, foi criada em Londres a organização de ajuda a presos "Anistia Internacional". Seu objetivo é a defesa dos que estão presos por motivos políticos, religiosos, étnicos, ideológicos ou racistas.

Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir uns para com os outros com espírito de fraternidade". É o que diz o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas, no dia 10 de dezembro de 1948.
A Anistia Internacional foi fundada pelo advogado inglês Peter Benenson. Ele lera uma notícia publicada na imprensa sobre dois estudantes portugueses condenados a sete anos de prisão por terem erguido um brinde à liberdade num bar de Lisboa, durante a ditadura salazarista (1932-1974). Indignado, o advogado começou a bombardear as autoridades portuguesas com cartas de protesto.
Para despertar a opinião pública internacional sobre a situação dos presos políticos, Benenson e outros ativistas lançaram, em 1961, uma campanha chamada "Apelo por Anistia". Ela começou com a publicação do artigo "Os Prisioneiros Esquecidos" em vários jornais do mundo, no dia 28 de maio de 1961, e marcou o nascimento da maior organização mundial de defesa dos direitos humanos da atualidade.
Hoje, a Anistia Internacional (AI) conta com seções nacionais em cerca de 50 países, mais de 3 mil grupos locais e mais de 500 mil membros, simpatizantes ou colaboradores em 150 países. Os recursos financeiros do movimento provêm de doações, das contribuições de seus membros e de campanhas. Para manter sua independência política, não aceita doações dos cofres públicos.
A entidade baseia sua ação na Declaração Universal dos Direitos do Homem e atua de forma descentralizada, com grupos que assumem a causa de alguns prisioneiros, selecionados em zonas geográficas e políticas diferentes. A seção brasileira foi fundada em 1985 e, além da sede em São Paulo, possui uma subseção em Porto Alegre. Em 1977, a Anistia Internacional foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz e, por ocasião do 30º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1978, recebeu da ONU o Prêmio dos Direitos Humanos.
Segundo Ptackeberry, as cartas de protesto e as chamadas "ações urgentes" são apenas dois dos mecanismos usados pela AI. Ela atua também como lobbysta junto a organizações internacionais, pressionando os governos "com sucesso tanto em casos individuais quanto na conscientização mundial sobre o significado dos direitos humanos", ressalta Ptackeberry.
"Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamentos ou punições cruéis, desumanas ou degradantes", diz o artigo 5 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Embora este documento tenha sido assinado por mais de 150 países, a Anistia Internacional denuncia, em seu relatório de 1999, que milhares de pessoas em 142 nações continuam sendo vítimas de graves violações dos direitos humanos. Ao mesmo tempo, ex-ditadores como Augusto Pinochet, do Chile, continuam em liberdade.
Pressionada por organizações de defesa dos direitos humanos, a ONU decidiu, em 1998, criar uma Corte Internacional de Justiça. Para Ptackeberry, esse acordo, que ainda precisa ser ratificado pelos países signatários, representa um passo decisivo no fortalecimento dos direitos humanos e prova também que, em quase 40 anos de atividade, a AI conseguiu influenciar a defesa desses direitos.

M. Gehrke © 2006 Deutsche Welle

1991 en Ethiopie - Prise d'Addis-Abeba par la rébellion et chute du régime Mengistu Haïlé Mariam

Après la fuite du président Mengistu Haïlé Mariam, le 21 mai 1991, le pouvoir éthiopien ne résiste pas plus d'une semaine à la poussée des rébellions armées. Quelques jours après la prise d'Asmara par les rebelles érythréens le 24 mai, Addis-Abeba est investie le 28 par les forces du Front démocratique révolutionnaire du peuple éthiopien (FDRPE), dominé par le Front populaire pour la libération du Tigré (FPLT). Un accord de cessez-le-feu, signé à Londres, donne le pouvoir au FDRPE de Meles Zenawi, consacrant ainsi la chute du régime.

©Documentation écrite RFI

2001 - Mort de Francis Bebey, musicien camerounais

Né le 15 juillet 1929 à Douala, fils d'un pasteur baptiste, Francis Bebey est initié très jeune au solfège, au chant et à la musique occidentale. Mais il sera toujours en quête de sons africains, ceux de la sanza, le lamellophone qu'il appelait le "piano à pouces", son instrument fétiche, mais aussi de la harpe à bouche, des polyphonies et de la flûte pygmées, des chants bantous... Chanteur, guitariste, auteur-compositeur, il saura ainsi marier les deux cultures musicales. C'est la chanson satirique "Agatha" - une femme adultère et son enfant blond - qui le révèle en 1980 au grand public et le propulse sur les grandes scènes du monde entier. Cette chanson était la version musicale de son roman, "Le Fils d'Agatha Moudio" (1967), car Francis Bebey était aussi un écrivain reconnu, auteur de "La poupée ashanti" (1973), "Le ministre et le griot" (1992), "L'enfant-pluie" (1994), de contes et poèmes. Lors d'un séjour aux Etats-Unis dans les années 50, Bebey s'initie au journalisme-radio, qu'il exercera au Ghana puis en France à la Sorafom (Société de radiodiffusion de la France d'Outremer), l'ancêtre de RFI. Il sera par la suite responsable du département de musicologie à l'Unesco puis membre du Haut Conseil de la Francophonie. Le 28 mai 2001, il meurt d'une crise cardiaque, à l'âge de 72 ans, laissant en héritage la passion de la musique à presque tous ses enfants.

©Documentation écrite RFI

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